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Odontologia em saúde coletiva

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Odontologia em saúde coletiva
Aula 1- conceitos de saúde
Modelos explicativos do processo saúde- adoecimento
Mágico-religioso ou xamanístico
Praticas “médicas” associadas a espíritos, saúde= enlace com entidades, doença= ação de espíritos malignos. Tratamento com ervas e rezas.
	
Empírico racional
Razão acima de religiões e crenças, teoria dos humores de Hipócrates. Saúde: equilíbrio 
entre os 4 humores.
 Biomédico ou mecanicista
Surge a partir do renascimento, a doença é vista como um desajuste no organismo, que é uma máquina. Nesse modelo há também a revolução industrial, com surgimento de novas doenças e da indústria farmacêutica.
Medicina Flexneriana: padronização dos estudos médicos, foco hospitalar e centralização do médico no hospital.
História natural da doença
Conceitos de agente, hospedeiro e meio ambiente, relação entre eles. Há o entendimento do aspecto multicausal das doenças.
Diagrama de Leavell e Clark;
Prevenção primária: ações específicas e inespecíficas para evitar que a doença ocorra
Prevenção secundária: diagnóstico precoce para diminuir os danos
Prevenção terciária: ações de reabilitação para minimizar os danos causados
Promoção da saúde: aspecto mais amplo, bem-estar social digno.
Prevenção da saúde: específico na doença, pouca ênfase na parte social.
Determinação social
Sistemas devem ser direcionados aos pacientes e suas alterações de saúde. MODELO BIOPSICOSSOCIAL, paradigma biomédico x novo paradigma.
Saúde bucal coletiva
Tratamento cirúrgico restaurador -> princípios de promoção da boca
Antes se trabalhava com o tratamento sucessivo de cáries, extrações dentárias e cirurgias. Com o novo paradigma, há o enfoque na promoção da saúde bucal, levando em conta os aspectos sociais do paciente.
Aula 2- Cultura, saúde e doença
Cultura: dinâmica e sempre em transformação, conhecimento, arte, crenças, leis, costumes, herança de costumes, conjunto de princípios.
Comportamentos culturais relacionados à saúde: politica, fatores socioeconômicos, ambientais e educacionais. Precisa haver a compatibilidade entre profissional e paciente, chegando a uma posição boa para todos.
Antropologia médica: estudo da maneira com que diferentes culturas reagem ao enfrentar o processo de doença e saúde e a relação dos profissionais de saúde frente a esse processo.
5 aspectos das enfermidades:
Etiologia
Duração
Processos fisiopatológicos 
História natural e severidade
Tratamentos indicados
Os profissionais devem orientar a escolha das terapias levando em conta o significado pessoal e social da experiência. “Olhar cultural”.
Setor popular (illness): reação dos pacientes e dos que o cercam ao mal-estar, maneira como interpretam a origem dele e lidam objetivamente com a situação (a quem recorrem em busca de tratamento, como entendem o tratamento)
Perspectiva do médico (disease): pressupostos e hipóteses possíveis de testagens e verificação segundo condições objetivas: racionalidade científica, ênfase em dados do dualismo corpo- mente, visão das doenças como entidades, ênfase no individuo paciente. CONTRATRANSFERENCIA CULTURAL: imposição dos valores do médico ao paciente.
Sistema médico (cura) x sistema promotor da saúde (cuidado)
A antropologia médica busca o equilíbrio entre a cultura do paciente e sua comunidade e o entendimento da mesma. De forma que a promoção da saúde seja eficiente, não havendo imposição de valores e sim a busca por um consenso, em que o profissional de saúde consiga aplicar seus conhecimentos e transmiti-los ao paciente sem desrespeitar a cultura local e a moral, família e cultura próprias do paciente.
Aula 3- Paradigma da modernidade e sua ruptura
 Paradigma: conjunto de conceitos que determinam uma prática.
Conjunto de regras, crenças e teorias que direcionam a ciência conforme a época e comunidades cientificas envolvidas. É aquilo que está no início da construção das teorias, são construções sociais. 
A ciência moderna
Renascença, efervescência econômica, política e social do ocidente europeu. É o paradigma cartesiano, com os pilares em Galileu, Bacon e Newton. Ciência pragmática: cética, concepção de “mundo máquina”, organização da sociedade: positivismo.
É forte a presença do CURATIVISMO, dificultando a síntese sobre o individual e o coletivo. 
Concepções da formação profissional em saúde: formação para o mercado privado, hospitais e clínicas privadas.
Consequências da medicina flexneriana e do paradigma da modernidade no modelo de prática da Odontologia:
Ineficiência, baixa cobertura, descoordenação, caráter mercantilista, inadequação no preparo de recursos humanos.
O momento atual: o rompimento do paradigma
A busca de novos paradigmas é resultado da ineficiência constatada. A medicina flexneriana, juntamente com o modelo biomédico, colocava o paciente como máquina, não individualizando o cuidado e tratando a doença como uma entidade. Era uma pratica voltada para a cura, dando pouca ênfase a promoção de saúde e aos aspectos biopsicossociais do processo de doença, sendo ineficiente em EVITAR o este processo e principalmente, entender as causas de sua ocorrência e agir sobre elas.
Aula 3 – Formação profissional em saúde 
O exercício da odontologia nos séculos 16 e 17
Os procedimentos eram realizados por “barbeiros” e “sangradores”, que faziam curativos e cirurgias menores (como extrações). Não havia regulamentação e até o século 19 era exercida por escravos e pessoas de baixa renda que recebiam uma licença da corte, e tinham o título de “cirurgião – mor”.
Tiradentes
Considerado o patrono da odontologia no Brasil, possuía grande habilidade e confeccionava coroas artificiais em ouro e marfim. 
Século 19 (1820) A chegada dos dentistas estrangeiros ao Brasil (franceses e americanos)
 
