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Fisiologia do Exercício - Questões - Sistema musculoesquelético - contração muscular - princípios de treinamento muscular -aspectos neuromusculares do movimento

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Fisiologia do Exercício 
Questões para revisão
Capítulo 19 – Sistema Muscular Esquelético 
1- Enumere, na ordem de maior para menor, os principais componentes do músculo como um todo.
Núcleo, Sarcolema, Sarcoplasma, Miofibrilas, Túbulos T, Retículo sarcoplasmático. 
2- O que acarreta o aspecto estriado das fibras musculares esqueléticas? 
Os miofilamentos possuem um padrão repetitivo ao longo do comprimento da miofibrila (estruturada contrátil composta de miofilamentos) e isso confere ao músculo esquelético seu aspecto estriado. 
3- O que são os túbulos T e o retículo sarcoplasmático? Qual é a função de cada um deles? 
O retículo sarcoplasmático é uma organela especializada que armazena e libera o cálcio. Trata-se de uma rede interligada de túbulos que adotam uma direção paralela e se enroscam ao redor das miofibrilas. Possui a capacidade de armazenar, liberar e captar o cálcio e assim, controlar a contração muscular.
Os túbulos transversos (T) são organelas que carreiam o sinal elétrico do sarcolema para o interior da célula, estão em continuidade com o sarcolema e fazem protusão para dentro do sarcoplasma da célula. A propagação do sinal elétrico através dos túbulos T acarreta a liberação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático. 
4- Relacione cada região do sarcômero com a presença de filamentos grossos e finos. 
O sarcômero possui faixas alternantes de estrias claras e escuras. As faixas claras (faixas I) contêm apenas filamentos finos. Enquanto que as faixas escuras (faixas A) contêm filamentos grossos e finos, com os filamentos grossos correndo ao longo de toda a faixa A.
5- Represente graficamente um sarcômero em repouso e no final de uma contração, e identifique cada uma das áreas. 
6- Descreva o papel das proteínas reguladoras no controle da contração muscular. 
As proteínas reguladoras tropomiosina e troponina regulam a interação entre actina e miosina. A tropomiosina funciona bloqueando o local ativo sobre a actina, inibindo dessa forma a ligação da actina e miosina em condições de repouso. A troponina controla a posição da tropomiosina, como a troponina está ligada a tropomiosina, a mudança no formato da troponina é responsável pela remoção da tropomiosina de sua posição bloqueadora, expondo assim os locais ativos existentes na actina
7- Descreva a sequência de eventos na acoplagem-excitação-contração. 
A acoplagem-excitação-contração começa com a despolarização e propagação de um potencial de ação ao longo do sarcolema, e continua com a propagação desse PA para o interior dos túbulos T, que acarreta na liberação de cálcio pelos sacos laterais do reticulo sarcoplasmático. Quando ocorre essa liberação, o cálcio fixa-se nas moléculas de troponina sobre o filamento fino. A ligação entre o cálcio e a troponina induz uma mudança de configuração na troponina, removendo dessa forma a tropomiosina de sua posição bloqueadora no filamento de actina e expondo seu local ativo. Após isso ocorre a geração de força, onde a cabeça da miosina ativada fixa-se no local ativo empurrando a actina sobre a miosina e contraindo o sarcômero. Por fim, o cálcio é removido pela receptação para dentro do reticulo sarcoplasmático, a contração termina e a tropomiosina é restaurada para posição de bloqueio. 
8- Identifique o papel do ATP na produção de força dentro da unidade contrátil do músculo.
O fracionamento do ATP proporciona a energia que permitirá ativar e reativar a ponte cruzada de miosina antes da ligação com a actina. Além disso, a ligação do ATP com a cabeça de miosina é necessária para romper a ligação das pontes cruzadas entre as cabeças de miosina e actina, para que o ciclo possa ser repetido. E ainda, o ATP é utilizado para o retorno do cálcio para o interior do reticulo sarcoplasmático e a restauração do potencial de membrana em repouso, uma vez terminada a contração.
9- Qual é o papel do cálcio na contração muscular?
Quando o cálcio é liberado pelo retículo sarcoplasmático, fixa-se as moléculas de troponina, que sofrem uma mudança na configuração, removendo dessa forma a tropomiosina de sua posição bloqueadora sobre o filamento de actina. Essa remoção de tropomiosina permite às pontes cruzadas de miosina (cabeças) sua ligação com filamentos de actina. E durante o relaxamento, o cálcio é bombeado de volta para o interior do reticulo sarcoplasmático e a troponina não consegue mais afastar a tropomiosina de sua posição bloqueadora. 
