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IMUNOLOGIA E MICROBIOLOGIA

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Imunologia e microbiologia
Microbiologia: estudo da biologia dos seres microscópicos
Imunologia: estuda os sistemas de defesa do organismo, como consegue se defender dos agentes externos.
Habitat: ambiente onde uma população microbiana vive
Recursos que influenciam na sobrevivência: nutrientes, condições ambientais, temperatura, ph, teor de oxigênio.
Microbiota e biofilme
Microrganismos encontrados em uma determinada área do organismo humano, em seu habitat natural não trazem malefícios são até benéficos, por exemplo: produzem vitaminas k e B., porém podem causar doenças se saírem do seu nicho. (Potencialmente patogênicos).
Biofilme: Refere-se a uma comunidade de células microbianas aderidas a uma superfície úmida e aglomerada. Juntos são nocivos, depende de quanto tempo estiverem aderidas. Podem ser benéficos ou nocivos. EX: lodo que recobre uma pedra.
Classificação dos micro-organismos
Procariontes – Unicelulares - bactérias
Não apresentam membrana nuclear, carioteca separando o citoplasma e o núcleo. Não apresentam organelas celulares delimitando por membranas.
Eucariontes – Pluricelulares - fungos, protozoários e parasitas.
Possuem tamanho maior, presença de núcleo e organelas envolvidas por membrana.
Microscopia Optica – visualização de células intactas, aumentos pequenos, luz visível para iluminar as estruturas.
Bacteriologia básica
São os menores microrganismos unicelulares, procariontes.
Ausência de membrana nuclear, carioteca.
O material genético de DNA circular cromossomo único. Não apresentam organelas celulares delimitadas por membranas.
Obs.: . Se tivesse carioteca seria mais difícil de combater. Porem tem 3 camadas de proteção: PAREDE CELULAR, MEMBRANA CELULAR E MEMBRANA PLASMATICA.
Elas apresentam: Parede celular ou capsula, membrana plasmática que delimita o citoplasma onde está presente o DNA e uma região denominada nucleoide (ADN circular). O material genético esta disperso no citoplasma. Possuem uma organização muito simples.
São organismos com estruturas simples, por isso podem sobreviver em todos os ambientes da terra, em lugares diversos por vezes, extremos. EX: Agua, solo, vulcão, mar profundo, fontes quentes, gelo, sal, pele dos seres humanos etc... 
Conceito Chave: Todas as bactérias possuem citoplasma, ribossomos, uma membrana plasmática e um nucleoide, Pili, flagelo. A maioria das bactérias possuem parede celular, não são todas.
Embora não tenham um núcleo definido, o material genético (DNA), nuclóide, está condensado na região central da célula.
cápsula: estrutura que concede resistência e protecção à célula
parede celular: confere forma, suporte e protecção à célula . Permite a classificação das bactérias em Gram positivas e Gram negativas.
Flagelo: presente em algumas espécies, confere mobilidade às células 
Pilli: estruturas semelhantes a cílios, importantes na aderência ao substrato e na troca de fragmentos de DNA plasmídeo entre bactérias (conjugação).
Membrana celular: constituída por uma bicamada fosfolípidica e por proteínas 
Citoplasma: não apresenta organitos individualizados, contem ribossomos, substâncias de reserva e enzimas. 
Ribossomos: síntese proteica, parte metabólica.
TIPOS DE BACTERIAS
Eubactérias
Arque bactérias
Eubactérias: São mais comuns, carecem de parede celular.
Podem ser Gram positivas e Gram Negativas.
Gram Negativas: Envoltório celular complexo.
Tipo Gram Negativo: membrana externa + camada de peptideoglicano e membrana citoplasmática.
Gram Positivas: parede celular tipo gram positiva, bactérias formadoras e não de esporos e actinomicetos.
Arque bactérias: Consideradas bactérias mais primitivas
Vivem em condições adversas (elevado teor de sal, altas temperaturas)
Diferem das eubactérias pela ausência de parede celular com peptideoglicano e sequências características de RNA ribossômico
Muitas espécies produzem metano.
Morfologia Bacteriana:
Esféricas (cocos)
Cilíndricas (Bacilos)
Espiral
Vibriões
Espiroquetas
Cocos - Esféricas
Bactérias esféricas (redondos) ou de secção elíptica (oval) – ex: causadora de gonorreia
Alongados ou achatados em uma das extremidades
Podem viver isolados, mas a maioria vive em colônias. Permanecem unidas umas às outras. Podem se dividir em: estreptococos, diplococos, tétrade, Sarcina, estafilococos. 
Pares Diplococos - meningite
Cadeia Estreptococos - carie
Cachos Estafilococos - furúnculos
Cocos em dois ou três planos Sarcina (menos frequentes) Cubos – infecção generalizada
Bacilos:
Bactérias cilíndricas, bastão pequeno. Assemelham-se a lanças ou extremidades arredondadas ou retas. Podem se assemelhar aos cocos, também chamados de bacilococos
Maior parte dos bacilos apresenta-se como bacilos isolados
 EX: Tétano, Tuberculose, difteria.
Divisão apenas no plano sobre seu eixo menor
Poucos arranjos ou agrupamento: Diplobacilos (em pares) ou Etreptobacilos (em cadeias).
Bacilo isolado, cocobacilo.
Morfologia Variada: 
Coco bacilos, Fusiformes, Formas filamentosas, Bastonetes pleomorficos
Espiradas – bactérias com forma em uma ou mais espirais. Forma espirada. 
Vibriões: em forma de bastão curvo, virgulas, espirais parciais. EX: causadora da cólera.
Espirilos: forma espiralada rígida, mobilidade por flagelos. EX: sífilis.
Espiroquetas: espiral flexível, mobilidade pelo filamento axial.
Formas especiais: estrela, retangulares.
