Buscar

OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO À FARMACOTÉCNICA
Farmacotécnica é a parte das ciências farmacêuticas que trata da preparação de
medicamentos, ou seja, transformação de drogas (matérias-primas) em medicamentos pela
manipulação dos ingredientes farmacêuticos ativos e excipientes.
Farmácia de manipulação ou magistral ou galênica = Estabelecimento de manipulação de
fórmulas magistrais e oficinais de comércios de medicamentos e insumos farmacêuticos.
MANIPULAÇÃO: conjunto de operações farmacotécnicas, com a finalidade de elaborar
preparações magistrais e oficinais e fracionar especialidades farmacêuticas para uso humano.
PREPARAÇÃO MAGISTRAL: Fórmula constante de uma prescrição que estabelece a
composição, a forma farmacêutica e a posologia, preparado em farmácia de manipulação ou
nos serviços farmacêuticos hospitalares segundo a receita médica que especifica o paciente a
quem o medicamento destina.
PREPARAÇÃO OFICINAL: fórmulas constantes da farmacopeia brasileira ou de outros
compêndios oficiais reconhecidos pelo ministério da saúde, destinado a ser dispensado
diretamente aos pacientes assistidos por essa farmácia ou serviço. Ex: tintura de iodo e pasta
d’água.
ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA: é aquele medicamento preparado antecipadamente e
introduzido no mercado com denominação e acondicionamento próprios (MEDICAMENTOS
INDUSTRIALIZADOS);
* Formulações padronizadas para atender as necessidades gerais de uma população.
*O prescritor precisa adequar o paciente à apresentação comercial disponível;
PREPARAÇÃO MANIPULADA:
* Doses adequadas aos pacientes (peso e idade);
* Múltipla ação em uma única cápsula;
* prescrição de formas farmacêuticas diferenciadas e o emprego de dosagens
específicas para cada paciente;
*Não gera sobras e desperdício.
MEDICAMENTO: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
REMÉDIO: Qualquer substância ou produto animal, vegetal, mineral ou sintetico; Qualquer
procedimento; Fé ou crença utilizados com intenção benéfica.
DROGA: substância que modifica a função fisiológica sem intenção benéfica;
INGREDIENTE FARMACÊUTICO OU FÁRMACO OU PRINCÍPIO ATIVO : é qualquer agente
químico, de origem natural ou sintética ( vegetal, animal ou mineral), capaz de modificar as
funções fisiológicas dos seres vivos com intenção benéfica, isto é, apresenta efeito
terapêutico e é administrado através de uma forma farmacêutica por uma via de adm.
EXCIPIENTES: qualquer matéria-prima, que incluída nas formas farmacêuticas, se junte aos
fármacos ou suas associações para servir de veículo, possibilitar a sua preparação ou
estabilidade, modificar as suas propriedades organolépticas ou determinar as propriedades
físico-químicas do medicamento e a sua biodisponibilidade.
Ex: corante, conservante, agregantes, lubrificantes/ deslizantes, veículos, diluentes,
edulcorantes, aromatizantes, tensoativos (emulgentes), viscosificantes (agentes
suspensores), umectantes, corretores de pH e isotonizantes.
FORMA FARMACÊUTICA: Estado final em que fármacos e/ou excipientes apresentam depois
de submetidas às operações farmacêuticas necessárias a fim de facilitar a sua administração
e obter o maior efeito terapêutico desejado, veiculam uma determinada quantidade de fármaco
(dose) ao organismo.
SOLIAS SEMI-SÓLIDAS LÍQUIDAS GASOSAS
Pós pomadas soluções inalantes
Granulados Cremes suspensões -
Pellets Géis emulsões -
Comprimidos Emplastros loções -
cápsulas pastas colírios -
Drágeas unguentos micelas -
pastilhas Ceratos microemulsões -
supositórios - lipossomas -
óvulos - - -
Micro/nanopartículas - - -
LIPOSSOMAS X MICELAS X PARTÍCULAS
Lipossomas são pequenas vesículas formadas, geralmente, por bicamadas concêntricas de
fosfolipídeos. Já as micelas são agregados globulares onde os grupos hidrofóbicos se unem
fechando a esfera. A principal diferença entre as duas é que as micelas possuem um centro
hidrofóbico, enquanto o das lipossomas é hidrofílico, sendo a região hidrofóbica apenas entre
as camadas.
BIODISPONIBILIDADE : indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo
em uma forma de dosagem, a partir de sua curva de concentração / tempo na circulação
sistêmica ou sua excreção na urina.
BIOEQUIVALÊNCIA: Consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos
apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e
quantitativa de princípios ativos, e que tenham comparável biodisponibilidade, quando
estudados sob um mesmo desenho experimental, mesma AUC, Cmax e Tmax;
MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA: produto inovador registrado no órgão federal responsável
pela vigilância sanitária e comercializado no país , cuja eficácia, segurança e qualidade foram
comprovada cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro.
MEDICAMENTO SIMILAR: aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos,
apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de adm, posologia e indicação
terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão
federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características
relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem,
excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca.
MEDICAMENTO GENÉRICO: Medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que
pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da
proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia,
segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI.
INTERCAMBIALIDADE:
funcionamento de UMA FARMÁCIA MAGISTRAL
Análise da prescrição -> Orçamento->Ordem de Manipulação
(F.S.A.)->Rotulagem->Conferência do farmacêutico->Dispensação
QUESTÕES QUE DEVEM SER OBSERVADAS ANTES DA MANIPULAÇÃO
•Racionalidade da Prescrição;
•Propriedades (Ex.: Físico-químicas);
•Via de Administração Adequada;
•Excipiente Adequado;
•pH;
•Preparo da Formulação;
•Equipamentos e Ingredientes;
•Validade/Quantidade e Armazenamento.
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS ( laboratório de semi-sólidos)
Balança analítica de precisão ; agitador mecânico; Aquecedor em chapa ou
fogão;Vidrarias;termo- higrômetro.
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS (LABORATÓRIOS DE SÓLIDOS)
Balança analítica de precisão; MISTURADOR DE PÓS; Encapsuladores Manuais; Grau;
Conjunto de tamises; Blistadeira; Seladora para sacos; Sistema de exaustão
OPERAÇÕES FARMACÊUTICA: São os processos empregados na
preparação das matérias-primas para constituir o medicamento.
