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AULA 05 PROJETO DE ESTRADAS Profa: Maria Victória Leal de Almeida Nascimento • Terraplenagem - áreas de terraplenos, volumes de transporte e distribuição de massa; • Estudo econômico de movimento de massa; • Análise de perfis em corte, aterro e mistos, elaboração de mapa de cubação. 2 Terraplenagem Para o engenheiro projetista de estradas, uma das principais metas durante a elaboração de um projeto é encontrar uma solução que permita a construção da estrada com o menor movimento de terras possível, cumprido, logicamente, as normas de um traçado racional. O custo do movimento de terra é, na maioria dos projetos, significativo em relação ao custo total da estrada, sendo portanto um item importante a ser analisado. 3 Terraplenagem Nos locais onde os materiais de corte tiverem condições de serem usados nos aterros, o equilíbrio entre volumes de cortes e aterros, minimizando empréstimos e/ou bota- foras, acarreta em menores custos de terraplenagem. O movimento de terras é uma ciência que engloba tanto o cálculo dos volumes a mover como os princípios de execução do trabalho. 4 Terraplenagem Terraplenagem é o conjunto de operações de escavação, carga, transporte, descarga, compactação dos solos, aplicadas na construção de aterros e cortes, dando à superfície do terreno a forma projetada para construção de rodovias (Brasil, 1997). • Exemplos: Construção de uma estrada de rodagem, ferrovia ou aeroporto; Edificação de uma fábrica, usina hidrelétrica ou conjunto residencial. 5 Terraplenagem Objetivo A conformação do relevo terrestre para implantação de estradas de rodagem. O principal objetivo do projetista de estradas é o de aliar os menores custos relacionados ao movimento de terras com a melhoria das características técnicas das estradas. 6 Terraplenagem Características O serviço de terraplenagem se caracteriza por duas atividades básicas: escavação de material em um determinado local e espalhamento deste material em local distinto do primeiro. 7 Bota-foraCortes Empréstimos Aterro Terraplenagem • Cortes - a região a ser escavada está contida na região da plataforma, sendo que as cotas do terreno natural estão acima das cotas de projeto da plataforma. • Empréstimos - a região a ser escavada está fora da região da plataforma, sendo que o material escavado virá de locais externos. • Aterro - a região onde o material escavado será espalhado está contida na região da plataforma, sendo que as cotas do terreno natural estão abaixo das cotas de projeto da plataforma. • Bota-fora - a região onde o material escavado será espalhado é externa à região da plataforma. 8 Tipos de Terraplenagem 9 Manual • Realizada com ferramentas tradicionais com pá e picareta (corte), carroças ou vagonetas com tração animal (transporte). Mecanizada • Possibilidade de movimentação de grandes volumes de terra em prazos curtos (eficiência na operação); • Exigência de serviços planejados; • Necessidade de investimentos em equipamentos de alto custo. Empolamento 10 Empolamento de Material Escavado Se considerarmos uma determinada massa de solo natural, de volume natural (Vn), esta massa de solo apresentará um aumento de volume ou empolamento após o solo ser escavado, com um volume solto (Vs) maior do que (Vn); A mesma massa de solo apresentará, após compactada, um volume compactado (Vc) menor do que volume natural (Vn); A massa específica aparente seca natural (δn) será, portanto, maior do que a massa específica aparente seca solta (δs) e menor do que a massa específica aparente seca compactada (δc). Empolamento 11 Empolamento de Material Escavado Vc < Vn < Vs => δs < δn < δc Empolamento 12 Fator de Homogeneização de Volumes Fator de homogeneização de volumes (Fh): é a relação entre o volume de aterro compactado, e o volume de material no corte de origem. • γscomp: massa específica aparente seca após compactação no aterro; • γscorte: massa específica aparente seca do material no corte de origem. Empolamento 13 Fator de Homogeneização de Volumes Um fator Fh = 1,4 indica que será necessário escavar cerca de 1,4 m³ no corte para obter 1 m³ de aterro compactado. Cálculo de Volumes O projeto de uma estrada deve ser escolhido de forma a harmonizar os elementos geométricos da planta e do perfil. O custo do movimento de terra é significativo em relação ao custo total da estrada. Sempre que possível deve ser feito o equilíbrio entre volumes de cortes e aterros, evitando-se empréstimos e/ou bota-foras. 14 Cálculo de Volumes • Consiste em considerar o volume como proveniente de uma série de prismóides (sólidos geométricos limitados nos extremos por faces paralelas e lateralmente por superfícies planas). • No campo, as faces paralelas correspondem às seções transversais externas, e as superfícies planas laterais correspondem à plataforma da estrada, os taludes e a superfície do terreno natural. 