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P1 DIREITO EMPRESARIAL IV

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KEVIN LÉLIS PACHECO 
AULA 21/02/18 
Crise empresarial 
1.1 – Introdução: 
A crise empresarial pode ser fatal, gerando prejuízos não só para empreendedores e 
investidores que empregam capital no seu desenvolvimento, como para os credores, 
significando desemprego, diminuição na arrecadação de impostos e sérios problemas 
para economia. 
1.2 – Tipos de crise: 
a) Crise econômica: retração considerável nos negócios desenvolvidos pela 
sociedade empresária. 
b) Crise financeira: quando a sociedade não tem caixa para honrar seus 
compromissos; é a crise de liquidez. A exteriorização da crise financeira é a 
impontualidade. 
c) Crise patrimonial: é a insuficiência de bens no ativo para atender à satisfação 
do passivo. 
1.3 – Solução de mercado: as empresas em crise tendem a recuperar-se por iniciativa 
de empreendedores ou investidores que identificam uma alternativa de investimento 
atraente, apesar do estado crítico da empresa. 
1.3.1 Obstáculo para a negociação: valor idiossincrático da empresa: é o atribuído 
exclusivamente pelo seu dono, valorizando sua empresa de um modo bem 
particular, resistindo à realidade dos negócios. 
2.1 – Parte histórica. 
 Lei previa a execução sobre o corpo do devedor. 
 XII Tábuas: civilização romana: o devedor podia ser vendido como escravo no 
estrangeiro. 
 326 A.C: grande marco histórico do sistema de execução judicial. 
Com a promulgação da LEX POETECIA PAPIRIA, proíbe-se expressamente a venda ou 
a morte do devedor, significando dizer que, a partir daquele momento, a única garantia 
do credor seria o patrimônio do devedor. 
2.2 – Origem: o termo falência vem do latim, FALLERE, que significa faltar. Como 
sinônimo de falência, costumeiramente, é utilizada a expressão “quebra”. 
2.3 – Conceito de falência: falência é o processo judicial de execução concursal do 
patrimônio do devedor empresário, que normalmente é uma pessoa jurídica revestida da 
forma de sociedade limitada ou anônima. 
AULA 28/02/18 
KEVIN LÉLIS PACHECO 
Obs: Se o devedor desprovido de recursos para pagar as dívidas é empresário, a 
execução concursal será a falência (Lei 11.101/05). Se, porém, o devedor explora sua 
atividade econômica sem empresarialidade, a execução concursal será insolvência 
(CPC). 
2.4 – Aspectos da falência: 
a) Estático: é a situação do devedor empresário que não consegue pagar pontualmente 
seu débito. 
b) Dinâmico: é um processo de execução coletiva, instituído por força da lei em 
benefício dos credores. 
Obs: perceba-se que, na falência, há presunção de insolvência, que por seu turno é 
diferente do inadimplemento, pois este é um fato relativo à própria pessoa, enquanto 
que a insolvência é um estado que diz respeito ao patrimônio. 
2.5 – Sujeito Passivo (quem pode sofrer a falência): 
Empresários individuais e Sociedades Empresárias – também referidos como devedor – 
art. 1º, LF. 
Obs: Não podem sofrer falência: sociedade simples; cooperativas; profissional 
liberal; associação beneficente; fundação.  Não se trata de exceções, são apenas 
entidades que não são consideradas empresárias. 
 2.5.1 – Tipos de exclusão: aqui sim se trata da exceção. São sociedades 
empresárias, mas que não podem sofrer falência. 
a) Exclusão total ou absoluta: quando a sociedade empresária nunca 
puder falir. Nunca poderão falir. 
 a.1 – empresa pública e sociedade de economia mista.  As 
questões podem trazer os nomes das sociedades e perguntar se poderão ou não 
falir. 
 a.2 – câmaras ou prestadoras de serviços de compensação e 
liquidação financeira. – Art. 194, Lei de Falências. 
 a.3 – Entidades fechadas de previdência complementar. – art. 47, 
da LC 109/01. A fechada é aquela previdência social privada que a empresa faz 
só para os funcionários dela. 
