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TECNOLOGIA DE OBTENÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS ORAIS Leslie Raphael Coordenador: Prof. Pedro Rolim FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS • Podem conter uma ou mais substâncias químicas dissolvidas num solvente adequado ou em uma mistura de solventes mutuamente miscíveis ou dispersos. SOLUÇOES XAROPES SUSPENSÕES EMULSÕES FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS Vantagens em relação à F.F. Sólidas Absorção mais rápida; Facilidade na administração (Idosos e crianças); Flexibilidade na dosagem. Inconvenientes Fármacos/insumos mais instáveis (físico/químico/biológico); Volume/peso da formulação (armaz./transporte-Indústria/paciente); Precisão da dose (paciente). FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS Características: Ausência de contaminantes microbiológicos; Ausência de Pseudomonas aeruginosa, Serratia klebsiella, Streptococcus, Staphylococcus aureus, Salmonella, E. coli, Clostridium, Candida albicans; Conservantes: Tem que ser eficaz contra um largo espectro de microorganismos; Estável; não pode ser tóxico ou irritante; Solúvel no meio; Compatível com outros componentes. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight ÀGUA PARA FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS A água purificada, por ser o constituinte mais importante nas preparações líquidas, deve atender as especificações (controle físico-químico e microbiológico – FARMACOPÉIA BRASILEIRA 5ª Ed.). DESTILAÇÃO DEIONIZAÇÃO PURIFICAÇÃO POR OSMOSE REVERSA ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO UV FILTRAÇÃO POR MEMBRANA ÀGUA PARA FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS SOLUÇÕES SOLUÇÕES Preparações líquidas que contém uma ou mais substâncias químicas dissolvidas num solvente adequado ou numa mistura de solventes mutuamente miscíveis. As partículas dispersas: São moléculas ou íons em comum; Não se sedimentam sob a ação da gravidade, nem sob a ação de centrifugas comuns; Não são filtradas por filtros comuns. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight SOLUÇÕES Classificação quanto a via de administração: Soluções orais Soluções auriculares Soluções oftálmicas Soluções tópicas Soluções injetáveis Solvente Soluto Adjuvantes SOLUÇÃO SOLUÇÕES SOLUBILIDADE DE FARMÁCOS pH; Estrutura Química Tamanho das partículas; Agitação; Temperatura (obs.: Instabilidade/volatilidade) Agente Solubilizante. As soluções devem manter as características (viscosidade, cor, limpidez, sabor, cheiro) ao longo do prazo de validade. SOLUÇÕES VANTAGENS Alta estabilidade física: partículas em dispersões moleculares não sofrem ação da gravidade; Alta biodisponibilidade: partículas pequenas são mais facilmente absorvidas; Alta uniformidade: dispersões moleculares são sistemas uniformes e homogêneos. DESVANTAGENS Alta biodisponibilidade: nem sempre se deseja absorção imediata. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight ADJUVANTES FUNÇÃO EXEMPLOS VEÍCULO Carreador Xarope simples, Água purificada CONSERVANTE Evitar crescimento de fungos e microorganismos Ácido benzóico, Metilparabeno, Propilparabeno SOLVENTE Co-solvente Álcool, Glicerina ANTIOXIDANTE Evitar deteriorização Ácido ascórbico, Metabissulfito de sódio AG. TAMPÃO Resistir mudanças de pH Acetato de sódio, Citrato de sódio CORANTES Conferir cor Caramelo, Vermelho EDULCORANTE Conferir sabor doce Aspartame, Sacarose, Ciclamato FLAVORIZANTE Conferir sabor e odor agradaveis Baunilha, Mentol SOLUÇÕES ORAIS POLIETILENOGLICOL ADICIONE P.A. DISSOLVER O METABISSULFITO DE SÓDIO EM ÁGUA E ADICIONAR DISSOLVA