10- Descreva o princípio de tudo-ou-nada no que se relaciona à contração de uma única fibra muscular.
Quando um neurônio motor é estimulado, todas as fibras musculares nessa unidade motora se contraem em toda sua plenitude ou não se contraem de forma alguma. É preciso que haja um estimulo limiar, que é a quantidade mínima de estímulos necessários para iniciar a contração. Se esse limiar for alcançado, uma fibra muscular se contrairá em toda sua plenitude. 
11- Represente graficamente a produção de força, a velocidade de contração e a curva de fadiga para os diferentes tipos de fibras.
12- Discuta a possibilidade de influenciar a distribuição dos tipos de fibras pelo treinamento com exercícios.
A distribuição básica do tipo de fibra parece ser determinada geneticamente, porém, o treinamento pode alterar as capacidades metabólicas das fibras musculares (mas não as propriedades contráteis), e persiste a possibilidade de que essa alteração possa ser significativa a ponto de modificar a classificação das fibras CR.
Capítulo 20 – Contração Muscular e Movimento 
1- Defina as contrações isotônicas, isocinéticas e isométricas. Discuta como se relacionam com as contrações dinâmicas e estáticas. 
Uma contração isotônica é a contração de uma fibra muscular na qual a tensão gerada pela fibra muscular é constante ao longo de toda a amplitude de movimento. Esse termo indica que a produção de força não é alterada quando a fibra muscular se contrai, dando origem ao movimento de uma carga externa. No sistema humano esse tipo de contração é praticamente impossível, portanto, o termo dinâmico é mais preciso para descrever a contração dentro do ser humano intacto. Visto que, a contração dinâmica é aquela que produz movimento do esqueleto. Uma contração isocinética é a contração de uma fibra muscular na qual a velocidade de contração é mantida constante. São, portanto, contrações dinâmicas, pois ocorre movimento e a força gerada é suficiente para superar a carga externa. Uma contração isométrica é a contração de uma fibra muscular que não resulta em mudança no comprimento da fibra muscular. É um exemplo de contração estática, onde não ocorre movimento do esqueleto. 
2- Diagrame a relação de força-comprimento em uma fibra muscular. Diagrame a curva de força para flexão do bíceps, flexão do joelho e extensão do joelho. Discuta a conexão entre a relação de força-comprimento na fibra muscular e no músculo como um todo. 
Relação de força-comprimento Curva de força para flexão do bíceps 
Curva de força para flexão do joelho Curva de força para extensão do joelho
Dentro de uma fibra muscular, a quantidade de tensão (força) que pode ser exercida está relacionada com o comprimento inicial dos sarcômeros e a quantidade de tensão produzida está diretamente relacionada ao grau de superposição dos filamentos grossos e finos. Já no musculo como um todo, essa relação de comprimento-tensão é válida, porém sua expressão é complicada por muitos fatores. A força produzida está relacionada ao comprimento do sarcômero, porém a produção de força é influenciada também pelos aspectos biomecânicos da articulação. 
3- Represente graficamente a relação de força-velocidade em (a) uma fibra muscular e em (b) um músculo como um todo. Identifique a contração concêntrica no gráfico (a) e identifique uma contração estática no gráfico (b). 
 
(a) uma fibra muscular (b) um músculo como um todo
4- Proporcione uma representação esquemática dos possíveis locais de fadiga muscular.
5- Indique a causa maisprovável de fadiga muscular para as seguintes categorias de exercícios: anaeróbico de alta velocidade, moderado a intenso de longa duração, aeróbico submáximo, exercício aeróbico incremental até o máximo, estático e de resistência dinâmica. 
Anaeróbico de alta velocidade: depleção das reservas de PC e subsequente incapacidade de regenerar ATP, acúmulo de H+ associado a um aumento no ácido lático. 
Moderado a intenso de longa duração, aeróbico submáximo: depleção nas reservas de glicogênio e acúmulo de H+.
Aeróbico incremental até o máximo: depleção de glicogênio, acúmulo de H+, depleção de PC e ainda, o sistema cardiovascular pode ser incapaz de fornecer o suprimento sanguíneo suficiente aos músculos para produção de energia aeróbica. 