ESTRUTURA CELULAR BACTERIANA
Existem várias estruturas, destas algumas essenciais e algumas estruturas presentes em determinadas espécies.
Parede celular, membrana citoplasmática e citoplasma, estão presentes em todas as bactérias.
Parede celular: Estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática, forma a bactéria,
Constituídas de macromoléculas de peptideoglicano, muco peptídeo ou mureina
Constitui 25% do peso da bactéria
Proteção da célula 
Manutenção da pressão osmótica interna
Representa suporte de antígenos somáticos bacterianos
Variações na composição química e em sua estrutura de acordo com a espécie e o gênero bacteriano 
Principais diferenças 
Gram positivas
Gram negativas
Microbactérias 
Espiroquetas
Método de Gram - é um método de tratamento das bactérias onde a coloração ira demonstrar o tamanho da bactéria. Há uma diferenciação da parede celular através da técnica de gran,
Coloração de Gram: 1 – cristal violeta, 2 – lugol, 3 – álcool, 4 – fucsina.
Cristal violeta - mais utilizada.
O cristal violeta e o lugol ambos penetram nas bactérias gran positivas e negativas (cor roxa), a etapa diferencial é o tratamento com álcool. Na gran positiva, espessa camada de peptideoglicano, parede mais resistente. Já na gran negativa, fina camada de peptideoglicano, parede menos resistente.
Espaço Peri plásmico: local onde o álcool deve entrar e dissipar o corante. Positivo espaço é maior, negativo o espaço é menor.
Tratamento com Fucsina
Gran positiva – não altera a cor roxa.
Gran negativa - descolorada, avermelhada.
Diferenças das gran positivas e gran negativas:
Permeabilidade da parede celular;
Composição química e estrutura celular;
Metabolismo
Patogenicidade
Estrutura celular bacteriana:
Membrana citoplasmática:
Semelhante a membrana citoplasmática de células eucarióticas
Constituída de fosfolipídios e mais de 200 tipos de proteína
Espessura de 10 nm
Responsável pela separação do meio interno (citoplasma) e o meio externo
Vital à célula
Composta 60% de proteínas 
 40% de bicamada de lipídeos
Ácidos graxos dos lipídeos Condições hidrofóbica na porção interna da célula e hidrofílica no meio externo 
Funções principais
Transporte ativo de moléculas para dentro da célula;
Permeabilidade seletiva e transporte de solutos;
Sede de enzimas da fosforilação oxidativas em anaeróbicos;
Sede de precursores da parede celular, enzimas, síntese de DNA e dos lipídios da membrana;
Secreção de enzimas e toxinas
Respiração
Captura de energia na forma de ATP
Capsula bacteriana: presentes em algumas bactérias é um envoltório viscosode polissacarídeos, ligado a parede celular como revestimento externo. Ela é um reservatório de agua e nutrientes, aumento da capacidade invasiva de bactérias patogênicas, ou seja, escorregadias escapam dos fagócitos. Melhor aderência a sítios de ligação (formação de biofilmes), aumenta o poder infectante. Resistência a biocidas.
Flagelos:
Estrutura basal formada por um gancho e um longo filamento externo a membrana, serve para locomoção. Composto pela proteína flagelina, o comprimento e maior que a célula, muito finos a visualização é possível com microscópio optico e coloração especial.
PILI: bactérias gran negativas, apêndices filamentosos proteicos e não são flagelos, menores mais curtos e numeroso. Sem ondas regulares, Móveis e imóveis, vistos pelo microscópio eletrônico.
Função do pili: 
Condução de material genético durante a conjugação bacteriana
Sítios receptores de bacteriófagos
Estruturas de aderência às células de mamíferos e outras (fixação aos tecidos)
Nucleoide: Preenchida por fibrilas de DNA (cromossomo) dupla hélice na forma de uma única molécula de aproximadamente 1mm de comprimento
Citoplasma: Delimitado pela membrana citoplasmática
Substância semifluida situada dentro da membrana celular
Proteínas dissolvidas em água e por inúmeros tipos de pequenas moléculas e íons
Milhares de transformações químicas que caracterizam a vida da bactéria.
Constituição: 
Ribossomos (RNA e proteína, síntese protéica)
Inclusões citoplasmáticas (reservas de substâncias)
Mesossomos (divisão celular e atividade respirtória)
Cromossomo bacteriano (filamentos de DNA)
Plasmidios:
Presentes no citoplasma
DNA circulares, menores que o cromossomo
 Autoduplicação independente da replicação cromossômica
Ex: Fatores sexuais e fatores de resistência a antibiótico 
Granulos:
Presentes no citoplasma
Revestida ou não por uma membrana
Reservas intracelular de nutrientes (glicogênio, lipídeos ou fosfatos)
Endósporos:
Presentes no citoplasma de bactérias Gram-positivas
Formados qdo o meio está carente de água e/ou nutrientes
Diferenciação celular como resposta a uma situação desfavorável do meio ambiente
Forma vegetativa de uma bactéria
Crescimento Bacteriano
Crescimento microbiano se refere ao aumento no número de células e não ao seu tamanho. Os micro organismos em crescimento estão na verdade aumentando o seu número e se acumulando em colônias que podem ser vistas sem auxílio de microscópio.