Fase farmacotécnica: desenvolvimento do medicamento: O.F
Fase biofarmacêutica: liberação do fármaco da sua forma farmacêutica
Fase farmacocinética: absorção, distribuição, biotransformação e excreção;
Fase farmacodinâmica: interação do fármaco-receptor.
Op. de uso geral: São operações de dosagem. Servem para garantir segurança,
qualidade e biodisponibilidade dos medicamentos.
Op. farmacêuticas: Pesagem: Erros comuns:
1.Falha na interpretação ou conversão das unidades
2. descuido na obs de fatores de conversão (Fc) sal-base FEq= Eqg sal/ Eqg base
FCr ex: 11% - 100/11 = X1 valor de mg x valor de correção = X2
3. descuido na obs dos fatores de correção relac. a diluição aplicados a fármacos muito
potentes
4. descuido na obs de concentrações constantes nos laudos de qualidade emitidos pelos
fornecedores.
Para hidróxidos alcalinos ou ácido fluorídrico DEVE-SE usar materiais de plástico
Para líquidos muito viscosos, como a glicerina, trietanolamina e os óleos vegetais, DEVE-SE
ut. a PESAGEM
OP. FARMACÊUTICAS PROPRIAMENTE DITAS: Op. relacionadas diretamente a transformação
de matérias-primas em uma forma farmacêutica, que envolve op. mecânicas e op. físicas;
Op. MECÂNICAS: São op. farmacêuticas que modificam apenas o aspecto exterior do fármaco, sem
alterar seu estado físico ou const. química.
Inclui: op de separação (SEPARAÇÃO sólido-sólido = tamisação >MESH < tamanho das aberturas)/ (separação sol.-liq. ou liq-liq: filtração ou decantação)
Op. de divisão: ( divisão de sólidos: pulverização) / (divisão de líquidos: emulsificação)
Op. de separação:
LEVIGAÇÃO: met. de separação de misturas heterogêneas de sólidos, que ut. uma corrente de
áGUA para recarregar as partes menos densas da mistura.
TAMISAÇÃO: separação e calibração de partículas sólidas e estabelece tenuidade dos pós. O
tamis é classificado por seu número de MESH.
● Maior o número de MESH - maior o número de aberturas - menor o tamanho das
aberturas - menor o tamanho das partículas que retém
DECANTAÇÃO: separa um líquido sobrenadante de um sólido ou de outro líquido.
CENTRIFUGAÇÃO: proc. utilizado para/ acelerar a decantação por meio de um mov. de
rotação intenso, o componente mais denso se deposita no fundo do recipiente.
EXPRESSÃO: extração de um líq. de um sólido por pressão;
FILTRAÇÃO: separação de partículas sólidas em suspensão em um líquido por efeito de
pressão sobre superfície porosa.
FILTRAÇÃO A VÁCUO - mais rápida pois, o líquido, ao cair no kitassato não encontra
resistência do ar. (pressão externa é muito maior que a interna, logo a diferença de pressão é
alta)
TÉCNICAS PARA AUMENTAR A VELOCIDADE DE FILTRAÇÃO:
1. Aumentar a diferença de pressão; (filtração a vácuo)
2. Aquecer o sistema para/ diminuir viscosidade.
3. Diluir a mistura com líquido menos viscoso, se possível
4. Aumentar a área de filtração com filtros pregueados;
5. Usar filtros com camada mais fina;
OP. MECANICAS DE DIVISÃO: reduz corpos a partículas de pequenas dimensões
Divisão grosseira ou moagem: Secção: divisão por instrumentos cortantes
Contusão: redução a dimensões desiguais por almofariz em drogas vegetais ou ervas.
Rasuração: Divisão por atrito contra superfícies ásperas por limas ou raladores
PULVERIZAÇÃO: origina prod. muito mais finamente divididos mantendo uma boa homogeneidade,
implicando não só a fragmentação do material a dividir, como também a calibração dos grânulos
obtidos. ( CONTUSÃO - bater com o pistilo no almofariz OU TRITURAÇÃO - arrastar o pistilo no
almofariz); também pode ser feita em moinhos.
EMULSIFICAÇÃO: Difusão de líquidos em pequenas gotículas, com consequente aumento da sua
área superficial. O/A Com a presença de tensoativo deixando homogêneo.
OP. FARMACÊUTICAS PROPRIAMENTE DITAS: são operações relacionadas diretamente a
transformação de matérias-primas em uma forma farmacêutica
OP. FÍSICAS: Relacionadas a modificação transitória ou permanente do estado físico dos
fármacos e/ou insumos farmacêuticos, porém não alteram a sua composição;
REFRIGERAÇÃO: aumento da solubilidade de gases na água, liofilização, secagem pelo frio;
conservação de alimentos e medicamentos;
EVAPORAÇÃO: formação de vapores na superfície de um líquido, os quais vão abandonando
gradualmente, resultando disso uma diminuição progressiva do volume inicial da fase líquida
e, conseq, concentração de uma solução; (espontânea, pelo calor, por pressão reduzida)
SECAGEM: consiste na retirada da água de compostos gasosos, líquidos ou sólidos. Estufa
de circulação de ar, spray-dryer, dessecador.
SECAGEM DE GÁS: adsorção; Contato com substâncias higroscópicas.
SECAGEM DE SÓLIDO: exposição ao ar livre, uso de dessecadores ou exsicadores; ar
quente(estufa); radiação infravermelha; por dispersão ou nebulização.
LIOFILIZAÇÃO (criodessecação, crio sublimação ou freeze-drying): Secagem de um corpo
após prévio congelamento sob pressão reduzida, removendo-se a água congelada por
sublimação / VANTAGENS: baixas temperaturas, uso de const. voláteis; estrutura esponjosa
de rápida dissolução; longos períodos de armazenamento
CRISTALIZAÇÃO: purificação de formas sólidas
1. dissolução em solvente aquecido à ebulição;
2. filtração da solução quente
3. arrefecimento da solução
4. separação dos cristais formados
DESTILAÇÃO: conj. de op. que tem por fim separar as substâncias voláteis das que nao sao
ou separar os constituintes de uma mistura líquida cujos componentes tenham pontos de
ebulição diferentes.
