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Resumão sobre cerâmica de piso e parede ENADE Helo e Luis REV 01

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Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 
Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 
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DIRETRIZES PARA EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS INTERNOS OU EXTERNOS COM 
PLACAS CERÂMICAS 
1 INTRODUÇÃO 
Nesta seção são apresentados os conceitos e generalidades dos revestimentos cerâmicos internos e externos, sua 
referências normativas, especificações técnicas, dentre outros. 
2 CONCEITOS E GENERALIDADES 
O revestimento pode ser compreendido como o conjunto de camadas que cobrem a superfície da estrutura ou do vedo 
(alvenaria, gesso acartonado, paredes maciças ou lajes de concreto, dentre outros), desempenhando funções 
específicas: 
 Proteção do vedo e da estrutura: 
o Proteger os elementos da vedação e da estrutura contra a deterioração 
 Auxiliar o vedo a cumprir suas funções: 
o Estanqueidade ao ar e a água; 
o Proteção térmica e ou acústica; 
o Funções de segurança: contra a ação do fogo 
o Resistência mecânica da própria vedação 
 Proporcionar o acabamento final ao conjunto vedação 
o Função estética: Define as características estéticas da vedação e do edifício 
o Função de valorização econômica: Define o padrão do edifício e o seu valor econômico 
o Função relacionadas com o uso: Sanidade/ higiene/ segurança de utilização 
Os revestimentos podem ser classificados quanto ao elemento/ ambiente a revestir (interno/ externo, áreas secas/ 
molhadas, piso/ parede), quanto ao mecanismo de fixação (aderidos e não-aderidos), quanto à continuidade superficial 
(visibilidade das juntas – monolítica ou modular) e quanto ao material (de argamassa ou de gesso – pintada, cerâmico, 
pedras, dentre outros). 
Os principais sistemas de revestimentos possuem acabamento em cerâmica ou porcelanato. Segundo a NBR 13816 
(ABNT, 1997), a cerâmica é um material composto, geralmente utilizadas para revestir pisos e paredes, e obtidas pela 
secagem ou queima à temperatura de sinterização de argila e outras matérias-primas inorgânicas. 
Conforme a ABNT NBR 13753:1996, o revestimento cerâmico pode ser compreendido como aquele cuja camada de 
acabamento superior é constituída por placas cerâmicas, conforme a Figura 1. 
Figura 1 – Seção genérica da estrutura de um piso 
 
 
 
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Fonte: ABNT (1996). 
Segundo a NBR 15463 (ABNT, 2013), os porcelanatos são placas cerâmicas para revestimento constituídas por argilas, 
feldspatos e outras matérias-primas inorgânicas. Destina-se a revestir pisos e paredes, podendo ser conformado por 
prensagem, extrusão ou por outros processos. O processo de fabricação envolve elevado grau de moagem, alto teor 
de matérias-primas fundentes e alta densificação após queima, resultando, em produtos com baixa porosidade e 
elevado desempenho técnico. Pode ser esmaltado ou não, polido ou natural, retificado ou não retificado. 
O revestimento (como camada de acabamento – sendo este cerâmico ou não) possui importância que supera o valor 
econômico, que Representa de 4 a 6% do custo da obra, pois é o cartão de visita de uma empresa, valorizando o 
ambiente construído. Tem como documentos de referência projeto de arquitetura e o memorial descritivo. Entretanto, 
frequentemente, as especificações técnicas da cerâmica são insuficientes devendo-se, portanto, conhecer suas 
principais características. 
Os materiais constituintes do sistema de revestimento são: 
 Base/Substrato 
o Contrapiso/Emboço 
 Camada de acabamento 
o Placas cerâmicas/Porcelanato 
o Juntas de assentamento (entre placas, com argamassa e pastas para rejunte) 
o Juntas de controle (selantes elastoméricos) 
 Camada de fixação 
o Argamassa colante 
 
 
 