O CICLAMATO EM SACARINA E ADICIONE ÁGUA SOLUBILIZE O ÁCIDO CÍTRICO E O BENZOATO EM ÁGUA ADICIONE A ESSÊNCIA DE LARANJA ADICIONE AMARELO DE TARTRAZINA COMPLETE O VOLUME E ENVIE PARA CQ ENVASE EMBALAGEM XAROPES XAROPES São preparações farmacêuticas aquosas, límpidas, que contêm não menos que 45% de sacarose ou outros açucares. Características: Concentração de açúcar (45 - 80%) Conferir sabor adocicado e viscosidade adequada; Boa conservação (solução hipertônica), inibe crescimento de bactérias e fungos; Elevada viscosidade; Mascarar sabor de certos fármacos Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight XAROPES AGENTES DE VISCOSIDADE Açúcares: sacarose, dextrose. Não açúcares: Sorbitol, glicerina, propilenoglicol – (Substâncias glicogênicas) Alternativa para diabéticos – Metilcelulose e hidroxietilcelulose – Viscosidade semelhante + edulcorante. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight ADJUVANTES FUNÇÃO EXEMPLOS VEÍCULO Carreador Xarope de açucares ou não açúcares CONSERVANTE Evitar crescimento de fungos e microorganismos Ácido benzóico, Metilparabeno, Propilparabeno ANTIOXIDANTE Evitar deteriorização Ácido ascórbico, Metabissulfito de sódio EDULCORANTE Conferir sabor doce Aspartame, Sacarose, Ciclamato FLAVORIZANTE Conferir sabor e odor agradaveis Baunilha, Mentol CORANTES Conferir cor Caramelo, Vermelho XAROPES Xarope de Sulfato Ferroso: Sulfato ferroso 135 g Solução de sorbitol 350 ml Glicerina 50 ml Ácido Cítrico 12 g Benzoato de Sódio 1,0 g Flavorizante q.s. Água q.s.p. 1000 ml XAROPES PREPARAÇÃO BÁSICA: Dissolução por agitação à frio (mais demorado); Dissolução com aquecimento; Xarope escuro (açúcar invertido); Xarope âmbar (caramelização da sacarose) Mais utilizados em alimentos Mais susceptível a bactérias Adição do PA e adjuvantes; Clarificação. XAROPES ALTERAÇÕES: Efeito atmosférico Aquecimento Exposição à luz Reações internas Interações dos componentes com o xarope Proliferação microbiana SUSPENSÕES SUSPENSÕES Sistemas heterogêneos constituído por duas fases: fase externa (contínua) normalmente um líquido, enquanto a fase interna (dispersa) é constituída por partículas sólidas insolúveis na fase contínua, mas que se dispersam nela. Características: São sistemas heterogêneos constituídos por duas fases; São preparações que contém partículas de fármaco finamente divididas, distribuídas de modo uniforme em um veículo. Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES CARACTERISTICAS NECESSÁRIAS: Uma boa suspensão deve apresentar sedimentação lenta e ser redispersada com facilidade após agitação suave do recipiente. O tamanho da partícula do suspensóide deve permanecer constante por longos períodos. A suspensão deve escoar rápida e uniformemente do recipiente. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES TIPOS: Suspensão Oral; Suspensão Tópica (pele e mucosas); Suspensão ocular; Suspensão parenteral. SUSPENSÕES VANTAGENS: Suspensões orais para pessoas que têm dificuldades de deglutir; P.A.s que são degradáveis em presença de água que não podem ser utilizados em soluções aquosas; Estabilidade do PA em relação à solução;SUSPENSÕES As propriedades de uma suspensão são dependentes de: Tamanho de partículas; Interações partícula-partícula; Densidade das partículas do meio; Viscosidade do meio. SUSPENSÕES As propriedades de uma suspensão são dependentes de: Tamanho de partículas; Objetiva assegurar que as partículas suspensas tenham baixa velocidade de sedimentação. Interações partícula-partícula; Densidade das partículas do meio; Viscosidade do meio. SUSPENSÕES As propriedades de uma suspensão são dependentes de: Tamanho de partículas; Interações partícula-partícula; Embora a redução do tamanho da partícula diminua a velocidade de sedimentação, a subdivisão das partículas aumenta a área superficial total de contato. Esse aumento da área superficial aumenta a energia do sistema, resultando na instabilidade do sistema disperso. Densidade das partículas do meio; Viscosidade do meio. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES As propriedades de uma suspensão são dependentes de: Tamanho de partículas; Interações partícula-partícula; Uma maneira de reduzir o tamanho da partícula sem aumentar a energia do sistema e causar instabilidade, é reduzir a tensão interfacial com adição de tensoativos. Densidade das partículas do meio; Viscosidade do meio. Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES As propriedades de uma suspensão são dependentes de: Tamanho de partículas; Interações partícula-partícula; Densidade das partículas do meio; A fase interna das suspensões tendem à sedimentação; Viscosidade do meio. SUSPENSÕES As propriedades de uma suspensão são dependentes de: Tamanho de partículas; Interações partícula-partícula; Densidade das partículas do meio; Viscosidade do meio. Lei de Stokes, quanto maior a diferença entre densidade da partícula dispersa e o veículo dispergente, maior será a velocidade de sedimentação. SUSPENSÕES Tamanho de partícula (1 - 50μm) A redução deve ser feita antes da incorporação do meio dispersor Moinhos coloidais; Micropulverizadores (abrasão por rotação); Micronizadores (abrasão a jato de ar); Spray-drying; *Etapa essencial para assegurar baixa sedimentação. Fig. 1: Moinho Coloidal SUSPENSÕES Estabilidade Molhabilidade de agentes hidrofóbicos; A molhabilidade garante deslocamento do ar que se encontra na superfície do sólido, favorecendo o contato da interface sólido-líquido. SÓLIDO HIDROFÍLICO SÓLIDO HIDROFÓBICO Facilmente molhável pela água Repelem-se da água Normalmente são incorporados em suspensões Difíceis de dispersar, frequentemente flutuam. Utilizar agentes molhantes. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Estabilidade Uso de: tensoativos, co-solventes, polímeros hidrofílicos, complexação. A maioria dos tensoativos é utilizada na concentração de 0,1% incluindo os polissorbatos (Tweens) para uso oral e o laurilsulfato de sódio para aplicação externa. Para administração parenteral, o tensoativo precisa ser escolhido de forma mais rigorosa, usa-se os polissorbatos e a lecitina. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Estabilidade Ex.: Polvix 200® é uma base pronta, para uso em suspensões farmacêuticas orais, composta por: Sorbitol, Celulose Microcristalina, CMC, Lauril Sulfato de Sódio e Metilparabeno. SUSPENSÕES Estabilidade A estabilidade física de uma suspensão normalmente é determinada pela medida de velocidade de sedimentação, do volume ou peso final do seu sedimento e da facilidade de redispersão do produto. Outros Fatores: Decomposição do fármaco; Modificação do pH; Variações na distribuição do tamanho das partículas; Alteração da temperatura. Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Redispersibilidade A maioria dos materiais insóluveis apresentam uma carga à superfície quando se encontram disperso em meio aquoso; Uma camada de íons de carga oposta permanece juntos, em redor da superfície carregada (camada difusa); Quando as forças atrativas predominam, há em geral a formação de sedimentos frouxos e de fácil redispersão, no caso oposto ocorre a formação de um sedimento compacto. Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Redispersibilidade Para evitar a sedimentação de forma isolada, deve-se atuar sobre as forças repulsivas, as quais são resultantes de eventuais cargas superficiais das partículas. Potencial Zeta: diferença de potencial entre a superfície da gotícula e o ponto de neutralidade (fim da dupla camada difusa). Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Redispersibilidade Repulsão entre as partículas favorece a floculação. Flóculo: Partículas frouxamente ligadas, formando uma estrutura fibrosa, solta, e resulta em sobrenadante límpido e de fácil redispersão Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Redispersibilidade SISTEMAS DEFLOCULADOS As partículas dispersas permanecem como unidades separadas e, com a velocidade de sedimentação dependente do tamanho de cada unidade, a sedimentação será bastante lenta. A baixa velocidade de sedimentação evita que o líquido fique preso no sedimento, o qual se torna dessa forma, mais compacto e de difícil redispersão. Esse fenômeno é chamado de caking. Esse é o problema mais serio de dispersões defloculadas. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Redispersibilidade SISTEMAS DEFLOCULADOS VANTAGENS: Baixa velocidade de sedimentação Retiradas de doses mais uniformes DESVANTAGEM Caso ocorra sedimentação, o sedimento formado é compacto e de difícil redispersão. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Redispersibilidade SISTEMAS FLOCULADOS Os sistemas floculados formam sedimentos mais frouxos e fáceis de redispersar, mas a velocidade de sedimentação é rápida, existindo o risco de administração de doses imprecisas. O produto pode ter uma aparência pouco atrativa. A adição de eletrólitos, tensoativos e polímeros hidrofílicos pode promover a conversão de uma suspensão defloculada para um estado parcialmente floculado Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Redispersibilidade CONTROLE DA FLOCULAÇÃO Controle do tamanho das partículas; Velocidade de sedimentação. Eletrólitos (tensoativos iônicos) ; Agentes suspensores. SUSPENSÕES Redispersibilidade CONTROLE DA FLOCULAÇÃO Controle do tamanho das partículas; Eletrólitos (tensoativos iônicos); A adição de eletrólitos inorgânicos (sais sódicos de acetato, fostato e citrato); Cuidado para que essa adição de eletrólitos não seja exacerbada, pois poderá ocorrer uma inversão de carga de cada partícula, formando, novamente, um sistema defloculado. Agentes suspensores. SUSPENSÕES Redispersibilidade CONTROLE DA FLOCULAÇÃO Controle do tamanho das partículas; Eletrólitos (tensoativos iônicos) ; Agentes suspensores. Tensoativos iônicos podem causar floculação por neutralizar a carga das partículas. Tensoativos não-iônicos tem pouca influência, mas devido a suas caonfigurações lineares, são adsorvidos em mais de uma partícula, formando uma estrutura floculada mais frouxa. SUSPENSÕES Redispersibilidade INTERAÇÃO E COMPORTAMENTO DAS PARTÍCULAS DEFLOCULADO FLOCULADO Estrutura empacotada; Sedimentação lenta, porém de difícil redispersão. Estrutura fibrosa (certa rigidez) e aberta; Sedimentação abundante e volumoso – facilmente redispersão. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Reologia Estudo do comportamento de escoamento ( características de viscosidade e fluxo); Caracterizar a facilidade com que o material pode ser despejado de um frasco. Mayara Elis Highlight SUSPENSÕES Embalagem e Estocagem Frascos (Espaço de ar acima do líquido e boca larga); Frascos fechados protegidos da luz e calor; Materiais que não interajam com os componentes da formulação SUSPENSÕES ETAPAS DE PREPARAÇÃO REDUÇÃO DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS INCORPORAÇÃO DO AGENTE MOLHANTE ADIÇÃO DO MEIO DISPERSOS AO SÓLIDO HOMOGENEIZAÇÃO (MOINHO