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Impermeabilização

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TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 2 
IMPERMEABILIZAÇÃO 
Tópicos
1. Introdução;
2. Classificação;
3. Tipos de impermeabilização;
4. Projeto de impermeabilização;
5. Detalhe dos sistemas;
6. Materiais utilizados;
02/04/2018
Introdução
Impermeabilização é a proteção das construções
contra a infiltração da água e seus vapores;
Tem o objetivo de dar durabilidade às construções e
estruturas e evitar manutenções em curto espaço de
tempo, gerando custos desnecessários;
Deve-se prever e antever todas as situações de uma
obra que propiciem o aparecimento de umidades e
acúmulos de água em locais indesejados 
PROJETO;
02/04/2018
Introdução
Deve se projetar e conceber especificações e tratamentos para
os locais por onde a água penetra nas estruturas:
• telhados e coberturas planas;
• terraços e áreas descobertas;
• calhas de escoamento das águas pluviais;
• caixas d’água, piscinas e floreiras;
• pisos molhados, como banheiros, áreas de serviços, lavanderias etc.;
• marquises;
• paredes externas sob efeito de intempéries (chuvas, neve, ventos etc.);
• junta de dilatação estrutural e lesões em estruturas;
• esquadrias, peitoris de janelas e soleiras de portas externas;
• muros de arrimos;
• água contida no terreno, que sobe por capilaridade, ou se infiltra em subsolos,
abaixo do nível freático etc.
02/04/2018
Introdução
A umidade pode ser:
• umidade do solo – lençol freático, vazamentos de
tubulações subterrâneas e umidade natural do solo;
• umidade da atmosfera – chuva e outras intempéries e
condensação;
02/04/2018
Introdução
• umidade vinda de outras obras vizinhas – desnível com
o arruamento e outras obras, falta de drenagem
superficial e proximidade com estruturas;
• umidade provinda da construção – vazamentos,
infiltrações, falta de ventilação, falta e insolação,
capilaridade dos materiais e falhas de projeto.
02/04/2018
Introdução
02/04/2018
chuva
chuva condensação
lençol freático
superficial
falta de ventilação
e insolaçãocondensação
vazamentos
infiltrações
percolações
capilaridade
vazamentos
subterrâneos
infiltrações
Introdução
A ação das umidades sobre as obras ocasionam o
aparecimento de problemas denominados de
“manifestações patológicas” que por sua vez irão
acarretar outros danos graves na edificação, como
corrosão das estruturas, por exemplo;
A origem desses danos são :
02/04/2018
Introdução
Goteiras
É o gotejamento direto de 
água advinda de chuvas, 
vazamentos ou infiltrações 
em marquises, floreiras, 
terraços etc.;
02/04/2018
Introdução
Manchas
É a saturação de água nos 
materiais sujeitos a 
umidade tendo como 
consequência o 
aparecimento de manchas 
características e posterior 
deterioração;
02/04/2018
Introdução
Mofo
É o desenvolvimento de 
fungos que irão causar 
deterioração dos materiais 
(apodrecimento de 
madeiras e desagregação 
de revestimentos e 
alvenaria);
02/04/2018
Introdução
Oxidação
É a reação química que 
ocorre nos metais sujeitos 
a umidade. No aço, chama-
se ferrugem e causa o 
aumento considerável de 
volume das barras 
desagregando o 
recobrimento, expondo as 
armaduras a mais ataques 
externos;
02/04/2018
Introdução
Eflorescência
É a formação de sais 
solúveis, que se depositam 
nas superfícies dos 
materiais, carreados do seu 
interior pela umidade que 
os atravessa, formando 
manchas brancas, esses 
sais estão presentes nos 
tijolos, no cimento, na 
areia, no concreto, na 
argamassa etc.;
02/04/2018
Introdução
Criptoflorescência
São formações salinas de 
mesma causa e 
mecanismo que as 
eflorescências, mas que 
formam grandes cristais 
que se fixam no interior da 
própria parede ou 
estrutura, vindo aumentar 
muito de volume e 
causando a desagregação 
dos materiais;
02/04/2018
Introdução
Congelamento
Descongelamento
Fenômeno causado pelo 
congelamento da umidade 
existente nos poros dos 
materiais, na presença de 
temperaturas entre 0º a 
6ºC, aumentando de 
volume e desagregando 
continuadamente a face do 
material;
02/04/2018
Introdução
Condensação
Em certas condições de 
temperatura e umidade 
pode ocorrer condensação, 
ou seja o agrupamento de 
moléculas de água no 
resfriamento das mesmas;
02/04/2018
Introdução
Deteriorização
