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* TÓPICOS NA PRODUÇÃO DE SEMENTES Acadêmico: Ígor Sartori Professor: Marcos Paulo Ludwig IBIRUBÁ, 2017 * A SEMENTE É indutora de novas tecnologias; Garante o valor agregado pela pesquisa; Garante os ganhos de produtividade; É veículo para erradicação ou prevenção de doenças e pragas e evita sua proliferação; Parcela muito reduzida no custo total da lavoura; * Produtividade Lucratividade Gene Específico SEMENTE COMO A BASE DA AGRICULTURA * CARACTERÍSTICA DO MERCADO * PRODUTOR DE SEMENTE AGRICULTOR PESQUISA ELO ENTRE A PESQUISA E O AGRICULTOR * SISTEMA DE SEMENTES NO BRASIL Pesquisa Genética / Básica Básica C 1 C2 S1 S2 Produtor de Sementes Agricultor Produto Comercial * SUSTENTABILIDADE DA PESQUISA Venda de sementes Royalties Licenciamento Pesquisa Geração de soluções Produtor de Sementes Multiplicação de soluções Produção agrícola Demanda Soluções Uso das soluções Resultados Compra de sementes * TEMPO LONGO PARA MELHORAR UMA SEMENTE Anos * TEMPO LONGO PARA CRIAR UM ATRIBUTO (TRAIT) COM BIOTECNOLOGIA Introgressão em germoplasma Pesquisa básica Tempo Incerto ...?... Seleção de Evento Elite Produção de Eventos Prova de Conceito Produção de eventos Anos * Saúde Humana Saúde Animal Caracterização Meio Ambiente TEMPO LONGO PARA MELHORAR UMA SEMENTE * Players do Mercado de Sementes * Relação entre os elos da cadeia * Definições e Conceitos – Comercialização de Sementes Licenciada: Quando um Obtentor de Germoplasma licencia um multiplicador de sementes para multiplicar e comercializar as suas cultivares. Verticalizada: Quando a mesma empresa avança na cadeia de sementes, sendo “dona” do germoplasma e responsável pela multiplicação e comercialização. Também há casos onde a mesma empresa é “dona” do trait biotecnológico e atua no mercado de agroquímicos. Própria: Quando o produtor guarda sua semente para uso na safra subsequente. Neste caso ele está protegido pela Lei de Proteção de Cultivares, mas precisa ter registro no MAPA e não pode oferecer em nenhum caso a outro produtor. * LICENCIADA VERTICALIZADA * Cenário de Origem da Semente (Soja no Brasil) * Definições e Conceitos - Sementes Semente Certificada: Semente produzida e comercializada por produtores registrados pelo MAPA (RENASEM). Certificação de sementes. Garante que a semente foi produzida de forma que se possa conhecer com certeza sua origem genética e que cumpre com condições fisiológicas, sanitárias e físicas pré-estabelecidas. Semente Salva: Semente não fiscalizada pelo MAPA. Salva Legal: reservada pelo produtor, por direito conferido pela Lei de Proteção de Cultivares para o plantio na safra subsequente. É proibida venda, troca e permuta. Pode ser transportada apenas com autorização do MAPA. Não existe um consenso no MAPA do que é safra subsequente. Salva Ilegal (Pirata): reservada pelo produtor, sem o devido registro no MAPA ou sem registro adquiridas de terceiros. * Marco Legal Atual Propriedade Intelectual Lei de Patentes (9.279 de 14/05/96) Lei de Proteção de Cultivares ( 9.456 de 25/04/97) Agrega anualmente novas e melhores cultivares de soja, que possibilitam, em média, um acréscimo de produtividade de 2,5% por ano. Produção e Comércio Lei de Sementes (10.711 de 05/08/03) Biossegurança e Biotecnologia Lei de Biossegurança (11.105 de 24/03/2005) * TIPOS DE SEMENTE INFORMAL SEMENTE DE USO PRÓPRIO (SALVA) Reservada pelo agricultor para seu uso PIRATA OU BOLSA BRANCA (ILEGAL) Produzida e vendida fora do sistema Não autorizada ou não fiscalizada CONTRABANDEADA * O QUE MOTIVA A PIRATARIA Tentativa de agregar valor ao grão (oportunismo) Dificuldades de fiscalização Falhas na Legislação Fiscalização dificultada (falta de recursos) Prioridade e foco Impunidade pela