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o Pasta adesiva (à base de polímeros) 
o Cola de reação (usualmente epóxi) 
3 NORMAS DE REFERÊNCIA 
 ABNT NBR 13816:1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia 
 ABNT NBR 13817:1997 – Placas cerâmicas para revestimento - Classificação 
 ABNT NBR 13818:1997 – Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de ensaios 
 ABNT NBR 13753:1996 – Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de 
argamassa colante – Procedimento 
 ABNT NBR 15463:2013 – Placas cerâmicas para revestimento — Porcelanato 
4 TERMINOLOGIA 
A terminologia básica é fundamentada nos seguintes termos e apresentadas nas Figuras 3 e 4 a seguir: 
 esmalte: cobertura vitrificada impermeável; 
 englobe de cobertura: cobertura argilosa com um acabamento fosco, que pode ser permeável ou impermeável, 
branca ou colorida 
 tardoz: no revestimento esmaltado, é a face inferior, formada de argila e outras matérias primas, na qual é 
aplicado à parede. 
 muratura: relevo do lado avesso da placa, destinado a melhorar a aderência. pode ser constituído por saliências 
(caso normal para pisos e paredes interiores) ou por reentrâncias com forma de “rabo de andorinha”, específico 
para uso especiais, tais como fachadas. 
 englobe: Uma cobertura argilosa com acabamento fosco. Pode ser permeável ou impermeável, branca ou 
colorida. 
 
 
 
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Figura 3 - Ilustração de tardoz e da muratura 
 
 
 Figura 3 - Foto ilustrativa do englobe no tardoz da placa cerâmica 
 
 
 
 
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5 BASE/SUBSTRATO 
Os revestimentos argamassados, geralmente, são aplicados em base de blocos cerâmicos, blocos de concreto 
convencional, blocos de concreto leve ou concreto celular. 
A base é definida como a superfície que irá receber o chapisco e deve estar devidamente curada, limpa, uniforme e livre 
de desagregações. Também deve ser previamente umedecida. 
O revestimento argamassado para aplicação de cerâmicas é composto de duas camadas, denominadas de chapisco e 
emboço (camada de regularização), conforme apresentado na Figura 4. 
 Figura 4 – Sistema de revestimento cerâmico 
 
O chapisco é a camada de preparo da base, tornando-a mais rugosa, aplicada de forma contínua ou descontínua, com 
finalidade de homogeneizar a superfície quanto à absorção, assim como, melhorar aderência do revestimento, uma vez 
que, o chapisco facilita a ancoragem do emboço. Por isso, requer uma argamassa de alta resistência mecânica. Há três 
tipos de chapisco mais usuais: convencional, geralmente produzido no canteiro de obras, com consistência fluida; 
industrializado, massa pronta com consistência plástica; e, rolado, argamassa de consistência fluida, aplicado com rolo 
para textura acrílica. 
O emboço é a camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a base, propiciando uma superfície que 
permita receber outra camada, comumente, o revestimento cerâmico. Em casos, é recomendado o uso de telas 
metálicas para estruturar camadas de emboço espessas e/ou atenuar o aparecimento de fissuras provenientes de 
movimentações. Esses reforços geralmente são aplicados numa posição intermediária da espessura dessa camada. A 
camada final de argamassa deve proporcionar cobrimento mínimo da tela. 
 
 
 
 
 
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6 CAMADA DE ACABAMENTO 
A camada de acabamento é formada pelas placas cerâmicas/porcelanatos, juntas de assentamento e de controle e são 
detalhadas a seguir. 
6.1 PLACAS CERÂMICAS/PORCELANATOS 
Segundo a NBR 13817 (ABNT, 1997), as placas cerâmicas para revestimento são classificadas de acordo com os 
seguintes critérios: 
 Tipo de Superfície (Esmaltados e não esmaltados) 
 Método de fabricação (prensado – A , extrusado – B , entre outros – C) 
 Grupos de absorção de água 
 Classe de resistência a abrasão superficial – PEI 
 Classe de resistência ao manchamento 
 Classe de resistência ao ataque de agentes químicos, segundo diferentes níveis de concentração 
 Aspecto superficial ou análise visual. 
6.1.1 Tipo de Superfície, método de fabricação e aspecto superficial 
As placas cerâmicas podem ser, quanto ao acabamento superficial, esmaltadas (código GL) ou não esmaltadas (código 
UGL). 
Figura 5 – Cerâmica não esmaltada
 
