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E N G E N H A R I A D E S O L O S E I N F R A - E S T R U T U R A S L T D A .1 GRUPO: 09 PISOS E CALÇADAS -------------------------------------------------------------------------------- METODOLOGIA para RECUPERAÇÃO Manual técnico N.09.1 Método B. Fourteen Patente científica para “Métodos de Recuperação de Patologias de Edificações”, desenvolvidas pelo Prof. Dickran Berberian. *Utilização livre de custos de direitos autorais, desde que claramente citada a fonte: ----------------------------------------------------------------------------------------------------- METODOLOGÍA RECOMENDADA Algumas cidades do Brasil, nomeadamente Brasília, sofrem acentuadas variações sazonais (variando entre períodos de secura e umidade). Berberian (2008)*, observou através das curvas de pluviosidade dos últimos 20 anos, que na região Centro-Oeste do país, há um retardo de aproximadamente 30 dias para secagem das estruturas de concreto, após o término do período chuvoso. obs1: Lembre-se, nenhuma trinca, fissura ou movimentação da estrutura será passível de uma correção exitosa e definitiva se as causas dos movimentos (recalques, gradientes térmicos e de umidade, Flechas distorcionais, etc) não forem completamente sanadas, ou seja, se as movimentações continuarem ativas. obs 2: As especificações de materiais não são rigorosas, podendo ser substituídas por similares, desde que de 1ª qualidade. obs 3: Essa metodología não se aplica a pavimentos destinados a tráfego de veículos. Importante: Serviços de compactação, bem como de impermeabilização perdem eficiência quando saturados. O solo a ser compactado deve se possível estar próximo do teor ótimo de humidade. Por tanto, recuperar pisos na época de chuva pode comprometer o resultado. F U N D A Ç Õ E S – S O N D A G E N S – C O N S U L T O R IA T É C N IC A – L A U D O S P E R IC IA IS – R E F O R Ç O D E E S T R U T U R A S SCIA QD 14 CJ. 01 No 15 | Fones: (061) 3363-8610 e 3363-8606 Fax: 3363-8608 | CEP: 71.250-105 BRASÍLIA –DF E-mail . infrasoloengenharia@gmail.com OBRAS / 2015 www.infrasolo.com.br E N G E N H A R I A D E S O L O S E I N F R A - E S T R U T U R A S L T D A .2 Pavimento intertravado é um tipo de pavimento flexível cuja estrutura é composta por várias camadas de solo energicamente compactados, Camada de Assentamento, Base, Sub-base e Sub-leito seguida por pavimento de blocos de concreto intertravado, assentadas sobre camada de areia ou pó de pedra, ou ainda misturados com pedrisco e travadas entre si por contenção lateral (longitudinal). As juntas entre as peças são preenchidas por material de rejunte. A Fig. 1 apresenta os componentes do pavimento intertravado. CEF: Versão: 004 Vigência: 12/2015 Última atualização: 01/2017: SINAPI Fig 1 Componentes do pavimento intertravado Esses pavimentos possuem a função de resistir e distribuir as cargas aplicadas, além de melhorar as condições de rolamento e segurança e principalmente proteger contra a entrada de água nas camadas de solo compactado, que em última análise é a espinha dorsal do pavimento. Vale lembrar que uma grande área do solo que cobre o Distrito Federal e boa parte do solo argiloso laterítico do Brasil é potencialmente colapsível. SCIA QD 14 CJ. 01 No 15 | Fones: (061) 3363-8610 e 3363-8606 Fax: 3363-8608 | CEP: 71.250-105 BRASÍLIA –DF E-mail . infrasoloengenharia@gmail.com OBRAS / 2015 www.infrasolo.com.br BREVE HISTÓRICO Sub-leito compactado E N G E N H A R I A D E S O L O S E I N F R A - E S T R U T U R A S L T D A .3 Paradoxalmente ao mesmo tempo que o pavimento deve por questões ambientais ser permeável e proteger contra saturação das camadas de base, sub-base e sub-leito. Para resolver essa dualidade recomenda-se executar um colchão drenante de brita nº 1, compactado com 8cm de espessura separada