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Aluna: Maria Clara Vazquez Questões de revisão do cap 19 1. Enumere, na ordem de maior para menor, os principais componentes do músculo como um todo. a. Macroscopia: i. Fáscia ii. Epimísio iii. Perimísio iv. Endomísio b. Microscopia: i. Sarcolema ii. Túbulos T iii. Retículo Sarcoplasmático iv. Miofibrilas v. Miofilamentos vi. Sarcômero 2. O que acarreta o aspecto estriado das fibras musculares esqueléticas? A repetição de faixas claras e escuras visualizadas na estrutura microscópica do músculo. 3. O que são os túbulos T e o retículo sarcoplasmático? Qual é a função de cada um deles? O retículo sarcoplasmático é uma rede interligada de túbulos que se enroscam ao redor das miofibrilas e é a organela especializada da célula muscular em armazenar, liberar e captar o cálcio, controlando a contração muscular. É responsável pelas propriedades contráteis dos músculos. Túbulos T( túbulos transversos) são organelas que conduzem o sinal elétrico do sarcolema para o interior da célula, estão em continuidade com o sarcolema (membrana plasmática polarizada de uma célula muscular). Sua função é propagar o potencial de ação desde a membrana celular (sarcolema) até o interior da célula, induzindo a liberação de Ca2+ pelo retículo sarcoplasmático. 4. Relacione cada região do sarcômero com a presença de filamentos grossos e finos. Sarcômero é a unidade funcional, ou seja, contrátil das fibras musculares. Cada sarcômero é constituído por miofilamentos finos e espessos (grossos). Os filamentos finos são formados principalmente pela proteína contrátil actina, contendo também as proteínas reguladoras troponina e tropomiosina, enquanto os filamentos espessos são formados pela proteína contrátil miosina. As faixas claras contêm apenas filamentos finos, ou seja, actina, e as faixas escuras possuem filamentos finos e espessos (miosina), com os espessos correndo ao longo de toda a faixa. 5. Represente graficamente um sarcômero em repouso e no final de uma contração, e identifique cada uma das áreas. 6. Descreva o papel das proteínas reguladoras no controle da contração muscular. A tropomiosina é uma longa cadeia helicoidal formada por dois cordões que se enrolam ao redor do eixo longitudinal do suporte principal da actina. Durante o repouso ela bloqueia o local ativo da actina inibindo a ligação entre a actina e miosina. A troponina é um pequeno complexo de proteínas globulares que controlam a posição da tropomiosina em relação a actina. Uma das unidades da troponina é a Tn-C, que contém locais de fixação para o Ca2+, quando o Ca2+ se fixa, a troponina sofre uma mudança que acarretará na retirada da tropomiosina sobre o local ativo da actina, expondo o sítio de ligação para a miosina se ligar na actina. 7. Descreva a sequência de eventos na acoplagem excitação-contração. a. Primeira fase: Despolarização e a propagação do potencial de ação para os túbulos T, este que conduzirá o potencial de ação até interior da célula acarretando na liberação de Ca2+ pelo retículo sarcoplasmático. b. Segunda fase: O Ca2+ liberado pelo retículo sarcoplasmático fixa-se no Tn-C da troponina acarretando na mudança conformacional da tropomiosina e consequentemente expondo o local ativo da actina. c. Terceira fase: É chamado de ciclo das pontes cruzadas, que são eventos cíclicos que são necessários para a geração de força ou de tensão dentro das cabeças de miosina durante a contração muscular. Então a geração de tensão dentro dos elementos contráteis resulta na ligação das cabeças de miosina com a actina, resultando na contração muscular. Esta fase possui 4 etapas: i. Ligação da cabeça da miosina com o local ativo da actina. ii. golpe de potência, em que as cabeças da miosina rodam e acarretam no deslocamento da actina, ou seja, contração do sarcômero. ADP + Pi são liberados pela miosina. iii. Ligação de ATP nas cabeças de miosina que resulta na separação das pontes cruzadas entre miosina e actina. iv. Quebra do ATP pela ATPase, fazendo com que o ADP + Pi fiquem ligados na miosina, mantendo-a ativada. d. A fase final da contração muscular é o relaxamento muscular, que ocorre quando o impulso nervoso cessa e o Ca2+ é bombeado para o retículo sarcoplasmático. Na ausência do Ca2+, a tropomiosina retorna para sua posição bloqueadora da actina fazendo com que as cabeças da miosina não sejam capazes de se ligarem. 