Figura 6 – Cerâmica esmaltada 
 
 
Quando ao processo de fabricação as cerâmicas são classificadas em: 
 extrudadas: código A; 
 
 
 
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 prensadas: código B; 
 outros processos: código C 
Quanto ao acabamento das bordas, as cerâmicas e porcenalatos podem ser retificadas ou bold (arredondado). A borda 
retificada permite juntas menos espessas de 1 a 3mm, enquanto a Bold 5 a 10mm, em geral. 
O aspecto superficial ou análise visual é uma classificação relacionada aos defeitos visíveis das placas cerâmicas. 
Quando no mínimo 95% das peças examinadas não apresentarem defeitos visíveis na distância padrão de observação, 
são classificadas como produto Classe A. 
Devem ser verificadas as seguintes características (Figura 6): 
 As placas examinadas, em forma de um painel, devem estar livres de defeitos que possam afetar sua aparência. 
 Os limites de aceitação das diferenças de tonalidade devem ser fixados por acordo entre as partes e podem ser 
definidos com padrões ou com coordenadas de cor (no caso de cores lisas). 
 A dimensão dos lados, a espessura, a retitude lateral, a ortogonalidade, a curvatura central, a curvatura lateral 
e o empeno devem ser verificados na fabricação, conforme estabelecido na NBR 13818:1997. 
 Desvios da dimensão de fabricação em relação à dimensão nominal, conforme NBR 13816:1997 e NBR 
13818:1997. 
 Características geométricas e visuais, conforme o anexo T. 2 Quadro II, da NBR 13818:1997. 
Figura 7 – características geométricas das cerâmicas 
 
As demais classificações correlacionam-se às propriedades da própria cerâmica e são detalhadas a seguir. 
 
 
 
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6.1.2 Propriedades físicas 
6.1.2.1 Absorção de água 
A absorção de água é uma propriedade do corpo cerâmico e está diretamente relacionada com a porosidade da peça. 
Outras características como a resistência ao impacto, a resistência mecânica, a resistência ao gelo e a resistência 
química estão associadas com a absorção de água. Os revestimentos cerâmicos possuem uma variação de absorção 
de água desde absorção quase zero para porcelanatos até cerca de 20% de absorção para azulejos. 
A Tabela 1 apresenta os grupos de absorção de água em função dos métodos de fabricação. 
Tabela 1 - Codificação dos grupos de absorção de água em função dos métodos de fabricação 
Absorção de água (%) 
Processos de conformação 
Extrudado (A) Prensado (B) Outros (C) 
Abs < 0,5 AI BIa CI 
0,5 < Abs < 3,0 BIb 
3,0 < Abs < 6,0 AIIa BIIa CIIa 
6,0 < Abs < 10,0 AIIb BIIb CIIb 
Abs > 10 AIII BIII CIII 
Fonte: ABNT (1997). 
As placas cerâmicas ainda recebem uma denominação tipológica de uso comercial conforme seu grupo de absorção, 
conforme apresentado na Tabela 2. 
Tabela 2 – Classificação das cerâmicas por grupos de absorção de água e indicações de uso 
Tipo Grupo Características Indicação de uso 
PorcelanatosIa baixa absorção (0 a 0,5%) e resistência alta 
Pisos, paredes, piscinas e saunas 
Grés Ib baixa absorção (0,5 a 3%) e resistência alta 
Semigrés IIa média absorção (3 a 6%) e resistência média Pisos, paredes e piscinas 
Semiporosas Iib alta absorção (6 a 10%) e resistência baixa Pisos e paredes 
Porosas (III) III alta absorção (>10%) e resistência baixa Parede 
Fonte: Centro Cerâmico do Brasil (201? apud Caccia, 2012) 
Normalmente quanto menor a absorção melhor a qualidade da placa 
6.1.2.2 Resistência à Ruptura 
A resistência à ruptura pode ser medida de duas maneiras: pelo módulo de resistência à flexão (N/mm2 ou Kgf/cm2), 
que é a resistência própria do material; ou pela carga de ruptura (N ou Kgf), a qual depende do material (quanto menor 
a porosidade, maior a resistência à compressão) e da espessura da peça. A carga de ruptura é expressa em N ou kgf. 
A NBR 13818/1997 define valores mínimos para essas propriedades que devem ser consultadas. 
 