1. evaporação das subs voláteis
2. condensação dos vapores formados
3. arrefecimento do destilado
DISSOLUÇÃO: Op que consiste em misturar dois ou mais componentes, formando uma única
fase (SOLUTO + SOLVENTE= SOLUÇÃO)
OP. EXTRATIVAS: Conjunto de op. que resultam na dissolução parcial de subs. de composição
heterogênea em um determinado solvente. O solvente extrai apenas alguns constituintes do
produto, deixando um resíduo ou marco constituído de princípios inertes ou indesejáveis
TEMPERATURA AMBIENTE: Maceração e percolação.
AQUECIMENTO: Decocção, infusão e digestão.
MACERAÇÃO: Op. na qual o material vegetal permanece em contato com o agente extrator.
proc. utilizado para/ produção de tinturas;
PERCOLAÇÃO: op. na qual o líquido extrator atravessa de maneira sucessiva a parte da
planta pulverizada, esgotando assim seus princípios ativos solúveis;
DECOCÇÃO: op. na qual o material vegetal (cascas e raízes) é colocado em contato com o
líquido (geralmente água), que é levado à ebulição por 15 minutos, seguida de resfriamento a
40ºC.
INFUSÃO: op. na qual verte-se água fervente sobre o material vegetal (FLORES E FOLHAS)
mantendo-se por 20-30min em frasco fechado.
DIGESTÃO: op. na qual o material vegetal fica em contato com o líquido extrator em
temperatura inferior ao seu ponto de ebulição (35-40ºC) por 30 min.
CÁLCULOS FARMACÊUTICOS
Expressões de concentração em título/porcentagem:
● Porcentagem peso-volume (p/v) - quantos gramas de substância existem em 100 mL
de preparação líquida.
Ex: Solução 50% p/v de dextrose é aquela que contém 50 g de dextrose em 100 mL de
água.
● Porcentagem volume-volume (v/v) - quantos mL de componente existem em 100 mL de
preparação líquida.
Ex: Solução de ácido acético 1% v/v é aquela que contém 1 mL de ácido em 99 mL de
preparação (a soma dos dois líquidos deve dar 100 mL, o total).
● Porcentagem peso-peso (p/p) - quantos gramas de um componente existem em 100 g
de preparação.
Ex: Mistura de 75,73 g de álcool etílico em uma preparação de 100 g de álcool gel tem
concentração de 75,73%.
1)Solução 5% ????? 200g
4000 mL = 4000g densidade da água = 0,99 g/cm³
2)% C????? (p/v)
80ml--------12g
100ml-------X = 15 /100 = 15% p/v
3) g adicionados???? 240ml - solução 4% (p/p)
240 diferente de 100% - 96%(água)+4% (fármaco)=regra de três para encontrar g de 4%
4)%???? (p/p)
100+5= 105g ------100%
5g----------x=4,76%
Razão de concentração:
5% = 5 partes por 100 = 5:100 = 1:20
Para sólidos em líquidos - 1 g de soluto em 20 mL de líquido;
Para líquidos em líquidos - 1 mL de líquido em 20 mL de preparação;
Para sólidos em sólidos - 1 g de componente em 20 g de mistura;
Transformar de porcentagem para razão:
A porcentagem que for dada equivale a 1 parte, então, 100% equivale a quanto? - Fazer regra
de três - A resposta obtida (100% equivale a tantas partes), é o valor final da razão, então
1:resultado.
Transformar de razão para porcentagem:
Valor que vem depois dos “:” (partes) da razão equivale a 100%, então 1 parte equivale a
quantos %? - Fazer regra de três
Partes por milhão e partes por bilhão - ppm e ppb
● 1 parte de soluto ou componente para 1.000.000 de partes da solução, do todo.
● Ex: 5 ppm de flúor em creme dental = 5 partes de flúor em 1.000.000 de partes de
creme dental. - Razão de 1:200.000 (simplificando).
OU
● 1 parte de soluto ou componente para 1 bilhão de partes da solução, do todo.
IMPORTANTE!!!
1 ppm = 1 g do soluto/ 1000 L de solvente, logo:
1 ppm = 1 mg/L
Ex: Se a questão falar que tem 10 ppm de alguma substância, você pode transformar esse
ppm para mg/L para facilitar a resolução.
Ex: mg????? p/ prep. 5,2 kg conc. 12,5 ppm = 12,5g em 1.000.000g
1.000.000g---------5200g
12,5g----------------xg=0,065g=65mg
Diluição: adição de diluente, ou, mistura com soluções ou misturas menos concentradas;
Concentração: adição de ingredientes (mais soluto); mistura com soluções ou misturas mais
concentradas; evaporação do diluente.
C1 x V1 = C2 x V2
massa total = massa substância + massa diluente
ex: g óxidoadicionados???? 3200g óxido 5% para preparar contendo 20% de óxido? (p/p)
3200gx5%= 160g de óxido - 3040 de base
80%-----3040g
20%-----xg=760g 760-160= 600g
❖ Em formulações magistrais, normalmente é necessário reduzir ou aumentar as
quantidades a serem produzidas, então para isso, é necessário determinar o fator que
define o múltiplo ou decimal da fórmula a ser preparada. Depois, deve-se multiplicar as
quantidades de cada ingrediente por esse fator para se descobrir quais quantidades
devem realmente ser pensadas e utilizadas.
❖ Ex: Deseja-se preparar 240 mL de uma loção de calamina, a partir de 1000 mL de uma
solução tópica de hidróxido de cálcio, então basta dividir 240 por 1000 para encontrar
o fator múltiplo.
❖ F = 0,24 --- multiplicar esse valor pelas massas e volumes das substâncias que
também entram na formulação.
Ex 1: prescrição 45g de peróxido 4%. estoque peróxido de 25%. Quanto pesar desse gel e g
de gel a ser adicionada ???
C1.V1=c2.v2 - 4%.45g=25%.v2 = 7,2 de peróxido a 25%
M da prepa. = M da base + M do peróxido - 45g-7,2g=37,8g do gel base
Ex 2: 111mL de água adicionados ao pó para obter 150mL de uma suspensão 250 mg/5mL.
