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Projeto de Implantação de Farmacia Hospitalar

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Universidade Federal do Pará 
Instituto de Ciências da Saúde 
Faculdade de Farmácia 
 
 
Disciplina de Farmácia Hospitalar 
Prof.ª. Dr.ª Cristiane Maia 
 
 
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALAR 
Renan Augusto Silva Seki 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belém – Pará 
2018 
1. FARMÁCIA HOSPITALAR – Conceito, Atribuições e Competências 
Conceitualmente, o Serviço de Farmácia Hospitalar passou por várias 
modificações, incorporações e construções ao longo do tempo. Em 06 de 
dezembro de 2012, por meio da Resolução nº 568, o Conselho Federal de 
Farmácia apresentou a conceituação mais recente sobre farmácia hospitalar, que 
a define como “Unidade clínico-assistencial, técnica e administrativa, onde se 
processam as atividades relacionadas à assistência farmacêutica, dirigida 
exclusivamente por farmacêutico, compondo a estrutura organizacional do 
hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de 
assistência ao paciente”. 
Vale ressaltar que as atividades desenvolvidas pela farmácia hospitalar podem 
ser examinadas sob o ponto de vista da organização sistêmica da assistência 
farmacêutica (Figura 1). O conceito assistência farmacêutica, apresentado na 
oportunidade da aprovação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, pela 
Resolução nº 338/2004 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que dita “A 
Assistência Farmacêutica trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, 
proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o 
medicamente como insumo essencial e visando ao acesso e ao uso racional, 
conjunto este, que envolve a pesquisa e o desenvolvimento e a produção de 
medicamentos e insumos, bem como sua seleção, programação, aquisição, 
distribuição, dispensação, garantia de qualidade dos produtos e serviços, 
acompanhamento e avaliação da sua utilização, na perspectiva da obtenção de 
resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população”. 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de 
Saúde (SBRAFH), dentre os vários propósitos para o Serviço de Farmácia 
Hospitalar, destaca-se “(...) contribuir no processo de cuidado à saúde, visando 
melhorar a qualidade da assistência prestada ao paciente, promovendo o uso 
seguro e racional de medicamentos e produtos para a Saúde”. Para tanto, são 
reconhecidos seis grandes grupos de atribuições substanciais da Farmácia 
Hospitalar, que são: 
1) Gestão; 
2) Desenvolvimento de infraestrutura; 
3) Preparo, distribuição, dispensação e controle de medicamentos e 
produtos para saúde; 
4) Otimização da terapia medicamentosa; 
5) Informação sobre medicamentos e produtos para saúde e 
6) Ensino, educação permanente e pesquisa. 
 
Figura 1. Esquema da Assistência Farmacêutica no âmbito hospitalar. 
Em suma, as competências da Assistência Farmacêutica Hospitalar são 
diversas e compreendem fundamentalmente as etapas centrais da assistência 
farmacêutica (seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e 
dispensação de medicamentos), as atividades das chamadas “ações 
especializadas” (conjunto de serviços clínicos, farmacovigilância, informação 
sobre medicamentos, farmacotécnica, ensino e pesquisa). 
O Quadro 1 sintetiza os objetivos da farmácia hospitalar relativos a cada 
componente do serviço. 
Quadro 1 – Objetivos da Farmácia Hospitalar por Componentes. 
Componente Objetivo da Farmácia Hospitalar 
 
Gerenciamento 
Prover estrutura organizacional e 
infraestrutura que viabilizem as ações 
da Farmácia. 
 
 
Seleção 
Definir o necessário para suprir as 
necessidades do hospital, segundo 
critérios de eficácia e segurança, 
seguidos por qualidade, comodidade e 
custo. 
 
 
 
 
 
 
Seleção 
 
Programação 
Definir especificações técnicas 
quantidade a serem adquiridas, tendo 
em vista o estoque, os recursos e os 
prazos disponíveis. 
Aquisição Suprir a demanda do hospital, tendo 
em vista a qualidade e o custo. 
 
Armazenamento 
Assegurar a qualidade dos produtos 
em estoque e fornecer informações 
sobre as movimentações realizadas. 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
Farmácia Hospitalar 
Logística 
Farmacêutica 
Controle 
de 
Qualidade 
Manipulação 
Atenção 
Farmacêutica 
Farmácia 
Clínica 
 
Distribuição 
Fornecer o pertinente em condições 
adequadas e tempestivas com garantia 
de qualidade do processo. 
 