Efeitos da ação constante da 
água (umidade) sobre os 
materiais e estruturas, 
reduzindo a duração dos 
mesmos;
02/04/2018
Introdução
Tipos de infiltrações:
• Pressão Hidrostática - que ocorre devido à pressão
exercida por um determinado volume de água confinada
e permeia através de fissuras, trincas e rachaduras das
estruturas e dos materiais;
02/04/2018
Introdução
02/04/2018
Introdução
• Percolação – a água escoa por gravidade livre da ação
de pressão hidrostática, situação muito comum em
lâminas de água sobre terraços e coberturas;
02/04/2018
Introdução
02/04/2018
água ou 
umidade 
percolada
água ou umidade 
acumulada sobre o 
parapeito
pressão menor que
0,1 m c.d.a
esquadria
parede de 
alvenaria
Introdução
• Capilaridade - que ocorre através dos poros dos
materiais, pela ação da chamada tensão superficial,
onde a situação mais características é a presença de
umidade do solo que se eleva no material, em geral 70
a 80 cm;
02/04/2018
Introdução
02/04/2018
Introdução
• Condensação - que ocorre pelo esfriamento de
vapores ou de certo teor de umidade existente no
ambiente;
02/04/2018
Introdução
02/04/2018
água acumulada por condensação em 
ambientes saturados de umidade 
(banheiros – cozinhas) ou por 
resfriamento (baixas temperaturas no 
ambiente – ar condicionado)
passagem da 
água por 
capilaridade para 
a parte superior 
da laje
Classificação
• A escolha do sistema de impermeabilização mais
adequado é função da forma de atuação da água sobre
o elemento da edificação e do comportamento físico
dos elementos sujeitos a ação da água;
• Sistemas de impermeabilizações adotam mais de uma
solução, pois é comum ocorrerem mais de uma forma
de atuação da água numa mesma situação;
• A melhor solução é a aquela prevista corretamente na
fase de projeto e que as alternativas para corrigir
problemas pós-ocupação são sempre mais complicadas
e com custo mais elevado;
02/04/2018
Classificação
02/04/2018
Situação Ação dos agentes Exemplos típicos Soluções
Atuação da 
água
Percolação
lajes
terraços
coberturas
marquises
parapeitos
argamassa 
impermeabilizada
mantas asfálticas
juntas
Água sob pressão 
hidrostática
caixas d’água
cisternas
reservatórios
piscinas
arg. imperm.
concreto imperm.
membranas
Umidade do solo
muros de arrimo
paredes em subsolos
arg. imperm.
concreto imperm.
pinturas asfálticas
drenagem subt.
Classificação
02/04/2018
Situação Ação dos agentes Exemplos típicos Soluções
Comportamento 
dos elementos 
da edificação
sujeitos à fissuração 
e trincamento
estruturas com fissuras 
e trincas devidas a 
dilatação/retração, 
recalques, fadiga e 
movimentações 
estruturais
juntas
membranas
mantas
reforços
sujeitos a esforços 
externos
fissuras e trincas 
provocadas por falhas 
no lançamento, 
adensamento e cura do 
concreto, tráfego de 
veículos, obras vizinhas 
etc.
juntas
membranas
mantas
Tipos de Impermeabilização
Relativamente à forma como são executadas,
existem três tipos principais de impermeabilizações:
as rígidas, as plásticas ou elásticas e as laminares.
02/04/2018
Tipos de Impermeabilização
• Impermeabilizaçõesrígidas
Podemos citar os concretos e argamassas impermeáveis e os
revestimentos com argamassas de cimento e areia
impermeabilizados pela inclusão de aditivos especiais e as
argamassas industrializadas para impermeabilização.
- Concreto impermeabilizado (traço);
- Argamassa impermeabilizada (hidrofugante);
- Argamassa polimérica (industrializados);
- Membranas epoxídicas (pintura com resina);
- Cimentos modificados com polímeros (resinas);
- Cimento cristalizante (pressões negativas – pega rápida);
02/04/2018
Tipos de Impermeabilização
Preparação das superfícies:
02/04/2018
Cantos arredondados 
a colher e 
desempenados a feltro
Caimento de 0,5 a 2% em 
direção aos coletores
Regularização de 
terraço e preparação 
para impermeabilização
Detalhe 1
det. 1
2 cm
r = 8 cm
Tipos de Impermeabilização
• Impermeabilizações flexível
Executadas com mantas pré-fabricadas ou com
elastômeros dissolvidos e aplicados no local, em forma
de pintura em camadas e que ao se evaporar o solvente,
deixam uma membrana elástica sobre a superfície.
A principal vantagem dos sistemas de impermeabilização
elástica reside no fato de absorver pequenas
movimentações da base (substrato) sem que ocorram
fissuras, trincamentos ou perda de eficiência.
