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INTRODUÇÃO À FARMACOTÉCNICA Farmacotécnica é a parte das ciências farmacêuticas que trata da preparação de medicamentos, ou seja, transformação de drogas (matérias-primas) em medicamentos pela manipulação dos ingredientes farmacêuticos ativos e excipientes. Farmácia de manipulação ou magistral ou galênica = Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais de comércios de medicamentos e insumos farmacêuticos. MANIPULAÇÃO: conjunto de operações farmacotécnicas, com a finalidade de elaborar preparações magistrais e oficinais e fracionar especialidades farmacêuticas para uso humano. PREPARAÇÃO MAGISTRAL: Fórmula constante de uma prescrição que estabelece a composição, a forma farmacêutica e a posologia, preparado em farmácia de manipulação ou nos serviços farmacêuticos hospitalares segundo a receita médica que especifica o paciente a quem o medicamento destina. PREPARAÇÃO OFICINAL: fórmulas constantes da farmacopeia brasileira ou de outros compêndios oficiais reconhecidos pelo ministério da saúde, destinado a ser dispensado diretamente aos pacientes assistidos por essa farmácia ou serviço. Ex: tintura de iodo e pasta d’água. ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA: é aquele medicamento preparado antecipadamente e introduzido no mercado com denominação e acondicionamento próprios (MEDICAMENTOS INDUSTRIALIZADOS); * Formulações padronizadas para atender as necessidades gerais de uma população. *O prescritor precisa adequar o paciente à apresentação comercial disponível; PREPARAÇÃO MANIPULADA: * Doses adequadas aos pacientes (peso e idade); * Múltipla ação em uma única cápsula; * prescrição de formas farmacêuticas diferenciadas e o emprego de dosagens específicas para cada paciente; *Não gera sobras e desperdício. MEDICAMENTO: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. REMÉDIO: Qualquer substância ou produto animal, vegetal, mineral ou sintetico; Qualquer procedimento; Fé ou crença utilizados com intenção benéfica. DROGA: substância que modifica a função fisiológica sem intenção benéfica; INGREDIENTE FARMACÊUTICO OU FÁRMACO OU PRINCÍPIO ATIVO : é qualquer agente químico, de origem natural ou sintética ( vegetal, animal ou mineral), capaz de modificar as funções fisiológicas dos seres vivos com intenção benéfica, isto é, apresenta efeito terapêutico e é administrado através de uma forma farmacêutica por uma via de adm. EXCIPIENTES: qualquer matéria-prima, que incluída nas formas farmacêuticas, se junte aos fármacos ou suas associações para servir de veículo, possibilitar a sua preparação ou estabilidade, modificar as suas propriedades organolépticas ou determinar as propriedades físico-químicas do medicamento e a sua biodisponibilidade. Ex: corante, conservante, agregantes, lubrificantes/ deslizantes, veículos, diluentes, edulcorantes, aromatizantes, tensoativos (emulgentes), viscosificantes (agentes suspensores), umectantes, corretores de pH e isotonizantes. FORMA FARMACÊUTICA: Estado final em que fármacos e/ou excipientes apresentam depois de submetidas às operações farmacêuticas necessárias a fim de facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico desejado, veiculam uma determinada quantidade de fármaco (dose) ao organismo. SOLIAS SEMI-SÓLIDAS LÍQUIDAS GASOSAS Pós pomadas soluções inalantes Granulados Cremes suspensões - Pellets Géis emulsões - Comprimidos Emplastros loções - cápsulas pastas colírios - Drágeas unguentos micelas - pastilhas Ceratos microemulsões - supositórios - lipossomas - óvulos - - - Micro/nanopartículas - - - LIPOSSOMAS X MICELAS X PARTÍCULAS Lipossomas são pequenas vesículas formadas, geralmente, por bicamadas concêntricas de fosfolipídeos. Já as micelas são agregados globulares onde os grupos hidrofóbicos se unem fechando a esfera. A principal diferença entre as duas é que as micelas possuem um centro hidrofóbico, enquanto o das lipossomas é hidrofílico, sendo a região hidrofóbica apenas entre as camadas. BIODISPONIBILIDADE : indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva de concentração / tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina. BIOEQUIVALÊNCIA: Consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de princípios ativos, e que tenham comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo desenho experimental, mesma AUC, Cmax e Tmax; MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA: produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país , cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovada cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. MEDICAMENTO SIMILAR: aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de adm, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. MEDICAMENTO GENÉRICO: Medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI. INTERCAMBIALIDADE: funcionamento de UMA FARMÁCIA MAGISTRAL Análise da prescrição -> Orçamento->Ordem de Manipulação (F.S.A.)->Rotulagem->Conferência do farmacêutico->Dispensação QUESTÕES QUE DEVEM SER OBSERVADAS ANTES DA MANIPULAÇÃO •Racionalidade da Prescrição; •Propriedades (Ex.: Físico-químicas); •Via de Administração Adequada; •Excipiente Adequado; •pH; •Preparo da Formulação; •Equipamentos e Ingredientes; •Validade/Quantidade e Armazenamento. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS ( laboratório de semi-sólidos) Balança analítica de precisão ; agitador mecânico; Aquecedor em chapa ou fogão;Vidrarias;termo- higrômetro. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS (LABORATÓRIOS DE SÓLIDOS) Balança analítica de precisão; MISTURADOR DE PÓS; Encapsuladores Manuais; Grau; Conjunto de tamises; Blistadeira; Seladora para sacos; Sistema de exaustão OPERAÇÕES FARMACÊUTICA: São os processos empregados na preparação das matérias-primas para constituir o medicamento. Fase farmacotécnica: desenvolvimento do medicamento: O.F Fase biofarmacêutica: liberação do fármaco da sua forma farmacêutica Fase farmacocinética: absorção, distribuição, biotransformação e excreção; Fase farmacodinâmica: interação do fármaco-receptor. Op. de uso geral: São operações de dosagem. Servem para garantir segurança, qualidade e biodisponibilidade dos medicamentos. Op. farmacêuticas: Pesagem: Erros comuns: 1.Falha na interpretação ou conversão das unidades 2. descuido na obs de fatores de conversão (Fc) sal-base FEq= Eqg sal/ Eqg base FCr ex: 11% - 100/11 = X1 valor de mg x valor de correção = X2 3. descuido na obs dos fatores de correção relac. a diluição aplicados a fármacos muito potentes 4. descuido na obs de concentrações constantes nos laudos de qualidade emitidos pelos fornecedores. Para hidróxidos alcalinos ou ácido fluorídrico DEVE-SE usar materiais de plástico Para líquidos muito viscosos, como a glicerina, trietanolamina e os óleos vegetais, DEVE-SE ut. a PESAGEM OP. FARMACÊUTICAS PROPRIAMENTE DITAS: Op. relacionadas diretamente a transformação de matérias-primas em uma forma farmacêutica, que envolve op. mecânicas e op. físicas; Op. MECÂNICAS: São op. farmacêuticas que modificam apenas o aspecto exterior do fármaco, sem alterar seu estado físico ou const. química. Inclui: op de separação (SEPARAÇÃO sólido-sólido = tamisação >MESH < tamanho das aberturas)/ (separação sol.-liq. ou liq-liq: filtração ou decantação) Op. de divisão: ( divisão de sólidos: pulverização) / (divisão de líquidos: emulsificação) Op. de separação: LEVIGAÇÃO: met. de separação de misturas heterogêneas de sólidos, que ut. uma corrente de áGUA para recarregar as partes menos densas da mistura. TAMISAÇÃO: separação e calibração de partículas sólidas e estabelece tenuidade dos pós. O tamis é classificado por seu número de MESH. ● Maior o número de MESH - maior o número de aberturas - menor o tamanho das aberturas - menor o tamanho das partículas que retém DECANTAÇÃO: separa um líquido sobrenadante de um sólido ou de outro líquido. CENTRIFUGAÇÃO: proc. utilizado para/ acelerar a decantação por meio de um mov. de rotação intenso, o componente mais denso se deposita no fundo do recipiente. EXPRESSÃO: extração de um líq. de um sólido por pressão; FILTRAÇÃO: separação de partículas sólidas em suspensão em um líquido por efeito de pressão sobre superfície porosa. FILTRAÇÃO A VÁCUO - mais rápida pois, o líquido, ao cair no kitassato não encontra resistência do ar. (pressão externa é muito maior que a interna, logo a diferença de pressão é alta) TÉCNICAS PARA AUMENTAR A VELOCIDADE DE FILTRAÇÃO: 1. Aumentar a diferença de pressão; (filtração a vácuo) 2. Aquecer o sistema para/ diminuir viscosidade. 3. Diluir a mistura com líquido menos viscoso, se possível 4. Aumentar a área de filtração com filtros pregueados; 5. Usar filtros com camada mais fina; OP. MECANICAS DE DIVISÃO: reduz corpos a partículas de pequenas dimensões Divisão grosseira ou moagem: Secção: divisão por instrumentos cortantes Contusão: redução a dimensões desiguais por almofariz em drogas vegetais ou ervas. Rasuração: Divisão por atrito contra superfícies ásperas por limas ou raladores PULVERIZAÇÃO: origina prod. muito mais finamente divididos mantendo uma boa homogeneidade, implicando não só a fragmentação do material a dividir, como também a calibração dos grânulos obtidos. ( CONTUSÃO - bater com o pistilo no almofariz OU TRITURAÇÃO - arrastar o pistilo no almofariz); também pode ser feita em moinhos. EMULSIFICAÇÃO: Difusão de líquidos em pequenas gotículas, com consequente aumento da sua área superficial. O/A Com a presença de tensoativo deixando homogêneo. OP. FARMACÊUTICAS PROPRIAMENTE DITAS: são operações relacionadas diretamente a transformação de matérias-primas em uma forma farmacêutica OP. FÍSICAS: Relacionadas a modificação transitória ou permanente do estado físico dos fármacos e/ou insumos farmacêuticos, porém não alteram a sua composição; REFRIGERAÇÃO: aumento da solubilidade de gases na água, liofilização, secagem pelo frio; conservação de alimentos e medicamentos; EVAPORAÇÃO: formação de vapores na superfície de um líquido, os quais vão abandonando gradualmente, resultando disso uma diminuição progressiva do volume inicial da fase líquida e, conseq, concentração de uma solução; (espontânea, pelo calor, por pressão reduzida) SECAGEM: consiste na retirada da água de compostos gasosos, líquidos ou sólidos. Estufa de circulação de ar, spray-dryer, dessecador. SECAGEM DE GÁS: adsorção; Contato com substâncias higroscópicas. SECAGEM DE SÓLIDO: exposição ao ar livre, uso de dessecadores ou exsicadores; ar quente(estufa); radiação infravermelha; por dispersão ou nebulização. LIOFILIZAÇÃO (criodessecação, crio sublimação ou freeze-drying): Secagem de um corpo após prévio congelamento sob pressão reduzida, removendo-se a água congelada por sublimação / VANTAGENS: baixas temperaturas, uso de const. voláteis; estrutura esponjosa de rápida dissolução; longos períodos de armazenamento CRISTALIZAÇÃO: purificação de formas sólidas 1. dissolução em solvente aquecido à ebulição; 2. filtração da solução quente 3. arrefecimento da solução 4. separação dos cristais formados DESTILAÇÃO: conj. de op. que tem por fim separar as substâncias voláteis das que nao sao ou separar os constituintes de uma mistura líquida cujos componentes tenham pontos de ebulição diferentes. 