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Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 1 DIRETRIZES PARA EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS INTERNOS OU EXTERNOS COM PLACAS CERÂMICAS 1 INTRODUÇÃO Nesta seção são apresentados os conceitos e generalidades dos revestimentos cerâmicos internos e externos, sua referências normativas, especificações técnicas, dentre outros. 2 CONCEITOS E GENERALIDADES O revestimento pode ser compreendido como o conjunto de camadas que cobrem a superfície da estrutura ou do vedo (alvenaria, gesso acartonado, paredes maciças ou lajes de concreto, dentre outros), desempenhando funções específicas: Proteção do vedo e da estrutura: o Proteger os elementos da vedação e da estrutura contra a deterioração Auxiliar o vedo a cumprir suas funções: o Estanqueidade ao ar e a água; o Proteção térmica e ou acústica; o Funções de segurança: contra a ação do fogo o Resistência mecânica da própria vedação Proporcionar o acabamento final ao conjunto vedação o Função estética: Define as características estéticas da vedação e do edifício o Função de valorização econômica: Define o padrão do edifício e o seu valor econômico o Função relacionadas com o uso: Sanidade/ higiene/ segurança de utilização Os revestimentos podem ser classificados quanto ao elemento/ ambiente a revestir (interno/ externo, áreas secas/ molhadas, piso/ parede), quanto ao mecanismo de fixação (aderidos e não-aderidos), quanto à continuidade superficial (visibilidade das juntas – monolítica ou modular) e quanto ao material (de argamassa ou de gesso – pintada, cerâmico, pedras, dentre outros). Os principais sistemas de revestimentos possuem acabamento em cerâmica ou porcelanato. Segundo a NBR 13816 (ABNT, 1997), a cerâmica é um material composto, geralmente utilizadas para revestir pisos e paredes, e obtidas pela secagem ou queima à temperatura de sinterização de argila e outras matérias-primas inorgânicas. Conforme a ABNT NBR 13753:1996, o revestimento cerâmico pode ser compreendido como aquele cuja camada de acabamento superior é constituída por placas cerâmicas, conforme a Figura 1. Figura 1 – Seção genérica da estrutura de um piso Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 2 Fonte: ABNT (1996). Segundo a NBR 15463 (ABNT, 2013), os porcelanatos são placas cerâmicas para revestimento constituídas por argilas, feldspatos e outras matérias-primas inorgânicas. Destina-se a revestir pisos e paredes, podendo ser conformado por prensagem, extrusão ou por outros processos. O processo de fabricação envolve elevado grau de moagem, alto teor de matérias-primas fundentes e alta densificação após queima, resultando, em produtos com baixa porosidade e elevado desempenho técnico. Pode ser esmaltado ou não, polido ou natural, retificado ou não retificado. O revestimento (como camada de acabamento – sendo este cerâmico ou não) possui importância que supera o valor econômico, que Representa de 4 a 6% do custo da obra, pois é o cartão de visita de uma empresa, valorizando o ambiente construído. Tem como documentos de referência projeto de arquitetura e o memorial descritivo. Entretanto, frequentemente, as especificações técnicas da cerâmica são insuficientes devendo-se, portanto, conhecer suas principais características. Os materiais constituintes do sistema de revestimento são: Base/Substrato o Contrapiso/Emboço Camada de acabamento o Placas cerâmicas/Porcelanato o Juntas de assentamento (entre placas, com argamassa e pastas para rejunte) o Juntas de controle (selantes elastoméricos) Camada de fixação o Argamassa colante Campus Dom Luís: Av. 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Pode ser permeável ou impermeável, branca ou colorida. Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 4 Figura 3 - Ilustração de tardoz e da muratura Figura 3 - Foto ilustrativa do englobe no tardoz da placa cerâmica Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra,630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 5 5 BASE/SUBSTRATO Os revestimentos argamassados, geralmente, são aplicados em base de blocos cerâmicos, blocos de concreto convencional, blocos de concreto leve ou concreto celular. A base é definida como a superfície que irá receber o chapisco e deve estar devidamente curada, limpa, uniforme e livre de desagregações. Também deve ser previamente umedecida. O revestimento argamassado para aplicação de cerâmicas é composto de duas camadas, denominadas de chapisco e emboço (camada de regularização), conforme apresentado na Figura 4. Figura 4 – Sistema de revestimento cerâmico O chapisco é a camada de preparo da base, tornando-a mais rugosa, aplicada de forma contínua ou descontínua, com finalidade de homogeneizar a superfície quanto à absorção, assim como, melhorar aderência do revestimento, uma vez que, o chapisco facilita a ancoragem do emboço. Por isso, requer uma argamassa de alta resistência mecânica. Há três tipos de chapisco mais usuais: convencional, geralmente produzido no canteiro de obras, com consistência fluida; industrializado, massa pronta com consistência plástica; e, rolado, argamassa de consistência fluida, aplicado com rolo para textura acrílica. O emboço é a camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a base, propiciando uma superfície que permita receber outra camada, comumente, o revestimento cerâmico. Em casos, é recomendado o uso de telas metálicas para estruturar camadas de emboço espessas e/ou atenuar o aparecimento de fissuras provenientes de movimentações. Esses reforços geralmente são aplicados numa posição intermediária da espessura dessa camada. A camada final de argamassa deve proporcionar cobrimento mínimo da tela. Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 6 6 CAMADA DE ACABAMENTO A camada de acabamento é formada pelas placas cerâmicas/porcelanatos, juntas de assentamento e de controle e são detalhadas a seguir. 6.1 PLACAS CERÂMICAS/PORCELANATOS Segundo a NBR 13817 (ABNT, 1997), as placas cerâmicas para revestimento são classificadas de acordo com os seguintes critérios: Tipo de Superfície (Esmaltados e não esmaltados) Método de fabricação (prensado – A , extrusado – B , entre outros – C) Grupos de absorção de água Classe de resistência a abrasão superficial – PEI Classe de resistência ao manchamento Classe de resistência ao ataque de agentes químicos, segundo diferentes níveis de concentração Aspecto superficial ou análise visual. 6.1.1 Tipo de Superfície, método de fabricação e aspecto superficial As placas cerâmicas podem ser, quanto ao acabamento superficial, esmaltadas (código GL) ou não esmaltadas (código UGL). Figura 5 – Cerâmica não esmaltada Figura 6 – Cerâmica esmaltada Quando ao processo de fabricação as cerâmicas são classificadas em: extrudadas: código A; Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 7 prensadas: código B; outros processos: código C Quanto ao acabamento das bordas, as cerâmicas e porcenalatos podem ser retificadas ou bold (arredondado). A borda retificada permite juntas menos espessas de 1 a 3mm, enquanto a Bold 5 a 10mm, em geral. O aspecto superficial ou análise visual é uma classificação relacionada aos defeitos visíveis das placas cerâmicas. Quando no mínimo 95% das peças examinadas não apresentarem defeitos visíveis na distância padrão de observação, são classificadas como produto Classe A. Devem ser verificadas as seguintes características (Figura 6): As placas examinadas, em forma de um painel, devem estar livres de defeitos que possam afetar sua aparência. Os limites de aceitação das diferenças de tonalidade devem ser fixados por acordo entre as partes e podem ser definidos com padrões ou com coordenadas de cor (no caso de cores lisas). A dimensão dos lados, a espessura, a retitude lateral, a ortogonalidade, a curvatura central, a curvatura lateral e o empeno devem ser verificados na fabricação, conforme estabelecido na NBR 13818:1997. Desvios da dimensão de fabricação em relação à dimensão nominal, conforme NBR 13816:1997 e NBR 13818:1997. Características geométricas e visuais, conforme o anexo T. 2 Quadro II, da NBR 13818:1997. Figura 7 – características geométricas das cerâmicas As demais classificações correlacionam-se às propriedades da própria cerâmica e são detalhadas a seguir. Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 8 6.1.2 Propriedades físicas 6.1.2.1 Absorção de água A absorção de água é uma propriedade do corpo cerâmico e está diretamente relacionada com a porosidade da peça. Outras características como a resistência ao impacto, a resistência mecânica, a resistência ao gelo e a resistência química estão associadas com a absorção de água. Os revestimentos cerâmicos possuem uma variação de absorção de água desde absorção quase zero para porcelanatos até cerca de 20% de absorção para azulejos. A Tabela 1 apresenta os grupos de absorção de água em função dos métodos de fabricação. Tabela 1 - Codificação dos grupos de absorção de água em função dos métodos de fabricação Absorção de água (%) Processos de conformação Extrudado (A) Prensado (B) Outros (C) Abs < 0,5 AI BIa CI 0,5 < Abs < 3,0 BIb 3,0 < Abs < 6,0 AIIa BIIa CIIa 6,0 < Abs < 10,0 AIIb BIIb CIIb Abs > 10 AIII BIII CIII Fonte: ABNT (1997). As placas cerâmicas ainda recebem uma denominação tipológica de uso comercial conforme seu grupo de absorção, conforme apresentado na Tabela 2. Tabela 2 – Classificação das cerâmicas por grupos de absorção de água e indicações de uso Tipo Grupo Características Indicação de uso PorcelanatosIa baixa absorção (0 a 0,5%) e resistência alta Pisos, paredes, piscinas e saunas Grés Ib baixa absorção (0,5 a 3%) e resistência alta Semigrés IIa média absorção (3 a 6%) e resistência média Pisos, paredes e piscinas Semiporosas Iib alta absorção (6 a 10%) e resistência baixa Pisos e paredes Porosas (III) III alta absorção (>10%) e resistência baixa Parede Fonte: Centro Cerâmico do Brasil (201? apud Caccia, 2012) Normalmente quanto menor a absorção melhor a qualidade da placa 6.1.2.2 Resistência à Ruptura A resistência à ruptura pode ser medida de duas maneiras: pelo módulo de resistência à flexão (N/mm2 ou Kgf/cm2), que é a resistência própria do material; ou pela carga de ruptura (N ou Kgf), a qual depende do material (quanto menor a porosidade, maior a resistência à compressão) e da espessura da peça. A carga de ruptura é expressa em N ou kgf. A NBR 13818/1997 define valores mínimos para essas propriedades que devem ser consultadas. Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 9 6.1.2.3 Resistência a Abrasão Superficial (PEI) e dureza A resistência à abrasão é a propriedade das placas cerâmicas que indica a resistência ao desgaste superficial, provocado pelo tráfego de pessoas, veículos e movimentação de objetos. Existe a resistência à abrasão superficial e à abrasão profunda, sendo a primeira a mais IMPORTANTE e medida pelo seu PEI (Porcelain Enamel Institute) que varia de 0 a 5, conforme o Quadro 1. Quadro 1 - Classificação PEI e recomendação de uso PEI Resistência ao desgaste por abrasão Indicação de uso 0 Uso exclusivo em parede Paredes internas 1 Baixíssimo tráfego Banheiros e dormitórios residenciais 2 Baixo tráfego Ambientes sem portas para o exterior e banheiros 3 Médio tráfego Cozinhas, corredores, e halls residenciais, sacadas e quintais 4 Alto tráfego Áreas internas de uso comercial, garagens 5 Altíssimo tráfego Áreas públicas ou de grande circulação: shopping centers, aeroportos, etc. Fonte: Sichieri et al. (1999 apud Caccia, 2012). Já a Dureza é uma propriedade de um material sólido que expressa sua resistência a deformações permanentes. A dureza pode ser avaliada a partir da capacidade de um material riscar o outro, como na escala de Mohs, ou da capacidade de um material entrar no outro. Tabela 3 – Dureza de vários Minerais (Escala Mohs) Mineral Dureza Mineral Dureza Talco 1 Feldspato 6 Gesso 2 Quartzo 7 Calcita 3 Topázio 8 Fluorita 4 Corindon 9 Apatita 5 Diamante 10 Fonte: ABNT (1997). A areia (quartzo) possui dureza MOHS igual a 7, podendo riscar a maior parte das placas cerâmicas e porcelanatos que, normalmente, possuem dureza menor. Deve-se, portanto, proteger o piso após a aplicação, principalmente na fase de obra. Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 10 6.1.2.4 Resistência ao Gretamento Segundo a NBR 13818 (ABNT, 1997), o gretamento é uma fissura capilar (semelhante a um fio de cabelo) que ocorre na camada esmaltada de placas cerâmicas. A principal causa do gretamento é a Expansão por Umidade, pois provoca o aumento do corpo cerâmico, gerando tensões na camada de esmalte. Como consequência, por não acompanhar o movimento do corpo cerâmico, o esmalte fissura. A resistência ao gretamento é exigida para todas as placas cerâmicas, tendo ensaio específico para sua comprovação. 6.1.2.5 Dilatação Térmica e Expansão por Umidade A expansão pode ocorrer por dilatação térmica ou por expansão por umidade. A dilatação térmica ocorre principalmente em lugares sujeitos a aquecimentos como lareiras e churrasqueiras. A expansão por umidade ocorre com maior intensidade em lugares com altos índices de umidade, como banheiros e piscinas. A dilatação térmica corresponde ao aumento do tamanho da placa devido a variações positivas de temperatura, sendo um fenômeno reversível. O coeficiente de expansão térmica linear para revestimentos cerâmicos está entre 4x10 -6 e 10x10 -6 0C -1. A expansão por umidade caracteriza o aumento de tamanho da placa cerâmica, provocado pela reidratação por absorção de água, tendo início assim que a placa sai do forno e entra em contato com o meio ambiente. A NBR 13818 (1997) considera que a maioria das placas cerâmicas possui expansão por umidade negligenciável, não ocasionando problemas ao revestimento, desde que corretamente instaladas. A mesma Norma define, porém, que em certas condições climáticas, a expansão por umidade acima de 0,06% (0,6 mm/m) pode, sim, gerar problemas (ABNT, 1997). 6.1.2.6 Resistência ao escorregamento A resistência ao escorregamento indica a segurança que o usuário possui ao caminhar pela superfície, principalmente em presença de água, óleo ou qualquer outra substância. O teste ao escorregamento é medido pelo coeficiente de atrito, conforme apresentado na Tabela 4. Tabela 4 - Coeficiente de Atrito Valor Indicações Características Básicas das Superfícies < 0,4 Desaconselhável para áreas externas Brilhante e Lisa 0,4 a 0,7 Para áreas externas em nível Granilhada, Esmaltada acetinada não lisa, Esmaltada fosca e não lisa; esmaltada rústica > 0,7 Para áreas externas em aclive ou declive Rústica não esmaltada; Esmaltada especial Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 11 6.1.3 Propriedades Químicas Além das propriedades físicas, as placas cerâmicas possuem propriedades químicas exigíveis para todos os usos, conforme descritos nesta seção. 6.1.3.1 Resistência ao machamento A resistência às manchas aponta a facilidade de limpeza da superfície da placa. Quanto mais lisa for a superfície da peça, mais fácil é a limpeza, conforme apresentado na Tabela 5. Tabela 5 - Classes de Resistência às Manchas Tipo Características Classe 1 Impossibilidade de remoção sem danificar a peça Classe 2 Removível por ácido clorídrico, acetona e hidróxido de potássio Classe 3 Removível com produto limpeza forte Classe 4 Removível com produto limpeza fraco Classe 5 Facilmente removível Fonte: ABNT (1997) A NBR 13818 (ABNT,1997) estabelece que as placas cerâmicasesmaltadas não devem apresentar classe de limpabilidade inferior a 3, bem como ABNT 15463 (ABNT, 2013) faz a mesma exigência para os porcelanatos. A resistência ao ataque químico significa a capacidade da superfície cerâmica em manter-se inalterada quando em contato com determinadas substâncias e produtos (NBR 13818). 6.1.3.2 Resistência ao ataque de agentes químicos A resistência ao ataque químico significa a capacidade da superfície cerâmica em manter-se inalterada quando em contato com determinadas substâncias e produtos (ABNT, 1997). A resistência ao ataque químico é dividida em duas classes: a residencial, que é a resistência a produtos domésticos, obrigatória a toda placa; e a industrial, que é a resistência à ácidos fortes, concentrados e quentes, conforme apresentado na Tabela 6. Tabela 6 – Resistência ao ataque de agentes químicos Resistência química Classe de Resistência Ocorrência Elevada A GA UA Efeitos não visuais Média B GB UB Mudança acentuada no aspecto Baixa C GC UC Perda parcial ou total da superfície Fonte: ABNT (1997). A tabela 7 apresenta a resistência a agentes químicos (usos específicos). Campus Dom Luís: Av. 