COLOIDAL) CONTROLE DE QUALIDADE ENVASE CONTROLE DE QUALIDADE ESTABILIDADE ADJUVANTES FUNÇÃO EXEMPLOS AG. TENSOATIVO Reduz tensão superficial e interfacial Polissorbato 80, laurilsulfato de sódio AG. SUSPENSOR viscosidade Agar, Bentonita, Metilcelulose Tabulose®, Induskol® AG. MOLHANTE Diminuir ângulo de contato Tweens, Spans VEÍCULO Carreador Xarope simples, Água puriicada CORANTES Conferir cor Caramelo, vermelho EDULCORANTE Conferir sabor doce Aspartame, sacarose FLAVORIZANTE Conferir sabor e odor agradaveis Baunilha, Mentol SUSPENSÕES Exemplo: INSUMOS % Fármaco Efavirenz 3.0 Agente molhante Polissorbato 80 0.5 Agente suspensor Carboximetilcelulose de sódio 1.0 Co-solvente Glicerina 15.0 Edulcorante sorbitol 15.0 Veículo Água purificada, q.s.p. 200.0 EMULSÕES EMULSÕES Dispersão de pequenas gotículas de um líquido em um outro líquido, com o qual seja imiscível. Este sistema é estabilizado pela presença de um tensoativo. Óleo em Água (O/A) Água em Óleo (A/O) Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight EMULSÕES Características da emulsões: FASE AGUOSA: componente mais abundante das formulações O/A. Deve apresentar baixa carga microbiológica ou nula, e preferencialmente ausência de eletrólitos. FASE OLEOSA: a fase oleosa é predominante nas formulações A/O, pode ser composta por uma ampla variedade de substâncias lipofílicas, as quais são responsáveis pela inerente ação emoliente das emulsões. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight EMULSÕES VANTAGENS: Administração de óleos que seriam intragáveis caso não estivessem na forma de emulsão; Administração de agentes medicinais que irritam a pele; Biodisponibilidade e absorção elevados; Administração endovenosa de nutrientes lipídicos. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight EMULSÕES INCOVENIENTES: Sistema termodinamicamente instável Associação das moléculas ( área de superfície); Resistência a fragmentação em pequenas gotículas Imiscibilidade Tensão interfacial e superficial; Mayara Elis Highlight EMULSÕES Características da emulsões: Apresentar estabilidade química e física compatíveis com seu uso; Serem formuladas de forma biocompatível com a via de administração desejada. Devem apresentar viscosidade adequada ao uso tópico ou oral; Os tensoativos utilizados na estabilização devem apresentar valores de EHL adequados e ser compatível com uso interno ou externo. EMULSÕES EQUILIBRIO HIDRÓFILO LIPÓFILO (EHL) Tensoativo e veículo; EHL (1 – 20) aumentando à medida que a substância se torna hidrófila; EHL 3 -6 : emulsão A/O EHL 8 -18 :emulsão O/A EMULSÕES EQUILIBRIO HIDRÓFILO LIPÓFILO (EHL) APLICAÇÃO VALOR DE EHL Antiespumante 1-3 Emulgentes (A/O) 3-6 Agentes molhantes 7-9 Emulgentes (O/A) 8-18 Solubilizantes 15-20 Detergentes 13-16 Tabela: Valor de EHL de tensoativos e sua aplicação EMULSÕES TENSOATIVOS tensão interfacial (reduzindo a força repelente entre os líquidos) e diminuem a atração de cada líquido com suas moléculas, além de promoverem a sua estabilização. O tensoativo estará preferencialmente solúvel em uma das fases e será mais profundamente aderido numa fase do que na outra. EMULSÕES TENSOATIVOS TENSOATIVO ÁGUA ÓLEO O tensoativo circunda as gotículas da fase interna como uma fina película adsorvida na sua superfície. EMULSÕES TENSOATIVOS Deve ser compatível com os outros componentes da fórmula; Deve ser estável; Não ser tóxico; Ter a capacidade de promover a emulsificação e manter a estabilidade durante toda vida de prateleira do produto; Mayara Elis Highlight EMULSÕES TENSOATIVOS Aniônicos Catiônicos Não-iônico Anfótero EMULSÕES TENSOATIVOS Aniônicos Em solução aquosa este composto