Temperatura
Psicrófitas (12 a 17ºC)
Mesófilas (28 a 37ºC)
Termófilas (57 a 90ºC)
pH:acidófilas (pH<5)
Oxigenação:
Aeróbicas
Anaeróbicas
Microaerófilas (pequenas quantidades de O2)
Salinidade: Halófitas
Influência dos fatores físicos
Temperatura
pH
Pressão osmótica
Influência dos fatores químicos
Carbono
Nitrogênio, enxofre, fósforo 
Oxigênio 
Temperatura de Crescimento 
Mínima (menor temperatura onde é capaz de crescer)
Ótima (onde apresenta melhor crescimento)
Máxima (mais alta temperatura para crescer)
Classificação (Temperatura) 
Psicrófilos – crescem em temperaturas baixas (-10° – 20°C )
Psicotróficos - temperatura de refrigeração (0° – 30°C)
Mesófilos – crescem em temperaturas moderadas (10° – 50°C)
Termófilos – crescem em temperaturas altas (40° – 70°C)
Termófilos extremos ou hipertermófilos (ótima em > 80°C)
Classificação pH
Ideal para bactérias: faixa da neutralidade (6,5 – 7,5) – Neutrófilas
Exceção: 
Acidófilas – pH 0,5 a 6,0 (com ótimo entre 2 e 3,5) 
Ex.: bactéria quimioautotrófica 
Alcalófilos – pH acima de 7,0 
Ex.: Bacillus e Archaea 
Concentração de NaCl- Cloreto de Sódio 
Não halofílicas – vivem em concentrações salinas menores que 0,05%
Halofílicas – vivem em concentrações salinas maiores que 0,05% (bactérias marinhas) 
Halotolerantes - crescem em concentrações em torno de 6%
Halofílicas Extremas – concentração acima de 6%, podendo atingir a 30%. 
Carbono 
Corresponde à base de todas as moléculas orgânicas (aminoácidos, ácidos orgânicos, açúcares, bases nitrogenadas, etc)
Peso seco bacteriano (50% C, 14% N e 4% S e P)
Obtenção:
Quimioheterotróficas: a partir de materiais orgânicos como proteínas, carboidratos e lipídeos 
Quimioautotróficas e fotoautotróficas: a partir de dióxido de carbono
Nitrogênio, fósforo e enxofre
Síntese de aminoácidos e proteínas 
Síntese de DNA e RNA
Síntese de ATP
Composição de vitaminas – tiamina e biotina
Obtenção do nitrogênio
Decomposição matéria orgânica protéica
Íons amônia (NH4)
Nitratos
Fixação do nitrogênio - alguns microrganismos são capazes de absorver nitrogênio atmosférico
Ex.: Rhizobium e Bradyrhizobium 
Oxigênio
Aeróbios estritos ou obrigatórios
Anaeróbios facultativos
Anaeróbios obrigatórios
Enzimas: superóxido desmutase, catalase, peroxidase 
Anaeróbios aerotolerantes 
Microaerófilas 
Aeróbios estritos ou obrigatórios – necessitam da presença de O2 livre para crescer
Ex. Mycobacterium tuberculosis 
Anaeróbias facultativas – crescimento aeróbio e anaeróbio.
Ex. Staphylococcus, Escherichia 
Anaeróbias obrigatórias – só crescem na ausência de O2.
Ex. Treponema pallidum 
Anaeróbias aerotolerantes – crescem na ausência de O2, mas toleram sua presença.
Ex. Streptococcus 
Microaerófilas – crescimento aeróbio, porém, em baixas concentrações de O2.
Ex. Neisseria 
Meios de Cultura
Meio quimicamente definido
sintéticos : toda a composição química é conhecida
Ex: meio para cultivo de células
Meio complexo
sintéticos: composição química não conhecida (composto por nutrientes como extrato de levedura, de carne ou de plantas)
Meio enriquecido:
Favorece o desenvolvimento de uma população bacteriana que está em desvantagem entre outras populações.
“Água ou sangue”
Meio seletivo: 
Favorece o crescimento de uma determinada bactéria de interesse, impedindo o crescimento de outras bactérias.
Ex: ágar Sabouraud dextrose, pH 5,6, é utilizado no crescimento de fungos que são favorecidos, em relação as bactérias, pelo baixo pH.
Meio indicador: 
Facilita a identificação de um determinado organismo.
Ex: meio ágar-sangue, utilizado para a identificação de bactérias capazes de destruir células sangüíneas (anel claro em torno da colônia).
Meio de manutenção: 
Estocagem ou manutenção - utilizados para conservação de microrganismos no laboratório, ou seja, garantem a viabilidade de microrganismos
Ex: ágar Conservação, Meios com leite, Ágar suco de tomate, Ágar Simples, meio semi-sólido, etc. 
Crescimento das Culturas Bacterianas
Divisão bacteriana – Fissão binária ou bipartição
A – alongamento da célula
B – duplicação do material genético
C – invaginação da parede
D – separação das paredes
E – separação das duas células-filhas
Divisão bacteriana – Brotamento
Tempo de geração
Tempo necessário para uma célula se dividir formando duas células-filhas idênticas
Ex.: Escherichia coli – tempo de geração de 20min.
Curva de crescimento bacteriano
a – Fase lag 
b – Fase log 
c – Fase estácionária 
d – Fase de morte celular
Fases da curva de crescimento
Fase lag: processo de divisão pouco ou ausente; adaptação das células ao meio.
Fase log: alto processo de divisão; crescimento exponencial; absorção de nutrientes do meio; produção de metabólitos (toxinas).
Fase estacionária: diminuição da velocidade de divisão bacteriana; diminuição da atividade metabólica; tiram nutrientes das células mortas; acúmulo de substâncias tóxicas; esporulação.
Fase de morte celular: número de células mortas excede o número de células vivas.
Reprodução Bacteriana
ASSEXUADA por divisão simples (bipartição, cissiparidade) – uma célula se divide em duas e, assim, sucessivamente.
RECOMBINAÇÃO GENÉTICA por conjugação – bactéria doadora doa uma cópia de um dos seus plasmídios para a bactéria receptora, através de uma ponte citoplasmática estabelecida pelo pili (pelo sexual; fímbria sexual). 
RECOMBINAÇÃO GENÉTICA por transformação – a bactériaabsorve moléculas de DNA dispersas no meio e às incorpora à cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Este processo ocorre espontaneamente na natureza. Os cientistas utilizam a transformação como técnica de Engenharia Genética, para introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas.