8. Identifique o papel do ATP na produção de força dentro da unidade contrátil do músculo. Seu fracionamento proporciona a energia que permitirá ativar e reativar a ponte cruzada de miosina antes da ligação com actina. A ligação do ATP com a cabeça da miosina é essencial para romper a ligação das pontes cruzadas entre as cabeças da miosina e a actina, para que o ciclo possa ser repetido. O ATP também é utilizado para o retorno do Ca2+ para o interior do retículo sarcoplasmático e a restauração do potencial de membrana em repouso, uma vez terminada a contração. 9. Qual é o papel do cálcio na contração muscular? Sem o Ca2+não há contração muscular, pois sem ele a troponina não mudaria sua conformação e permitiria a tropomiosina expor o local ativo da actina para que a cabeça da miosina se ligasse e então ocorresse a contração muscular. 10. Descreva o princípio de tudo-ou-nada no que se relaciona à contração de uma única fibra muscular. É quando um neurônio motor é estimulado, todas as fibras musculares nessa unidade motora se contraem em toda a sua plenitude ou não se contraem de forma alguma. Esse é um fenômeno relacionado às propriedades elétricas da membrana celular e refere-se às propriedades contráteis de uma unidade motora ou apenas de uma única fibra muscular, e não do músculo como um todo. Ou o estímulo limiar é alcançado e a contração acontece ou o limiar não é atingido e a contração não ocorre. 11. Represente graficamente a produção de força, a velocidade de contração e a curva de fadiga para os diferentes tipos de fibras. 12. Discuta a possibilidade de influenciar a distribuição dos tipos de fibras pelo treinamento com exercícios. A distribuição básica do tipo de fibras é determinado geneticamente. O treinamento pode alterar as capacidades metabólicas das fibras musculares, mas não as capacidades contráteis, essa alteração pode ser suficientemente significativa a ponto de modificar a classificação das fibras de contração rápida. ● Questões de revisão do cap 20 1. Defina as contrações isotônicas, isocinéticas e isométricas. Discuta como se relacionam as contrações dinâmicas e estáticas. Contração isotônica: É a contração de uma fibra muscular em que a tensão gerada por ela é constante ao longo de todo o movimento. Contração isocinética: É a contração muscular na qual a velocidade do movimento é constante, também são chamadas de dinâmicas, porque ocorre movimento. Contração Isométrica: É a contração muscular que não resulta em mudança no comprimento da fibra muscular. Todos os tipos de contração exercem tensão, mas a quantidade de tensão que pode ser gerada não é a mesma em todas. Nos músculos inteiros, as contrações dinâmicas excêntricas produzem a maior quantidade de força, seguidas pelas contrações estáticas e depois, pelas contrações concêntricas dinâmicas. 2. Diagrame a relação de força-comprimento em uma fibra muscular. Diagrame a curva de força para flexão do bíceps, flexão do joelho e extensão do joelho. Discuta a conexão entre a relação da força-comprimento na fibra muscular e no músculo como um todo. Em relação a fibra muscular, existem as alongadas e encurtadas, a força nelas é menor, pois na primeira há pouca superposição dos filamentos de actina e miosina, tornando extremamentedifícil as pontes cruzadas e na segunda porque existe uma superposição quase completa dos filamentos grossos e finos, havendo pouquíssimas possibilidades de encurtamentos adicionais. O músculo como um todo essa relação de comprimento- tensão também é válida. A força produzida está relacionada ao comprimento do sarcômero, porém a produção de força é influenciada também grandemente pelos aspectos biomecânicos da articulação. O ângulo da articulação é plotado ao longo do eixo horizontal e a força produzida pelo músculo em contração é plotada ao longo do eixo vertical. 