da Camada de Assentamento por um manta Geotéxtil de 3 a 5 mm de espessura e sobre a base uma manta plástica comumente usada na agricultura com espessura acima de 400 micras (µ≥400). Foram estudadas composições para os seguintes tipos de blocos, comumente encontrados no mercado: pisograma, sextavado, retangular e 16 faces. As composições são formadas por indicadores de: www.infrasolo.com.br Mão de obra: oficial (calceteiro) e servente. Material: blocos de concreto, areia ou pó de pedra. Equipamentos: placa vibratória para compactação e cortadora de piso. As produtividades das composições não contemplam as atividades de preparo da base, ou base e sub-base, sistemas de contenção lateral e plantio de grama. Para tais atividades, utilizar composição específica de cada serviço. A - Bloco intertravado tipo retangular B - Bloco intertravado tipo sextavado BREVE HISTÓRICO E N G E N H A R I A D E S O L O S E I N F R A - E S T R U T U R A S L T D A .4 C - Bloco intertravado tipo pisograma D - Bloco intertravado tipo 16 faces Fig 2. Tipos mais comuns de blocos intertravados Componentes para a Composição de Custo. Calceteiro: profissional que executa as atividades para a construção do pavimento intertravado, tais como: lançamento, espalhamento, e nivelamento da camada de assentamento; assentamento, arremate, rejuntamento e compactação dos blocos de concreto para pavimentação. Servente: profissional que auxilia o calceteiro com as atividades para a execução do pavimento intertravado. Placa vibratória: equipamento utilizado para a compactação dos blocos de concreto intertravado. Cortadora de piso: equipamento utilizado para cortar os blocos de concreto, fazer os ajustes e os arremates de canto. Areia: utilizada na execução da camada de assentamento seguindo as especificações da norma quanto à granulometria do material. Pó de pedra: utilizado no rejunte dos blocos seguindo as especificações da norma quanto à granulometria do material. Bloco para pavimentação: bloco de concreto nas especificações conforme descrito na composição, utilizado na camada de assentamento e constitui o leito transitável do pavimento. step 1 Analise da Geologia local Verificar se o componente do solo é formado por argilas porosas colapsíveis. Verificar a menor profundidade do lençol freático comum na região, e se o nível do lençol freático estiver menos de 3m de profundidade e se o solo até 3m for de granulometria fina (argila e silte, CM, MC, CS, MS), recomenda-se fortemente a COMPOSIÇÃO DE CUSTOS EXECUÇÃO PASSO A PASSO E N G E N H A R I A D E S O L O S E I N F R A - E S T R U T U R A S L T D A .5 execução de Colchão drenante de 10cm de Brita mais pedriscos compactados com placa vibratória, logo acima do subleito compactado procurando evitar oabatimento de todo o pavimento causado por saturação do solo, oriundo da ascensão capilar. step 2 Compactação e Reforço do sub-leito Compactar energicamente o terreno natural limpo de matéria orgânica, utilizando rolo compressor ou pé de carneiro ou ainda placa vibratória. step 3 Execução das guias de contenção longitudinais para contenção transversais Utilizando-se meio fio de concreto pré-moldado ou opcionalmente de concreto moldado in loco (com formas deslizantes). step 4 Execução da Sub-base Camada de solo de boa qualidade (cascalho) com espessura maior que 15cm energicamente compactada. step 5 Execução da Base Idem sub-base e dependendo da utilização recomenda-se controlar a compactação através do CBR - Califórnia Bearing Ration. step 6 Aplicação da manta plástica Com espessura maior que 400 micras, aplicar sobre a base compactada uma manta plástica com espessura de 400 microns. step 7 Execução do colchão drenante Procurando evitar a entrada de água e saturação da base compactada recomenda-se executar um colchão drenante superior de brita 1 mais