b) Exclusão parcial ou relativa: quando a sociedade empresária puder 
falir apenas em determinadas hipóteses. – Art. 2º, II, Lei de Falências. Aqui são 
as entidades abertas, aquelas que não são somente para um grupo, como os 
funcionários de uma empresa específica. Apesar de a lei dizer que elas NÃO 
podem falir, a doutrina e jurisprudência entendem que, em não alcançando certos 
KEVIN LÉLIS PACHECO 
objetivos (passar por uma recuperação administrativa (extrajudicial) e ainda 
assim não conseguir se recuperar), é possível a falência. 
 b.1) Companhias de seguro – Sociedade de seguradoras. – Art. 
26, DL 73/66. 
O artigo primeiro trata como devedores todas as sociedades empresárias e 
empresários que podem ser sujeitos passivos da falência: “doravante referidos...”. 
As empresas do inciso I do artigo 2, realmente NUNCA poderão sofrer falência, 
absolutamente. 
A lei fala no inciso seguinte sobre exceções, mas nos casos deste inciso, elas 
podem sim sofrer falência. 
 b.2) Entidades abertas de previdência complementar. LC 109/01, art. 73. 
 b.3) Operadoras de plano de assistência à saúde. Lei 9.656/98, art. 23. 
ANS vai regular isto. 
 b.4) Instituições Financeiras. Lei 6.024/74 – Art. 12, “d”. 
 b.5) Consórcio. Lei 5.768/71. 
b.6) Cooperativas de crédito são Equiparadas às instituições financeiras. 
Ex: SICOB, UNIMED. 
b.7) Sociedade de capitalização. SUSEP que fiscaliza. DL 261/67. 
SUJEITO ATIVO 
 2.6 – Sujeito Ativo – art. 97, LF. 
 a) Próprio Devedor – art. 105 a 107, LF. Ele pode pedir falência, porém é 
incomum na prática. 
 b) O Credor – é o que mais ocorre, pois é o maior interessado no 
pagamento das dívidas. 
  É admitido o litis consórcio ativo. Somar o crédito de um 
credor com outro credor para alcançar os requisitos para pedir o título protestado, por 
exemplo. 
 Se for empresário, deve comprovar a regularidade do registro. 
– art. 97, § 1º, LF. O passivo é obrigatório ser sociedade 
empresária ou empresário, mas para pedir a falência (sujeito 
ativo) não precisa, pode ser qualquer pessoa. 
 Se domiciliado no exterior, deve prestar caução destinada a 
cobrir eventuais custas, caso venha a ser delegada a falência. Isto 
KEVIN LÉLIS PACHECO 
é, se uma empresa não tem competência territorial nacional, o art. 
97, § 2º, determina que ela deposite em juízo o valor referente às 
custas. Se ganhar, já está depositado, mas se perder o judiciário 
devolve. Isso é pela dificuldade de ir buscar esse pagamento no 
exterior. 
 c) Cônjuge sobrevivente, herdeiro ou inventariante do devedor. Trata-se 
da hipótese de morte do empresário individual. 
 d) Sócio ou acionista da sociedade empresária. Será cabível quando a 
maioria dos sócios não considera viável um pedido de falência, e um ou alguns 
minoritários entendem diferente. Se o sócio for majoritário, não seria ele quem iria 
pedir, mas a empresa. No caso do minoritário, ELE pede. Caso o majoritário peça, seria 
como a letra “a)”, porque seria o “próprio devedor” pedindo a falência (também 
chamada de autofalência). 
 2.7 – Foro competente: o art. 3º dispõe que é competente para homologar o 
plano de execução extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o 
juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial da empresa que tenha 
sede no Brasil. 
OBS1: O STJ decidiu que a noção de principal estabelecimento não se trata da matriz 
administrativa ou contratual da empresa, mas sim do local onde o devedor concentra o 
maior número de negócios. 
OBS2: quando o devedor for sociedade estrangeira a competência também será em 
função do principal estabelecimento, levando-se em conta as filiais situais no Brasil. 