 
 
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6.1.2.3 Resistência a Abrasão Superficial (PEI) e dureza 
A resistência à abrasão é a propriedade das placas cerâmicas que indica a resistência ao desgaste superficial, 
provocado pelo tráfego de pessoas, veículos e movimentação de objetos. Existe a resistência à abrasão superficial e à 
abrasão profunda, sendo a primeira a mais IMPORTANTE e medida pelo seu PEI (Porcelain Enamel Institute) que varia 
de 0 a 5, conforme o Quadro 1. 
 
 
Quadro 1 - Classificação PEI e recomendação de uso 
PEI 
Resistência ao 
desgaste por abrasão 
Indicação de uso 
0 Uso exclusivo em parede Paredes internas 
1 Baixíssimo tráfego Banheiros e dormitórios residenciais 
2 Baixo tráfego Ambientes sem portas para o exterior e banheiros 
3 Médio tráfego Cozinhas, corredores, e halls residenciais, sacadas e quintais 
4 Alto tráfego Áreas internas de uso comercial, garagens 
5 Altíssimo tráfego Áreas públicas ou de grande circulação: shopping centers, aeroportos, etc. 
Fonte: Sichieri et al. (1999 apud Caccia, 2012). 
Já a Dureza é uma propriedade de um material sólido que expressa sua resistência a deformações permanentes. A 
dureza pode ser avaliada a partir da capacidade de um material riscar o outro, como na escala de Mohs, ou da 
capacidade de um material entrar no outro. 
Tabela 3 – Dureza de vários Minerais (Escala Mohs) 
Mineral Dureza Mineral Dureza 
Talco 1 Feldspato 6 
Gesso 2 Quartzo 7 
Calcita 3 Topázio 8 
Fluorita 4 Corindon 9 
Apatita 5 Diamante 10 
Fonte: ABNT (1997). 
A areia (quartzo) possui dureza MOHS igual a 7, podendo riscar a maior parte das placas cerâmicas e porcelanatos 
que, normalmente, possuem dureza menor. Deve-se, portanto, proteger o piso após a aplicação, principalmente na fase 
de obra. 
 
 
 
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6.1.2.4 Resistência ao Gretamento 
Segundo a NBR 13818 (ABNT, 1997), o gretamento é uma fissura capilar (semelhante a um fio de cabelo) que ocorre 
na camada esmaltada de placas cerâmicas. A principal causa do gretamento é a Expansão por Umidade, pois provoca 
o aumento do corpo cerâmico, gerando tensões na camada de esmalte. Como consequência, por não acompanhar o 
movimento do corpo cerâmico, o esmalte fissura. A resistência ao gretamento é exigida para todas as placas cerâmicas, 
tendo ensaio específico para sua comprovação. 
6.1.2.5 Dilatação Térmica e Expansão por Umidade 
A expansão pode ocorrer por dilatação térmica ou por expansão por umidade. A dilatação térmica ocorre principalmente 
em lugares sujeitos a aquecimentos como lareiras e churrasqueiras. A expansão por umidade ocorre com maior 
intensidade em lugares com altos índices de umidade, como banheiros e piscinas. 
A dilatação térmica corresponde ao aumento do tamanho da placa devido a variações positivas de temperatura, sendo 
um fenômeno reversível. O coeficiente de expansão térmica linear para revestimentos cerâmicos está entre 4x10 -6 e 
10x10 -6 0C -1. 
A expansão por umidade caracteriza o aumento de tamanho da placa cerâmica, provocado pela reidratação por 
absorção de água, tendo início assim que a placa sai do forno e entra em contato com o meio ambiente. A NBR 13818 
(1997) considera que a maioria das placas cerâmicas possui expansão por umidade negligenciável, não ocasionando 
problemas ao revestimento, desde que corretamente instaladas. A mesma Norma define, porém, que em certas 
condições climáticas, a expansão por umidade acima de 0,06% (0,6 mm/m) pode, sim, gerar problemas (ABNT, 1997). 
6.1.2.6 Resistência ao escorregamento 
A resistência ao escorregamento indica a segurança que o usuário possui ao caminhar pela superfície, principalmente 
em presença de água, óleo ou qualquer outra substância. O teste ao escorregamento é medido pelo coeficiente de 
atrito, conforme apresentado na Tabela 4. 
Tabela 4 - Coeficiente de Atrito 
Valor Indicações Características Básicas das Superfícies 
< 0,4 Desaconselhável para áreas externas Brilhante e Lisa 
0,4 a 0,7 Para áreas externas em nível Granilhada, Esmaltada acetinada não lisa, Esmaltada fosca e 
não lisa; esmaltada rústica 
> 0,7 Para áreas externas em aclive ou declive Rústica não esmaltada; Esmaltada especial 
 