3. Represente graficamente a relação de força-velocidade em (a) uma fibra muscular e (b) em um músculo como um todo. Identifique a contração excêntrica no gráfico (a) e identifique uma contração estática no gráfico (b). 4. Proporcione uma representação esquemática dos possíveis locais de fadiga muscular. 5. Indique a causa mais provável de fadiga muscular para as seguintes categorias de exercícios: anaeróbico de alta velocidade, moderado a intenso de longa duração, aeróbico submáximo, exercício aeróbico incremental até o máximo, estático e de resistência dinâmica. Anaeróbico de alta velocidade: Dependem das fibras de contração rápida para produzir o ATP. As atividades explosivas e de curta duração dependem das fibras glicolíticas rápidas, enquanto as atividades explosivas que duram de 1-3 min já dependem das fibras oxidativas glicolíticas rápidas. Para as atividades explosivas e de curta duração que utilizam as fibras glicolíticas rápidas, a fadiga ocorre por causa de uma possível redução das reservas de fosfocreatina e consequentemente incapacidade de gerar ATP. Em atividades que utilizam as fibras oxidativas glicolíticas rápidas, a fadiga ocorre devido a um possível acúmulo de íons H+ associado ao aumento do ácido láctico, esse acúmulo interfere no processo contrátil e inibe a geração de ATP pela glicólise anaeróbica. Aeróbico moderado a intenso de longa duração e submáximo: O nível de ác. láctico nessas atividades não aumentam substancialmente, porque são realizadas com cargas de trabalho moderadas em estado estável, utilizando exclusivamente as fibras oxidativas lentas para a produção do ATP. A causa mais provável para que ocorra a fadiga é a redução das reservas de glicogênio. Quando atividade prolongada e com intensidade alta em que há o recrutamento das fibras oxidativas glicolíticas rápidas, a fadiga pode ser causada pelo acúmulo de íons H+ devido a produção do ác. láctico. Aeróbico incremental até o máximo: Envolve o recrutamento de todos os tipos de fibras musculares seguindo a sequência: Oxidativa lenta, oxidativa glicolítica rápida e glicolítica rápida, de forma a corresponder com a intensidade cada vez maior do exercício. Todos as maneiras descritas de causar fadiga acima, podem se repetir neste caso, como a redução da reserva de fosfocreatina, glicogênio ou acúmulo de íons H+ devido a produção de ác. láctico, mas além desses, pode ser também que o sistema cardiovascular seja incapaz de proporcionar aos músculos ativos um suprimento sanguíneo adequado para tornar possível a produção de energia aeróbica. 6. Compare e contraste os dois modelos propostos para explicar a dor muscular de início tardio. É possível que ambos os modelos sejam corretos? Por que sim ou não? Dois modelos tentam explicar a dor muscular de início tardio (DMIT), são eles: Modelo dos traumatismos mecânicos e modelo isquêmico. O modelo dos traumatismos mecânicos sugere uma sequência de acontecimentos: 1º- Forças mecânicas no tecido contrátil ou elástico resultam em dano estrutural das fibras musculares. 2º- O dano no sarcolema da célula evolui para uma ruptura na homeostasia do Ca2+, resultando em necrose. 3º- A presença de resíduos celulares e células imunes, macrófagos, induz tumefação e inflamação, responsáveis pela sensação de DMIT. O modelo isquêmico já sugere que os exercícios, até moderados e atraumáticos, causam tumefação no tecido muscular, levando a pressão tecidual. Esse aumento da pressão tecidual resulta em isquemia local (fluxo sanguíneo reduzido), que causa dor e induz a constrição muscular tônica (espasmo). Esse espasmo que causa tumefação adicional e perpetua o ciclo de tumefação e isquemia, resultando na sensação dolorosa conhecida como DMIT. O que diferencia dos 2 modelos é o evento inicial para que ocorra DMIT. O primeiro modelo acredita que ocorre após atividades que utilizam força mecânica considerável, mais precisamente a contração excêntrica, enquanto o segundo modelo acredita que qualquer esforço excessivo de longa duração e intensidade moderada leve ao DMIT. É possível que ambos os modelos sejam viáveis, pois acreditam-se que o DMIT é causado pela presença do ác. láctico, presente nos 2 modelos, e como o ác. láctico possui meia-vida de 15-20min, ele é eliminado plenamente dos músculos dentro de aproximadamente 1 hora, e pelo fato do ác. láctico não estar presente (em níveis elevados), não consegue causar sensação de dor 24-48 horas depois do exercício. 