 
Farmacotécnica 
Elaborar preparações magistrais e 
oficiais disponíveis mercado, e/ou 
fracionar especialidades 
farmacêuticas para atender às 
necessidades dos pacientes, 
resguardando a qualidade. 
 
 
Informação 
Disponibilizar informações 
independentes, objetivas e apropriadas 
sobre medicamentos e seu uso racional 
a pacientes, profissionais de saúde e 
gestores. 
 
Conjunto de serviços clínicos 
Acompanhar o uso de medicamentos 
prescritos a cada paciente, 
assegurando o uso racional. 
 
 
Ensino e Pesquisa 
Formar recursos humanos para a 
farmácia e para a assistência 
farmacêutica. Produzir informação e 
conhecimento que subsidiem o 
aprimoramento das condutas e 
práticas vigentes. 
 
2. Estrutura e Normatização da Farmácia Hospitalar 
A qualidade da prestação de serviços da farmácia hospitalar inter-relaciona-se 
com uma série de fatores e influências externas e internas ao ambiente hospitalar. 
Assim, a estruturação, a composição e o ordenamento correto do Serviço de 
Farmácia Hospitalar (SFH) são essenciais para o cumprimento de suas funções 
prioritárias e especializadas, culminando também no aprimoramento de ações 
clínico-assistenciais. 
Tendo em vista o bom desenvolvimento das atividades da Farmácia 
Hospitalar, a SBRAFH recomendou em 2007 alguns parâmetros mínimos para 
ambientes e recursos humanos, considerando alguns aspectos estruturais e 
organizacionais, além das características do hospital em que se insere. A Farmácia 
Hospitalar e de seus serviços deve ser localizada em área que facilite a provisão 
de serviços a pacientes a às unidades hospitalares. Ela deve contar com recursos 
de comunicação e transporte eficientes. 
Ainda segundo a SBRAFH, para o funcionamento adequado de uma unidade 
de Farmácia Hospitalar, devem existir prioritariamente três ambientes: Área de 
administração; Área para armazenamento; Área para dispensação e orientação 
farmacêutica. Além disso, devem ser incluídos ambientes específicos para cada 
tipo de atividade que o SFH ofereça, como manipulação magistral e oficinal, 
fracionamento, produção, radiofármacos, etc. além de um ambiente próprio para 
chefia, suporte administrativo e infraestrutura adequada (Quadro 2). 
Quadro 2 – Infraestrutura básica para o FSH 
Disponibilidade de equipamentos e instalações adequadas ao gerenciamento 
(logística e suprimentos) de medicamentos, saneantes e produtos para a saúde; 
Implantação de um sistema de gestão informatizado; 
Disponibilidade de recursos para a informação e comunicação; 
Disponibilidade de salas para prática de atividades farmacêuticas; 
Disponibilidade de serviços de manutenção, para assegurar o pleno 
funcionamento das tecnologias disponíveis e instalações físicas; 
Implantação e manutenção de sistemas de arquivo. 
 
 
Tratando-se de Recursos Humanos, o dimensionamento mínimo de 
farmacêuticos e auxiliares está diretamente relacionado com as atividades 
desenvolvidas, a complexidade do cuidado e o grau de informação e mecanização 
da unidade, conforme a SBRAFH. O Quadro 3 resume o dimensionamento 
mínimo de Recursos Humanos da Farmácia Hospitalar por área. 
Quadro 3 – Dimensionamentomínimo para Recursos Humanos no SFH. 
ÁREA RECURSOS HUMANOS 
Área de Recursos Humanos e Atividades 
básicas de dispensação para pacientes 
internados e logística de suprimentos 
1 farmacêutico para cada 50 leitos 
1 auxiliar de farmácia para cada 10 leitos 
1 almoxarife para cada 50 leitos 
Manipulação de NPT 1 farmacêutico para cada 100 leitos 
1 auxiliar de farmácia para cada 50 leitos 
Manipulação de Antineoplásicos 1 farmacêutico para cada 50 leitos 
1 auxiliar de farmácia para cada 100 leitos 
Manipulação de outras misturas 
intravenosas 
1 farmacêutico para cada 50 leitos 
1 auxiliar de farmácia para cada 100 leitos 
Manipulação Magistral e Oficinal 1 farmacêutico para cada 50 leitos 
1 auxiliar de farmácia para cada 50 leitos 
 