RECOMBINAÇÃO GENÉTICA por transdução – moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores (bactériófagos). Estes, ao montarem-se dentro das bactérias, podem incluir pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção viral (ciclo lisogênico), pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma.
 
Vírus e Doenças Associadas
1) Definição: Os vírus são agentes infecciosos acelulares que, fora das células hospedeiras, são inertes, sem metabolismo próprio, mas dentro delas, seu ácido nucléico torna-se ativo, podendo se reproduzir.
2) Características Gerais:
Possuem um envoltório protéico que protege o material genético denominado capsídeo.
O capsídeo pode ou não ser revestido por um envelope lipídico derivado das membranas celulares.
Possuem um único tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA.
Existem vírus com DNA de fita dupla, simples, RNA de fita dupla ou simples.
São parasitas intracelulares obrigatórios.
Multiplicam-se dentro de células vivas usando a maquinaria de síntese das células.
Não possuem metabolismo. Toda energia que utilizam provém da célula hospedeira.
Tamanho dos vírus
Os vírus são organismos vivos?
A vida pode ser definida como um complexo de processos resultantes da ação de proteínas codificadas por ácidos nucléicos. Os ácidos nucléicos das células vivas estão em constante atividade.
Dessa maneira, os vírus não são considerados organismos vivos porque são inertes fora das células hospedeiras.
No entanto, quando penetram em uma célula hospedeira, o ácido nucléico viral torna-se ativo e funcional.
Sob este ponto de vista, os vírus estão vivos quando proliferam dentro da célula hospedeira infectada
BACTERIÓFAGOS
Tipos de vírus
DNA-vírus: tem o genoma constituído por DNA, que pode ser simples-fita. Transcreve RNA a fim de replicar-se.
RNA-vírus: tem o genoma constituído por RNA. Transcreve várias moléculas de RNAm a fim de replicar-se.
Retrovírus: tipo especial de RNA-vírus que para replicar-se primeiramente transcreve um DNA utilizando a enzima transcriptase reversa. Este DNA viral se incorpora ao DNA celular permitindo a síntese das proteínas virais.
5) Reprodução Viral
Os vírus só se reproduzem no interior de uma célula hospedeira.
O ácido nucléico dos vírus possui somente uma pequena parte dos genes necessários para a síntese de novos vírus.
As demais enzimas necessárias para a síntese protéica, síntese de ribossomos, RNAt, RNAm e ATP são fornecidas pela célula hospedeira.
Portanto, os vírus necessitam da via metabólica da célula para replicarem-se.
Os bacteriófagos possuem dois tipos de reprodução:
Ciclo lítico: Termina com a lise e a morte da célula hospedeira.
Cliclo lisogênico: A célula hospedeira permanece viva.
6) Ciclo lítico
Consequências do ciclo lisogênico
Células contendo o genoma viral (profago) são imunes à reinfecção por um fago da mesma espécie.
As células hospedeiras podem vir a apresentar novas características. Ex: A toxina produzida pelo Clostridium botulinum, é codificada por um gene de um profago.
Permite a transdução bacteriana (tipo de reprodução sexuada em bactérias)
9) Principais Viroses
Herpes Bucal - Agente Etiológico: Herpes simplex tipo I
Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus.
Sintomas: Formação de bolhas e feridas no tecido epitelial dos lábios, Acomete cerca de 90% da população mundial, A grande maioria das pessoas possuem o vírus, mas são assintomáticos.
Os sintomas aparecem quando a pessoa apresenta elevados níveis de stress, disfunção hormonal ou excessiva exposição à raios solares.
Tratamento: Utilização de pomadas que inibem o desenvolvimento viral.
Profilaxia: Evitar o contato com pessoas que apresentam os sintomas
OBS: Evitar o compartilhamento de copos e talheres. 
Herpes Genital - Agente Etiológico: Herpes simplex tipo II
Forma de transmissão: Contato sexual
Sintomas: Formação de ferimentos na base do pênis e na região externa da vagina, Os ferimentos liberam um líquido viscoso contendo o vírus, No estágio mais avançado, o uso de camisinha é pouco eficiente, Os principais sintomas são: dor, coceira, ardor e dificuldade ao urinar.
Tratamento: Utilização de pomadas que inibem o desenvolvimento viral.
Profilaxia: Abstinência sexual quando os sintomas estiverem presentes e utilização de preservativos.
Hepatite A - Agente Etiológico: Vírus da Hepatite A 
Forma de transmissão: Ingestão de água ou alimentos contaminados com o vírus.
Sintomas: Inflamação do fígado, Febre, Pele e olhos amarelados (Icterícia), Náuseas e Vômitos.
Tratamento: Medicamentos que reduzem os sintomas. Geralmente o sistema imune consegue eliminar o vírus.
Profilaxia: Educação Sanitária e saneamento básico.
Hepatite B e C - Agente Etiológico: Vírus da Hepatite B e C 
Forma de transmissão: Contato com o sangue de pessoas contaminadas. Geralmente o contágio se dá por contato sexual, compartilhamento de seringas e transfusão de sangue.
Sintomas: Inflamação do fígado, Dores de cabeça e do corpo, Pele e olhos amarelados, Náuseas e Vômitos
Tratamento: Utilização de medicamentos que inibem a ação viral.
Profilaxia: Vacina – Hepatite B, Medicamentos antiviruais, Hepatite C - Uso de preservativos nas relações sexuais, controle dos bancos de sangue, utilizar somente seringas descartáveis e não as compartilhar.
OBS: A hepatite C se não tratada rapidamente pode evoluir para o quadro de cirrose.
AIDS - (Síndrome da Imunodeficiência Humana) - Agente Etiológico: Vírus da Imunodeficiência humana (HIV) 
Forma de transmissão: Contato com os seguintes líquidos corporais infectados: Sangue, Esperma, Secreções vaginais, Leite materno, Acredita-se que o vírus possa atravessar a placenta e infectar o feto.