7. Quais os métodos laboratoriais primários que permitem avaliar a função muscular? Quais os testes de campo primários para determinar a função muscular? Quais as limitações dos vários métodos? O que permite determinar qual é o teste mais apropriado a ser administrado? Apenas Laboratoriais: Eletromiografia, máquinas isocinéticas e transdutores de força. Apenas de Campo: Atividades calistênicas e salto em distância na posição ereta. Laboratoriais e de Campo (encontrado nos 2): Dinamômetros e equipamentos com resistência constante. Limitações de cada um: Laboratoriais: São caros e inacessíveis para grande parte da população. De campo: Não são testes puros de função muscular. O teste mais apropriado dependerá da seleção dos melhores exercícios que permitirão solucionar o problema do paciente, baseadas em suas próprias capacidades de desempenho, ou seja, depende da avaliação de cada indivíduo para saber qual teste será necessário. 8. Compare o desenvolvimento de força em homens e mulheres durante a infância e adolescência. Durante o início da infância, praticamente não existem diferenças nas mensurações de força entre meninas e meninos. Com o início e progressão da puberdade começam ocorrer diferenças. Entre 11-12 anos de idade, as meninas alcançam 90% da força (resistência) dos meninos, aos 13-14 anos, reduz para 80% da força e, aos 15-16 anos, para 75%, tais percentuais não variam apenas com a idade, mas também com o grupo muscular que está sendo avaliado. 9. Discuta as diferenças na força (strenght) entre homens e mulheres adultos. De que maneira a diferença na força é afetada pelas unidades utilizadas para enunciá-la (valores absolutos ou relativos)? Como ela varia entre as diferentes regiões do corpo? Quais as causas mais prováveis de diferenças relacionadas ao sexo na função muscular? Enquanto homens jovens estão acrescentando massa muscular sob a influência da testosterona, as mulheres jovens acrescentam gordura por causa do estrogênio. A quantidade da massa muscular é a responsável pela diferença na expressão da força (resistência, strenght). O percentual de força de preensão manual evidenciada pelas mulheres em relação aos homens aumentava de 57%, quando enunciado em termos de força absoluta, para 73% e para 83% quando em bases relativas. Em termos de força de pernas, as mulheres ultrapassam os homens. A diferença de força nos segmentos corporais entre homens e mulheres podem variar devido a hábitos culturais, por exemplo, tanto o sexo masculino como o feminino sofrem a mesma ação da gravidade ao subir escadas, se levantar da cama, entre outras atividades, mas os indivíduos podem optar seletivamente as atividades que queremrealizar, como abrir potes, martelar e levantar pesos, geralmente essas ações que exigem maior força braçal é deixada para os homens, explicando a maior parte dos casos de terem mais força nos segmentos superiores. 10. Que fatores são responsáveis pelo declínio relacionado à idade na força muscular? Será que essa perda pode ser minimizada ou retardada? Caso afirmativo, como? Há 3 possibilidades responsáveis pelo declínio relacionado à idade, são eles: Perda de massa muscular, perda das propriedades contráteis ou mecânicas, ou seja, mudanças nos tipos de fibras, número e tamanho das mesmas, e ativação reduzida das unidades motoras ou desnervação. Sim é possível retardar essa perda através de um treinamento sistemático de exercícios, pois os músculos respondem ao treinamento de exercícios basicamente da mesma forma em todas as idades, isto é, músculos treinados produzem mais força. 