Estático: depleção de PC, acúmulo de H+ e inibição do SNC pelas fibras aferentes que são sensíveis ao acumulo de H+ e outros metabólitos. 
Resistência dinâmica: depleção de PC e glicogênio, acúmulo de H+.
6- Compare e contraste os dois modelos propostos para explicar a dor muscular de início tardio. É possível que ambos os modelos sejam corretos? Por que sim ou não? 
O modelo dos traumatismos mecânicos sugere que as forças mecânicas no tecido contrátil ou elástico resultam em dano estrutural das fibras musculares. O dando ao sarcolema da célula evolui para uma ruptura na homeostasia do cálcio, que resulta em necrose. A presença de dendritos celulares e células imunes induz tumefação e inflamação, que são responsáveis pela DMIT. Já o modelo isquêmico local sugere que o exercício causa tumefação no tecido muscular, que eleva a pressão tecidual. E essa elevação resulta em isquemia local (fluxo sanguíneo reduzido), que causa dor e induz constrição muscular tônica (espasmo), e isso causa tumefação adicional e perpetua o ciclo de tumefação e isquemia que resulta na sensação dolorosa conhecida como DMIT. A principal distinção entre os dois é o evento ue inicia o ciclo. É possível que ambos os modelos sejam viáveis. Visto que, o modelo isquêmico local assinala que o esforço excessivo que envolve atividades de longa duração e intensidade moderada resulta em DMIT e, por outro lado, o modelo traumático mecânico concentra-se na manifestação de DMIT após atividades que impõem ao musculo uma força mecânica considerável.
7- Quais os métodos laboratoriais primários que permitem avaliar a função muscular? Quais os testes de campo primários para determinar a função muscular? Quais limitações dos vários métodos? O que permite determinar qual é o teste mais apropriado a ser administrado? 
Entre os métodos laboratoriais estão a Eletromiografia, as maquinas isocinéticas e os transdutores de força, que são mais precisos e exatos que os métodos de campo para medir os diferentes aspectos da função muscular, porém tem a desvantagem de serem dispendiosos e inacessíveis para muitas pessoas. Há ainda os métodos de campo como o dinamômetro e o equipamento com resistência constante, que são dispositivos de testes relativamente simples e podem ser encontrados em um laboratório ou em um ambiente para testes de campo. Já os testes de campo podem ser administrados facilmente e usados comumente no campo para determinar a função muscular. Os testes de campo mais comuns são as atividades calistênicas e os saltos. 
8- Compare o desenvolvimento de força em homens e mulheres durante a infância e adolescência.
A força exibe um aumento retilíneo desde o início da infância (3-7 anos) até o início da adolescência (13-14 anos) para ambos os sexos. A seguir, ocorre um acentuado aumento na força durante o restante da adolescência até o início da vida adulta (15-20 anos) para os meninos. Mas as meninas não mostram um aumento acentuado na força no final da adolescência, elas mantêm um aumento retilíneo lento ou até um declínio após os 16 anos de idade. 
9- Discuta as diferenças na força (strenght) entre homens e mulheres adultos. De que maneira a diferença na força é afetada pelas unidades atualizadas para enunciá-la (i. e., valores absolutos ou relativos)? Como ela varia entre as diferentes regiões do corpo? Quais as causas mais prováveis relacionadas ao sexo na função muscular? 
As mulheres adultas alcançam cerca de 56% dos valores de força estática dos homens adultos nos segmentos corporais superiores, 64% na força do tronco e 72% nos segmentos corporais inferiores. As alterações hormonais favorecem os homens, pois enquanto os homens jovens estão acrescentando massa muscular sob a influência da testosterona, as mulheres estão acrescentando gordura sob a influência do estrogênio. Uma maneira de enfatizar que é a quantidade de musculo e não a qualidade que é responsável pelas desigualdades entre homens e mulheres é o cálculo dos valores relativos da força. Em termos de força das pernas em relação a massa corporal magra o desempenho das mulheres ultrapassa o dos homens. Assim, é a maior tamanho dos homens em geral, sua maior massa muscular e as maiores dimensões de suas fibras que são responsáveis pela sua força mais significativa, em vez de qualquer diferença inerente no potencial ou na função das fibras musculares propriamente ditas.