Sintomas: Febre, calafrios, dores musculares, aparecimento de ínguas no pescoço, náusea, vômito.
Tratamento: Não há cura – O tratamento consiste na utilização de medicamentos que inibem a reprodução viral e aumentam dessa maneira a sobrevida dos pacientes.
Profilaxia: Educação sexual, uso de preservativos nas relações sexuais, controle dos bancos de sangue, utilizar somente seringas descartáveis e não as compartilhar, esterilização de instrumentos cirúrgicos e odontológicos, evitar a amamentação quando as mães são soropositivas.
OBS: Assim, a maioria das pessoas que adquirem o vírus HIV não morrem de AIDS, mas sim de doenças oportunistas que aproveitam a deficiência do sistema imune para se manifestar.
AIDS: 
O vírus HIV infecta células de defesa do organismo denominadas Linfócitos CD4.
Os linfócitos CD4 são responsáveis por “alertar” o organismo quando há a invasão de agentes estranhos (antígenos).
Com a morte de células CD4 o sistema imune se torna deficiente e começam a surgir doenças oportunistas.
As principais doenças oportunistas são: Tuberculose, Candidíase, Câncer e Pneumonia
Sarampo - Agente Etiológico: Vírus do sarampo 
Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus.
Sintomas: Febre alta, Tosse seca, Aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo
Tratamento: Não possui. Geralmente o sistema imune consegue eliminar o vírus.
Profilaxia: Vacinação na infância (tríplice viral)
Catapora – (Varicela) - Agente Etiológico: Varicela zoster 
Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminadoscom o vírus.
Sintomas: Lesões na pele que causam ardor e coceira, Em crianças: catapora ou varicela, Em adulto: cobreiro
Tratamento: Não possui. Geralmente o sistema imune consegue eliminar o vírus.
Profilaxia: Vacinação na infância, Evitar contato com pessoas contaminadas.
Raiva - Agente Etiológico: Vírus da raiva 
Forma de transmissão: Contato com a saliva de animais (mamíferos) doentes, principalmente através de mordidas.
Ambiente urbano: cães e gatos.
Ambiente rural: morcegos hematófagos.
Sintomas nos animais doentes: Encefalite, agressividade excessiva, aumento da salivação, incapacidade de deglutição (hidrofobia).
 
Sintomas no homem: Insônia, dor de cabeça, convulsões, salivação excessiva, febre, espasmo dos músculos da glote, dificuldade de deglutição (hidrofobia).
Profilaxia: Não possui cura, Vacinação dos animais domésticos, Vacina anti-rábica para seres humanos.
Poliomielite - Agente Etiológico: Poliovírus (vírus da paralisia infantil) 
Forma de transmissão: Ingestão de água e alimentos contaminados com o vírus e contato pessoa-pessoa.
Sintomas: O vírus atinge o sistema nervoso, onde sua multiplicação pode levar à destruição de neurônios motores, levando a paralisia de membros.
Tratamento: Não possui tratamento específico.
Profilaxia: Não possui cura, Vacinas Sabin e Salk
Dengue - Agente Etiológico: Vírus da dengue 
Forma de transmissão: Através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e Aedes Abopictus.
Sintomas: Dores lombares, tonteiras, desmaios e febre aguda.
Tratamento: O tratamento consistem apenas na tentativa de remediar os sintomas. A aspirina é contra-indicado por interferir na coagulação sanguínea.
Profilaxia: Não possui cura, Eliminação de criadouros do mosquito (objetos que acumulem água parada, Utilização de inseticidas e repelentes. 
OBS: Na forma hemorrágica, além dos sintomas acima, ocorre alterações no sistema de coagulação sanguínea onde pequenos vasos podem sangrar na pele e em órgãos internos, levando a hemorragias.
Caxumba - Agente Etiológico: Vírus da Parótida infecciosa 
Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus.
Sintomas: Aumento das glândulas parótidas (salivares).
Tratamento: Não possui.
Profilaxia: Vacinação (tríplice viral)
OBS: Raramente pode acometer o sistema nervoso e os testículos.
Rubéola - Agente Etiológico: Vírus da Rubéola 
Perigo! O vírus da Rubéola em mulheres grávidas é capaz de atravessar a barreira placentária e infectar o feto, causando cegueira, surdez e retardo mental. 
Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus.
Sintomas: Surgimento de manchas vermelhas na pele
Tratamento: Soro.
Profilaxia: Vacinação (tríplice viral), Exame pré-natal em mulheres grávidas. Vacinação de mulheres que estão no período fértil, mas que ainda não estão imunes ao vírus.
Gripe - Agente Etiológico: Vírus Influenza 
Forma de transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus.
Sintomas: Febre, calafrios, dores de cabeça e musculares.
Tratamento: Não existe. Há medicamentos que aliviam os sintomas.
Profilaxia: Evitar o contato com pessoas infectadas, evitar permanecer por longos períodos em ambientes fechados, vacina.
Gripe Aviária - Agente Etiológico: Vírus Influenza H5N1 
Forma de transmissão: Contato direto com secreções de aves infectadas pelo vírus através do ar, água, alimentos ou roupas contaminadas.
Sintomas:Febre alta, dores musculares, dificuldades e problemas respiratórios.
Tratamento: Não existe. 
Profilaxia: Sacrificar todos os animais que possam estar infectadas pelo vírus.
OBS: A maioria das aves morrem 24 horas após o contágio. O vírus atualmente só é transmitido de aves para seres humanos. O grande perigo consiste no vírus sofrer alguma mutação que o permita ser transmitido de humano para humano.
HPV – (Papiloma Vírus Humano) - Agente Etiológico: Vírus HPV 
Forma de transmissão: Contato sexual.
Sintomas: Lesões precursoras do câncer no colo uterino, aparecimento de verrugas na pele e principalmente nos órgãos genitais.