Manipulação de amoxic. a 500 mg/5mL. V de água a ser adicionada no pó ??? V de
suspensão que é possível ser manipulado ?
massa do pó amoxic. 250mg-----5ml
x----------150ml =7500mg
Volume de suspensão - 500mg-------5ml
7500mg------x = 75ml
Volume de água - V de suspensão= Volume de pó + vol de água
150ml= vol. de pó + 111ml = 39ml
75ml = 39ml+vol de água = 36ml
Estudos de pré-formulação
São os estudos das propriedades físico-químicas dos componentes, tanto fármacos como
excipientes, de uma forma farmacêutica já comercializados ou candidatos a integrarem novas
formulações.
Devem prever e visam garantir as características físico-químicas e mecânicas, facilidade de
dissolução, estabilidade fq e microbiológica, biodisponibilidade e eficácia.
★ SOLUBILIDADE
Quantidade máxima de soluto que pode ser dissolvida num solvente a uma
determinada temperatura.
A solubilidade aquosa de um fármaco é um fator crítico determinante na sua taxa de
dissolução - se for menor que 1 micrograma/L pode causar problemas de
biodisponibilidade.
Fármacos de baixa solubilidade têm uso parenteral limitado, podendo ser IM, apesar
de doloroso, ou IV se não for oleoso e em infusão lenta de 30 min a 1 hora.
A solubilidade pode ser avaliada de forma qualitativa, pelo que descreve a
Farmacopéia Brasileira, ou, de forma Quantitativa, através de testes de Nefelometria
(mede a concentração da solução ao medir o desvio da luz que passa pela solução) ou
de Turbidimetria (detecta a luz transmitida, os raios que passam pela cubeta).
Efeito Tyndall. Maior o diâmetro das partículas, menor a quantidade de lu.
MELHORAR A SOLUBILIDADE ( aumentar a SOLUBILIDADE)
reduzir o tamanho das partículas usar agentes solubilizantes (ex:
ciclodextrinas)
modificar o pH modificar a temperatura
formar sais (ionizar)
Ácido + Base = Sal (dissociação de íons)
usar estruturas amorfas que são mais
solúveis que cristalinas
> estrutura, < Solubilidade
Ácido + ácido = maior estrutura
★ pH, pKa e ionização
Meios polares - existem interações íon-dipolo, pontes de H e dipolo permanente;
Meios apolares - interações dipolo induzido-dipolo induzido e forças hidrofóbicas.
O pH do meio pode formar estruturas iônicas (alta polaridade) ou moleculares
(polaridade reduzida).
ATENÇÃO: A ionização aumenta a solubilidade e a dissolução, mas reduz a
permeabilidade (melhora em relação a estrutura molecular) e a absorção porque os
íons (polos) têm dificuldade em atravessar as membranas biológicas (apolares), seu
transporte ocorrendo, portanto, por meio de canais.
● PERMEABILIDADE- Passagem através das membranas (TGI) por transporte
passivo (transcelular e paracelular) e ativo (transportadores “bomba”.
in vivo: Conc. plasm. em função do tempo (biodisponibilidade)
in vitro: quantificação do fármaco dissolvido (dissolução)
★ Coeficiente de partição
Mede o caráter lipofílico de uma molécula, ou seja, se ela é mais hidrofílica ou
lipofílica. Pode ter diferença na permeabilidade.
Log da concentração da molécula em uma fase oleosa dividida pela concentração na
fase aquosa.
LogP > 0 - lipofílica; (hidrofóbica)
LogP < 0 - hidrofílica.
Faixa ideal pra esse coeficiente: 0 a 3 Faixa real usada: 2 e 5
Sistema de Classificação Biofarmacêutica
Classe 1 - alta solubilidade e permeabilidade;
Classe 2 - baixa solubilidade e alta permeabilidade;
Classe 3 - alta solubilidade e baixa permeabilidade;
Classe 4 - baixa solubilidade e baixa permeabilidade;
★ DISSOLUÇÃO
Processo pelo qual uma molécula é dissolvida no TGI;
Ensaio in vitro aplicado a formas farmacêuticas;
Avalia a cedência do fármaco para o meio de dissolução em função do tempo;
Fármacos pouco solúveis ou formas farmacêuticas má formuladas podem ter
absorção incompleta ou passar inalterados pelo TGI.
Fatores que interferem na absorção e dissolução: esvaziamento gástrico (amitriptilina
retarda), estado de jejum x estado alimentado, laxantes (aumentam a motilidade GI -
reduz a absorção), idade.
★ ESTABILIDADE
Tempo pelo qual o produto mantém o período de armazenamento e uso, conservando
suas características e propriedades de fabricação.
Estudos: estabilidade físico química do fármaco sólido puro, estabilidade do fármaco
em solução e estabilidade fármaco excipiente (termogravimetria - até que temperatura
o produto não perde massa; calorimetria exploratória diferencial)
★ PROPRIEDADES DO ESTADO SÓLIDO
Polimorfismo - propriedade comum de fármacos e exclusiva do estado sólido; ocorre
quando compostos com mesma estrutura molecular cristalizam-se em diferentes
arranjos moleculares. Esses rearranjos podem ou não ser bioequivalentes, mas se não
forem isso pode causar duração e efeitos diferentes - potencial de falha terapêutica ou
toxicidade.
A forma amorfa é sempre MAIS SOLÚVEL que a cristalina, sendo em alguns casos a
forma mais ativa. O sólido amorfo, devido à desordem molecular, não possui estrutura
definida e apresenta maior energia que a forma cristalina.
Já o sólido cristalino é mais bem organizado, formado por moléculas que formam
arranjos bem ordenados.
★ PROPRIEDADES REOLÓGICAS
Compressibilidade - grau de aumento da densidade da massa de um pó a uma certa
pressão. Densidade bruta x Densidade compactada (usa-se V após 1250 quedas)
fu
Propriedade do fluxo de pós - avaliação da capacidade de um pó reduzir seu volume
sob pressão. Fator de Hausner (>1,4 - coesivo; <1,25 - fácil escoamento) e Índice de
Carr (entre 5 a 11% - fluxo excelente).
Ângulo de repouso - é aquele cuja tangente é a relação entre a altura H e o raio R do
cone formado pelo pó ao cair de um funil. (<20º - fluxo excelente)
Velocidade de escoamento - quantidade específica de pó que escoa em função do
tempo cronometrado.