15 Cálculo de Volumes O volume do prismóide pode ser calculado mediante a fórmula: Onde 𝐴1 e 𝐴2 são as áreas das seções transversais extremas, 𝐴𝑚 é a área da seção transversal no ponto médio entre 𝐴1 e 𝐴2, e L é a distância entre as seções 𝐴1 e 𝐴2. 16 𝐴𝑚 = (𝐴1 + 𝐴2) 2 Cálculo de Volumes • Podem ser calculadas de diferentes maneiras, dependendo da topografia do terreno e do grau de precisão exigido. • Processo simplificado: permite avaliar com rapidez os volumes de terraplanagem. Por admitir o terreno em nível pode conter algum erro de precisão. 17 A1 A2 L Cálculo de Volumes Exemplo 1 • Calcular o volume do prismóide. 18 Cálculo de Volumes Exemplo 2 • Com relação ao exemplo anterior, qual o erro cometido se o volume fosse calculado pela fórmula das áreas médias. 19 Cálculo das Áreas das Seções Transversais Seções Transversais em Terrenos Planos 20 Cálculo das Áreas das Seções Transversais Seção Mista - quando a seção é mista, isto é, com áreas de corte e aterro, o processo mais prático para o cálculo das áreas baseia-se na divisão da seção em figuras geométricas conhecidas, tais como triângulos e trapézios. 21 Diagrama de Massas Distribuição do Material Escavado Compensação de volumes: aproveitamento do material dos cortes para construção dos aterros. Compensação transversal (lateral): refere-se ao volumes que são movimentados no sentido transversal quando o perfil é constituído por seção mista. 22 Volume excedente: volume de corte maior do que o do aterro no mesmo segmento que deverá ser utilizado na compensação longitudinal. Diagrama de Massas Cálculo dos Volumes Acumulados 23 Convenção para medida de volumes: Positiva para medida dos volumes de corte (+Vc) Negativa para os volumes de aterros (-Va) Diagrama de Massas Tabela de Volumes Acumulados C(1): estacas dos pontos onde foram levantados as seções transversais. Normalmente são as estacas inteiras. C(2): áreas de corte, medidas nas seções (m2). C(3): áreas de aterro, medidas nas seções (m2). C(4): produto da C(3) pelo fator de homogeneização (Fh). C(5): soma das áreas de corte de 2 seções consecutivas da C(2). C(6): soma das áreas de aterro corrigido de 2 seções consecutivas da C(4). 24 Diagrama de Massas Tabela de Volumes Acumulados C (7): semi-distância entre seções consecutivas. C (8): volume de cortes entre as seções consecutivas. C (9): volume de aterros entre as seções consecutivas. C(10): volumes compensados lateralmente (não sujeitos a transporte longitudinal), menor entre os dois volumes. C(11): volume acumulado, resultado da soma algébrica acumulada dosvolumes obtidos nas C(8) e C(9) = (Vi+Vi+1). Os volumes acumulados se colocam como ordenadas ao final da estaca. 25 Diagrama de Massas Diagrama de Bruckner • Compreende a visualização gráfica da movimentação de terra longitudinal e transversal ao longo da diretriz da rodovia, facilitando a elaboração do projeto de terraplenagem da rodovia. 26 Diagrama de Massas Diagrama de Bruckner 27 0,00 200,00 400,00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00 1.400,00 1.600,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Diagrama de Massas Diagrama de Bruckner e Perfil Longitudinal 28 Propriedades dos Diagrama de Massas 29 Propriedades dos Diagrama de Massas 30 Propriedades dos Diagrama de Massas 31 Propriedades dos Diagrama de Massas 32 Propriedades dos Diagrama de Massas 33 Momento de Transporte Quando é executado um transporte de solo de um corte para um aterro, as distâncias de transporte se alteram a cada viagem sendo necessária, a determinação de uma distância média de transporte. Momento de transporte é o produto dos volumes transportados pelas distâncias médias de transporte: • M: momento de transporte, em m3.dam ou m3.km; • V: volume natural do solo, em m3; • dm: distância média de transporte, em dam ou km. 34 Momento de Transporte Distância Média de Transporte Definido pelo método de Diagrama de Brückner. Pode ser considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do segmento compensado e de altura igual à máxima ordenada deste segmento. É a distância entre os pontos de interseção desta reta com o diagrama, medida na escala horizontal do desenho. 35 Exemplo 1 Construir a tabela de volumes acumulados. Dado: Fh = 1,40. 36 Exemplo 1 Solução: 37 Exemplo 1 Solução: 38 Exemplo 1 Solução: 39 Exemplo 1 Solução: 40 Exemplo 1 Solução: 41 Exemplo 1 Solução: 42 Exemplo 2 Construir Diagrama de Bruckner, calcular os volumes de corte e aterro e as distâncias médias de transporte. Solução: 43 Exemplo 2 Construir Diagrama de Bruckner, calcular os volumes de corte e aterro e as distâncias médias de transporte. Solução: 44 Obrigada! Profa: Maria Victória Leal de Almeida Nascimento E mail: mvictorialan@gmail.com 45
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