Tratamento: Retirada das lesões através de procedimentos cirúrgicos.
Profilaxia: Uso de preservativos nas relações sexuais, realização de exames periódicos (papanicolau) para detecção de lesões no útero.
OBS: O HPV pode permanecer durante anos em estado de latência no organismo, suas manifestações podem aparecer ou reaparecer em qualquer momento da vida sem um motivo aparente.
Protozoários
Os protozoários são seres unicelulares, heterotróficos, eucariontes e diferentemente das bactérias, possuem carioteca. Possuem vida livre, vivendo em colônias ou sozinhos. Podem habitar diversos ambientes como água doce, salgada, terras úmidas ou parasitando com outros seres vivos, sendo de forma harmoniosa (comensalismo – quando há retirada do alimento, mas não há prejuízo ao outro; ou mutualismo – quando os dois são beneficiados) ou desarmoniosa (parasitismo – quando há retirada do alimento causando prejuízo ao hospedeiro). Uma característica marcante destes seres, é o fato de que, eles podem adotar a forma de cisto quando o seu ambiente se torna desfavorável para a sobrevivência. Dessa forma o protozoário diminui de volume, perde organelas e formam uma casca resistente. Quando o ambiente se torna favorável, o animal passa à forma ativa.
Morfologia, Fisiologia e Estrutura Celular dos Protozoários
A estrutura e fisiologia das células dos protozoários são bastante similares às das células de organismos multicelulares. Entretanto a célula do protozoário é um organismo completo que realiza todas as funções essenciais à vida, pois são, na maioria das vezes, autossuficientes. Por isso, contém todas as organelas celulares típicas e realiza todos os processos celulares fundamentais, além de executar todas as funções encontradas em um organismo multicelular, o que a torna uma estrutura extremamente complexa.
Os protozoários são seres constituídos por: 
	Membrana Plasmática ou Celular
	Citoplasma
	Retículo endoplasmático
	Complexo de Golgi
	Mitocôndrias
	Plastídios
	Vacúolos digestivos
	Microtúbulos e citoesqueleto
	Flagelos e cílios
	Núcleo
Sua classificação é feita através do seu modo de locomoção:
Sarcodinea ou Rizópodes: locomoção por pseudópodes, que são pseudo-pés (pés-falsos). 
Ciliophora ou Ciliados: locomoção através de cílios. 
Mastigophora ou Flagelados: locomoção através de flagelos. 
Apicomplexa ou Esporozoários: não têm sistema de locomoção.
Sistema Linfático - Orgãos Linfóides
Os órgãos linfóides podem ser classificados em dois grupos:
Primários ou geradores: produzem e armazenam células do sangue
Secundários ou periféricos: somente armazenam as células
Medula Óssea
É onde ocorre a produção de todas as células do sistema imune. A medula óssea somente é encontrada em ossos longos (salvo esterno), Na medula óssea também ocorre à maturação dos linfócitos B.
Timo 
Orgão responsável pela maturação dos linfócitos T.
Bursa de Fabricius (aves) (linf. B)
A Bursa de Fabricius possui estrutura histológica semelhante ao Timo. 
Ela está presente nas aves, está localizada na parede do intestino grosso, na cloaca. É responsável pela maturação dos linfócitos B.
Populações de Linfócitos
Linfócitos T – maturação no timo (precisa de apresentação)
-CD4+ ( Auxiliar, regulação da resposta imune) 
-CD8+ (Citotóxica) 
Linfócitos B – maturação na medula óssea (não precisa de apresentação)
		- Plasmócitos (produção de Anticorpos)
Linfócitos NK (Atividade citolítica inespecífica)
ÓRGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS
São os responsáveis pelo desencadeamento inicial da resposta imunológica adquirida
Linfonodos
Baço
Apêndice
Tonsilas
Adenóide 
Placas de Peyer 
Linfonodos
- Principal local de encontro do antígeno com o anticorpo;
- Drenagem;
- Nocaminho do sistema linfático, haverão muitos linfonodos;
- O Linfócito encontrará o antígeno.
Estrutura do linfonodo
- Medular e cortical
- Na parte mais externa, há folículos onde se encontram os linfócitos B
- Na parte mais interna, em maior quantidade estão os linfócitos T 
Baço
- Mais linfócitos B
- Combater antígenos dentro da circulação sanguínea 
Adenóide
Tonsilas - MALT (MALT = TECIDO LINFOIDE ASSOCIADO ÀS MUCOSAS)
Apendice - MALT (MALT = TECIDO LINFOIDE ASSOCIADO ÀS MUCOSAS)
Placas de peyer – MALT (MALT = TECIDO LINFOIDE ASSOCIADO ÀS MUCOSAS)
INFLAMAÇÃO
Definição: É uma resposta do tecido a uma injúria, agressão que aquele tecido está sofrendo, é inespecífica, porém muito potente. Utiliza-se de elementos da nossa resposta imunológica INATA ocorre em resposta a uma lesão ou invasão de MO (Micro Organismo) naquele tecido.
É identificado por 5 sinais cardinais:
- CALOR
- RUBOR
- TUMOR
- DOR
- PERDA DE FUNÇÃO 
O grande objetivo da inflamação vai ser recrutar elementos do sistema imune para aquele local onde esta acontecendo a infecção, para estes elementos ajudarem a combater, e um sinal de alerta que vai atrair para aquele local células, moléculas que vão ajudar a combater o patógeno ou reparar o tecido danificado.