1. evaporação das subs voláteis 2. condensação dos vapores formados 3. arrefecimento do destilado DISSOLUÇÃO: Op que consiste em misturar dois ou mais componentes, formando uma única fase (SOLUTO + SOLVENTE= SOLUÇÃO) OP. EXTRATIVAS: Conjunto de op. que resultam na dissolução parcial de subs. de composição heterogênea em um determinado solvente. O solvente extrai apenas alguns constituintes do produto, deixando um resíduo ou marco constituído de princípios inertes ou indesejáveis TEMPERATURA AMBIENTE: Maceração e percolação. AQUECIMENTO: Decocção, infusão e digestão. MACERAÇÃO: Op. na qual o material vegetal permanece em contato com o agente extrator. proc. utilizado para/ produção de tinturas; PERCOLAÇÃO: op. na qual o líquido extrator atravessa de maneira sucessiva a parte da planta pulverizada, esgotando assim seus princípios ativos solúveis; DECOCÇÃO: op. na qual o material vegetal (cascas e raízes) é colocado em contato com o líquido (geralmente água), que é levado à ebulição por 15 minutos, seguida de resfriamento a 40ºC. INFUSÃO: op. na qual verte-se água fervente sobre o material vegetal (FLORES E FOLHAS) mantendo-se por 20-30min em frasco fechado. DIGESTÃO: op. na qual o material vegetal fica em contato com o líquido extrator em temperatura inferior ao seu ponto de ebulição (35-40ºC) por 30 min. CÁLCULOS FARMACÊUTICOS Expressões de concentração em título/porcentagem: ● Porcentagem peso-volume (p/v) - quantos gramas de substância existem em 100 mL de preparação líquida. Ex: Solução 50% p/v de dextrose é aquela que contém 50 g de dextrose em 100 mL de água. ● Porcentagem volume-volume (v/v) - quantos mL de componente existem em 100 mL de preparação líquida. Ex: Solução de ácido acético 1% v/v é aquela que contém 1 mL de ácido em 99 mL de preparação (a soma dos dois líquidos deve dar 100 mL, o total). ● Porcentagem peso-peso (p/p) - quantos gramas de um componente existem em 100 g de preparação. Ex: Mistura de 75,73 g de álcool etílico em uma preparação de 100 g de álcool gel tem concentração de 75,73%. 1)Solução 5% ????? 200g 4000 mL = 4000g densidade da água = 0,99 g/cm³ 2)% C????? (p/v) 80ml--------12g 100ml-------X = 15 /100 = 15% p/v 3) g adicionados???? 240ml - solução 4% (p/p) 240 diferente de 100% - 96%(água)+4% (fármaco)=regra de três para encontrar g de 4% 4)%???? (p/p) 100+5= 105g ------100% 5g----------x=4,76% Razão de concentração: 5% = 5 partes por 100 = 5:100 = 1:20 Para sólidos em líquidos - 1 g de soluto em 20 mL de líquido; Para líquidos em líquidos - 1 mL de líquido em 20 mL de preparação; Para sólidos em sólidos - 1 g de componente em 20 g de mistura; Transformar de porcentagem para razão: A porcentagem que for dada equivale a 1 parte, então, 100% equivale a quanto? - Fazer regra de três - A resposta obtida (100% equivale a tantas partes), é o valor final da razão, então 1:resultado. Transformar de razão para porcentagem: Valor que vem depois dos “:” (partes) da razão equivale a 100%, então 1 parte equivale a quantos %? - Fazer regra de três Partes por milhão e partes por bilhão - ppm e ppb ● 1 parte de soluto ou componente para 1.000.000 de partes da solução, do todo. ● Ex: 5 ppm de flúor em creme dental = 5 partes de flúor em 1.000.000 de partes de creme dental. - Razão de 1:200.000 (simplificando). OU ● 1 parte de soluto ou componente para 1 bilhão de partes da solução, do todo. IMPORTANTE!!! 1 ppm = 1 g do soluto/ 1000 L de solvente, logo: 1 ppm = 1 mg/L Ex: Se a questão falar que tem 10 ppm de alguma substância, você pode transformar esse ppm para mg/L para facilitar a resolução. Ex: mg????? p/ prep. 5,2 kg conc. 12,5 ppm = 12,5g em 1.000.000g 1.000.000g---------5200g 12,5g----------------xg=0,065g=65mg Diluição: adição de diluente, ou, mistura com soluções ou misturas menos concentradas; Concentração: adição de ingredientes (mais soluto); mistura com soluções ou misturas mais concentradas; evaporação do diluente. C1 x V1 = C2 x V2 massa total = massa substância + massa diluente ex: g óxidoadicionados???? 3200g óxido 5% para preparar contendo 20% de óxido? (p/p) 3200gx5%= 160g de óxido - 3040 de base 80%-----3040g 20%-----xg=760g 760-160= 600g ❖ Em formulações magistrais, normalmente é necessário reduzir ou aumentar as quantidades a serem produzidas, então para isso, é necessário determinar o fator que define o múltiplo ou decimal da fórmula a ser preparada. Depois, deve-se multiplicar as quantidades de cada ingrediente por esse fator para se descobrir quais quantidades devem realmente ser pensadas e utilizadas. ❖ Ex: Deseja-se preparar 240 mL de uma loção de calamina, a partir de 1000 mL de uma solução tópica de hidróxido de cálcio, então basta dividir 240 por 1000 para encontrar o fator múltiplo. ❖ F = 0,24 --- multiplicar esse valor pelas massas e volumes das substâncias que também entram na formulação. Ex 1: prescrição 45g de peróxido 4%. estoque peróxido de 25%. Quanto pesar desse gel e g de gel a ser adicionada ??? C1.V1=c2.v2 - 4%.45g=25%.v2 = 7,2 de peróxido a 25% M da prepa. = M da base + M do peróxido - 45g-7,2g=37,8g do gel base Ex 2: 111mL de água adicionados ao pó para obter 150mL de uma suspensão 250 mg/5mL. Manipulação de amoxic. a 500 mg/5mL. V de água a ser adicionada no pó ??? V de suspensão que é possível ser manipulado ? massa do pó amoxic. 