 2.8 – É o critério que determina qual o juízo competente para apreciar o 
processo, que consiste no que primeiro conheceu a causa. 
OBS3: Art. 6, §8º, LF  distribuído o pedido de falência, dá-se a prevenção do juízo, o 
qual passaráa ser competente para a apreciação de qualquer pedido posterior de falência 
relativo àquele devedor. 
OBS4: Juízo Universal – Art. 76, LF. Significa que todas as ações referentes aos bens, 
interesses e negócios da empresa falida serão julgadas e processadas pelo juízo perante 
o qual tramita o processo de execução concursal. 
OBS5: Aptidão Atrativa do juízo falimentar. – A lei conferiu competência para 
conhecer todas as medidas judiciais de conteúdo patrimonial relativo à massa falida. 
 2.8.1 – Exceções: ações que se manterão no juízo em que tramitam. 
 a) Quando a massa falida for autora ou litisconsorte ativa. 
 b) Ações que demandarem quantia ilíquida se manterão no juízo 
de origem até a apuração do valor devido. 
KEVIN LÉLIS PACHECO 
 c) As execuções tributárias conforme dispõe o artigo 187, CTN. – 
Não pode sofrer concurso de credores, então ele vai se manter na ação individual. 
 d) Ações de competência federal e do trabalho ditadas pela CF/88. 
 
TRABALHO DIA 28/03 
MEU TEMA  EFEITOS DA SENTENÇA FALIMENTAR. 
AULA 16/03/18 
2.9 – Administrador Judicial: trata-se de pessoa de confiança do juiz que o auxiliará 
na administração do processo de recuperação judicial e da falência. 
Tanto na recuperação quanto na falência tem esse personagem, mas com 
finalidade diversa. Na recuperação judicial ele não pode, por exemplo, utilizar os bens 
remanescentes da empresa para somente pagar credores, como ocorre na falência. Ele 
tem que administrar tais bens de maneira que consiga reerguer as atividades da empresa. 
De acordo com o artigo 21, poderá ser administrador: 
Pessoa Física, profissional idôneo e preferencialmente advogado, contador, 
economista, administrador de empresas ou PJ especializada. 
 Obs 1: a função do administrador é indelegável, mas ele poderá contratar 
profissionais para auxiliá-lo, com a devida aprovação do juiz, inclusive em relação 
à remuneração do profissional  art. 22, § 1º, LF. 
 Obs 2: se o administrador contratar alguém para auxiliá-lo sem autorização 
do juiz, deverá se responsabilizar pelo pagamento. 
Obs 3: no caso de PJ, esta deve indicar a PF que a representará nos autos 
do processo  art. 21, § único. 
2.9.1 – Art. 30, LF - Impedimentos: estarão impedidos de exercer a função: 
a) Funcionário Público: 
b) Aqueles já destituídos da função nos últimos 5 (cinco) anos, não prestou as 
contas no prazo devido ou teve qualquer uma delas desaprovadas: 
c) Parentes do devedor, até o terceiro grau: 
d) Amigo, inimigo ou dependente do devedor: 
2.9.2 – Art. 24, § 1º - Remuneração: será fixada pelo juiz, não excedendo a 5% 
o passivo do empresário. 
KEVIN LÉLIS PACHECO 
Obs 1: no caso de microempresa e empresa de pequeno porte, será reduzida 
a remuneração para 2%. 
Obs 2: a remuneração deve ser paga em duas parcelas, sendo a 1ª de 60%, 
quando do atendimento dos créditos extraconcursais e a 2ª correspondente a 40% 
após a aprovação das conta. 
2.9.3 – Desligamento da função: 
 a) Substituição: trata-se de mudança efetuada, visando à melhor 
administração da falência ou à continuidade do processo falimentar; 
 b) Destituição: sanção imposta àquele que não cumprir com as 
obrigações inerentes à função ou passou a ter interesses conflitantes com a massa falida. 
Obs: O administrador substituído tem direito à remuneração proporcional 
ao trabalho realizado, já o administrador destituído perde o direito à remuneração 
e não pode ser escolhido para outra falência. 