 
 
 
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6.1.3 Propriedades Químicas 
Além das propriedades físicas, as placas cerâmicas possuem propriedades químicas exigíveis para todos os usos, 
conforme descritos nesta seção. 
6.1.3.1 Resistência ao machamento 
A resistência às manchas aponta a facilidade de limpeza da superfície da placa. Quanto mais lisa for a superfície da 
peça, mais fácil é a limpeza, conforme apresentado na Tabela 5. 
Tabela 5 - Classes de Resistência às Manchas 
Tipo Características 
Classe 1 Impossibilidade de remoção sem danificar a peça 
Classe 2 Removível por ácido clorídrico, acetona e hidróxido de potássio 
Classe 3 Removível com produto limpeza forte 
Classe 4 Removível com produto limpeza fraco 
Classe 5 Facilmente removível 
Fonte: ABNT (1997) 
A NBR 13818 (ABNT,1997) estabelece que as placas cerâmicasesmaltadas não devem apresentar classe de 
limpabilidade inferior a 3, bem como ABNT 15463 (ABNT, 2013) faz a mesma exigência para os porcelanatos. 
A resistência ao ataque químico significa a capacidade da superfície cerâmica em manter-se inalterada quando em 
contato com determinadas substâncias e produtos (NBR 13818). 
6.1.3.2 Resistência ao ataque de agentes químicos 
A resistência ao ataque químico significa a capacidade da superfície cerâmica em manter-se inalterada quando em 
contato com determinadas substâncias e produtos (ABNT, 1997). A resistência ao ataque químico é dividida em duas 
classes: a residencial, que é a resistência a produtos domésticos, obrigatória a toda placa; e a industrial, que é a 
resistência à ácidos fortes, concentrados e quentes, conforme apresentado na Tabela 6. 
Tabela 6 – Resistência ao ataque de agentes químicos 
Resistência 
química 
Classe de Resistência Ocorrência 
Elevada A GA UA Efeitos não visuais 
Média B GB UB Mudança acentuada no 
aspecto 
Baixa C GC UC Perda parcial ou total da 
superfície 
Fonte: ABNT (1997). 
A tabela 7 apresenta a resistência a agentes químicos (usos específicos). 
 
 
 
Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 
Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 
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Tabela 7 – Resistência a agentes químicos (usos específicos) 
Agentes Químicos 
Níveis de resistência 
A B C A B C 
Esmaltado Não esmaltado 
Produtos para tratamento de água de piscina GA GB GC UA UB UC 
Ácidos e álcalis – Baixa concentração (L) GLA GLB GLC ULA ULB ULC 
Ácidos e álcalis – Alta concentração (L) GHA GHB GHC UHA UHB UHC 
Fonte: ABNT (1997). 
Assim, as principais especificações além da cor, tamanho e tipologia são: a absorção de água, EPU, carga de ruptura, 
resistência a abrasão, coeficiente de atrito, dureta, resistência ao manchamento, resistência química uso doméstico, 
resistência química sais de piscina, resistência áciso e bases de baixa concentração e de alta concentração. 
A tabela 8 apresenta parâmetros para escolha do revestimento cerâmico de uso específico. 
Tabela 8 - Parâmetros para escolha do Revestimento Cerâmico de Uso Específico 
 