 
Farmácia Ambulatorial (gerenciamento, 
dispensação e controle de estoque) 
1 farmacêutico para cada 3000 pacientes 
atendidos 
1 auxiliar administrativo para cada 3000 
pacientes 
1 auxiliar de farmácia para cada 1000 
pacientes 
Orientação farmacêutica e Home Care 
(pacientes ambularoriais 
1 farmacêutico para cada 125 pacientes 
Atividades clínicas (pacientes internados) 1 farmacêutico para cada serviço clínico 
com até 60 leitos 
Fracionamento 1 farmacêutico para cada 250 leitos 
1 auxiliar para cada 50 leitos 
 
Farmácia em centro cirúrgico 
1 farmacêutico por turno 
1 auxiliar de farmácia para cada 4 salas de 
cirurgia em funcionamento, por turno 
Farmacovigilância 1 farmacêutico para cada 250 leitos 
Informação sobre medicamentos 1 farmacêutico para cada 250 leitos 
Farmacocinética 1 farmacêutico para cada 250 leitos 
Pesquisa Clínica (ensaios clínicos 1 farmacêutico para cada 250 leitos 
Para atividades não descritas acima, recomenda-se 1 farmacêutico para cada 50 leitos e 
um auxiliar para cada 10 leitos, com carga horária diária de 8 horas. 
 
A compreensão das normas e regulamentos relacionados com atividades 
desenvolvidas em âmbito hospitalar é fundamental para garantir a qualidade de 
produtos e serviços, contribuindo para a minimização dos riscos aos usuários. Em 
conformidade com o que ocorre nos sistemas e serviços de saúde, as legislações e 
normatizações de interesse na área da farmácia hospitalar destinam-se a garantir 
qualidade nos processos inerentes a esse serviço. Uma norma específica para esse 
setor é a Resolução nº 429/08, do CFF, que regulamenta o exercício profissional 
nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros 
serviços de saúde, de natureza privada ou pública. 
Desse modo, é imprescindível aos profissionais o conhecimento das normas e 
sua correta aplicabilidade. Algumas dessas normas encontram-se no Quadro 4. 
Quadro 4 – Legislação Sanitária de Interesse em Farmácia Hospitalar 
ATIVIDADE LEGISLAÇÃO SANITÁRIA RELACIONADA 
 
 
Seleção de medicamentos 
Portaria GM/MS nº 2.475, de 13 de outubro de 
2006 – Aprova a 4ª edição da Relação Nacional de 
Medicamentos Essenciais (RENAME). 
Resolução CFF nº 449, de 24 de outubro de 2006 – 
Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico na 
Comissão de Farmácia e Terapêutica. 
Seguimento Farmacoterapêutico 
e Farmacoepidemiologia 
Portaria GM/MS nº 2.616, de 12 de meio de 1998 – 
Cria o Programa de Controle de Infecção 
Hospitalar. 
 
 
 
 
 
Farmacotécnica 
Portaria MS/SNVS nº 272, de 08 de abril de 1998 – 
Aprova o Regulamento Técnico para fixar os 
requisitos mínimos exigidos para a Terapia 
Nutricional Parenteral. 
RDC ANVISA nº 45, de 12 de março de 2003 – 
Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas 
Práticas de Utilização das Soluções parenterais (SP) 
em Serviços de Saúde. 
RDC ANVISA nº 220, de 21 de setembro de 2004 – 
Aprova o Regulamento Técnico de funcionamento 
dos serviços de Terapia Antineoplásica. 
RDC ANVISA nº 67, de 08 de outubro de 2007 – 
Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de 
Preparações Magistrais e Oficinais para uso 
humano em farmácias 
 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento 
RDC ANVISA nº 67, de 08 de outubro de 2007 – 
Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de 
Preparações Magistrais e Oficinais para uso 
humano em farmácias 
Portaria MS/SVS nº 763, de 10 de outubro de 1998 
– Autoriza em caráter excepcional, a importação de 
produtos, unicamente para uso hospitalar. 
Portaria GM/MS nº 3.916, de 30 de outubro de 
1998 – Aprova a Política Nacional de 
Medicamento. 
RDC ANVISA nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 – 
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para 
planejamento, programação, elaboração e avaliação 
de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais 
de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aquisição 
Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993 – 
Regulamenta o artigo 36, inciso XXI, da 
Constituição Federal. Institui normas para 
licitações e contratos de administração pública e dá 
outras providências. 
Portaria GM/MS nº 1.818, de 02 de dezembro de 
1997 – Recomenda que nas compras de licitações 
públicas de produtos farmacêuticos realizadas nos 
níveis federal, estadual e municipal pelos serviços 
governamentais, conveniados e contratados pelo 
SUS, sejam incluídas exigências sobre requisitos de 
qualidade a serem cumpridas pelos fabricantes e 
fornecedores destes produtos. 
Lei Federal nº 10,520, de 17 de julho de 2002 – 
Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, nos termos do artigo 37, 
inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de 
licitação denominada pregão, para aquisição de 
bens e serviços comuns, e dá outras providências. 
Portaria GM/MS nº 375, de 28 de fevereiro de 2008 
– Institui, no âmbito do SUS, o Programa Nacional 
Para Qualificação, Produção e Inovação em 
Equipamentos e Materiais de Uso em Saúde no 
complexo industrial da saúde. 
 