11. Qual é o papel da genética no sentido de determinar a força do indivíduo ou sua resposta a um programa de treinamento? A expressão da força muscular é determinada em grande parte pela distribuição dos tipos de fibra e pelas propriedade metabólicas das fibras musculares, tanto a distribuição dos tipos de fibras quanto o conteúdo muscular das enzimas que controlam o metabolismo exercem um efeito genético significativo. Além de que a variação genética também é responsável pelas respostas individuais ao treinamento de exercícios, em que alguns apresentam respostas significativas e outros precárias, mesmo que façam o mesmo treino, as respostas esperadas podem ser diferentes. ● Questões de revisão cap 21 1. Forneça várias razões que levam o indivíduo a engajar-se em um programa de treinamento de resistência e especifique os diferentes objetivos de um programa. Pessoas que procuram melhorar sua saúde global, aprimorar o desempenho atlético, reabilitar-se de uma lesão, modificar o aspecto físico ou competir em torneios de fisiculturismo. Um programa de treinamento de exercícios deve ser individualizado, progressivo e envolver todos os principais grupos musculares. Os objetivos do indivíduo pode incluir desenvolvimento da força muscular, da potência, da hipertrofia muscular ou qualquer combinação entre eles. 2. Discuta de que maneira cada um dos princípios de treinamento é aplicado no desenvolvimento de um programa de treinamento de resistência. Como essas aplicações variam quando o exercitante é uma criança? Especificidade: Pode ser específico para um tipo de contração que está sendo realizada assim como à carga imposta (por exemplo, basquete e voleibol utilizam programas de resistência dinâmica para aumentar a força e a massa muscular, já a natação utiliza treinamentos isocinéticos para desenvolver força através de uma amplitude de movimento especificada), ou ainda pode ser específico para um grupo muscular que está sendo treinado, assim, no programa de treinamento de resistência deve incluir pelo menos um exercício para todos os principais grupos musculares do corpo. Sobrecarga: Manipulação da carga, frequência e duração do treinamento. O número de repetições que podem ser executadas com determinadas cargas são particulares para cada indivíduo. Para crianças o treinamento deve começar com um programa de apenas 1 série ao longo das primeiras semanas e períodos de repouso maiores, além de que o levantamento máximo deve ser evitado e exercícios de 2 a 3 vezespor semana. Adaptação: Como os músculos se adaptam ao estresse que lhes é imposto, ou seja, tornam-se cada vez mais resistentes e maiores dependendo do programa de treinamento adotado, é necessário adaptar o exercício, aumentando a duração ou a carga do mesmo. Em crianças ocorre a mesma adaptação que em adultos, mas com monitoramento minucioso para garantir que estão tendo período de repouso adequado. Progressão: Depois que o corpo se adapta ao nível de treinamento atual, o estresse do exercício deve ser aumentado conforme estabelecido pelo princípio da sobrecarga quando se desejam aumentos adicionais na força. A progressão em crianças pré-púberes deve ser realizada lentamente, especialmente em termos de intensidade, sendo que as cargas moderadas são recomendadas de 2-6 meses de treinamento para então depois progredir para cargas maiores. Individualização: Traçar os objetivos individuais de cada participante, após isso, basta avaliar seu atual nível de força e em seguida determinar o ciclo de treinamento a ser utilizado. As respostas ao exercício variam entre indivíduos em virtude de fatores específicos de cada indivíduo. A individualização é muito mais importante para crianças pré-púberes do que para os adultos, pois estão em desenvolvimento fisiológico e psicológico com ritmo variado entres eles. Manutenção: Quando o nível desejado de força é alcançado e deseja manter esse nível, desde que a intensidade seja mantida constante. Reversibilidade: Quando mesmo com o aumento de carga, o nível se estabiliza ou mostra redução, podendo ter como causas um supratreinamento ou diferenças individuais. Ocorre ainda com o destreinamento, com mudanças no tamanho e nas propriedades metabólicas das fibras musculares. Em crianças esse destreinamento é complicado por causa do aumento de força relacionado ao crescimento. Aquecimento e volta à calma: O aquecimento apropriado eleva a temperatura corporal e é recomendado para prevenir a ocorrência de lesões ou de dor muscular. 