1884: criação do curso de odontologia (Rio de janeiro e Salvador)
1925: curso transformado em Faculdade
 
Formação profissional BIOLOGISTA:
 Nas primeiras faculdades não havia o ensino da prevenção, havia o ensino de matérias básicas, sem ênfase na profilaxia (modelo extremamente mecanicista). O treinamento das práticas artesanais da odontologia era o foco, com a departamentalização do ensino (especialidades), distanciamento das realidades epidemiológicas e das necessidades de saúde da população.
 Além disso, a formação era elitista, centrado na doença de forma individual e concreta, considerada um processo estritamente biológico.
Consequências dessa formação:
Atenção excludente
Mercado privado e atendimento escolar
Aos demais restava as emergências e locais filantrópicos
Curativismo, centrado na doença, invasivo, pouco resolutivo e mutilador
1980: Relatório da 7ª conferência nacional de saúde
O reconhecimento da ineficácia na assistência odontológica, na inadequação do preparo de recursos humanos, descoordenação e má distribuição de recursos e na baixa cobertura em saúde.
1986: 8ª conferência nacional de saúde
Destacou-se no tocante à saúde bucal, a precariedade do modelo de atenção em SB, a concentração de profissionais na área urbana e a falta de uma política nacional.
1986: 1ª conferência de saúde bucal
Pesquisa de CPO-D com resultados muito negativos; A população brasileira, em geral, estava com a saúde bucal precária e isso tinha que mudar!!!
1991: MEC, lei de diretrizes e bases
Estabeleceu o papel social das universidades, “a formação no nível superior deverá ocorrer no sentido do desenvolvimento da sociedade brasileira”
2001: diretrizes nacionais curriculares
Apresenta as orientações a serem tomadas pelas IES e sua organização curricular.
O novo currículo com base nas DCN deve ser capaz de formar um profissional com o seguinte perfil: generalista, humanista, crítico, tecnicamente competente, com sensibilidade social, que conheça métodos de investigação e que seja capaz de interpretar pesquisas epidemiológicas e atuar no planejamento.
Promoção em saúde – saúde bucal
Saúde em estado dinâmico, as condições de vida e qualidade da mesma. Pessoascom qualidade inferior tendem a adoecer mais e falecer mais cedo devido às condições precárias a que são expostas.
Marcos importantes:
Relatório Lalonde (1974): marco inicial do modelo de promoção de saúde no Canadá, servindo de modelo para todo o mundo.
Revelou que as principais causas de doenças não são biológicas, mas sim o ambiente e o comportamento – estilo de vida.
#determinantes em saúde: biologia, ambiente, estilo de vida, organização da assistência em saúde.
1978 – Declaração de Alma Ata: foi a primeira declaração internacional que enfatizou a importância da atenção primária em saúde. Destacou que essa atenção seria capaz de melhorar os níveis de saúde das populações.
1896: Carta de Ottawa – 1ª conferência internacional sobre saúde
Carta de intenções voltada para os políticos de saúde de todos os países, de forma universal, estabeleceu fatores de importância o alcance de uma política de saúde para todos. Com a elaboração de políticas públicas saudáveis, reforço de ações comunitárias, orientação dos serviços de saúde com o envolvimento de vários setores da sociedade na melhoria da qualidade de vida da população e formação de alianças com indústrias, comércio e escolas, além da saída do profissional do ambiente clínico.
Década de 90: determinantes em saúde (Dahlgren e Whitehead)
Leque das condições socioeconômicas, culturais e o ambiente em geral. São as características sociais dentro das quais a vida transcorre.
Princípios da promoção em saúde:
Focaliza as ações baseado nos determinantes em saúde
Mudança social e do meio ambiente
Utiliza a combinação de estratégias: educação, legislação, etc. (INTERSETORIALIDADE)
Integra as profissões da área da saúde 
Envolve a população como um todo
