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AULA 5 IMUNOLOGIA HIPERSENSIBILIDADE

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Imunologia 
Profª. Maria Carolina – Farmacêutica Generalista
ESCOLA TÉCNICA ALVORADA
CURSO DE FARMÁCIA
1
DIA 14/04
TEMA DA AULA: HIPERSENSIBILIDADE
HIPERSENSIBILIDADE
Reações excessivas, indesejáveis (danosas, desconfortáveis e às vezes fatais) produzidas pelo sistema imune normal;
Requerem um estado pré-sensibilizado (imune) do hospedeiro. Reações de hipersensibilidade podem ser divididas em quatro tipos: tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV;
Frequentemente, uma condição clínica particular (doença) pode envolver mais de um tipo de reação. 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 1
Também conhecida como imediata ou hipersensibilidade anafilática;
A reação pode envolver pele (urticária e eczema), olhos (conjuntivite), nasofaringe (rinorréia, rinite), tecidos broncopulmonares (asma) e trato gastrointestinal (gastroenterite);
A reação normalmente leva 15 - 30 minutos para o período de exposição ao antígeno, embora às vezes possa ter início mais demorado (10 - 12 horas);
Hipersensibilidade imediata é mediada por IgE. O componente primário celular nessa hipersensibilidade é o mastócito ou basófilo;
 Uma biópsia do local da reação demonstra principalmente mastócitos e eosinófilos.
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 2
 Também é conhecida como hipersensibilidade citotóxica e pode afetar uma variedade de órgãos e tecidos;
Os antígenos são normalmente endógenos, embora agentes químicos exógenos (haptenos) que podem se ligar a membranas celulares podem também levar a hipersensibilidade tipo II;
Anemia hemolítica induzida por drogas, granulocitopenia e trombocitopenia são exemplos;
O tempo de reação é minutos a horas; 
A hipersensibilidade tipo II é primariamente mediada por anticorpos das classes IgM ou IgG e complemento;
A lesão contém anticorpos, complemento e neutrófilos. Testes diagnósticos incluem detecção de anticorpos circulantes contra tecidos envolvidos e a presença de anticorpos e complemento na lesão (biópsia) por imunofluorescência;
Tratamento envolve agentes anti-inflamatórios e imunossupressores.
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 3
Também conhecida como hipersensibilidade imune complexa. A reação pode ser geral (ex. doença do soro) ou envolve órgãos individuais incluindo pele (ex. lúpus eritematoso sistêmico, reação de Arthus), rins (ex. nefrite do lúpus), pulmões (ex. aspergilose), vasos sanguíneos (ex. poliarterite), juntas (ex. artrite reumatóide) ou outros órgãos;
Esta reação pode ser o mecanismo patogênico de doenças causadas por muitos microrganismos;
A reação deve levar 3 - 10 horas após exposição ao antígeno;
São na maioria de classe IgG, embora IgM possa estar também envolvida. O antígeno pode ser exógeno (bacteriano crônico, viral ou infecções parasitárias), ou endógeno (autoimunidade não órgão-específica: ex. lúpus eritematoso sistêmico, LES);
O dano é causado por plaquetas e neutrófilos. A lesão contém primariamente neutrófilos e depósitos de complexos imunes e complemento;
A afinidade do anticorpo e tamanho dos complexos imunes são importantes na produção de doença e na determinação do tecido envolvido.
O diagnóstico envolve exame de biópsias do tecido para depósitos de Ig e complemento por imunofluorescência. O tratamento inclui agentes anti-inflamatórios. 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 4
Também conhecida como mediada por células ou hipersensibilidade tardia;
A lesão é caracterizada por calosidade e eritema;
A hipersensibilidade tipo IV está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas (tuberculose, lepra, blastomicose, histoplasmose, toxoplasmose, leishmaniose, etc.) e granulomas devido a infecções e antígenos estranhos;
Hipersensibilidade tipo IV pode ser classificada em três categorias dependendo do tempo de início e apresentação clínica e histológica;
Os mecanismos de dano na hipersensibilidade tardia incluem linfócitos T e monócitos e/ou macrófagos. Células T citotóxicas causam danos diretos enquanto que células auxiliares T (TH1) secretam citocinas que ativam células T citotóxicas e recrutam e ativam monócitos e macrófagos, que causam a maioria das lesões. As lesões da hipersensibilidade tardia contêm principalmente monócitos e algumas células T;
 Corticosteróides e outros agentes imunossupressores são usados no tratamento. 
O que é a alergia?