pedriscos com 8cm de espessura ligeiramente compactado com a placa vibratória. step 8 Aplicação da manta geotêxtil Sobre o dreno superior aplica-se uma manta geotêxtil de 3 a 5mm, funcionando como dreno e evitando a colmatação do dreno superior, retendo as partículas finas da camada de assentamento. step 9 Camada de Assentamento Após a execução dos serviços de preparo da base, sub- base e subleito, inicia-se a execução do pavimento intertravado sobre a camada de assentamento, que é feita pelas seguintes atividades sequencialmente: E N G E N H A R I A D E S O L O S E I N F R A - E S T R U T U R A S L T D A .6 Lançamento e espalhamento da areia na área do pavimento; Execução das mestras (pedras de meio fio) paralelamente a contenção principal nivelando-as na espessura da camada conforme especificação de projeto; Nivelamento do material da camada de assentamento com régua metálica; step 10 Assentamento dos bloquetes Terminada a camada de assentamento na sequência dá-se início a camada de revestimento que é formada pelas seguintes atividades: Marcação para o assentamento do revestimento, feito por linhas-guia; Assentamento das peças de concreto conforme o padrão definido no projeto; Ajustes e arremates do canto com a colocação de blocos cortados; Rejuntamento, utilizando pó de pedra, ver tabela nº 2; Compactação final que proporciona o acomodamento das peças na camada de assentamento. Fig 3. Espessura dos Componentes do pavimento intertravado. Obs: Para pisos de pavimentos e pátios sob carga de veículos, o dimensionamento deverá ser de acordo com a Norma Brasileira de Pavimento 15953/2011. step 11 Rejuntamento: O rejuntamento deve ter permeabilidade tal que permita manter o balanço hídrico da região. Deve ser deformável para permitir a dilatação dos bloquetes e/ou das pedras Portuguesas evitando trincas de dilatação térmica ou de retração hidráulica. Terreno Natural Compactado 15cm - Cascalho Compactado 15cm - Cascalho Compactado 8cm – Pó de Pedra ou Areia E N G E N H A R I A D E S O L O S E I N F R A - E S T R U T U R A S L T D A .7 Fig 4. Calçamento de Pedra Portuguesa com infiltração Distribuição Granulométrica para assentamento Tab 1. Distribuição Granulométrica INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Nota: A porcentagem de material retido na peneira de 75 microns depende da natureza mineralógica do material. Sob determinadas condições de utilização do pavimento, o excesso de material retido na peneira 75 pode acarretar uma acomodação excessiva da camada de assentamento, resultando em deformações indesejáveis do pavimento. E N G E N H A R I A D E S O L O S E I N F R A - E S T R U T U R A S L T D A .8 Distribuição Granulométrica para Rejuntamento e Juntas Tab 2. Distribuição Granulométrica para rejuntamento ABNT NBR 9781: 2013 – Peças de concreto para pavimentação – Especificações e Métodos de Ensaio. ABNT NBR 15953: 2011 – Pavimento Intertravado com peças de concreto – Execução. ABCP (2010) Associação Brasileira de Cimento Portland. Manual de Pavimento Intertravado: Passeio Público. ABCP, São Paulo, 36p. SILVA,C.O, (2015) Execução e Manutenção de Pavimento Intertravado. ABCP. http://www.rpu.org.br/Pavimento intertravado - execução e manutenção.pdf. BERBERIAN, D. (2018). Metodologia para Recuperação de Pisos Intertravados e Calçadas. Techmical Buletin. INFRASOLO LTDA. CAIXA ECONOMICA FEDERAL (2015): Versão: 004 Vigência: Última atualização: 01/2017: SINAPI F U N D A Ç Õ E S – S O N D A G E N S – C O N S U L T O R IA T É C N IC A – L A U D O S P E R IC IA IS – R E F O R Ç O D E E S T R U T U R A S SCIA QD 14 CJ. 01 No 15 | Fones: (061) 3363-8610 e 3363-8606 Fax: 3363-8608 | CEP: 71.250-105 BRASÍLIA –DF E-mail . infrasoloengenharia@gmail.com OBRAS / 2015 www.infrasolo.com.br BIBLIOGRAFIA
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