10- Que fatores são responsáveis pelo declínio relacionado a idade na força muscular? Será que essa perda pode ser minimizada ou retardada? Caso afirmativo, como? 
Uma perda de massa muscular, uma perda das propriedades mecânicas ou contráteis (mudanças nos tipos, tamanhos e números de fibras) e uma ativação reduzida das unidades motoras ou desnervação. 
O envelhecimento dos músculos não pode ser prevenido, mas pode ser retardado. A maneira mais efetiva de prevenir as dificuldades resultantes do declínio na força muscular é através do treinamento sistemático com exercícios. Os músculos respondem ao treinamento com exercícios basicamente da mesma maneira em todas as idades, ou seja, os músculos treinados produzem uma maior força.
11- Qual é o papel da genética no sentido de determinar a força do indivíduo ou sua resposta a um programa de treinamento? 
A genética é um determinante importante na função muscular, com estimativas de hereditariedade de 20-40% sendo relatada para força e endurance musculares. A expressão da função muscular é determinada em grande parte pela distribuição dos tipos de fibras e pelas propriedades metabólicas das fibras musculares. Ainda, o conteúdo muscular das enzimas que controlam o metabolismo exerce um efeito genético significativo. A variação genética é responsável por parte das diferenças individuais nas repostas ao treinamento com exercícios, as diferenças individuais na sensibilidade ao treinamento com exercícios são hereditárias, com alguns indivíduos elaborando respostas significativas e outros, respostas muito precárias. Isso constitui o princípio da individualização do treinamento. 
Capítulo 21 – Princípios de Treinamento Muscular e Adaptações
1- Forneça várias razões que levam o indivíduo a engajar-se em um programa de treinamento de resistência e especifique os diferentes objetivos de um programa. 
Melhorar a saúde global, aprimorar o desempenho atlético, reabilitar-se de uma lesão, modificar seu aspecto físico ou competir nos torneios de powerlifiting ou de fisiculturismo. Um programa de treinamento deve ser especifico para os objetivos do indivíduo, e podem incluir o desenvolvimento de força muscular, da endurance muscular, da potência, da hipertrofia muscular ou de qualquer combinação desses elementos. 
2- Discuta de que maneira cada um dos princípios de treinamento é aplicado no desenvolvimento de um programa de treinamento de resistência. Como essas aplicações variam quando o exercitante é uma criança? 
Especificidade: Garante um plano especifico para o objetivo do indivíduo. Os músculos respondem especificamente ao tipo de contração que está sendo realizada assim como à carga imposta. O treinamento de resistência é especifico para o grupo muscular que está sendo treinado. Ainda, a especificidade se aplica também a velocidade da contração para os exercícios isocinéticos. 
Sobrecarga: A aplicação bem-sucedida desse princípio, no que se aplicaao treinamento de resistência, torna-se necessária a manipulação da intensidade (carga), frequência e duração (número de repetições, séries e períodos de repouso).
Adaptação: Os músculos se adaptam ao estresse que lhes é imposto, gerando as mudanças mais comuns como aumento na força e no tamanho. Mas, o grau em que os músculos se adaptam ao treinamento tornando-se mais resistentes e maiores depende do programa de treinamento que está sendo adotado.
Progressão: Depois que o corpo se adaptou ao atual nível de treinamento, o estresse do exercício deve ser aumentado quando se deseja aumentos adicionais na força. Esse princípio constitui a base do exercício de resistência progressiva. Essa progressão deve ser realizada gradualmente, aumentando-se a carga, as repetições, o número de séries ou a frequência de sessão de trabalho, ou diminuindo o período de repouso entre as séries.
Individualização: A primeira etapa para individualizar um programa de treinamento de resistência consiste em determinar os objetivos individuais do participante, então avaliar seu nível atual de força, que é usado para determinar a intensidade do trabalho e por fim, determinar o ciclo de treinamento a ser utilizado. 
Manutenção: Uma vez alcançado o nível desejado de força muscular e de endurance, esse nível poderá ser mantido graças a quantidades reduzidas de trabalho, desde que a intensidade (carga) seja mantida constante. 
Retrogressão/Platô/Reversibilidade: Até mesmo com cargas de trabalho progressivamente maiores, haverá épocas em que o desempenho se estabiliza no mesmo nível (alcança um platô) ou mostra uma redução (retrogressão). O destreinamento (reversibilidade) ocorre quando o indivíduo deixa de treinar. 