Compatibilidade - habilidade de um pó ser comprimido gerando uma formulação com
dureza e friabilidade adequadas. C = V após 10 quedas - V após 500 quedas
SOLUÇÕES FARMACÊUTICAS
SOLUTO + SOLVENTE = SOLUÇÃO
A transferência de moléculas ou íons do estado sólido para a solução, chama-se
dissolução.
As soluções são DISPERSÕES MOLECULARES (tamanho das partículas < 1 nm)!!
Obs: dispersões são sistemas nos quais uma substância está disseminada, na forma
de partículas, em outra substância.
Velocidade de dissolução e a quantidade que se pode dissolver (solubilidade) nao sao
as mesmas e nem são necessariamente relacionadas.
Solubilidade: é a extensão com que a dissolução se dá sob um conjunto de condições
ambientais ( g/L mol/ L ou %)
MECANISMOS DE DISSOLUÇÃO
2 etapas:
1) RELAÇÃO INTERFACIAL: Resulta da liberação de moléculas do soluto da fase
sólida para a fase líquida. O processo de remoção do fármaco a partir do sólido, e sua
substituição por moléculas do solvente, é determinada pela afinidade relativa das
várias moléculas envolvidas. Para isso: força de atração solvente/soluto > forças de
coesão do sólido. (assim o solvente conseguir remover as moléculas de soluto da
forma sólida inteira)Ao deixar a fase sólida, a molécula do fármaco deve se incorporar à fase líquida, ou
seja, no interior do solvente. Os líquidos contém uma pequena quantidade de
“volumes livres”, ou seja, “buracos” que, num determinado instante, não são
ocupados nem pelas próprias moléculas de solvente. Assim, as moléculas individuais
de soluto passam a ocupar estes espaços.
2) DIFUSÃO ATRAVÉS DA CAMADA LIMÍTROFE: Transporte das moléculas do fármaco
da interface sólido/líquido para dentro da massa líquida sob influência da difusão;
A camada limítrofe é aquela que rodeia todas as superfícies sólidas cercadas por
líquido.
FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DE DISSOLUÇÃO
1. Tamanho das partículas sólidas
2. Dispersabilidade do pó
3. Porosidade das partículas
4. Natureza do meio de dissolução
5. Forma cristalina ou polimórfica
6. Temperatura
7. Volume do meio de dissolução
8. Coeficiente de difusão do soluto
6. Espessura da camada limítrofe (viscosidade e agitação)
Energia livre de Gibbs - aumenta a entropia, diminui a energia livre. Aumenta a
temperatura, aumenta a dispersão, a desorganização. Facilita colisão promovendo a
primeira etapa de dissolução.
dm/dt= k1A(c-c)/h Velocidade diretamentea a área
SOLUBILIDADE: capacidade intrínseca da molécula
Fatores que afetam a solubilidade de sólidos em líquidos:
Temperatura, pH, natureza do solvente / co-solvente; Efeito do íon comum, Estrutura
da molécula do soluto; características cristalinas; formação de complexos; tamanho
da partícula; agentes solubilizantes;
TEMPERATURA:
Nos processos endotérmicos: maior movimento browniano (movimento aleatório das
partículas) = maior facilidade de rompimento das ligações intermoleculares
sólido-sólido.
Nos processo exotérmicos precisa de diminuição da temperatura para se tornarem
mais solúveis neste meio.
pH:
Como usar o pH para solubilizar? Aumentando a acidez do meio formando uma
estrutura ionizada, facilitando o processo de solubilidade. Aminas são base de lu
* Fármacos ácidos fracos = ionizam em meio básico.
* Fármacos básicos fracos = ionizam em meio ácido.
Quanto maior a ionização, maior a solubilidade.
O que fazer quando o soluto não tem solubilidade em água?
Utilização com co solventes. Ex: fenobarbital que é necessário adc 10% de etanol
devido a baixa solubilização. LogP = 4,27
EFEITO DO ÍON COMUM : É o deslocamento do equilíbrio químico de uma reação em
virtude da adição de um íon já existente no sistema, baseado no princípio de Le
Chatelier. Quando adiciona-se um íon comum, o equilíbrio se desloca no sentido
oposto, para consumir esse íon, então forma-se mais composto na forma sólida ou
molecular. Por isso, esse efeito provoca redução da solubilidade.
CARACTERÍSTICAS CRISTALINAS: os cristais podem apresentar polimorfos
*Polimorfos estáveis = menor energia livre = ponto de fusão mais elevado e menor
solubilidade
* Polimorfos metaestáveis= menos estáveis, possuem maior energia livre e tem maior
solubilidade.
OBS: estruturas metaestáveis podem se converter em polimorfos estáveis com o
tempo e sob certas condições, comprometendo a qualidade do produto.
SOLUBILIDADE: amorfo>polimorfo metaestáveis> hidratos> polimorfos estáveis.
Os cristais hidratados podem tender a apresentar solubilidade aquosa menor que as
formas não hidratadas. (azitromicina diidratada; monohidratada) pq qd forma os
cristais que a água tá presente é normal que o soluto tenha uma afinidade com a água,
assim diminui a capacidade de dissolução.
AGENTES SOLUBILIZANTES: Permitem a formação de agregados fora da fase
aquosa, que formam um aumento aparente na solubilidade em água;
TENSOATIVO-> MICELAS -> AUMENTO DA SOLUBILIDADE APARENTE
CLASSIFICAÇÕES DAS SOLUÇÕES
1. Quanto ao estado físico
Sólidos: ligas metálicas
líquidas: solução de Nacl 0,9%
Gasosas: oxigênio concentrado (93%)
2. Quanto a natureza do soluto
MOLECULARES: não liberam íons em meio aquoso e sim moléculas;
IÔNICAS: liberam íons em meio aquoso. Ex: antiácidos.
3. Quanto a razão do soluto/solvente
VANTAGENS: Deglutição (crianças e idosos) ; Imediata disponibilidade para absorção;
Resposta terapêutica mais rápida; Uniformidade na distribuição do fármaco; Diminui
os efeitos irritantes de fármacos na mucosa gástrica.