250mg-----5ml x----------150ml =7500mg Volume de suspensão - 500mg-------5ml 7500mg------x = 75ml Volume de água - V de suspensão= Volume de pó + vol de água 150ml= vol. de pó + 111ml = 39ml 75ml = 39ml+vol de água = 36ml Estudos de pré-formulação São os estudos das propriedades físico-químicas dos componentes, tanto fármacos como excipientes, de uma forma farmacêutica já comercializados ou candidatos a integrarem novas formulações. Devem prever e visam garantir as características físico-químicas e mecânicas, facilidade de dissolução, estabilidade fq e microbiológica, biodisponibilidade e eficácia. ★ SOLUBILIDADE Quantidade máxima de soluto que pode ser dissolvida num solvente a uma determinada temperatura. A solubilidade aquosa de um fármaco é um fator crítico determinante na sua taxa de dissolução - se for menor que 1 micrograma/L pode causar problemas de biodisponibilidade. Fármacos de baixa solubilidade têm uso parenteral limitado, podendo ser IM, apesar de doloroso, ou IV se não for oleoso e em infusão lenta de 30 min a 1 hora. A solubilidade pode ser avaliada de forma qualitativa, pelo que descreve a Farmacopéia Brasileira, ou, de forma Quantitativa, através de testes de Nefelometria (mede a concentração da solução ao medir o desvio da luz que passa pela solução) ou de Turbidimetria (detecta a luz transmitida, os raios que passam pela cubeta). Efeito Tyndall. Maior o diâmetro das partículas, menor a quantidade de lu. MELHORAR A SOLUBILIDADE ( aumentar a SOLUBILIDADE) reduzir o tamanho das partículas usar agentes solubilizantes (ex: ciclodextrinas) modificar o pH modificar a temperatura formar sais (ionizar) Ácido + Base = Sal (dissociação de íons) usar estruturas amorfas que são mais solúveis que cristalinas > estrutura, < Solubilidade Ácido + ácido = maior estrutura ★ pH, pKa e ionização Meios polares - existem interações íon-dipolo, pontes de H e dipolo permanente; Meios apolares - interações dipolo induzido-dipolo induzido e forças hidrofóbicas. O pH do meio pode formar estruturas iônicas (alta polaridade) ou moleculares (polaridade reduzida). ATENÇÃO: A ionização aumenta a solubilidade e a dissolução, mas reduz a permeabilidade (melhora em relação a estrutura molecular) e a absorção porque os íons (polos) têm dificuldade em atravessar as membranas biológicas (apolares), seu transporte ocorrendo, portanto, por meio de canais. ● PERMEABILIDADE- Passagem através das membranas (TGI) por transporte passivo (transcelular e paracelular) e ativo (transportadores “bomba”. in vivo: Conc. plasm. em função do tempo (biodisponibilidade) in vitro: quantificação do fármaco dissolvido (dissolução) ★ Coeficiente de partição Mede o caráter lipofílico de uma molécula, ou seja, se ela é mais hidrofílica ou lipofílica. Pode ter diferença na permeabilidade. Log da concentração da molécula em uma fase oleosa dividida pela concentração na fase aquosa. LogP > 0 - lipofílica; (hidrofóbica) LogP < 0 - hidrofílica. Faixa ideal pra esse coeficiente: 0 a 3 Faixa real usada: 2 e 5 Sistema de Classificação Biofarmacêutica Classe 1 - alta solubilidade e permeabilidade; Classe 2 - baixa solubilidade e alta permeabilidade; Classe 3 - alta solubilidade e baixa permeabilidade; Classe 4 - baixa solubilidade e baixa permeabilidade; ★ DISSOLUÇÃO Processo pelo qual uma molécula é dissolvida no TGI; Ensaio in vitro aplicado a formas farmacêuticas; Avalia a cedência do fármaco para o meio de dissolução em função do tempo; Fármacos pouco solúveis ou formas farmacêuticas má formuladas podem ter absorção incompleta ou passar inalterados pelo TGI. Fatores que interferem na absorção e dissolução: esvaziamento gástrico (amitriptilina retarda), estado de jejum x estado alimentado, laxantes (aumentam a motilidade GI - reduz a absorção), idade. ★ ESTABILIDADE Tempo pelo qual o produto mantém o período de armazenamento e uso, conservando suas características e propriedades de fabricação. Estudos: estabilidade físico química do fármaco sólido puro, estabilidade do fármaco em solução e estabilidade fármaco excipiente (termogravimetria - até que temperatura o produto não perde massa; calorimetria exploratória diferencial) ★ PROPRIEDADES DO ESTADO SÓLIDO Polimorfismo - propriedade comum de fármacos e exclusiva do estado sólido; ocorre quando compostos com mesma estrutura molecular cristalizam-se em diferentes arranjos moleculares. Esses rearranjos podem ou não ser bioequivalentes, mas se não forem isso pode causar duração e efeitos diferentes - potencial de falha terapêutica ou toxicidade. A forma amorfa é sempre MAIS SOLÚVEL que a cristalina, sendo em alguns casos a forma mais ativa. O sólido amorfo, devido à desordem molecular, não possui estrutura definida e apresenta maior energia que a forma cristalina. Já o sólido cristalino é mais bem organizado, formado por moléculas que formam arranjos bem ordenados. ★ PROPRIEDADES REOLÓGICAS Compressibilidade - grau de aumento da densidade da massa de um pó a uma certa pressão. Densidade bruta x Densidade compactada (usa-se V após 1250 quedas) fu Propriedade do fluxo de pós - avaliação da capacidade de um pó reduzir seu volume sob pressão. Fator de Hausner (>1,4 - coesivo; <1,25 - fácil escoamento) e Índice de Carr (entre 