dissocia-se formando uma carga negativa, o qual é responsável por sua capacidade emulsificante. Ex.: Dietanolamina, Trietanolamina, Doctilsulfossucinato de sódio (Tópico); Sarcocinatos (Tópico e oral) Catiônicos Não-iônico Anfótero Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight EMULSÕES TENSOATIVOS Aniônicos Catiônicos São agentes emulsivos O/A Ex.: Sais de amônio quaternário (Tópico e Oral) Não-iônico Anfótero Mayara Elis Highlight EMULSÕES TENSOATIVOS Aniônicos Catiônicos Não-iônico Comportam-se como substâncias apolares Ex.: Ésteres de sorbitol(Spans), Polioxietilenossorbitanos (Tweens). (Oral, Tópica e parenteral) Anfótero Mayara Elis Highlight EMULSÕES TENSOATIVOS Aniônicos Catiônicos Não-iônico Anfótero Comportam-se como bases ou ácidos de acordo com o pH onde se encontram. Ex.: Dodecil-diamino-glicola (DAG) – (Tópico e Oral) Mayara Elis Highlight EMULSÕES TENSOATIVOS NATURAIS • Polissacarideos; • Goma arábica • Lanolina; • Lecitina. *Por serem bastante susceptíveis ao ataque de fungos e bactérias, são mais utilizados em preparações extemporâneas. EMULSÕES INSTABILIDADES Coalescência e separação de fases: Processo irreversível; Aproximação das gotículas com conseqüente aumento do tamanho das mesmas. Separação das duas fases e formação de duas camadas distintas; Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight EMULSÕES INSTABILIDADES MECANISMOS ENVOLVIDOS NA SEPARAÇÃO DAS FASES DE UMA EMULSÃO: AGREGAÇÃO SEDIMENTAÇÃO CRENAGEM COALESCÊNCIA COALESCÊNCIA COALESCÊNCIA EMULSÕES INSTABILIDADES Fatores que podem acelerar a desestabilização de emulsões: Destruição microbiana de seus componentes; Processos fotoquímicos; Temperatura; Má armazenagemou uso de embalagem não apropriada. Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight Mayara Elis Highlight ADJUVANTES FUNÇÃO EXEMPLOS ANTIOXIDANTE Evitar oxidação BHT, BHA CONSERVANTES Evitar crescimento de microorganismos Hidroxibenzoatos de alquilo TENSOATIVO (EMULSIFICANTE) Reduz a tensão interfacial Tweens, Spans Volpo Cs 20® AG. Modificador de viscosidade viscosidade Agar, Bentonita, Metilcelulose Tabulose®, Induskol® AG. MOLHANTE Diminuir ângulo de contato Tweens, Spans VEÍCULO Carreador Xarope simples, Água puriicada CORANTES Conferir cor Caramelo, vermelho EDULCORANTE Conferir sabor doce Aspartame, sacarose FLAVORIZANTE Conferir sabor e odor agradaveis Baunilha, Mentol EMULSÕES ETAPAS DE PREPARAÇÃO ESCOLHA DO TENSOATIVO EHL INCORPORAÇÃO DOS ADJUVANTES NAS FASES OLEOSAS E AQUOSAS INCORPORAÇÃO DAS FASES OLEOSAS E AQUOSAS *TEMPERATURA HOMOGENEIZAÇÃO (MOINHO COLOIDAL) CONTROLE DE QUALIDADE ENVASE CONTROLE DE QUALIDADE ESTABILIDADE EMULSÕES PROCESSO INDUSTRIAL Reatores EMULSÕES PROCESSO INDUSTRIAL Máquina de envase Envasadora de líquidos cabinada EMULSÕES PROCESSO INDUSTRIAL Envasadora de líquidos cabinada Torquímetro EMULSÕES CONTROLE DE QUALIDADE Descrição do aspecto: (cor, odor, sabor, viscosidade) Volume médio pH Densidade Balança digital phmetro EMULSÕES CONTROLE DE QUALIDADE Teor Viscosidade Contagem microbiana Pesquisa e identificação de patógenos Viscosímetro Analise Microbiológica Formas Farmacêuticas Líquidas MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF) Trata-se de um guia para fabricação no sentido de organizar e seguir a produção de forma segura para que os fatores humanos, técnicos e administrativos que influem sobre a qualidade dos produtos estejam efetivamente sob controle. RDC N° 17, DE 16 DE ABRIL DE 2010 - ANVISA (Barbalha – CE) Parenterais de pequeno e grande volume Exemplo Prático – Indústria FARMACE Reatores Cabinados
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