02/04/2018
Tipos de Impermeabilização
• Impermeabilizações laminares: executadas com
asfalto ou elastômeros, armadas ou estruturadas
pela intercalação de materiais rígidos, como: feltros
asfálticos, tecidos de nylon, lã de vidro e lâminas
de alumínio. As impermeabilizações laminares
também são capazes de absorver pequenos
movimentos da base sem sofrer danos ou perder a
eficiência.
02/04/2018
Projeto de Impermeabilização
A estanqueidade e a eliminação da umidade são objetivos a
serem alcançados na execução das obras de construção, que
devem conceber especificação de tratamento para os pontos
por onde a água penetra nas estruturas.
Para que um sistema de impermeabilização tenha um
desempenho adequado, deverá haver a observação de vários
fatores relacionados entre si, pois a falha de um deles, pode
prejudicar o desempenho e a durabilidade da
impermeabilização. Os principais são:
02/04/2018
Projeto de Impermeabilização
• Projeto de impermeabilização;
• Qualidade dos materiais e sistemas de 
impermeabilização;
• Qualidade da execução da impermeabilização;
• Qualidade da construção;
• Preservação da impermeabilização;
02/04/2018
Detalhe dos Sistemas
02/04/2018
Viga baldrame
concreto armado
solo
Assentar e revestir as 3 
primeiras fiadas com 
argamassa de 
assentamento 1:3 com
impermeabilizante
do tipo Vedacit ou Sika 1
Pintura com emulsão asfáltica
Argamassa 1:3 com
impermeabilizante
do tipo Vedacit ou Sika 1
Canto 
arredondado
15 cm
Impermeabilização de 
baldrames em solos 
normais a úmidos
(solução 1)
Detalhe dos Sistemas
02/04/2018
7,5
Argamassa 1:3 com
impermeabilizante
do tipo Vedacit ou Sika 1
Pintura com emulsão asfáltica
tipo Neutrol, Igol
Embasamento
Viga baldrame
Canto 
arredondado
Impermeabilização de 
baldrames em solos 
normais a úmidos
(solução 2)
Detalhe dos Sistemas
02/04/2018
30
 a
 5
0 
cm
Argamassa 1:3 com
impermeabilizante
do tipo Vedacit ou Sika 1
Pintura com emulsão asfáltica
tipo Neutrol, Igol
Embasamento
Viga baldrame
Impermeabilização de 
baldrames em solos 
normais a úmidos
(solução 3)
Detalhe dos Sistemas
02/04/2018
Viga baldrame
concreto armado
solo
Assentar e revestir as 3 
primeiras fiadas com 
argamassa de 
assentamento 1:3 com
impermeabilizante
do tipo Vedacit ou Sika 1
15 cm
Impermeabilização de 
baldrames em solos 
normais a úmidos
(solução 4)
Manta butílica (estanca baldrame)
1,2 mm de espessura
Detalhe dos Sistemas
02/04/2018
Impermeabilização de 
lastro de piso de 
concreto em solos 
normais a úmidos
solo
lastro concreto
chapisco 1:2 (cimento e areia)
impermeabilização rígida 
argamassa 1:3
cimento e areia + aditivo 
impermeabilizante (hidrófugo)
Projeto de Impermeabilização
ATENÇÃO
É muito comum ocorrer nas edificações infiltrações 
de umidade nas partes inferiores das paredes de 
alvenaria, com o aparecimento de manchas e bolhas 
na pintura. Esses defeitos aparecem logo após o 
término da construção devido, principalmente, a 
exigüidade dos prazos, pois raramente se espera a 
completa secagem das paredes antes de executar o 
revestimento e a pintura. 
02/04/2018
Detalhe dos Sistemas
02/04/2018
sócolo baixo não 
protege contra 
respingo
errado bom
sócolo inclinado 
para evitar a 
penetração da 
água
50
 a
 6
0 
cm
ótimo
adaptado de Ripper (1995)
inclinado 
formando 
pingadeira
o sócolo deve ser 
de material 
impermeável e 
recuado
50
 a
 6
0 
cm
mínimo 1,5 cm
Projeto de Impermeabilização
Eliminação de umidade das paredes na pós-ocupação:
• Opção 1 – Cristalização
Injeção de produtos cristalizantes em furos executados nas bases
das paredes de modo a impedir a ascensão da umidade por
capilaridade.
Não implica na interdição do local.
Consiste na aplicação de um produto cristalizante a base de
cimentos especiais e aditivos minerais que atuam por penetração
osmótica nos capilares da alvenaria, argamassas e concretos,
formando um gel que se cristaliza no processo de cura;
Deve ser aplicado em materiais encharcado (quanto mais umidade
maior poder de penetração do produto).