DESVANTAGENS: Transporte e estocagem; Menor estabilidade (hidrólise) pq cliva o
anel beta lactâmico; Maior susceptibilidade ao desenvolvimento de microorganismos;
Imprecisão da dose (medições incorretas do volume); Não disfarça sabor
desagradável.
CRITÉRIOS PARA ESCOLHER UM SOLVENTE: Toxicidade; irritabilidade; potencial de
sensibilização; inflamabilidade; custo; estabilidade; compatibilidade com os demais
componentes.
ÁGUA: solvente mais utilizado (SOLVENTE UNIVERSAL); Fisiologicamente compatível;
Atóxica
*Vantagem: dissolução de uma ampla variedade de substâncias ionizáveis;
* Desvantagem: sua falta de seletividade pode ser responsável pela presença de
substâncias indesejáveis, como sais inorgânicos e impurezas orgânicas;
TIPOS DE ÁGUA DE USO FARMACÊUTICO: Água potável (vidraria), água reagente
(deionizada) (rinçar) , purificada (osmose reversa) (manip), água para injetáveis
(destilada ou bidestilada), água ultrapurificada (processos sensíveis como
cromatografia)
SOLUÇÕES NÃO AQUOSAS
Quando usar??? Quando não é possível garantir a solubilização completa de todos os
componentes da formulação, quando o fármaco não é estável em sistemas aquosos.
VANTAGEM:
- sistema de liberação prolongada de uso IM - soluções oleosas (lib prolongada).
* ÓLEOS DE ORIGEM VEGETAL: óleos não voláteis e compostos de ésteres de ácidos
graxos e glicerol.
Ex: óleo de amêndoa: veículo de injeções oleosas de fenol; óleo de oliva, gergelim,
milho, sementes de algodão, soja e ricino são apropriados para uso parenteral e oral
óleo de coco fracionado é utilizado como solvente para alguns antibióticos.
* ÁLCOOIS:
- o álcool etílico é o mais utilizado, principalmente para uso externo por causa da
irritabilidade gástrica q ele causa. Rápida evaporação (ruim: instabilidade na
formulação, bom: tópicas), uso oral e parenteral (2-10%), geralmente como co-solvente
com água (fenobarbital), usado em extração de matérias-primas in natura (tintura).
* POLIÓIS:
- uso externo e interno
- polietilenoglicol, dietilenoglicol e etilenoglicol
-Pouco usado - Pode causar embolização
* DIMETILSULFÓXIDO (DMSO)
- solvente bastante potente
- utilizado em pequenas quantidades para uso tópico
-Tóxico
* ÉTER ETÍLICO
- Amplamente utilizado para a extração de matérias-primas in natura;
- apenas uso externo como co-solvente com álcoois;
* MIRISTATO E PALMITATO DE ISOPROPILA
- baixa viscosidade;
- longamente empregado para uso externo e interno.
CRITÉRIOS DE ESCOLHA DOS ADJUVANTES
- tornar a solução mais compatível com o meio fisiológico que será aplicado;
- promover a dissolução em água de um fármaco que é muito pouco solúvel e
insolúvel neste solvente;
-Retardar ou impedir hidrólise ou oxidação;
- evitar o desenvolvimento de microorganismos;
- melhorar as características organolépticas, quando necessário, para melhorar a
aceitabilidade do medicamento pelo paciente;
TIPOS DE ADJUVANTES
- Tampões;
- agentes modificadores de densidade
- agentes isotonizantes;
- agentes viscosificantes
- conservantes
- agentes redutores e antioxidantes;
- agentes edulcorantes
- aromatizantes e essências
- corantes;
ESTABILIDADE DAS SOLUÇÕES
* QUÍMICA: integridade e a potência dos ativos devem ser mantidas.
*FÍSICA :
- limpidez: exame visual ou densidade óptica;
- Cor: aspecto visual ou espectrofotômetro;
- Odor e sabor;
- propriedades reológicas: viscosímetros e reômetros.
XAROPES
Caracterizada pela alta viscosidade conferida pela presença de sacarose ou outros açúcar e ou
outros agentes dispersantes e edulcorantes. Os xaropes contém flavorizantes e/ou corantes
autorizados. Quando não se destinam ao consumo imediato, devem adicionar conservantes de
antimicrobianos.
OBS: APRESENTA NÃO MENOS QUE 45% P/P DE SACAROSE OU OUTROS
ex: guaco, melagrião, percof, bronxol
- xarope simples: 85% de sacarose em água, empregadocomo base para xaropes
medicamentosos e não medicamentosos
- xarope não medicamentoso ou veículo flavorizado: veículo edulcorado, flavorizado e sem
fármaco.
obs: servem como veículos para sabor agradável para que substâncias ativas sejam
incorporadas durante a manipulação
- xarope medicamentoso: sacarose ou substituintes, água purificada, flavorizante, corante,
solubilizadores, viscosificantes, fármaco.
VANTAGEM DOS XAROPES
● aumenta a adesão (sabor e deglutição)
● desempenha função edulcorante e conservante
● impede turvação ou precipitação devido a viscosidade agradável
● fácil produção
DESVANTAGEM
● pacientes diabéticos
● aporte calórico
● cariogênico
OBS: qualquer substância solúvel em água e estável nesse meio pode ser acrescido a um xarope
caso haja compatibilidade
COMPONENTES DO XAROPE
- Sacarose ou substituto (Edulcorante, conversante e viscosificante)
- Conservante
- Flavorizantes
- Corantes
- Outros (co-solventes, solubilizantes, espessantes ou estabilizantes)
SACAROSE?? açúcar empregado com frequência
SUBSTITUTOS GLICOGÊNICOS?? sorbitol, glicerina, propilenoglicol
SUBSTITUTOS NÃO GLICOGÊNICOS?? metilcelulose, hidroximetilcelulose, carboximetilceluose
(viscosidade semelhante, não hidrolisa, sem poder edulcorante)
A SACAROSE possui uma concentração elevada entre 60/80%, serve como VISCOSIFICANTE
e EDULCORANTE.