5 a 11% - fluxo excelente). Ângulo de repouso - é aquele cuja tangente é a relação entre a altura H e o raio R do cone formado pelo pó ao cair de um funil. (<20º - fluxo excelente) Velocidade de escoamento - quantidade específica de pó que escoa em função do tempo cronometrado. Compatibilidade - habilidade de um pó ser comprimido gerando uma formulação com dureza e friabilidade adequadas. C = V após 10 quedas - V após 500 quedas SOLUÇÕES FARMACÊUTICAS SOLUTO + SOLVENTE = SOLUÇÃO A transferência de moléculas ou íons do estado sólido para a solução, chama-se dissolução. As soluções são DISPERSÕES MOLECULARES (tamanho das partículas < 1 nm)!! Obs: dispersões são sistemas nos quais uma substância está disseminada, na forma de partículas, em outra substância. Velocidade de dissolução e a quantidade que se pode dissolver (solubilidade) nao sao as mesmas e nem são necessariamente relacionadas. Solubilidade: é a extensão com que a dissolução se dá sob um conjunto de condições ambientais ( g/L mol/ L ou %) MECANISMOS DE DISSOLUÇÃO 2 etapas: 1) RELAÇÃO INTERFACIAL: Resulta da liberação de moléculas do soluto da fase sólida para a fase líquida. O processo de remoção do fármaco a partir do sólido, e sua substituição por moléculas do solvente, é determinada pela afinidade relativa das várias moléculas envolvidas. Para isso: força de atração solvente/soluto > forças de coesão do sólido. (assim o solvente conseguir remover as moléculas de soluto da forma sólida inteira)Ao deixar a fase sólida, a molécula do fármaco deve se incorporar à fase líquida, ou seja, no interior do solvente. Os líquidos contém uma pequena quantidade de “volumes livres”, ou seja, “buracos” que, num determinado instante, não são ocupados nem pelas próprias moléculas de solvente. Assim, as moléculas individuais de soluto passam a ocupar estes espaços. 2) DIFUSÃO ATRAVÉS DA CAMADA LIMÍTROFE: Transporte das moléculas do fármaco da interface sólido/líquido para dentro da massa líquida sob influência da difusão; A camada limítrofe é aquela que rodeia todas as superfícies sólidas cercadas por líquido. FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DE DISSOLUÇÃO 1. Tamanho das partículas sólidas 2. Dispersabilidade do pó 3. Porosidade das partículas 4. Natureza do meio de dissolução 5. Forma cristalina ou polimórfica 6. Temperatura 7. Volume do meio de dissolução 8. Coeficiente de difusão do soluto 6. Espessura da camada limítrofe (viscosidade e agitação) Energia livre de Gibbs - aumenta a entropia, diminui a energia livre. Aumenta a temperatura, aumenta a dispersão, a desorganização. Facilita colisão promovendo a primeira etapa de dissolução. dm/dt= k1A(c-c)/h Velocidade diretamentea a área SOLUBILIDADE: capacidade intrínseca da molécula Fatores que afetam a solubilidade de sólidos em líquidos: Temperatura, pH, natureza do solvente / co-solvente; Efeito do íon comum, Estrutura da molécula do soluto; características cristalinas; formação de complexos; tamanho da partícula; agentes solubilizantes; TEMPERATURA: Nos processos endotérmicos: maior movimento browniano (movimento aleatório das partículas) = maior facilidade de rompimento das ligações intermoleculares sólido-sólido. Nos processo exotérmicos precisa de diminuição da temperatura para se tornarem mais solúveis neste meio. pH: Como usar o pH para solubilizar? Aumentando a acidez do meio formando uma estrutura ionizada, facilitando o processo de solubilidade. Aminas são base de lu * Fármacos ácidos fracos = ionizam em meio básico. * Fármacos básicos fracos = ionizam em meio ácido. Quanto maior a ionização, maior a solubilidade. O que fazer quando o soluto não tem solubilidade em água? Utilização com co solventes. Ex: fenobarbital que é necessário adc 10% de etanol devido a baixa solubilização. LogP = 4,27 EFEITO DO ÍON COMUM : É o deslocamento do equilíbrio químico de uma reação em virtude da adição de um íon já existente no sistema, baseado no princípio de Le Chatelier. Quando adiciona-se um íon comum, o equilíbrio se desloca no sentido oposto, para consumir esse íon, então forma-se mais composto na forma sólida ou molecular. Por isso, esse efeito provoca redução da solubilidade. CARACTERÍSTICAS CRISTALINAS: os cristais podem apresentar polimorfos *Polimorfos estáveis = menor energia livre = ponto de fusão mais elevado e menor solubilidade * Polimorfos metaestáveis= menos estáveis, possuem maior energia livre e tem maior solubilidade. OBS: estruturas metaestáveis podem se converter em polimorfos estáveis com o tempo e sob certas condições, comprometendo a qualidade do produto. SOLUBILIDADE: amorfo>polimorfo metaestáveis> hidratos> polimorfos estáveis. Os cristais hidratados podem tender a apresentar solubilidade aquosa menor que as formas não hidratadas. (azitromicina diidratada; monohidratada) pq qd forma os cristais que a água tá presente é normal que o soluto tenha uma afinidade com a água, assim diminui a capacidade de dissolução. AGENTES SOLUBILIZANTES: Permitem a formação de agregados fora da fase aquosa, que formam um aumento aparente na solubilidade em água; TENSOATIVO-> MICELAS -> AUMENTO DA SOLUBILIDADE APARENTE CLASSIFICAÇÕES DAS SOLUÇÕES 1. Quanto ao estado físico Sólidos: ligas metálicas líquidas: solução de Nacl 0,9% Gasosas: oxigênio concentrado (93%) 2. Quanto a natureza do soluto MOLECULARES: não liberam íons em meio aquoso e sim moléculas; IÔNICAS: liberam íons em meio aquoso. Ex: antiácidos. 