3. Existe um número ideal de repetições e de séries que deveriam ser realizadas por todos? Justifique sua resposta. Não, pois depende dos objetivos e diferenças de cada indivíduo, sendo que também não existe uma única combinação de repetições e séries capaz de produzir os melhores resultados. 4. Discuta a importância do período de recuperação adequado nas adaptações ao treinamento para um programa de treinamento de resistência. É importante que haja o repouso entre as sessões de exercícios para permitir a ocorrência de adaptações positivas ao treinamento e também prevenir lesões e as dores musculares. Os períodos de repouso apropriados e os dias alternados com trabalho pesado e leve são maneiras de recuperação necessárias. 5. Todos os indivíduos respondem a um programa de treinamento com a mesma adaptação (ou a mesma magnitude da adaptação)? Por que sim ou não? Não, porque dependendo o objetivo do exercitante, ele trabalha mais ou menos os grupos musculares do corpo, exigindo recuperação de menor e longo prazo respectivamente. 6. Qual a importância de um período de aquecimento antes do treinamento de resistência? O aquecimento geral envolve os principais músculos do corpo, podendo incluir saltar ou pular corda, já o aquecimento específico para o treinamento com pesos inclui os mesmos levantamentos mas com pesos menores. O tempo de duração e a intensidade vão depender para cada indivíduo e a tarefa a ser realizada. O aquecimento é importante para elevar a temperatura corporal, mas não pode causar a fadiga, sendo que ele reduz chances de ocorrer dores musculares e também aumenta a velocidade de contração e relaxamento musculares, assim como as reações enzimáticas. 7. Compare e contraste as adaptações ao treinamento que ocorrem no músculo esquelético como resultado do treinamento de resistência e do treinamento de endurance? Como resultado do treinamento de resistência, geralmente é ganho de força ao longo das primeiras semanas, indução de maior capacidade de ativar as unidades motoras e assim gerar mais força, também é associado a uma inibição dos reflexos musculares que inibem a contração muscular em resposta à produção de altos níveis de força, hipertrofia muscular e consequentemente maior capacidade do músculo gerar ATP pelo metabolismo anaeróbico, com reservas maiores de fosfocreatina e glicogênio.Como resultado do treinamento de Endurance, em treinamento aeróbico não há ganho de força ou potência muscular, mas há o aumento da potência aeróbica. O treinamento endurance dinâmico resulta no aumento do tamanho das fibras de contração lenta em homens adultos e nenhuma modificação nas fibras de contração rápida, também acredita-se que haja a transformação da fibra glicolítica rápida para do tipo oxidativa glicolítica rápida. 8. Qual a relação entre função muscular e lombalgia? A ausência ou diminuição da ocorrência de lombalgia está associada a aptidão muscular, em que pesquisas mostram que os indivíduos com lombalgia possuem níveis mais baixos de força tanto nos músculos abdominais quanto nos extensores das costas. Esse programa não significa que as pessoas que o adotam terão proteção absoluta contra a lombalgia. 9. Por que os esteróides anabólicos são perigosos? Porque causam efeitos sérios a curto e a longo prazo em diferentes partes do corpo, como por exemplo: No fígado está associado a uma função excretória deteriorada podendo resultar em tumores, no sistema cardiovascular pode causar PA elevada, no sistema reprodutor masculino comporta o efeito de reduzir o número de espermatozóides e o tamanho dos testículos, no reprodutor feminino inclui alteração dos ciclos menstruais e redução dos hormônios estrogênio e progesterona e as ações no estado psicológico é a oscilação de humor e indução de comportamentos agressivos. ● Questões de revisão cap 22 1. Descreva a relação