 
Uso Exigências específicas 
Absorção de 
Água 
Abrasão Manchas 
Ataque 
Químico 
Fachadas 
EPU < 0,6 mm/m 
0 a 6 % > PEI 1 Classe 5 Classe A 
Isento de gretamento 
Garagem* 
Carga de Rupura >1200 N 
0 a 10 % PEI 5 Classe 5 Classe A 
Resistência ao impacto 
Isento de gretamento 
EPU < 0,6 mm/m 
Escada e Rampa 
Coeficiente de atrito > 0,4 
0 a 10 % PEI 5 Classe 4/5 Classe A/B Isento de gretamento 
EPU < 0,6 mm/m 
Hospital* 
Coeficiente de atrito > 0,4 
0 a 10 % PEI 5 Classe 5 Classe A Isento de gretamento 
EPU < 0,6 mm/m 
Pisos escritórios 
Carga de Rupura > 900 N 
0 a 10 % PEI 5 Classe 5 Classe A/B Isento de gretamento 
EPU < 0,6 mm/m 
Pisos lojas* 
Carga de Rupura > 1200 N 
0 a 10 % PEI 5 Classe 5 Classe A/B Isento de gretamento 
EPU < 0,6 mm/m 
Piscina\sauna 
EPU < 0,6 mm/m 
0 - 3% > PEI 1 Classe 4/5 Classe A/B Resistência ao choque térmico 
Coeficiente de atrito > 0,4 
Banheiro BOX, Varanda, 
terraços e areas 
molhadas 
EPU < 0,6 mm/m 
0 a 20% - Parede 
0 a 10% - Piso 
> PEI 1 – 
Parede 
> PEI 4 - Piso 
Classe 4/5 Classe A/B Coeficiente de atrito > 0,4 
Isento de gretamento 
Piso dormitórios 
EPU < 0,6 mm/m 
0 a 10 % > PEI 3 Classe 3/4/5 Classe A/B 
Isento de gretamento 
 
 
 
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6.2 Juntas de assentamento (rejuntamento) 
As juntas de assentamento (entre placas, com argamassa e pastas para rejunte) têm por função: 
 Vedar as juntas 
 Permitir a substituição das peças cerâmicas 
 Absorver deformações e evitar tensões excessivas 
 Melhorar a aderência da camada (feito cunha) 
 Função estética (para compensar as variações dimensionais das peças) 
6.3 Juntas de controle 
Em interiores, sempre que a área do piso for igual ou superior a 32m² ou sempre que uma das dimensões do 
revestimento for maior que 8m, devem ser executadas juntas de movimentação. Em exteriores e em pisos interiores 
expostos diretamente à insolação e/ou umidade, as juntas de movimentação devem ser executadas sempre que a área 
for igual ou maior que 20m², ou sempre que uma das dimensões do revestimento for maior que 4m (ABNT, 1997). 
Atenção às juntas estruturais, quando previstas, devem respeitadas em toda a espessura do revestimento. 
 
 Vedar as juntas 
 Permitir a substituição das peças cerâmicas 
 Absorver deformações e evitar tensões excessivas 
 Melhorar a aderência da camada (feito cunha) 
 Função estética (para compensar as variações dimensionais das peças) 
7 CAMADA DE FIXAÇÃO 
Conforme mencionado anteriormente, a camada de fixação pode ser executada por meio de 
 Argamassa colante (comum ou industrializada) 
 Pasta adesiva (à base de polímeros) 
 Cola de reação (usualmente epóxi) 
Entretanto, a argamassa colante industrializada é a mais aplicada e é classificada de ACI a ACIII, conforme descrito a 
seguir: 
 ACI: argamassa apropriada para revestimentos internos, exceto para saunas, churrasqueiras, estufas e outros 
 
 
 
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 ACII: indicada para uso em ambientes externos. Possui propriedades que absorvem as influências da 
temperatura e umidade 
 ACIII: é indicada para condições de altas exigências tais como fachadas, piscinas e saunas. Possui alta 
flexibilidade e aderência 
 ACIIIE: indicada para aplicação de cerâmicas e porcelanatos de grandes dimensões, áreas de tráfego intenso, 
saunas úmidas e piscinas aquecidas

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