3. Quanto a razão do soluto/solvente VANTAGENS: Deglutição (crianças e idosos) ; Imediata disponibilidade para absorção; Resposta terapêutica mais rápida; Uniformidade na distribuição do fármaco; Diminui os efeitos irritantes de fármacos na mucosa gástrica. DESVANTAGENS: Transporte e estocagem; Menor estabilidade (hidrólise) pq cliva o anel beta lactâmico; Maior susceptibilidade ao desenvolvimento de microorganismos; Imprecisão da dose (medições incorretas do volume); Não disfarça sabor desagradável. CRITÉRIOS PARA ESCOLHER UM SOLVENTE: Toxicidade; irritabilidade; potencial de sensibilização; inflamabilidade; custo; estabilidade; compatibilidade com os demais componentes. ÁGUA: solvente mais utilizado (SOLVENTE UNIVERSAL); Fisiologicamente compatível; Atóxica *Vantagem: dissolução de uma ampla variedade de substâncias ionizáveis; * Desvantagem: sua falta de seletividade pode ser responsável pela presença de substâncias indesejáveis, como sais inorgânicos e impurezas orgânicas; TIPOS DE ÁGUA DE USO FARMACÊUTICO: Água potável (vidraria), água reagente (deionizada) (rinçar) , purificada (osmose reversa) (manip), água para injetáveis (destilada ou bidestilada), água ultrapurificada (processos sensíveis como cromatografia) SOLUÇÕES NÃO AQUOSAS Quando usar??? Quando não é possível garantir a solubilização completa de todos os componentes da formulação, quando o fármaco não é estável em sistemas aquosos. VANTAGEM: - sistema de liberação prolongada de uso IM - soluções oleosas (lib prolongada). * ÓLEOS DE ORIGEM VEGETAL: óleos não voláteis e compostos de ésteres de ácidos graxos e glicerol. Ex: óleo de amêndoa: veículo de injeções oleosas de fenol; óleo de oliva, gergelim, milho, sementes de algodão, soja e ricino são apropriados para uso parenteral e oral óleo de coco fracionado é utilizado como solvente para alguns antibióticos. * ÁLCOOIS: - o álcool etílico é o mais utilizado, principalmente para uso externo por causa da irritabilidade gástrica q ele causa. Rápida evaporação (ruim: instabilidade na formulação, bom: tópicas), uso oral e parenteral (2-10%), geralmente como co-solvente com água (fenobarbital), usado em extração de matérias-primas in natura (tintura). * POLIÓIS: - uso externo e interno - polietilenoglicol, dietilenoglicol e etilenoglicol -Pouco usado - Pode causar embolização * DIMETILSULFÓXIDO (DMSO) - solvente bastante potente - utilizado em pequenas quantidades para uso tópico -Tóxico * ÉTER ETÍLICO - Amplamente utilizado para a extração de matérias-primas in natura; - apenas uso externo como co-solvente com álcoois; * MIRISTATO E PALMITATO DE ISOPROPILA - baixa viscosidade; - longamente empregado para uso externo e interno. CRITÉRIOS DE ESCOLHA DOS ADJUVANTES - tornar a solução mais compatível com o meio fisiológico que será aplicado; - promover a dissolução em água de um fármaco que é muito pouco solúvel e insolúvel neste solvente; -Retardar ou impedir hidrólise ou oxidação; - evitar o desenvolvimento de microorganismos; - melhorar as características organolépticas, quando necessário, para melhorar a aceitabilidade do medicamento pelo paciente; TIPOS DE ADJUVANTES - Tampões; - agentes modificadores de densidade - agentes isotonizantes; - agentes viscosificantes - conservantes - agentes redutores e antioxidantes; - agentes edulcorantes - aromatizantes e essências - corantes; ESTABILIDADE DAS SOLUÇÕES * QUÍMICA: integridade e a potência dos ativos devem ser mantidas. *FÍSICA : - limpidez: exame visual ou densidade óptica; - Cor: aspecto visual ou espectrofotômetro; - Odor e sabor; - propriedades reológicas: viscosímetros e reômetros. XAROPES Caracterizada pela alta viscosidade conferida pela presença de sacarose ou outros açúcar e ou outros agentes dispersantes e edulcorantes. Os xaropes contém flavorizantes e/ou corantes autorizados. Quando não se destinam ao consumo imediato, devem adicionar conservantes de antimicrobianos. OBS: APRESENTA NÃO MENOS QUE 45% P/P DE SACAROSE OU OUTROS ex: guaco, melagrião, percof, bronxol - xarope simples: 85% de sacarose em água, empregadocomo base para xaropes medicamentosos e não medicamentosos - xarope não medicamentoso ou veículo flavorizado: veículo edulcorado, flavorizado e sem fármaco. obs: servem como veículos para sabor agradável para que substâncias ativas sejam incorporadas durante a manipulação - xarope medicamentoso: sacarose ou substituintes, água purificada, flavorizante, corante, solubilizadores, viscosificantes, fármaco. VANTAGEM DOS XAROPES ● aumenta a adesão (sabor e deglutição) ● desempenha função edulcorante e conservante ● impede turvação ou precipitação devido a viscosidade agradável ● fácil produção DESVANTAGEM ● pacientes diabéticos ● aporte calórico ● cariogênico OBS: qualquer substância solúvel em água e estável nesse meio pode ser acrescido a um xarope caso haja compatibilidade COMPONENTES DO XAROPE - Sacarose ou substituto (Edulcorante, conversante e viscosificante) - Conservante - Flavorizantes - Corantes - Outros (co-solventes, solubilizantes, espessantes ou estabilizantes) SACAROSE?? açúcar empregado com frequência SUBSTITUTOS GLICOGÊNICOS?? sorbitol, glicerina, propilenoglicol SUBSTITUTOS NÃO GLICOGÊNICOS?? metilcelulose, hidroximetilcelulose, carboximetilceluose (viscosidade semelhante, não hidrolisa, sem poder edulcorante) A SACAROSE possui uma concentração elevada entre 60/80%, serve como VISCOSIFICANTE e EDULCORANTE. solução concentrada de sacarose -> gera