Aquecimento e volta à calma: Um aquecimento adequado eleva a temperatura corporal e é recomendado com frequência para prevenir a ocorrência de lesões ou de dor muscular. 
Quando o exercitante é criança, os mesmos princípios são aplicados, porém, com algumas modificações. A aplicação de sobrecarga em crianças deve enfatizar em uma fase inicial o aprendizado, o equipamento escolhido deve amoldar-se a criança, os exercícios devem incluir os principais grupos musculares. A adaptação ocorre em crianças como o faz em adultos. O monitoramento minucioso da recuperação entre as sessões é ainda mais importante para ter certeza que estão tendo um período de repouso adequado. A progressão em crianças deve ser realizada lentamente, especialmente em termos de intensidade. A prescrição individualizada de um programa de treinamento é ainda mais importante para a criança que para o adulto. O impacto do destreinamento é ainda maior em crianças pelos efeitos concomitantes dos aumentos de força relacionados ao crescimento. O aquecimento é igualmente importante para as crianças.
3- Existe um número ideal de repetições e de series que deveriam ser realizadas por todos? Justifique sua resposta. 
Não, não existe uma única combinação de repetições e séries capaz de produzir os melhores resultados, pelo contrário, o número ideal de séries e repetições é determinado tendo como base os objetivos e as diferenças individuais. 
4- Discuta a importância do período de recuperação adequado nas adaptações ao treinamento para um programa de treinamento de resistência. 
O repouso (recuperação) entre as sessões de exercício é essencial para permitir a ocorrência de adaptações positivas ao treinamento com exercícios. Os períodos de repouso apropriados e os dias alternados com trabalho pesado e leve são importantes para tornar possível a ocorrência das adaptações assim como para prevenir as lesões e as dores musculares.
5- Todos os indivíduos respondem a um programa de treinamento com a mesma adaptação (ou a mesma magnitude de adaptação)? Por que sim ou não? 
Não, mesmo quando indivíduos diferentes adotam o mesmo programa, deve-se esperar que os efeitos venham a ocorrer com ritmos diferentes. O princípio da individualização estabelece que as respostas ao exercício variam entre os indivíduos em virtude de fatores específicos como idade, tamanho e tipo corporais, força inicial e estrutura genética. A adaptação depende ainda dos períodos de repouso e uma dieta adequada.
6- Qual a importância de um período de aquecimento antes do treinamento de resistência? 
O aquecimento apropriado eleva a temperatura corporal e é recomendado com frequência para prevenir a ocorrência de lesões ou de dor muscular. As atividades do aquecimento especifico para o treinamento com pesos envolvem a realização dos mesmos levantamentos que fazem parte do programa normal, porém com um peso bem abaixo do nível de treinamento.
7- Compare e contraste as adaptações ao treinamento que ocorrem no musculo esquelético como resultado do treinamento de resistência e do treinamento de endurance. 
As adaptações ao treinamento de resistência consistem em aumento na força e no tamanho dos músculos (hipertrofia). Induz uma maior capacidade de ativar unidades motoras, assim, produzindo mais força. Ocorre ainda inibição dos reflexos musculares que inibem a contração muscular em resposta à produção de altos níveis de força, aumento na área das fibras musculares tanto CL quanto CR, adaptações metabólicas que fazem aumentar a capacidade do músculo de gerar ATP, a partir do metabolismo anaeróbico. 
As adaptações ao treinamento de endurance caracteriza-se por uma maior potência aeróbica (Vo2 máx) com pouca ou nenhuma mudança na força ou potência muscular. As alterações metabólicas e estruturais das fibras muscular facilitam a produção de grandes quantidades de ATP, através do metabolismo aeróbico. Resulta também aumento no tamanho das fibras CL e em nenhuma mudança no tamanho das fibras CR, aumento na área de corte transversal das fibras CL assim como em um aumento no percentual das fibras OGR.
8- Qual a relação entre função muscular e lombalgia? 
A associação entre aptidão física e lombalgia baseia-se essencialmente na anatomia funcional, sendo que na atualidade a lógica anatômica é mais vigorosa que a evidencia proporcionada pela pesquisa, visto que para possuir um dorso saudável e com bom funcionamento o indivíduo deverá ter músculos lombares, isquiotibiais, flexores do quadril, abdominais e extensores das costas flexíveis, vigorosos e resistentes à fadiga. Com a finalidade de manter as vertebras alinhadas sem pressão discal excessiva permitindo uma amplitude de movimento plena. 