anatômica entre nervos e músculos. Qual é o significado funcional dessa relação? Todos os músculos esqueléticos dependem da estimulação nervosa para produzir a excitação elétrica nas células musculares que resultará em contração. Quando um nervo penetra no tecido conjuntivo do músculo, divide-se em ramos, com cada um deles terminando próximo da superfície da fibra (célula) muscular. Sabendo-se que o axônio do neurônio motor se ramifica, cada neurônio se conecta com várias fibras musculares. A unidade motora ( fibras musculares que o mesmo neurônio inerva) é a unidade básica da contração , sendo que o número de fibras musculares controladas por um único neurônio varia tremendamente, dependendo do tamanho e da função do músculo envolvido. O significado funcional é que o neurônio eferente precisa levar a informação do SNC para o músculo para que haja a resposta, então o corpo do neurônio fica na subst. cinzenta da medula espinal e o seu axônio perto da fibra muscular, o espaço existente entre a terminação axônica e a fibra chama-se junção neuromuscular, importante porque é ali que o sinal elétrico é transmitido para o músculo poder contrair. Relação anatômica Relação funcional 1- SNC 2- corpo do neurônio motor na subst. cinzenta da medula 3-Axônio do neurônio motor 4- Terminação axônica se ramificando e formando a junção neuromuscular para transmitir o impulso elétrico para a fibra muscular. 2. Diagrame a sequência dos eventos que ocorrem na junção neuromuscular. 1º- PA na terminação axônica é responsável pela captação e subsequente penetração de Ca2+ no interior dessa terminação e pela liberação subsequente do neurotransmissor. 2º- O neurotransmissor (ACh) é liberado pelas vesículas sinápticas e se difunde através da fenda sináptica. 3º- Geração de um PA: A ligação da ACh com os receptores no sarcolema acarreta uma mudança na permeabilidade da membrana, fazendo com que seja iniciado um PA no sarcolema. 4º- O PA se propaga para o interior das células através do túbulos T. 3. Diagrame os componentes de um arco reflexo generalizado. Componentes: ● Receptor (fuso muscular) ● Neurônio aferente ● Centro de integração ( fica no SNC) - Neurônio de associação ● Neurônio eferente ● Órgão efetor (fibra muscular) 4. Diagrame os componentes do reflexo miotático. Preste muita atenção aos neurônios aferentes e eferente envolvidos. 1- Estímulo, como alongamento do quadríceps 2- Neurônio aferente conduz estímulo ao centro integrativo (corno posterior do H medular) 3- Na subst. cinzenta da medula espinal essas fibras sensoriais se bifurcam em: 3a- Ramo que faz sinapse com neurônio motor alfa 3b- Ramo que faz sinapse com neurônio de associação 4a- Neurônio motor alfa sai da medula espinal e faz sinapse com o m. esquelético, que havia sido alongado originalmente. 5- Contração aproximadamente igual em termos de força e de distância em alongamento original. O neurônio de associação inibitório faz sinapse com outro neurônio eferente, que inerva os mm antagonistas (isquiotibiais) os relaxando. 4b- Facilitando a contração do agonista (quadríceps) que havia sido estimulado, pois o antagonista inibido não consegue resistir à contração do agonista. 6- O fuso muscular também é inervado por um neurônio eferente gama. Resumindo: 5. Diagrame os componentes do reflexo miotático inverso. 6. Esboce a sequência de eventos envolvidos no controle voluntário do movimento. 7. Forneça uma base lógica para incorporar um programa de treinamento de flexibilidade em um programa de aptidão global. O treinamento de flexibilidade é indicado principalmente como preparo para a atividade, que irá aprimorar sua execução, como também ser um meio de reduzir a probabilidade de lesão durante a atividade física. O grau da importância de flexibilidade é diferente para cada esporte,mas não há dúvidas de que é importante para o desempenho nos mesmos. O fato de as habilidades envolvidas em um determinado esporte não exigirem uma flexibilidade acima do nível normal não significa que os exercícios de alongamento não devem ser incluídos no programa de exercícios. 