estabilidade solução diluída de sacarose -> gera instabilidade, contaminação (fungos e leveduras) INCONVENIENTES DA SACAROSE: XAROPE INVERTIDOO pode acontecer uma quebra da sacarose que formará glicose e frutose separadas (açúcar invertido) ● sabor alterado (mais doce) ● mais escuro ● suscetível a fermentação e contaminação ● reduz a oxidação de algumas substâncias ● é preparado através da hidrólise da sacarose com HCl e neutralizado com a solução de carbonato de sódio ou cálcio ● a solução de sacarose 66,7% (p/v) deve ser 95% invertido ● o xarope invertido, quando misturado em proporções adequadas com o xarope convencional, previne a deposição de cristais da sacarose nas condições de armazenamento Excipientes de xarope 1. conservantes: proporção de água natureza e atividade conservante de algum componente da formulação capacidade do próprio conservante EX: ácido benzoico (0,1%-0,2%), benzoato de sódio (0,1-0,2%), metilparabeno e propilparabeno (0,05-1%) 2. flavorizantes sintéticos ou naturais devem ser solúveis em água ou adicionado a algum co solvente (álcool) 3. corante cor- sabor devem ser solúveis em água, não reagir com componentes, estáveis a pH e a luz PREPARAÇÃO DE XAROPE 1. DISSOLUÇÃO A QUENTE 2. DISSOLUÇÃO A FRIO 3. DISSOLUÇÃO DA SACAROSE A UM LÍQUIDO MEDICAMENTOSO OU FLAVORIZADO 4. PERCOLAÇÃO 1- DISSOLUÇÃO A QUENTE água purificada + sacarose -> aquece -> adiciona substância termoestáveis no xarope quente -> esfriar em temperatura ambiente -> adiciona termolábeis -> ajustar o volume com água adiciona substâncias termolábeis e voláteis apenas após o resfriamento aqueci demais e agora??? acontece hidrolise da sacarose com precipitação de açucar invertido e perda por evaporação industria: aquecimento por vapor de água 2- DISSOLUÇÃO A FRIO água purificada + sacarose + adjuvantes (1g de sacarose em 0,5 mL de água) -> agitação vigorosa VANTAGEM?? evita inversão da sacarose e maior estabilidade 3- DISSOL. DA SACAROSE A UM LÍQUIDO MEDICAMENTOSO OU FLAVORIZADO tintura ou extrato fluido -> adição da sacarose -> agitação vigorosa da preparação 4- PERCOLAÇÃO açúcar dissolvido lentamente -> xarope escoa por um filtro ->utiliza o densímetro para avaliar a proporção açúcar/água POSSÍVEIS ALTERAÇÕES 1. AGENTE ATMOSFÉRICO: ação do oxigênio e anidrido carbônico perda ou absorção de água 2. aquecimento facilita a hidrólise e a caramelização da sacarose e a alteração do fármaco formação de açúcar invertido = 1 mol de glicose + 1 mol de frutose 3. proliferação microbiana adição de conservantes: metil e propilparabeno 4. exposição a luz alteração de fármacos, adjuvantes e sacarose ACONDICIONAMENTO: frasco de vidro ou polipropileno esterilizado resistente âmbar vedados TEMPERATURA DE ARMAZENAMENTO: manter a estabilidade do termossensíveis evitar a evaporação da água e subsequente condensação FRASCOS COM CAPACIDADE ADEQUADA: diminuição do ar evita a oxidação da formulação diminuição do espaço vazio minimiza a área da absorção da água e melhora da resistência microbiana ELIXIRES É a preparação farmacêutica de uso oral, líquida, límpida, hidroalcoólica, de sabor adocicado e agradável. São preparados por dissolução simples e devem ser envasados em frascos de cor âmbar e mantidos em lugar fresco e ao abrigo da luz. Teor alcoólico: 20% a 50% Preparo: 1. Fase aquosa (dissolução) 2. Fase alcoólica (dissolução) 3. Misturar as duas fases 4. Correção do volume e filtração Menos doce, menos viscoso, não mascara o sabor dos fármacos, maior espectro de solubilidade, maior poder conservante(teor alcoólico maior que 12%). VANTAGENS: Dissolução de ativos hidrossolúveis e solúveis em água. Mais fácil dissolução. Pode se tornar auto conservante, dependendo do teor alcoólico. DESVANTAGENS: Mascara menos o sabor. Não indicados a crianças e adultos que não pode ingerir álcool. Restrições na legislação. glicerol- ação edulcorante ácido benzóico e metilparabeno - ação conservante SOLUÇÕES ESPECIAIS SOLUÇÕES OFTÁLMICAS: anestésicos, antibióticos e antimicrobianos, lubrificantes, antifúngicos, antivirais, adstringentes, protetores e lágrimas artificiais, mióticos e outros agentes para glaucoma, vasoconstritores e descongestionante ocular. Liberação oftálmica de fármacos: - volume de fluido lacrimal do saco conjuntival: 7 a 8 ul (microlitros) - olho sem piscar acomoda no máximo: 30ul - um conta gotas libera em média 25/50 ul - volume ótimo a ser administrado: 5 a 10ul . líquidos em excesso são drenados rapidamente pelo duto lacrimal ou ele acaba escorrendo. . a drenagem e absorção sistêmica pode ser evitada por uma pressão suave no saco lacrimal por 3 a 5 min pós-adm. OBS: após a adm, a substância é removida após 1 a 2 minutos, a absorção é menos de 1% que a quantidade administrada, Exigências no preparo e desenvolvimento 1. biodisponibilidade ocular 2. esterilidade, conservação e acondicionamento 3. isotonicidade 4. tamponamento 5. viscosidade e agentes espessantes Fatores que afetam a biodisponibilidade ocular: 1. Ligação a proteínas - a lágrima possui proteínas então substâncias que se ligam com proteínas acabam complexando e não permitem a boa absorção. incapazes de penetrar no epitélio corneano. 2. Metabolismo do fármaco- enzimas capazes de promover a degradação metabólica de alguns fármacos (lisozimas) 3. Drenagem lacrimal: método de administração e aumento a viscosidade (menos mov) da solução interfere na velocidade da drenagem. 