9- Por que os esteróides anabólicos são perigosos? 
Os esteroides anabólicos são androgênicos sintéticos que simulam os efeitos do hormônio masculino testosterona, porém sua utilização é perigosa, ilegal e antiética porque causa diversos efeitos adversos, sendo esses, efeitos sobre o fígado, sistema cardiovascular, sistema reprodutor masculino, sistema reprodutor feminino e sobre o estado psicológico. O uso de esteróides pode comportar efeitos sérios a curto e a longo prazos.
Capítulo 22 – Aspectos Neuromusculares do Movimento
1- Descreva a relação anatômica entre nervos e músculos. Qual é o significado funcional dessa relação?
Todos os músculos esqueléticos dependem da estimulação nervosa para produzir a excitação elétrica nas células musculares que resultará em contração. Quando um nervo penetra no tecido conjuntivo do músculo, divide-se em ramos, com cada um deles terminando próximo a superfície da fibra muscular. Sabendo que o neurônio motor se ramifica, cada neurônio se conecta com várias fibras musculares. Levando em conta que cada fibra muscular em uma unidade motora se conecta com o mesmo neurônio, a atividade elétrica nesse neurônio controla a atividade contrátil de todas as fibras musculares existentes nessa unidade motora. 
2- Diagrame a sequência dos eventos que ocorrem na junção neuromuscular.
 
a) Potencial de ação na terminação axônica, captação e penetração de Ca2+ da terminação e liberação do neurotransmissor.
b) O neurotransmissor (Ach) é liberado pelas vesículas sinápticas e se difunde através da fenda sináptica. 
c) Geração deum PA: ligação de Ach com os receptores no sarcolema leva a mudança de permeabilidade da membrana, iniciando um novo PA no sarcolema.
d) O PA se propaga para o interior das células através dos túbulos T.
3- Diagrame os componentes de um arco reflexo generalizado. 
4- Diagrame os componentes do reflexo miotático. Preste muita atenção aos neurônios aferentes e eferentes envolvidos.
5- Diagrame os componentes do reflexo miotático inverso. 
6- Esboce a sequência de eventos envolvidos no controle voluntário do movimento.
1 – O cérebro inicia o movimento
2 – A informação é transmitida descendo através do trato descendente apropriado 
3 – Os neurônios do trato descendente fazem sinapse com os neurônios motores na substancia cinzenta da medula espinal. A seguir o neurônio motor eferente conduz o impulso até o músculo, que é o órgão efetor. 
4 – Após receber o sinal do sistema nervoso, o músculo se contrai e produz o movimento
5 – As mudanças no comprimento, na tensão e na posição do músculo estimulam os receptores existentes nos músculos e nas articulações ao seu redor
6 – Essa informação é transmitida ao SNC através dos neurônios sensoriais aferentes
7 – Os neurônios aferentes fazem sinapse com neurônios de associação na substancia cinzenta da medula espinal. Em alguns casos, os neurônios de associação fazem sinapses com neurônios motores para o controle reflexo do movimento (7ª). Em outros casos, os neurônios de associação fazem sinapses com neurônios do trato ascendente, que conduzirão a informação até o cérebro (7b)
8 – Os sinais provenientes da via ascendente são transmitidos até o cérebro, onde a informação é percebida, comparada, avaliada e integrada com base na experiência pretérita, no resultado desejado assim como em informações sensoriais adicionais. 
7- Forneça uma base lógica para incorporar um programa de treinamento de flexibilidade em um programa de aptidão global. 
A flexibilidade e a distensão são importantes para a vida diária (calçar os sapatos, alcançar prateleiras), para o relaxamento muscular e a postura apropriada para o alivio da dor muscular. Com relação ao exercício, o treinamento de flexibilidade é aconselhado por duas razões, como preparo para a atividade, que irá aprimorar sua execução e como meio de reduzir a probabilidade de lesão durante a atividade física.
8- Faça uma análise crítica da adequação do teste de sentar-e-alcançar para prever a ocorrência de lombalgia. 
O teste de sentar-e-alcançar era descrito como um teste de flexibilidade, de mobilidade ou de extensibilidade para a região lombar e o quadril (músculos isquiotibiais), porém foram publicados estudos mostrando que, apesar desse teste ser um teste válido de flexibilidade dos isquiotibiais, não é um teste válido de flexibilidade da região lombossacra.