Durante este processo, mediadores químicos serão liberados a partir da lesão ou invasão, esse processo inicial acontece através dos macrófagos que secretam substancias químicas que vão agir, ocasionando modificações teciduais. Os mastócitos tem grânulos que contém histamina (mediador inflamatório)
As mudanças teciduais são:
- Mudanças vasculares, que são desencadeadas pela presença dos mediadores liberados pelos macrófagos
- Vasodilatação: trazer mais sangue, mais células (rubor e calor)
- Aumento da permeabilidade: mais líquido para o tecido (tumor ou edema), causando compressão de terminações nervosas (dor)
- Liberação de fatores de coagulação: isolar o local, impedir que aqueles vasos transportem o agente causador a outros locais
- Ativação endotelial: moléculas de adesão
FASES RESPOSTA INFLAMATÓRIA
Vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular;
 Migração de fagócitos e fagocitose;
 Reparo tecidual.
PROTEÍNAS DE FASE AGUDA
Proteínas que mudam de concentração durante a fase aguda da doença.
Ex.: Componentes do Sistema Complemento, Proteína C reativa.
1- Vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular
2 - Migração de Fagócitos
Moléculas de adesão intercelular controlam a interação entre leucócitos e células endoteliais durante a resposta inflamatória.
Fagocitose e liberação de mediadores moleculares que contribuem para a resposta inflamatória, recrutamento e ativação de células efetoras. 
Reparo tecidual
Quando existe uma necessidade de reparação tecidual, são recrutadas células para o local os monócitos existentes no tecido já são macrófagos, os neutrófilos combatem os MO “Micro Organismos” e reparam o tecido lesado.
Mecanismo da inflamação
- Lesão (estimulação nervosa)
- Ativação de mastócitos (secreta histamina – vasodilatação e dor)
- Ativação de macrófagos (pamps)
- Secreção de mediadores químicos
- Liberação de neuropeptídeos (aumento da permeabilidade vascular e vasodilatação)
	- Os macrófagos sintetizam substâncias (prostaglandinas e leucotrienos) que vão potencializar a resposta inflamatória.
- Citocinas que vão ativar o endotélio para ativar linfócitos, células efetoras
- Quimiocinas/QUIMIOTAXIA: atrair células do sistema imune – neutrófilos – para o local da inflamação
- Moléculas do complemento: ativação C3A C5A - anáfila toxinas - recrutam células do sistema imune
Efeitos sistêmicos da inflamação: protetores e patológicos
- Aumentar produção de células imunes
- Fígado: produção de proteínas – opsoninas – ativando o complemento
- Hipotálamo: citocinas que vão provocar a febre (inativar enzimas)
- Diminuição da pressão, maior tendência a formação de trombos, sintomas de desânimo para poupar energia
Proteína C reativa (PCR)
- Marcador de fase aguda que se eleva em processos inflamatórios e infecciosos. 
- Tipo especial de proteína, produzida pelo fígado.
- De forma geral, indica a existência de um processo inflamatório e infeccioso agudo. 
- Opsonização e ativação do sistema complemento
Resposta de fase aguda sistêmica
Resposta inflamatória local é acompanhada por uma resposta sistêmica 
- Febre
- Aumento da síntese de hormônios (ACTH e hidrocortisona)
- Aumento na produção de leucócitos 
- Produção de proteínas de fase aguda (Inibe o crescimento de patógenos e potencializa resposta imune)
- O processo está sendo resolvido, então os neutrófilos sofrem apoptose
- Os macrófagos começam a reconhecer os neutrófilos mortos e entendem que o processo inflamatório foi resolvido
- Macrófagos se diferenciam em M1 (comuns) e M2 (diminuir a resposta, e produzir fatores para regenerar o tecido lesado) 
Inflamação AGUDA minutos após a lesão tecidual (combate os estágios recentes da infecção). 
Inflamação CRÔNICA quanto o antígeno persiste, pode levar a consequências patogênicas
- Presença de linfócitos T(th1 e th2)
- Ativa macrófagos continuamente, formará a fibrose – perda de função
- O sistema imune tenta isolar o patógeno, formando o granuloma
- Recrutamento de eosinófilos provocando a destruição tecidual
ex.: artrite.
IMUNIDADE INATA OU NATURAL
Características da resposta inata
Primeira e segunda linhas de defesa do organismo, importante na indução da resposta adaptativa. Pouca especificidade para os microrganismos (antígenos)- reconhecimento de padrões de patógenos. Não há formação de memória imunológica.
Resposta inicial aos microrganismos que impede, controla ou elimina a infecção do hospedeiro.
Características da resposta inata
Sempre presentes e prontos para eliminar os microorganismos.
Reconhecem e respondem somente a microorganismos.
Podem ser desencadeados por células do hospedeiro que estejam danificadas.
Conferem uma resposta rápida e poderosa contra o microorganismo invasor.
INATA
Barreiras físicas e químicas;
Barreiras celulares;
Proteínas efetoras;
Citocinas
Superfícies epiteliais intactas formam barreiras físicas entre os microrganismos no ambiente externo e os tecidos do hospedeiro.
Perda da integridade predispõe infecções.
Pele
- Produção de grande variedade de agentes antimicrobianos.
Ex.: psoriasina, inibe o crescimento da bactéria Eschericha coli 
Fatores químicos
Pele e epitélio: agentes antimicrobianos (psoriasina)-> inibe o crescimento da bactéria E. coli, protegendo o organismo contra arranhões, feridas ou escoriações.
Mucosas - Barreira física
Lágrimas, saliva e secreções que lavam as mucosas contêm substâncias antibacterianas e antivirais.
Muco “captura” microrganismos externos.
Cílios do trato respiratório inferior movimentam-se de forma sincronizada, expelindo o muco com microrganismos.
pH ácido 
Reconhecimento na imunidade inata
Receptores de reconhecimento de padrões (PRR)
Reconhecem padrões estruturais que se repetem nos patógenos.
Chamadas de Padrões Moleculares Associados a Patógenos (PAMPS).
Ex: LPS, RNA de dupla fita, manose 
Os componentes da imunidade inata reconhecem estruturas que são características de microrganismos, que não estão presentes nas células dos mamíferos
Padrões moleculares associados a patógenos (pathogen-associated molecular patterns – PAMPs)
Muitos são essenciais a sobrevivencia do patógeno.