4. Características físico-químicas da substância e da formulação: a córnea é uma barreira complicada pq tem características hidrofílicas e lipofílicas, então o ideal são as características anfifílicas. Fármacos em suspensão, géis, pomadas, soluções de viscosidade aumentada, carreadores poliméricos e lipossomos: - permanecem no fundo do saco lacrimal por mais tempo, aumenta a biodisponibilidade, diminuem a freq de absorção da dose. Esterilidade uso seguro - autoclave (121 graus por 15 min) n indicado para termolábeis - filtração esterilizantes (caro, não é considerado confiável e fica retido partículas - susp) Isotonicidade - ácido bórico a 1,9% é isosmótico ao NaCl a 0,9% osmose: passagem de solvente do meio menos conc. para um mais conc. - solutos moleculares: pressão osmótica dependente só da concentração da substância (ex: sacarose) - solutos ionizados: pressão osmótica dependente na concentração e grau de ionização (ex: cloreto de sódio) usada de comp p saber se é isotônica ou n obs: variações de 0,6% a 2% de cloreto de sódio ou seus equivalentes osmóticos não causa desconforto no olho OBS: TODOS os solutos de uma solução oftálmica contribuem para pressão osmóticas TamponamentoFUNÇÃO: maior conforto ao olho, melhora a biodisponibilidade, torna a solução mais estável, maximiza a eficácia do conservante. pH próximo a 7,4 Quando se é adc subst de pH alto ou baixo no olho, há a liberação de lágrimas para tentar neutralizar o excesso porém a lágrima tem pouca capacidade tamponante, o olho tolera maior alcalinidade, e o pH da lágrima é próximo a 7,4. Frequentemente, usa-se tampão fosfato, tampão citrato e tampão borato. PARADOXO: a melhor faixa é 7,4 para solução mas a maioria dos fármacos é insolúvel, então usa-se os tampões que permitam maior estabilidade, atividade. Viscosidade quanto maior a viscosidade, maior o tempo de contato com olho e maior a ação terap. visc ótima: 15 a 25 cP. DIFERENÇA DE SOLUÇÕES E SUSPENSÃO OFTÁLMICAS: Soluções: límpida e livre de partículas, não precisa agitar Suspensão: maior tempo de contato com a córnea, partículas finamente divididas que reduz a irritação e ou lesões na córnea. agitar antes de usar. Armazenamento- forma translúcida ou opaca(inibir a fotólise), conta gota fixo p n contaminar. Orient- lavar as mãos, obs validade, vedar rapidamente, não tocar no olho. Exposição do saco conjuntival, pregueamento, pressão do ducto lacrimal e limpar com pano limpo. SOLUÇÕES OTOLÓGICAS FUNÇÕES: remover excesso de cerume, inflamações e infecções Cerume: combinação de glândulas sebáceas e sudoríparas do canal auditivo externo. -cera seca: semissólido, compacto, pegajoso, retém cels endoteliais, pêlos caídos, pó e outros. acúmulo: coceira, dor, prejuízo auditivo REMOVEDOR DE CERUME Óleo mineral leve, óleos vegetais e peróxido de hidrogênio. Tensoativos (cerumin, debrox, cerumen) Remoção??? Introduz a solução, usa o tampão de algodão para reter o medicamento por 15 minutos, seguido de uma lavagem canal com água morna, por meio de uma seringa auricular. PREPARAÇÃO ANTI-INFECCIOSAS, ANTI-INFLAMATÓRIAS E ANALGÉSICAS Viscosidade - Glicerina e propilenoglicol - aumento do contato com a mucosa - higroscópicos= remoção da unidade de tecidos (menor proliferação bacteriana) Anti-infecciosos - Cloranfenicol, sulfato de colistina, neomicina, sulfato de polimixina B e nistatina. Analgésico- Antipirina, lidocaína, dibucaína e benzocaína Anti-inflamatória- hidrocortisona e dexametasona (terapia tópica pode ser utilizada como coadjuvante, comitante a terapia oral) ORIENT: lavar as mãos, colocar o paciente em decúbito lateral, aquecer o frasco entre as mãos, puxar o lobo da orelha para trás, colocar o medicamento de modo que evite o contato do frasco com a pele, proteger o orifício com gaze ou algodão, permanecer na posição por alguns minutos, repetir no ouvido oposto, limpar com gaze a área externa caso necessário, lavar as mãos. SOLUÇÕES NASAIS Região extremamente irrigada então cuidado com a substância Indicações: descongestionante nasal, anti inflamatórios Apresentação: gota e spray As soluções pode ser isotônicas ou hipertônicas, frequentemente são tamponadas (5,5 a 6,5), utilizam os mesmos conservantes que as soluções oftálmicas, frequentemente utiliza-se alguma substância adrenérgica nas conc. 0,05% a 1% ● ação vasoconstritora ● precaução: pac hipertensos ● uso frequente: edema crônico na mucosa nasal (rinite medicamentosa) ● indicado por períodos curtos: 3 a 5 dias ● congestão rebote TRATAMENTO DA CONGESTÃO REBOTE retirar de uma vez não pq: vasodilatação bilateral (obstrução nasal total) 1. remoção completa do vasoconstritor tópico de uma narina (1 a 2 semanas) 2. substituição do vasoconstritor por uma solução salina - tópica (gotas ou spray) - mantém a mucosa úmida - assistência psicológica ao paciente dependente ORIENT SOLUC: lavar as mãos, usar uma pessoa apenas, assoar levemente o nariz antes de assoar o nariz, deitar-se e instilar o medicamento (decúbito dorsal), permanecer por alguns minutos. MAS SE FOR SPRAY??? difere q deve manter a cabeça ereta e erguida, colocar o aplicador direcionando levemente para trás. CURIOSIDADE: via nasal para uso sistemico: - grande área superficial - 20 mL de capacidade - tecido nasal vascularizado - absorção sistêmica rápida e eficaz vantagem: - evita o efeito da primeira passagem hepática - alguns peptídeos e moléculas pequenas - efeito semelhante a via IV
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