infração Mercado crescente com valor elevado * O QUE MOTIVA A “SEMENTE SALVA” Tradição Familiar ou Regional Tentativa de redução de custos Escassez de sementes ou cultivares Preços acima do valor aceito pelo mercado Baixa qualidade da semente comercial * OS RISCOS PARA AGRICULTOR Fitossanitários Disseminação de pragas e doenças Pureza genética Misturas, baixo desempenho, desuniformidade Adaptação regional Queda na produtividade Cultivar falsificada Baixa qualidade fisiológica da semente Distanciamento da tecnologia e treinamento Baixa produtividade * OS RISCOS PARA AGRICULTURA Desestruturação da pesquisa Desestruturação do parque sementeiro Vulnerabilidade a novas pragas e doenças Evasão de impostos Redução de produtividade Perda de competitividade externa * SEMENTE FORMAL X SEMENTE INFORMAL A PIRATARIA CONTINUA EM NÍVEIS ASSUSTADORES; SEMENTE INFORMAL - 50% DO MERCADO DE SEMENTES DO PAÍS; SOJA (60%); ALGODÃO (44%); ARROZ (40%) ; FEIJÃO (13%); TRIGO (66%); EXIGÊNCIAS QUE O PRODUTOR DE SEMENTE FORMAL TEM QUE CUMPRIR: GARANTIR A IDENTIDADE E A QUALIDADE DA SEMENTE; INVESTIR EM UNIDADES DE BENEFICIAMENTO; CONTRATAR TÉCNICOS ESPECIALIZADOS; INSCREVER CAMPOS NO MAPA; RECOLHER INÚMERAS TAXAS; PAGAR ROYALTIES; MANTER A PESQUISA; RECOLHER IMPOSTOS AOS COFRES PÚBLICOS, ETC. O FOCO DA FISCALIZAÇÃO TEM QUE SER NA INFORMALIDADE; - SALVA ILEGAL, PIRATA, CONTRABANDEADA E NO USUÁRIO. * CONCLUSÕES O Sistema Nacional de Sementes é estratégico para o Brasil; O potencial agrícola do Brasil depende do uso de semente melhorada; A semente é o insumo básico em qualquer sistema de produção agrícola; * Custo da Semente representa ainda uma parcela muito pequena quando comparada aos demais insumos agrícolas; A crescente queda na taxa de utilização de sementes das principais culturas é preocupante e tem reflexos diretos em todo o sistema; Governo e empresas devem trabalhar juntos contra a informalidade. CONCLUSÕES * Cada vez mais grandes multinacionais abraçam todo o sistema de produção, sendo a semente o ponto estratégico para elas. Tomar posse e agregar para si este pilar da produção, garante mais lucro e disseminação das suas tecnologias, tornando-as hegemônicas, como no sistema verticalizado, onde a produtora de sementes apenas cumpre um contrato de serviço. CONCLUSÕES * O licenciamento ainda é uma forma da produtora de sementes ter autonomia perante ao mercado, por ela disponibilizar a semente com sua marca, pagando apenas o royalties pelo licenciamento da cultivar e tecnologia. Desta forma, ela está sujeita as interpéries e competitividade do comércio e livre mercado, buscando a mesma sempre oferecer um produto de alta qualidade. CONCLUSÕES * A dinâmica da comercialização de sementes passa pela criação e desenvolvimento de novas cultivares, pela produção das sementes e pela comercialização propriamente dita. Neste sentido, há no país uma forte tendência de os distribuidores atuarem na comercialização de sementes, o que se deve à importância que este elo da cadeia está reservando à semente. Atualmente, o cartão de visitas de uma distribuidora apresenta com letras destacadas que esta comercializa sementes das melhores cultivares. A semente em primeiro lugar, depois vêm as outras coisas. CONCLUSÕES * QUAL SERÁ O PAPEL DA MULTINACIONAL DAQUI UNS ANOS?? BENÉFICO PARA O AGRONEGÓCIO OU NÃO? PARA QUEM? PARA O GANHO DE TECNOLOGIA OU PARA CONCENTRAR AINDA MAIS O PODER E DETENÇÃO DE TECNOLOGIA E PRODUÇÃO NA MÃO DE POUCOS? E O PRODUTOR?? CONCLUSÕES * SERÁ O PRODUTOR DE SEMENTES E O BENEFICIADOR APENAS RESTRITO A UMA ESPÉCIE DE INTEGRAÇÃO E PRESTAOR DE SERVIÇO?? QUAL SERÁ SUA AUTONOMIA?? PARA O MERCADO DE SEMENTES O QUE SERIA IDEAL NESSE SENTIDO? CONCLUSÕES * TÓPICOS NA PRODUÇÃO DE SEMENTES IBIRUBÁ, 2017 * *