Pode-se aplicar diretamente sobre as superfícies ou por meio de
furos feitos com brocas de aço para aumentar o poder de
penetração.
02/04/2018
Projeto de Impermeabilização
• Opção 2 – Substituição da parte inferior da alvenaria
02/04/2018
impermeabilização 
existente danificada
1ª etapa – corte do rasgo na base da parede
80 100 10080 80
15
2ª etapa – impermeabilização e reconstrução do rasgo
alvenaria de tijolos 
recozidos e argamassa 1:2 
de cimento e areia
impermeabilização com feltro duplo 
colado ou de butil ou similar
proteção argamassa 
cimento e areia 1:2
Projeto de Impermeabilização
02/04/2018
impermeabilização 
existente danificada
3ª etapa – corte do rasgo nos intervalos na base da parede
90 80 80100 90
15
4ª etapa – impermeabilização e fechamento do rasgos dos intervalos
alvenaria de tijolos 
recozidos e argamassa 1:2 
de cimento e areia
impermeabilização com feltro duplo 
colado ou de butil ou similar
proteção argamassa 
cimento e areia 1:2
sobreposição do sistema de 
impermeabilização e proteção
Projeto de Impermeabilização
02/04/2018
5ª etapa – demolição do revestimento e secagem
6ª etapa – recuperação do revestimento e secagem
60 cm
argamassa normal de 
revestimento (cimento cal e areia) 
com aditivo impermabilizante na 
parte externa
demolir o revestimento, proteger e 
deixar secar a alvenaria 
Materiais Utilizados
• Tamponamento: argamassas especiais aditivadas, com
grande aderência e cura rápida;
• Vedação: uso de borracha de silicone para a colagem,
vedação e selagem de materiais de construção
(cerâmica, metal, vidro, plástico, madeira, concreto,
gesso e outros);
• membranas flexíveis moldadas in loco: emulsões
asfálticas, soluções asfálticas, emulsões acrílicas,
asfaltos oxidados + estrutura, asfaltos modificados +
estrutura + elastômeros em solução (neoprene)
• membranas flexíveis pré-fabricadas: mantas asfálticas,
mantas elastoméricas, mantas poliméricas (PVC);
• membranas rígidas moldadas in loco: cristalização,
argamassa rígida aditivada;
02/04/2018
Links para Consulta
• Denver -http://www.denver.ind.br/
• Otto Baumgart -
http://www.vedacit.com.br/produtos/index.htm
• Publicações técnicas do IBRACON -
http://www.sistrut.com.br/Assoc/tecn_IMP.html
• Revista Impermeabilizar -
http://www.palanca.com.br/imper.htm
• Sika - http://www.sika.com.br/
• Sistem Flex - http://www.sistemaflex.com.br/
• Texsa - http://www.texsa.com.br/
• Viapol - http://www.viapol.com.br/
02/04/2018
Bibliografia
• AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard Blücher, 1987. 1178p.
• AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e sua cobertura. São Paulo: Edgard Blücher, 1977. 182p.
• BAUER, L A Falcão. Materiais de construção. 5ª edição. Rio de Janeiro: RJ. LTC- Livros Técnicos e Científicos
Editora S.A., 1994. 935p.
• DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA UEPG. Notas de aulas da disciplina de Construção Civil. Carlan
Seiler Zulian; Elton Cunha Doná. Ponta Grossa: DENGE, 2000.
• DIRETÓRIO ACADÊMICO DE ENGENHARIA CIVIL DA UFPR. Notas de aulas da disciplina de Construção Civil
(segundo volume). Diversos autores. Revisor: Lázaro A. R. Parellada. Apostíla. Curitiba: DAEP, 1997.
• GUEDES, Milber Fernandes. Caderno de encargos. 3ª ed. atual. São Paulo: Pini, 1994. 662p.
• KLOSS, Cesar Luiz. Materiais para construção civil. 2ª ed. Curitiba: Centro Federal de Educação Tecnológica,
1996. 228p.
• PETRUCCI, Eládio G R. Materiais de construção. 4ª edição. Porto Alegre- RS: Editora Globo, 1979. 435p.
• RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3ª ed.rev. São Paulo: Pini, 1996. 168p.
• RIPPER, Ernesto. Manual prático de materiais de construção. São Paulo: Pini, 1995. 253p.
• SOUZA, Roberto...[et al.]. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996.
275p.
• VERÇOSA, Enio José. Materiais de construção. Porto Alegre: PUC.EMMA.1975.
02/04/2018
Obrigado!..

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