A alergia é uma reação anormal do organismo que responde de forma exagerada ao entrar em contato com substâncias provenientes do exterior a que normalmente a maioria das pessoas não reagem. Estas substâncias chamam-se alergênicos ou alérgenos;
Uma reação alérgica é então uma tentativa de defesa exagerada ou de hipersensibilidade do sistema imunológico, que ocorre em pessoas geneticamente predispostas, às quais chamamos atópicos ou alérgicos;
Não se sabe muito bem porquê alguns indivíduos alérgicos o são a umas ou outras substâncias (alérgenos), como pólen, ácaros, alimentos, epitélios de animais, fármacos ou produtos industriais, entre outros.
Sintomas da alergia
CAUSAS
Diagnóstico
Para o diagnóstico da alergia é importante a história clínica do paciente. O paciente deve informar o especialista sobre as condições ambientais que o rodeiam (residência, trabalho, contato com animais...), os fatores desencadeantes de sintomas, antecedentes familiares de alergia, etc.
Os métodos mais utilizados no diagnóstico da causa da doença são os seguintes:
Testes cutâneos
Baseiam-se em reproduzir na pele a resposta inflamatória alérgica. Os alergênios a testar são selecionados de acordo com a história clínica do paciente e a prevalência de sensibilização no seu habitat. 
Realizam-se depositando uma gota do alergênio sobre a pele do paciente e sobre cada gota pressiona-se com uma lanceta. Se no local em que se depositou o alergênio surgir uma reação cutânea em forma de pápula, significa que o paciente tem uma reação ao alergênio e que este pode ser o responsável por determinados sintomas.
Determinação de IgE específica ou RAST
São análises especiais ao sangue, realizam a detecção de imunoglobulinas E específicas (anticorpos que intervêm na reação alérgica) do alergênio ou dos alergênios suspeitos de causar os sintomas.
Testes de provocação
Põe-se o paciente em contato com a substância suspeita de provocar a alergia, com o objetivo de provocar os sintomas que apresenta no órgão de choque (nariz, olhos, brônquios). São úteis para diagnosticar a alergia a medicamentos, alimentos e aditivos. São utilizados em ensaios clínicos, em investigação e em alguns casos em particular.
Tratamento
PREVENÇÃO E RECOMENDAÇÕES
Recomendações para pacientes alérgicos a pólens:
Evitar saídas ao ar livre nos dias de máxima polinização ou em dias de muito vento.
Em casa, evitar manter as janelas abertas durante as horas de sol e durante a noite. Podem abrir-se ao entardecer. A madrugada é o momento em que os pólenes são mais abundantes.
O ar condicionado em casa é útil, se utilizar filtros adequados que evitem a penetração do pólen na habitação.
Proteger os olhos do contato direto com o ar através da utilização de óculos.
Em viagens de automóvel evitar as janelas abertas. Utilizar o ar condicionado.
Consultar o seu alergologista no caso de ter de fazer uma viagem.
Levar consigo medicação sintomática.
Medidas para eliminar as alergias aos ácaros em casa:
Ventile bem a casa e mantenha-a a uma temperatura baixa e seca. Os ácaros reproduzem-se melhor a temperaturas superiores a 24 graus centígrados e com um índice de humidade superior a 50%.
Elimine mantas e tapetes. O pó assenta nos tapetes, se for possível, retire-os.
Evite a acumulação de pó em cortinas, estofos de sofás, cadeiras e almofadas.
Limpe o pó com panos úmidos na limpeza diária.
Evite animais de pêlo ou penas em casa.
Utilize tintas plásticas laváveis.
Nos quartos recomenda-se que mude com frequência lençóis, pijamas, capas de colchão e almofadas.
Utilize colchões, somiers e almofadas de materiais anti-ácaros. São materiais especiais “não alergénicos” ou sintéticos. 
Às pessoasalérgicas a ácaros de armazém, recomenda-se evitar a exposição a:
Armazéns de grão, farinhas, comidas de animais.
Armazéns de frutos secos, carne e peixe seco, armazéns de queijos, ovos.
Para reduzir os fungos em casa recomenda-se:
Manter a umidade da casa o mais baixa possível, o ideal é que esteja abaixo de 50%.
Abrir a janela da casa de banho depois do banho, para permitir que a umidade que se formou saia facilmente.
Evitar a utilização de tapetes no local de banho e caves e retirar qualquer tapete bolorento.
Os desumidificadores ou ar condicionado com filtros adequados são eficazes para reduzir a umidade ambiental.
Não se recomenda a limpeza com aparelhos que utilizem vapor.
Evitar guardar roupa ou calçado úmido em armários ou zonas com pouca ventilação.
Não deixar alimentos fora do frigorífico por muito tempo e eliminar o lixo com frequência.
Não ter plantas de interior.
EXERCÍCIOS
1) Quais os achados celulares em cada tipo de Hipersensibilidade?
2) O que é alergia?
3) Cite alguns sintomas característicos da alergia.
4) Como é feito o diagnóstico?
5) Como é feito o tratamento?
 
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