solução concentrada de sacarose -> gera estabilidade
solução diluída de sacarose -> gera instabilidade, contaminação (fungos e leveduras)
INCONVENIENTES DA SACAROSE: XAROPE INVERTIDOO
pode acontecer uma quebra da sacarose que formará glicose e frutose separadas (açúcar invertido)
● sabor alterado (mais doce)
● mais escuro
● suscetível a fermentação e contaminação
● reduz a oxidação de algumas substâncias
● é preparado através da hidrólise da sacarose com HCl e neutralizado com a solução de
carbonato de sódio ou cálcio
● a solução de sacarose 66,7% (p/v) deve ser 95% invertido
● o xarope invertido, quando misturado em proporções adequadas com o xarope convencional,
previne a deposição de cristais da sacarose nas condições de armazenamento
Excipientes de xarope
1. conservantes:
proporção de água
natureza e atividade conservante de algum componente da formulação
capacidade do próprio conservante
EX: ácido benzoico (0,1%-0,2%), benzoato de sódio (0,1-0,2%), metilparabeno e propilparabeno
(0,05-1%)
2. flavorizantes
sintéticos ou naturais
devem ser solúveis em água ou adicionado a algum co solvente (álcool)
3. corante
cor- sabor
devem ser solúveis em água, não reagir com componentes, estáveis a pH e a luz
PREPARAÇÃO DE XAROPE
1. DISSOLUÇÃO A QUENTE
2. DISSOLUÇÃO A FRIO
3. DISSOLUÇÃO DA SACAROSE A UM LÍQUIDO MEDICAMENTOSO OU FLAVORIZADO
4. PERCOLAÇÃO
1- DISSOLUÇÃO A QUENTE
água purificada + sacarose -> aquece -> adiciona substância termoestáveis no xarope quente ->
esfriar em temperatura ambiente -> adiciona termolábeis -> ajustar o volume com água
adiciona substâncias termolábeis e voláteis apenas após o resfriamento
aqueci demais e agora??? acontece hidrolise da sacarose com precipitação de açucar invertido e
perda por evaporação
industria: aquecimento por vapor de água
2- DISSOLUÇÃO A FRIO
água purificada + sacarose + adjuvantes (1g de sacarose em 0,5 mL de água) -> agitação vigorosa
VANTAGEM?? evita inversão da sacarose e maior estabilidade
3- DISSOL. DA SACAROSE A UM LÍQUIDO MEDICAMENTOSO OU FLAVORIZADO
tintura ou extrato fluido -> adição da sacarose -> agitação vigorosa da preparação
4- PERCOLAÇÃO
açúcar dissolvido lentamente -> xarope escoa por um filtro ->utiliza o densímetro para avaliar a
proporção açúcar/água
POSSÍVEIS ALTERAÇÕES
1. AGENTE ATMOSFÉRICO:
ação do oxigênio e anidrido carbônico
perda ou absorção de água
2. aquecimento
facilita a hidrólise e a caramelização da sacarose e a alteração do fármaco
formação de açúcar invertido = 1 mol de glicose + 1 mol de frutose
3. proliferação microbiana
adição de conservantes: metil e propilparabeno
4. exposição a luz
alteração de fármacos, adjuvantes e sacarose
ACONDICIONAMENTO:
frasco de vidro ou polipropileno
esterilizado
resistente
âmbar
vedados
TEMPERATURA DE ARMAZENAMENTO:
manter a estabilidade do termossensíveis
evitar a evaporação da água e subsequente condensação
FRASCOS COM CAPACIDADE ADEQUADA:
diminuição do ar evita a oxidação da formulação
diminuição do espaço vazio minimiza a área da absorção da água e melhora da resistência
microbiana
ELIXIRES
É a preparação farmacêutica de uso oral, líquida, límpida, hidroalcoólica, de sabor adocicado
e agradável. São preparados por dissolução simples e devem ser envasados em frascos de
cor âmbar e mantidos em lugar fresco e ao abrigo da luz.
Teor alcoólico: 20% a 50%
Preparo:
1. Fase aquosa (dissolução)
2. Fase alcoólica (dissolução)
3. Misturar as duas fases
4. Correção do volume e filtração
Menos doce, menos viscoso, não mascara o sabor dos fármacos, maior espectro de
solubilidade, maior poder conservante(teor alcoólico maior que 12%).
VANTAGENS: Dissolução de ativos hidrossolúveis e solúveis em água. Mais fácil dissolução.
Pode se tornar auto conservante, dependendo do teor alcoólico.
DESVANTAGENS: Mascara menos o sabor. Não indicados a crianças e adultos que não pode
ingerir álcool. Restrições na legislação.
glicerol- ação edulcorante
ácido benzóico e metilparabeno - ação conservante
SOLUÇÕES ESPECIAIS
SOLUÇÕES OFTÁLMICAS: anestésicos, antibióticos e antimicrobianos, lubrificantes,
antifúngicos, antivirais, adstringentes, protetores e lágrimas artificiais, mióticos e outros
agentes para glaucoma, vasoconstritores e descongestionante ocular.
Liberação oftálmica de fármacos:
- volume de fluido lacrimal do saco conjuntival: 7 a 8 ul (microlitros)
- olho sem piscar acomoda no máximo: 30ul
- um conta gotas libera em média 25/50 ul
- volume ótimo a ser administrado: 5 a 10ul
. líquidos em excesso são drenados rapidamente pelo duto lacrimal ou ele acaba escorrendo.
. a drenagem e absorção sistêmica pode ser evitada por uma pressão suave no saco lacrimal
por 3 a 5 min pós-adm.
OBS: após a adm, a substância é removida após 1 a 2 minutos, a absorção é menos de 1% que
a quantidade administrada,
Exigências no preparo e desenvolvimento
1. biodisponibilidade ocular
2. esterilidade, conservação e acondicionamento
3. isotonicidade
4. tamponamento
5. viscosidade e agentes espessantes
Fatores que afetam a biodisponibilidade ocular:
1. Ligação a proteínas - a lágrima possui proteínas então substâncias que se ligam com
proteínas acabam complexando e não permitem a boa absorção. incapazes de penetrar no
epitélio corneano.
2. Metabolismo do fármaco- enzimas capazes de promover a degradação metabólica de
alguns fármacos (lisozimas)
3. Drenagem lacrimal: método de administração e aumento a viscosidade (menos mov) da
solução interfere na velocidade da drenagem.