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Assim, as principais especificações além da cor, tamanho e tipologia são: a absorção de água, EPU, carga de ruptura, resistência a abrasão, coeficiente de atrito, dureta, resistência ao manchamento, resistência química uso doméstico, resistência química sais de piscina, resistência áciso e bases de baixa concentração e de alta concentração. A tabela 8 apresenta parâmetros para escolha do revestimento cerâmico de uso específico. Tabela 8 - Parâmetros para escolha do Revestimento Cerâmico de Uso Específico Uso Exigências específicas Absorção de Água Abrasão Manchas Ataque Químico Fachadas EPU < 0,6 mm/m 0 a 6 % > PEI 1 Classe 5 Classe A Isento de gretamento Garagem* Carga de Rupura >1200 N 0 a 10 % PEI 5 Classe 5 Classe A Resistência ao impacto Isento de gretamento EPU < 0,6 mm/m Escada e Rampa Coeficiente de atrito > 0,4 0 a 10 % PEI 5 Classe 4/5 Classe A/B Isento de gretamento EPU < 0,6 mm/m Hospital* Coeficiente de atrito > 0,4 0 a 10 % PEI 5 Classe 5 Classe A Isento de gretamento EPU < 0,6 mm/m Pisos escritórios Carga de Rupura > 900 N 0 a 10 % PEI 5 Classe 5 Classe A/B Isento de gretamento EPU < 0,6 mm/m Pisos lojas* Carga de Rupura > 1200 N 0 a 10 % PEI 5 Classe 5 Classe A/B Isento de gretamento EPU < 0,6 mm/m Piscina\sauna EPU < 0,6 mm/m 0 - 3% > PEI 1 Classe 4/5 Classe A/B Resistência ao choque térmico Coeficiente de atrito > 0,4 Banheiro BOX, Varanda, terraços e areas molhadas EPU < 0,6 mm/m 0 a 20% - Parede 0 a 10% - Piso > PEI 1 – Parede > PEI 4 - Piso Classe 4/5 Classe A/B Coeficiente de atrito > 0,4 Isento de gretamento Piso dormitórios EPU < 0,6 mm/m 0 a 10 % > PEI 3 Classe 3/4/5 Classe A/B Isento de gretamento Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 13 6.2 Juntas de assentamento (rejuntamento) As juntas de assentamento (entre placas, com argamassa e pastas para rejunte) têm por função: Vedar as juntas Permitir a substituição das peças cerâmicas Absorver deformações e evitar tensões excessivas Melhorar a aderência da camada (feito cunha) Função estética (para compensar as variações dimensionais das peças) 6.3 Juntas de controle Em interiores, sempre que a área do piso for igual ou superior a 32m² ou sempre que uma das dimensões do revestimento for maior que 8m, devem ser executadas juntas de movimentação. Em exteriores e em pisos interiores expostos diretamente à insolação e/ou umidade, as juntas de movimentação devem ser executadas sempre que a área for igual ou maior que 20m², ou sempre que uma das dimensões do revestimento for maior que 4m (ABNT, 1997). Atenção às juntas estruturais, quando previstas, devem respeitadas em toda a espessura do revestimento. Vedar as juntas Permitir a substituição das peças cerâmicas Absorver deformações e evitar tensões excessivas Melhorar a aderência da camada (feito cunha) Função estética (para compensar as variações dimensionais das peças) 7 CAMADA DE FIXAÇÃO Conforme mencionado anteriormente, a camada de fixação pode ser executada por meio de Argamassa colante (comum ou industrializada) Pasta adesiva (à base de polímeros) Cola de reação (usualmente epóxi) Entretanto, a argamassa colante industrializada é a mais aplicada e é classificada de ACI a ACIII, conforme descrito a seguir: ACI: argamassa apropriada para revestimentos internos, exceto para saunas, churrasqueiras, estufas e outros Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-196 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 Campus Dionísio Torres: Rua Israel Bezerra, 630 – Dionísio Torres – CEP: 60135-460 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3277-1633 Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Benfica - Fone: (85) 3214-8770 www.unichristus.edu.br 14 ACII: indicada para uso em ambientes externos. Possui propriedades que absorvem as influências da temperatura e umidade ACIII: é indicada para condições de altas exigências tais como fachadas, piscinas e saunas. Possui alta flexibilidade e aderência ACIIIE: indicada para aplicação de cerâmicas e porcelanatos de grandes dimensões, áreas de tráfego intenso, saunas úmidas e piscinas aquecidas
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