 
 
Portaria MS/SVS nº 344, de 12 de maio de 1998 – 
Aprova o Regulamento Técnico sobre Substâncias 
e Medicamentos Sujeitos a Controle Especial. 
Aquisição, Armazenamento e 
Distribuição 
Portaria ANVISA nº 328, de 22 de julho de 1999 – 
Dispõe sobre requisitos exigidos para a dispensação 
de produtos de interesse à saúde em farmácia e 
drogaria. 
 
 
Ensino e Pesquisa 
Resolução CNS nº 196, de 10 de outubro de 1996 – 
Aprova as Diretrizes e Normas Regulamentadoras 
de Pesquisa envolvendo seres humanos. 
Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008 – 
Dispõe sobre o estágio de estudantes, e dá outras 
providências. 
 
3. IMPLANTAÇÃO 
O Hospital Geral de Barcarena, no qual será implantado o sistema de Farmácia 
Hospitalar, é um hospital que atenderá uma grande demanda de pacientes, visto 
que sua localização contempla o atendimento dos municípios de Barcarena, 
Abaetetuba e arredores. O HGB é um hospital geral, e suas unidades gerais são 
definidas como hospital que dá assistência de várias especialidades clínicas e 
cirúrgicas, das mais variáveis áreas, como cardiologia, pediatria, ortopedia, 
psiquiatria, urologia, dentre outras. E sua unidade especializada fica responsável 
de cuidar somente pacientes portadores de doenças oncológicas e imunológicas 
graves. 
O setor oncológico caracteriza-se como unidade de pacientes em estado 
crônico e acompanha pacientes cujo estado clínico esteja estável. Sua área geral é 
dpermanência e internação é de no máximo 60 dias. 
O HGB conta com uma estrutura física multibloco. Os serviços estão 
distribuídos em edificações de pequeno ou médio porte, que podem estar ou não 
interligados (Figura 2). 
 
Figura 2. Estrutura física em multiblocos do HGB. 
No Bloco 1 fica a recepção do HGB, junto ao ambulatório, Centro de Terapia 
Intensiva (CTI), Unidade de Terapia Intensiva(UTI), centro cirúrgico de 
ENTRADA ENTRADA 
ESTACIONAMENTO 
BLOCO 2 
BLOCO 1 
BLOCO 6 
BLOCO 5 BLOCO 3 BLOCO 4 
E
N
T
R
A
D
A
 
E
S
T
A
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N
A
M
E
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T
O
 
emergência, farmácia satélite, leitos, pronto-socorro e outras salas necessárias 
para seu bom funcionamento. 
No Bloco 2 está situado a pediatria, maternidade, farmácia satélite, berçário e 
outros leitos. 
No Bloco 3 está lotado o setor de oncologia, radioterapia e farmácia satélite, 
principalmente. 
No Bloco 4 fica a Farmácia Central (FC), que reúne dispensação e também 
área para manipulação. Sua estrutura física e os profissionais que nela atuam 
obedecem criteriosamente às exigências estabelecidas pela RDC 50/2002, RDC 
272/1998, RDC 300/1997. RDC 288/ 1996, RDC 214/2006, além das Portarias 
2616/1998 e 344/1998, e a FC está interligada as outras cinco farmácias satélites. 
A área física das farmácias compreende um total aproximado de 750 m², o que 
significa 1,48 m² por leito, área acima do recomendado pela OMS, que determina 
área mínima de 1,2 m²/leito. 
Constituído de 100 leitos, que são divididos entre os blocos de acordo com a 
necessidade de cada setor, podem ser melhor visualizado no Quadro 5. 
Quadro 5 – Quantidade de leitos de acordo com os setores do HGB. 
ESPECIFICAÇÃO LEITOS 
Unidade de Internação 40 
UTI Adulto 5 
Oncologia 10 
Unidade Coronariana 5 
UTI Pediátrico 5 
Neonatal 10 
Emergência 20 
Total 100 
 