9- Quais as exigências anatômicas para uma região lombossacra saudável? 
A flexibilidade da região lombossacra e da área do quadril e a presença de músculos lombares, isquiotibiais e flexores do quadril poderosos e balanceados são cruciais para manteressa região saudável o movimento pélvico controlado. O movimento pélvico controlado não significa uma inclunação anterior exagerada nem uma inclinação anterior limitada, pois ambas podem fazer aumentar a compressão dos discos vertebrais e causar dor e deformação na área lombossacra. 
10- Descreva o alongamento estático e explique a participação dos reflexos no sentido de permitir o alongamento do musculo durante esse tipo de alongamento. 
O alongamento estático é uma forma de alongamento na qual o músculo a ser alongado é colocado lentamente numa posição de alongamento máximo ou quase máximo controlado e essa posição é mantida por 30-60 segundos. Como o ritmo de mudança no comprimento do músculo é lento e deixa de existir quando a posição é mantida, as terminações nervosas anuloespiraladas do fuso neuromuscular não são estimuladas e não ocorre uma poderosa contração reflexa. Mas se o alongamento continuar por pelo menos 6 segundos, os órgãos tendinosos de Golgi respondem, dando origem ao reflexo miotático inverso e levando ao relaxamento do grupo muscular alongado. 
11- Descreva a técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva e explique a participação dos reflexos no sentido de permitir o alongamento do músculo durante esse tipo de alongamento. 
A facilitação neuromuscular proprioceptiva é uma técnica de alongamento na qual o musculo a ser alongado é submetido primeiro a uma contração máxima. Então ele é relaxado e poderá ser alongado tanto ativamente, pela contração do músculo oponente, quanto passivamente. As técnicas mais populares são a de contrair-relaxar (CR) e de contrair-relaxar-agonista-contrair (CRAC). A fase de contração dura tipicamente pelo menos 6 segundos, por causa do ritmo de mudança lento do comprimento do músculo a medida que o indivíduo adota a posição de alongamento máximo, as fibras anuloespiraladas do FNM não são estimuladas e não ocorre nenhuma contração reflexa. A seguir o exercitante contrai os antagonistas contra resistência e à medida que a tensão é criada no músculo pela contração máxima, os órgãos tendinosos de Golgi respondem e o reflexo miotático inverso é iniciado, levando ao relaxamento do grupo muscular alongado. 
12- Discuta a aplicação dos princípios de treinamento individuais na elaboração de um programa de flexibilidade.
Especificidade: A primeira etapa na elaboração de um programa de flexibilidade consiste em analisar a tarefa ou o esporte a fim de determinar o grau de flexibilidade necessária, as articulações específicas envolvidas e o plano de ação envolvido.
Sobrecarga: A sobrecarga no treinamento de flexibilidade é conseguida colocando-se o músculo e os tecidos conjuntivos ao nível de ou próximo dos limites normais da extensibilidade e manipulando o FNM e o OTG pela manutenção da posição ou contraindo o músculo a fim de conseguir o alongamento. 
Adaptação e Progressão: Desde que o indivíduo inicie os exercícios de alongamento tanto estático quanto por FNP no limite da extensibilidade, a progressão será o resultado normal seja qual for a adaptação que tenha ocorrido. É importante lembrar que a progressão não deve continuar até uma flexibilidade extrema. 
Individualização: No treinamento de flexibilidade os objetivos e as preferencias do indivíduo devem ser levados em conta e cada indivíduo realiza os alongamentos até seus próprios limites com o ritmo que lhe seja apropriado. 
Manutenção: Depois que o nível apropriado de flexibilidade for alcançado, poderá ser mantido com apenas um dia de treinamento por semana com o mesmo nível de intensidade.
Retrogressão/Platô/Reversibilidade: Não se sabe quando ou até mesmo se um platô é alcançado em um programa de treinamento de flexibilidade, porém existe um ponto, estabelecido provavelmente pela genética, no qual deixa de ocorrer qualquer aprimoramento adicional. 
Aquecimento e Volta à Calma: O alongamento não induz uma elevação na temperatura corporal, e, portanto, não constitui um aquecimento. Um aquecimento cardiovascular destinado a elevar a temperatura corporal deve preceder os exercícios de flexibilidade, independentemente do motivo para a realização do alongamento.

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