4. Características físico-químicas da substância e da formulação: a córnea é uma barreira
complicada pq tem características hidrofílicas e lipofílicas, então o ideal são as
características anfifílicas.
Fármacos em suspensão, géis, pomadas, soluções de viscosidade aumentada, carreadores
poliméricos e lipossomos:
- permanecem no fundo do saco lacrimal por mais tempo, aumenta a biodisponibilidade,
diminuem a freq de absorção da dose.
Esterilidade
uso seguro
- autoclave (121 graus por 15 min) n indicado para termolábeis
- filtração esterilizantes (caro, não é considerado confiável e fica retido partículas -
susp)
Isotonicidade - ácido bórico a 1,9% é isosmótico ao NaCl a 0,9%
osmose: passagem de solvente do meio menos conc. para um mais conc.
- solutos moleculares: pressão osmótica dependente só da concentração da substância
(ex: sacarose)
- solutos ionizados: pressão osmótica dependente na concentração e grau de ionização
(ex: cloreto de sódio) usada de comp p saber se é isotônica ou n
obs: variações de 0,6% a 2% de cloreto de sódio ou seus equivalentes osmóticos não causa
desconforto no olho
OBS: TODOS os solutos de uma solução oftálmica contribuem para pressão osmóticas
TamponamentoFUNÇÃO: maior conforto ao olho, melhora a biodisponibilidade, torna a solução mais estável,
maximiza a eficácia do conservante. pH próximo a 7,4
Quando se é adc subst de pH alto ou baixo no olho, há a liberação de lágrimas para tentar
neutralizar o excesso porém a lágrima tem pouca capacidade tamponante, o olho tolera maior
alcalinidade, e o pH da lágrima é próximo a 7,4.
Frequentemente, usa-se tampão fosfato, tampão citrato e tampão borato.
PARADOXO: a melhor faixa é 7,4 para solução mas a maioria dos fármacos é insolúvel, então
usa-se os tampões que permitam maior estabilidade, atividade.
Viscosidade
quanto maior a viscosidade, maior o tempo de contato com olho e maior a ação terap. visc
ótima: 15 a 25 cP.
DIFERENÇA DE SOLUÇÕES E SUSPENSÃO OFTÁLMICAS:
Soluções: límpida e livre de partículas, não precisa agitar
Suspensão: maior tempo de contato com a córnea, partículas finamente divididas que reduz a
irritação e ou lesões na córnea. agitar antes de usar.
Armazenamento- forma translúcida ou opaca(inibir a fotólise), conta gota fixo p n contaminar.
Orient- lavar as mãos, obs validade, vedar rapidamente, não tocar no olho.
Exposição do saco conjuntival, pregueamento, pressão do ducto lacrimal e limpar com pano
limpo.
SOLUÇÕES OTOLÓGICAS
FUNÇÕES: remover excesso de cerume, inflamações e infecções
Cerume: combinação de glândulas sebáceas e sudoríparas do canal auditivo externo.
-cera seca: semissólido, compacto, pegajoso, retém cels endoteliais, pêlos caídos, pó e
outros.
acúmulo: coceira, dor, prejuízo auditivo
REMOVEDOR DE CERUME
Óleo mineral leve, óleos vegetais e peróxido de hidrogênio.
Tensoativos (cerumin, debrox, cerumen)
Remoção???
Introduz a solução, usa o tampão de algodão para reter o medicamento por 15 minutos,
seguido de uma lavagem canal com água morna, por meio de uma seringa auricular.
PREPARAÇÃO ANTI-INFECCIOSAS, ANTI-INFLAMATÓRIAS E ANALGÉSICAS
Viscosidade - Glicerina e propilenoglicol
- aumento do contato com a mucosa
- higroscópicos= remoção da unidade de tecidos (menor proliferação bacteriana)
Anti-infecciosos - Cloranfenicol, sulfato de colistina, neomicina, sulfato de polimixina B e
nistatina.
Analgésico- Antipirina, lidocaína, dibucaína e benzocaína
Anti-inflamatória- hidrocortisona e dexametasona
(terapia tópica pode ser utilizada como coadjuvante, comitante a terapia oral)
ORIENT: lavar as mãos, colocar o paciente em decúbito lateral, aquecer o frasco entre as
mãos, puxar o lobo da orelha para trás, colocar o medicamento de modo que evite o contato
do frasco com a pele, proteger o orifício com gaze ou algodão, permanecer na posição por
alguns minutos, repetir no ouvido oposto, limpar com gaze a área externa caso necessário,
lavar as mãos.
SOLUÇÕES NASAIS
Região extremamente irrigada então cuidado com a substância
Indicações:
descongestionante nasal, anti inflamatórios
Apresentação: gota e spray
As soluções pode ser isotônicas ou hipertônicas, frequentemente são tamponadas (5,5 a 6,5),
utilizam os mesmos conservantes que as soluções oftálmicas, frequentemente utiliza-se
alguma substância adrenérgica nas conc. 0,05% a 1%
● ação vasoconstritora
● precaução: pac hipertensos
● uso frequente: edema crônico na mucosa nasal (rinite medicamentosa)
● indicado por períodos curtos: 3 a 5 dias
● congestão rebote
TRATAMENTO DA CONGESTÃO REBOTE
retirar de uma vez não pq: vasodilatação bilateral (obstrução nasal total)
1. remoção completa do vasoconstritor tópico de uma narina (1 a 2 semanas)
2. substituição do vasoconstritor por uma solução salina
- tópica (gotas ou spray)
- mantém a mucosa úmida
- assistência psicológica ao paciente dependente
ORIENT SOLUC: lavar as mãos, usar uma pessoa apenas, assoar levemente o nariz antes de
assoar o nariz, deitar-se e instilar o medicamento (decúbito dorsal), permanecer por alguns
minutos. MAS SE FOR SPRAY??? difere q deve manter a cabeça ereta e erguida, colocar o
aplicador direcionando levemente para trás.
CURIOSIDADE:
via nasal para uso sistemico:
- grande área superficial
- 20 mL de capacidade
- tecido nasal vascularizado
- absorção sistêmica rápida e eficaz
vantagem:
- evita o efeito da primeira passagem hepática
- alguns peptídeos e moléculas pequenas
- efeito semelhante a via IV

Continue navegando