2.9.4 – Art. 22, LF – Atribuições. LEITURA! 
2.9.5 – Art. 23, LF - Responsabilidade: responde pessoalmente pelos atos 
praticados de forma dolosa ou culposa. O administrador é considerado funcionário 
público, exclusivamente para fins penais. Nos planos do direito civil e administrativo 
é considerado agente externo, colaborador da justiça. Responde ainda civilmente por má 
administração ou infração à lei. 
2.10 – Insolvência: 
a – Insolvência econômica ou insolvabilidade: estado patrimonial do devedor 
que possui o ativo inferior ao passivo. 
b – Insolvência jurídica: independe de prova de inferioridade do ativo em 
relação ao passivo. O art. 94, LF exige a insolvência jurídica, que se caracteriza no 
direito falimentar brasileiro pela impontualidade injustificada (de um título 
extrajudicial), execução frustrada ou prática de ato de falência. 
2.10.1 – Impontualidade injustificada: refere-se à obrigação líquida, 
entendendo, assim, a representada por título executivo judicial (pode ser uma sentença) 
ou extrajudicial (pode ser uma LC, cheque) protestado. 
Obs1: para autorizar o pedido da falência o título executivo deve possuir, 
ainda, o valor superior a 40 salários mínimos. 
Obs2: a lei permite a reunião dos credores em litisconsórcio ativo para que, 
somando seus créditos, alcancem o valor estipulado – art. 94, §1º. 
KEVIN LÉLIS PACHECO 
O art. 94, I exige que a sociedade empresária devedora tenha sido impontual, 
sem relevante razão jurídica no cumprimento da obrigação documentada em título 
executivo. 
Art. 96 - Hipóteses de impontualidades justificada (NÃO É ROL TAXATIVO, 
MAS EXEMPLIFICATIVO), ou seja, não pagou o crédito porque: 
a) Falsidade do título; 
b) Prescrição; 
c) Nulidade da obrigação; 
d) Pagamento da dívida; 
e) Qualquer motivo que extinga ou suspenda o cumprimento da obrigação; 
f) Vício em protesto ou em seu instrumento; 
g) Apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação; 
h) cessação das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido 
de falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de 
Empresas, o qual não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato 
registrado. 
2.10.2 – Execução frustrada: o art. 94, II dispõe que incorre em execução frustrada a 
sociedade empresária devedora que, executada, não paga, não deposita nem nomeia 
bens à penhora. 
Obs1: o pedido de falência da executada com fundamento no artigo 94, II não se 
faz nos autos da execução individual. Suspende a ação e o exequente solicita uma 
certidão atestando a falta de pagamento, para posteriormente formular mediante o 
juízo competente, o pedido da falência. 
Obs2: TRÍPLICE OMISSÃO - devedor executado não paga, não deposita e nem 
nomeia bens à penhora.  EXECUÇÃO FRUSTRADA – CABE PEDIDO 
FALÊNCIA. 
2.10.3 – Práticas de atos de falência: são caracterizados pelas condutas previstas no 
artigo 94, II, que, se praticadas pelo devedor podem ensejar a instauração da execução 
concursal. São eles: 
 a) Liquidação precipitada: sociedade empresária que vende os bens 
indispensáveis à exploração da atividade: 
 b) Negócio simulado: tentativa da empresa em retardar pagamentos ou fraudar 
por meios de negócio simulado. 
 c) Alienação irregular do estabelecimento empresarial: sociedade empresária que 
vende seu estabelecimento comercial sem consentimento dos credores. Obs: trespasse. 
 d) Simulação de transferência: transfere seu principal com o objetivo de 
prejudicar credores. 
KEVIN LÉLIS PACHECO 
 e) Constituir garantia real atribuindo alguém a quem já é credor uma condição 
mais favorável. 
 f) Abandonar o estabelecimento comercial: o abandono por parte do 
representante legal da sociedade devedora poderá importar a caracterização do ato de 
falência. 
 g) Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida do plano de 
recuperação judicial: sendo beneficiária da recuperação, não pode deixar de cumprir 
sem justificativa qualquer obrigação assumida.

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