A farmácia hospitalar possuirá uma estrutura organizacional que se divida em 
cinco unidades. As unidades possuem características próprias de dispensação de 
medicamentos e rotinas pré-definidas através de Procedimentos Operacionais 
Padrão (POP). 
Inicialmente, o objetivo da implantação a um curto prazo é de uma Farmácia 
Central bem estabelecida, com pelo menos 3 farmacêuticos. Um estará 
responsável pelo CIM e atuação na área clínica, outro para a parte administrativa, 
gerenciamento CAF e o outro farmacêutico para a demanda dos 40 leitos. Já a 
longo prazo, o objetivo é a implantação das farmácias satélites, e contratação de 
mais colaboradores para o funcionamento dos outros setores. 
A infraestrutura reúne Farmácia Central, farmácias satélites do Centro 
Cirúrgico/Centro Obstétrico e Pronto Socorro, Fracionamento e Central de 
Atendimento Farmacêutico (CAF). 
A área física atual compreende: 
 Farmácia Central: 670,48 m² 
 Farmácia satélite Centro Cirúrgico e Obstétrico: 20,12 m² 
 Farmácia Satélite Pronto Socorro: 20,03 m² 
 Farmácia satélite Oncologia e Radioterapia: 20 m² 
 Farmácia satélite Cardiologia e Hemodiálise: 20,12 m² 
As farmácias satélites do Pronto Socorro, do Centro Cirúrgico/Centro 
Obstétrico, Oncologia e Cardiologia estão localizadas em pontos estratégicos que 
visam agilizar o trabalho da equipe técnica de saúde com maior eficácia na 
dispensação dos medicamentos e materiais médico-hospitalares, favorecendo a 
otimização do atendimento aos pacientes. As farmácias satélites não possuem 
estrutura para manipulação de produtos, seja de qual for a categoria. Nelas 
ocorrem apenas a dispensação dos produtos acabados oriundos da manipulação, 
produtos industrializados e correlatos de acordo com a necessidade do setor 
cabível a mesma. 
A Farmácia Central é subdividida em 16 setores: 02 recepções, 02 vestuários 
com banheiros, 01 sala de reunião, 01 sala de preparação de estéreis, 01 câmara 
frigorífica, 01 sala de distribuição, 01 sala de fracionamento, 01 sala da 
administração, 01 sala da direção, 01 sala de material de limpeza e 01 armazém 
principal e 03 áreas de manipulação (Figura 3). 
4. Funcionamento da Farmácia e Equipe de Farmacêuticos 
A Farmácia Hospitalar do HGB funciona 24 horas com atendimento 
ininterrupto a todos os pacientes internados e ambulatoriais. O sistema de 
distribuição de medicamentos utilizados no hospital é o Sistema de Dispensação 
por Dose Unitária, onde a prescrição médica é dispensada para cada paciente por 
turnos, ou seja, os medicamentos são entregues conforme prescrição médica para 
cada paciente individualizado, proporcionando o uso racional dos medicamentos 
e favorecendo a terapêutica. 
A Farmácia Central situada no Bloco 4 compreende o maior número de 
farmacêuticos, pois todas as farmácias satélites dependem dela. Para a parte de 
dispensação e demais atributos cabíveis ao farmacêutico, a FC conta com cinco 
farmacêuticos. 
Ainda no Bloco 4 onde há as áreas de manipulação, contará outros dois 
farmacêuticos, que irá trabalhar no setor de manipulação oncológica e 
manipulação na FC, onde contará com o auxílio de seis técnicos. 
As farmácias satélites dos Blocos 2, 4 e 5 contarão também os três 
farmacêuticos. Ao todos, o HGB contará com doze farmacêuticos. 
 
Figura 3. Planta 3D Farmácia Hospitalar. 
 
5. REFERÊNCIAS 
SILVA, Cleiton Bueno da. FARMÁCIA HOSPITALAR, SEGUNDO 
MODELO DE GESTÃO DOS HOSPITAIS PÚBLICOS. [Manuscrito]. 
Universidade Federal de Goiás, 2016. 
SBRAFH – Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde. 
Padrões mínimos para farmácia hospitalar e serviços de saúde. Goiânia, 2007. 
GOMES M. J. V. M.; REIS A. M. M. Farmácia hospitalar: histórico, objetivos 
e funções. Ciências farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar. 
São Paulo: Ed. Atheneu, 2000. 
MAIA NETO, J. F. Farmácia Hospitalar e suas interfaces com a saúde. 1. ed. 
São Paulo: RX, 2005.

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