8. Faça uma análise crítica da adequação do teste de sentar-e-alcançar para prever a ocorrência de lombalgia. Esse teste era descrito como um teste de flexibilidade, mobilidade ou extensibilidade para a região lombar e o quadril, mas não pode ser considerado válido para flexibilidade da região lombossacra, pois era interpretado com frequência mas incorretamente, como uma medida de flexibilidade total, ou seja, quando o indivíduo possuía uma boa flexibilidade com a utilização desse teste, admitia-se uma boa flexibilidade igualmente boa em outras unidades musculoarticulares, não sendo precisa. A flexibilidade articular é altamente específica para determinadas localizações, não se trata de um traço geral comum a todas as articulações. Os resultados do teste sentar-e-alcançar devem ser concluídos com base nos resultados de muitos outros estudos que não existe um padrão generalizado consistente de diferenças sexuais na flexibilidade, mas com ele percebe-se que mulheres por exemplo possuem escore mais alto que os homens na flexibilidade do quadril. 9. Quais as exigências anatômicas para uma região lombossacra saudável? Flexibilidade da região lombossacra e da área do quadril e a presença dos mm. lombares, isquiotibiais e flexores do quadril poderosos e balanceados. 10. Descreva o alongamento estático e explique a participação dos reflexos no sentido de permitir o alongamento do músculo durante esse tipo de alongamento. É a forma de alongamento na qual o m. a ser alongado é colocado lentamente numa posição de alongamento máximo ou quase máximo controlado pela contração do grupo muscular oponente e que será mantida por 30-60 segundos. Como o ritmo da mudança do comprimento do m. é lento, as terminações nervosas anuloespiraladasdo fuso muscular não são estimuladas e não ocorre uma poderosa contração reflexa. 11. Descreva a técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva e explique a participação dos reflexos no sentido de permitir o alongamento do m. durante esse tipo de alongamento. É uma técnica de alongamento na qual o m. a ser alongado é submetido primeiro a uma contração máxima. A seguir o m. é relaxado e poderá ser alongado tanto ativamente, pela contração do músculo oponente, quanto passivamente. Por causa do ritmo de mudança lento do comprimento do m. à medida que o indivíduo adota a posição de alongamento máximo, as terminações nervosas anuloespiraladas do fuso neuromuscular não são estimuladas e não ocorre nenhuma contração reflexa. 12. Discuta a aplicação dos princípios de treinamento individuais na elaboração de um programa de flexibilidade. Especificidade, a flexibilidade é específica para cada articulação, como também para cada tarefa, atividade ou esporte que o indivíduo vai fazer. Sobrecarga, conseguida colocando-se o m. e os tecidos conjuntivos ao nível de ou próximo dos limites normais da extensibilidade e manipulando o fuso neuromuscular e o órgão tendinoso de Golgi pela manutenção da posição ou contraindo o m. a fim de conseguir o alongamento. Adaptação e progressão, desde que o indivíduo inicie exercícios de alongamento tanto estáticos quanto por facilitação neuromuscular proprioceptiva no limite da extensibilidade, a progressão será o resultado natural seja qual for a adaptação que tenha ocorrido. Individualização, cada indivíduo realiza os alongamentos até seus próprios limites com o ritmo que lhe seja mais apropriado. A frouxidão articular é uma característica individual. Manutenção, depois que o nível apropriado ou desejado de flexibilidade foi alcançado, poderá ser mantido com apenas um único dia de treinamento por semana com o mesmo nível de intensidade. Reversibilidade, um ponto no qual deixa de ocorrer qualquer aprimoramento adicional. Aquecimento e volta à calma, o alongamento não induz elevação na temperatura corporal e, portanto, não constitui um aquecimento. É um programa planejado, deliberado e regular de exercícios que são realizados imediatamente antes e após uma atividade com a finalidade de aprimorar o desempenho e de reduzir o risco de lesão.
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