Aula 4 – Cuidado humanizado em saúde
Capacidade apurada de cuidar do outro: acolher, cuidar e resolver.
Autonomia: fazer com que o paciente seja independente.
Relações entre profissional e paciente
Profissional ativo e paciente passivo: paciente não pode interagir (acidentes e doenças neurológicas)
Profissional dirigindo e paciente colaborando: tratamento de doenças crônicas
Profissional agindo e paciente participando: aliança terapêutica, o paciente assume responsabilidade no seu tratamento. 
Sete pecados do atendimento:
Apatia: o profissional não demonstra interesse
Má vontade: se livrar do usuário sem resolver o problema
Frieza: usuário tratado de forma distante
Desdém: se dirigir ao paciente com soberba 
Robotismo: atendimento sem humanização
Demasiado apego às normas: não há flexibilidade
Jogo de responsabilidade: mandar os pacientes de um lugar para o outro, transferindo o problema sem de fato resolve-lo.
2003 – Política nacional de humanização do SUS
Melhoria da qualidade do atendimento e das condições de trabalho dos profissionais de saúde. Princípios, métodos, diretrizes e dispositivos.
#Coletivo: grupo de pessoas com pensamentos incomuns que se unem.
A clínica ampliada tenta controlar o excesso medicamentoso e considera o valor do paciente, tratando-o de forma mais ampla.
#Acolhimento: respeitar as pessoas com suas características
#Projeto terapêutico singular: saber individualizar o paciente (geralmente em casos mais complexos, direito a acompanhantes e visita aberta, por exemplo)
#Ouvidoria: sistemas de escuta qualificados
O cuidado humanizado trata-se de acolher e tratar dignamente o paciente sem eu sofrimento, oferecendo resolução para os seus problemas de saúde. Não deve ser confundido com paternalismo, pois apesar da necessidade da formação de um vínculo entre profissional e paciente, a autonomia e independência do paciente devem ser mantidas. O paciente nunca deve ser tratado como cobaia.
Política nacional de humanização (PNH)
Busca colocar em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde e a melhoria das condições de trabalho e valorização dos profissionais de saúde. Além de romper com a fragmentação e desarticulação das ações.
Princípios:
#Transversalidade: comunicação entre os profissionais da área da saúde
#indissociabilidade entre gestão e atenção: aproxima os gestores dos agentes
#protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e do coletivo: responsabilidade compartilhada com os pacientes
Método 
Através da inclusão de diversos agentes (gestores, trabalhadores e usuários, além de analisadores sociais etc.)
Diretrizes 
#Clínica ampliada: assumir compromisso ético e responsabilidade para com o paciente e diagnóstico e definição de tratamento baseado nos aspectos biopsicossociais.
#co-gestão: empoderamento e comunitário e poder de decisão da população
#defesa dos direitos do usuário
Dispositivos
#Acolhimento c/ classificação de risco: reduz filas e o tempo de espera através de critérios de risco – vermelho, amarelo, verde e azul.
#Ambiência: espaço físico adequado à prestação dos serviços de saúde ao usuário, respeitando a privacidade, dando acolhimento e influenciando no processo de cura dos pacientes.
Equipes de referência: responsáveis pela condução de um caso individual ou comunitário
Apoio material: oferece suporte técnico e pedagógico às equipes de referência. Conta com profissionais especialistas que oferecem apoio a outros profissionais; favorece a troca de informações, quando o paciente é de todos e de ninguém ao mesmo tempo.
PNH: como implantar?
Incluindo tais ações nos planos estaduais e municipais de saúde, fortalecendo grupos de trabalho de humanização nas três esferas do governo e nos serviços de saúde.
Promoção da saúde: educação em saúde + ações básicas de prevenção + ações especializadas
Promoção da saúde bucal: inter-relação entre os diferentes setores

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