LPS (bactérias gram negativas) potente estimulador da imunidade inata
“Conjunto de células com capacidade de detectar, por meio de sensíveis receptores, os produtos de microrganismos e estimular o contra-ataque”. 
Tipos celulares na Resposta Imune Inata
Tipos celulares na RI Inata: FAGÓCITOS (geral)
Função primária é identificar, ingerir e destruir patógenos.
Também produzem citocinas comimportante papel na resposta imune inata e adaptativa.
Tipos celulares na RI Inata: NEUTRÓFILOS 
Leucócito predominante na circulação sanguínea
Fase inicial da resposta inflamatória
Fagocitose, lise intracelular, inflamação e dano tecidual 
Grânulos com lisosima, colagenase e elastase.
Ativa o Sistema Complemento 
Vivem cerca de 6 horas 
Marcador de membrana CD66.
Produção: cerca de 1011 por dia
Fagócitos neutrofílicos polimorfonucleares – PMNs 
Principal componente do pus
Tipos celulares na RI Inata: MACRÓFAGOS Especializadas em fagocitose
Provoca a lise do microorganismo 
Especializada em apresentar antígeno
Responsável na ativação da imunidade específica
Reparo tecidual, fagocita células mortas e produz fatores de crescimento, reparando o tecido danificado
Macrófagos nos diferentes tecidos
Macrófagos intestinais – estômago;
Macrófagos alveolares – pulmões;
Histiócitos – tecidos conjuntivos;
Células de Kupffer – fígado;
Células mesangliais – rim;
Células microgliais – cérebro;
Osteoclastos – ossos.
A fagocitose
Ativação dos receptores e respostas funcionais dos fagócitos
Tipos celulares na RI Inata: EOSINÓFILOS
Núcleo com 2 lóbulos
Super efetivo em infecções parasitárias
Fagócito importante
Regula a reação alérgica, diminuindo a histamina
Tipos celulares na RI Inata: CÉLULAS NATURAL KILLER (NK) 
Lisar células infectadas, estressadas e tumorais, induz ao “suicídio celular”: APOPTOSE
Macrófagos ativam NK, que sintetizam substâncias potencializadoras (interferon gama) da atividade do macrófago é a primeira linha de defesa contra os vírus.
A célula NK interage com receptores ligantes de NK, recebendo um sinal positivo para destruir a célula (MHC)
Ação natural killer
Ativação das células NK
Células Dendríticas
Receptores TOLL
Encontradas nos tecidos periféricos
Fagocitose, processamento e apresentação de Antígeno.
Usa seus pseudópodes grandes para agarrar os antígenos
Encontrada como precursores em potenciais sítios de infecção.
Principal marcador CD11chi - Mielóide e CD11Clow- Plasmocitóide 
Juntamente com os Macrófagos e Linfócitos B, as células dendríticas são potentes apresentadoras de antigenos. 
Resumindo
-Imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo;
-Mediada por células fagocíticas como macrófagos e neutrófilos, além de células NK e dendríticas;
-Mediada por fatores protéicos como citocinas, quimiocinas, interferons;
-Há indução de um processo inflamatório que tenta conter o Ag no seu local de invasão do organismo, além de eliminá-lo;
-As citocinas e outros fatores protéicos produzidos durante a resposta inata são importantes para o início da resposta adaptativa;
-Não há formação de memória imunológica.
“Resposta imune inata contribui fundamentalmente para a ativação da imunidade adaptativa”
SISTEMA DO COMPLEMENTO
Definição: Faz parte da resposta inata, é uma cascata de aproximadamente 30 proteínas presente no plasma, que ativadas vão provocar a morte tanto de células infectadas quanto dos próprios patógenos. Vai desencadear uma resposta INFLAMATÓRIA, facilita a fagocitose de um patógeno com a marcação (opsonina). Provoca necrose celular, o conteúdo da célula necrosada vai desencadear uma resposta inflamatória
Funções:
	- Anafilaxia: recrutamento de células imunes para um processo inflamatório
	- Lise celular
	- Retirada de imunocomponentes do sangue (restos de células mortas)
	- Opsonização: facilitar a fagocitose (fagócitos)
Vias do complemento:
- Via clássica
- Via alternativa
- Vias das lectinas 
Mecanismo do complemento:
- Recrutamento de neutrófilos
- A cascata continua e potencializa o mecanismo
- Recrutamento de C5, que vai ser clivado em c5 A e B
- Recrutamento de outras proteínas, C6 C7 C8 C9
- A célula acaba morrendo por desequilíbrio osmótico, perdendo moléculas
- O c3A e C5a são anáfila toxinas, desencadeando a inflamação
Via clássica
Proteína C1 que se liga ao complexo antígeno-anticorpo (adquirida – imunoglobulinas – ativação de linfócitos)
Sistema complemento no processo inflamatório
- C3a e C5a: grandes estimuladores da inflamação
- Anafilatoxinas: induzem as células imunes para um determinado local
- Facilitam a DIAPEDESE (sangue tecido)
- Induzem a função dos mastócitos (histamina)
- C3b: retirada dos imunocomplexos do sangue (células mortas) 
Via alternativa
	- Presença de fator D e fator B, sendo o C3 hidrolisado no fluído (plasma)
	- Via da imunidade inata
 
- Iniciar com a clivagem espontânea do C3 no plasma
- Se não houver patógeno, não vai continuar e eles se degradam
- Se o C3b se ligar a um MO, vai continuar a cascata
Via da lectina
- Se inicia com a ligação da proteína lectina com a superfície do patógeno
	- O ligante MBL (lectina) liga-se a molécula padrão MANOSE, um açúcar dos MO que não existe nos mamíferos
Presença da MASP 1 e MASP 2
Resposta Inata

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