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Higiene e segurança do trabalho U3U3U3U3 SEGURANCA DO TRABALHO E HIGIENE OCUPACIONAL parte 2 Objetivos Após a conclusão desta unidade o aluno será capaz de: - Entender a metodologia de análise das condições ambientais do trabalho - Identificar a importância da segurança do trabalho na construção civil - Entender os cuidados nas atividades envolvendo explosivos e materiais inflamáveis e combustíveis - Compreender a nuance em relação às atividades desempenhadas em céu aberto - Entender a atividade mineradora e a regulamentação quanto à segurança dessa atividade - Entender as medidas de prevenção de incêndios - Compreender as condições das instalações sanitárias e o conforto no trabalho - Entender a normalização dos resíduos industriais - Destacar a importância da sinalização de segurança Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 2 3 T1 Normas de Higiene Ocupacional (NHO’s) 3, 4 e 8 NHO 3 – Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados sobre Filtros de Membrana Você pode visualizar a NOH 3 acessando: h t t p : / /www. fundacen t ro .gov.b r / b i b l i o t eca / normas-de-higiene-ocupacional /publ icacao/ deta lhe /2013/3 /nho-03-metodo-de-ensa io - ana l ise-grav imet r ica-de-aerod isperso ides- solidos-coletados-sobre aprofundando> Poeiras provenientes de vários processos apresentam sério risco à saúde dos trabalhadores. Já vimos que a poeira, aqui chamado de aerodispersóide, é um tipo de risco ambiental. No começo dessa terceira unidade falaremos sobre metodologias da Fundacentro para detectar se o ambiente de trabalho está acima do que é permitido. Este método de ensaio é utilizado como ferramenta na avaliação de ambientes de trabalho, com o objetivo de colaborar na prevenção de doenças ocupacionais originadas da exposição dos trabalhadores a poeiras e fornece subsídios para a proposição de medidas de controle ou para a verifi cação de sua efi ciência. Princípio do método: consiste na pesagem do filtro de membrana antes e depois da coleta de poeira suspensa no ar, e posterior determinação da massa de amostra, por diferença, considerando as variações ocorridas entre essas duas pesagens. Não é específico para nenhum contaminante. Desenho esquemático da montagem do porta-fi ltro A - Peça superior do porta-fi ltro B - Anel central C- Filtro D- Suporte do fi ltro E- Peça inferior do porta-fi ltro F - Plugue Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 3 O procedimento está resumido na fi gura a seguir: Representação esquemática do procedimento (Fonte: NHO 3) NHO 4 – Análise por Microscopia Ótica de Contraste de Fase Você pode visualizar a NOH 4 acessando: h t t p : / /www. fundacen t ro .gov.b r / b i b l i o t eca / normas-de-higiene-ocupacional /publ icacao/ deta lhe /2013/3 /nho-04-metodo-de-ensa io - metodo-de-coleta-e-a-anal ise-de-f ibras-em- locais-de-trabalho aprofundando> Além da poeira, fi bras também são agentes de risco. Esta Norma prescreve um método padronizado de coleta e análise de fi bras incluindo todos os tipos de amianto/asbesto, fi bras vítreas e fi bras cerâmicas. Tem a fi nalidade de estimar a concentração de fi bras respiráveis em suspensão no ar. Este método se aplica a verificação da presença e concentração de fi bras respiráveis no ambiente de trabalho, fornecendo subsídios para a proposição de medidas de controle ou para a avaliação de sua efi cácia. Obs.: Este método não se aplica a avaliação de fi bras orgânicas (algodão, sisal, linho, rami e cânhamo). Princípio do método Trata-se de aspirar um determinado volume de ar com auxílio de uma bomba portátil, calibrada na vazão desejada, Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 4 fazendo-o passar através de filtro de membrana, onde as fibras são retidas. A análise é feita após tornar o filtro transparente sobre uma lâmina de vidro, utilizando vapor de acetona, a fim de permitir a passada de luz do microscópio. Para obter um índice de refração adequado, adicionar triacetina para visibilidade das fibras. As fibras depositadas sobre o filtro são medidas e contadas, e o resultado é expresso em fibras por centímetro cúbico de ar, calculado dividindo-se o número de fibras respiráveis contadas sobre o filtro pelo volume de ar amostrado. (NHO 4) Equação [1] para calcular nº de fibras por mm² de área de filtro (Fonte: NHO4) onde D = densidade de fibras sobre o filtro (f/mm2) nf = número de fibras contadas ng = número observado de áreas do gratículo Ag = área do gratículo (mm2) D = nf/ng (f/mm2) [1] Ag Amostragem individual (Fonte: NHO 4) Modelo de porta-filtros (Fonte: NHO 4) Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 5 Amostrador estático para coleta de área (Fonte: NHO 8) NHO 8 – Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho Você pode visualizar a NOH 4 acessando: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas- de-higiene-ocupacional/publicacao/detalhe/2013/3/ nho-0-coleta-de-material-particulado-solido-suspenso- no-ar-de-ambientes-de-trabalho aprofundando> Na NHO 3 vimos análise do método. A NHO 8 está focada na coleta do material. Esta norma estabelece um procedimento padronizado para coleta de material particulado sólido em fi ltros de membrana com a fi nalidade de obter amostras representativas das partículas suspensas no ar dos ambientes de trabalho. Pode ser individualizada ou por área. Este procedimento se aplica à coleta de partículas de origem mineral, metálica, vegetal e anima, de negro de fumo e de partículas insolúveis não especifi cadas de outra maneira. Obs1.: Não se aplica para partículas na forma de fi bras (NHO 4). Obs2.: A NHO 3 é referência normativa para essa norma. De maneira simplifi cada, a NHO 8 é a coleta de material, que dependendo da sua natureza, vamos escolher um método de análise: se for aerodispersóides ou fi bras vamos escolher a NHO 3 ou a NHO 4 respectivamente. a NHO 8 é a coleta de material Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 6 Você pode visualizar a NR 18 acessando: http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR18.pdf aprofundando> Coleta individualizada (Fonte: NHO 8) T2 Normas Regulamentadoras (NR’s) 18 e 19 NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Voltando a análise das Normas Regulamentadoras, entraremos em normas específicas para determinadas atividades. Começaremos essa etapa falando sobre objeto de interesse direto da Engenharia Civil. Esta norma estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. Indústria da Construção: Atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo. Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 7 V í d e o : h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / watch?v=ATGBGiPYbh0 aprofundando> NR 18 – EPI’s típicos da Construção Civil A NR está subdividida em 39 tópicos. Alguns deles serão descritos aqui. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT - exigências contidas na NR 9 - Programa de Prevenção e Riscos Ambientais (PPRA). Áreas de Vivência: Os canteiros deobras devem dispor de: instalações sanitárias, vestiário, local de refeições, cozinha (quando houver preparo de refeições) e ambulatório (quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou mais trabalhadores). Alojamento, lavanderia e área de lazer são obrigatórios nos casos onde houver trabalhadores alojados. CIPA: A CIPA centralizada será composta de representantes do empregador e dos empregados, respeitando-se a paridade prevista na NR 5. EPI: A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, consoante as disposições contidas na NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI. Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção: denominado CPN, e os Comitês Permanentes Regionais sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção, denominados CPR (Unidade(s) da Federação). O CPN será composto de 3 (três) a 5 (cinco) representantes titulares do governo, dos empregadores e dos empregados, sendo facultada a convocação de representantes de entidades técnico-científi cas ou de profi ssionais especializados, sempre que necessário. O CPR será composto de 3 (três) a 5 (cinco) representantes titulares e suplentes do Governo, dos trabalhadores, dos empregadores e de 3 (três) a 5 (cinco) titulares e suplentes de entidades de profi ssionais especializados em segurança e saúde do trabalho como apoio técnico-científi co. Recomendações Técnicas de Procedimentos (RTP): são publicações da Fundacentro, que após sua aprovação pelo CPN - auxiliam as empresas no cumprimento desta Norma. Existem atualmente 5 RTP’s. RTP 01 – Medidas de proteção contra quedas de altura RTP 02 – Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas – Elevadores de Obra RTP 03 – Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas RTP 04 – Escadas, Rampas e Passarelas RTP 05 – Instalações Elétricas Temporárias em Canteiros de Obras Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 8 Você pode visualizar a NR 19 acessando: http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR19.pdf aprofundando> O vídeo abaixo mostra o exemplo negativo da fabricação e armazenamento de fogos de artifícios. https://www.youtube.com/watch?v=dpGxojKrFJ8 aprofundando> Anexo I - http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/ nr/nr19.htm#ANEXO_I Anexo II - http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/ nr/nr19.htm#ANEXO_II aprofundando> NR 19 - Explosivos Nós já sabemos que a atividade envolvendo explosivos é defi nida como uma atividade perigosa, alguns aspectos estão expostos na NR 16. Como estamos falando sobre atividades específi cas, não podíamos deixar de fora a atividade de fabricação, utilização, importação, exportação, tráfego e comércio de explosivos. Essas atividades devem obedecer ao disposto na legislação específi ca, em especial ao Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105) do Exército Brasileiro. Considera-se explosivo material ou substância que, quando iniciada, sofre decomposição muito rápida em produtos mais estáveis, com grande liberação de calor e desenvolvimento súbito de pressão. É proibida a fabricação de explosivos no perímetro urbano das cidades, vilas ou povoados. Considera-se explosivo material ou substância que, quando Considera-se explosivo material ou substância que, quando iniciada, sofre decomposição muito rápida em produtos mais iniciada, sofre decomposição muito rápida em produtos mais estáveis, com grande liberação de calor e desenvolvimento estáveis, com grande liberação de calor e desenvolvimento súbito de pressão.súbito de pressão. Divisão da NR 19 Fabricação: A fabricação de explosivos somente é permitida às empresas portadoras de Título de Registro - TR emitido pelo Exército Brasileiro. O anexo I trata da Segurança e Saúde na Indústria e Comércio de Fogos de Artifício e outros Artefatos Pirotécnicos O anexo II trata das tabelas de Quantidades-distâncias Por exemplo: pólvoras químicas: queimam produzindo calor intenso, sem estilhaços ou pressões capazes de causar danos sérios, devendo-se aplicar a Tabela 1; Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 9 Tabela 1: Distâncias mínimas Tabela 2: Distâncias mínimas Tabela 1: Distâncias mínimasTabela 1: Distâncias mínimas Peso Líquido Distâncias Mínimas (m) (kg) Edifícios Habitados Ferrovias Rodovias Entre Depósitos ou ofi cinas de até 0 450 25 25 25 15 451 2.250 35 35 35 25 2.251 4.500 45 45 45 30 4.501 9.000 60 60 60 40 9.001 18.100 70 70 70 50 18.001 31.750 80 80 80 55 31.751 45.350 90 90 90 60 45.351 90.700 115 115 115 75 90.701 136.000 110 110 110 75 136.001 181.400 150 150 150 100 181.401 226.800 180 180 180 120 Tabela 2: Distâncias mínimasTabela 2: Distâncias mínimas Peso Líquido Distâncias Mínimas (m) (kg) Edifícios Habitados Ferrovias Rodovias Entre Depósitos ou ofi cinas de até 0 20 75 45 22 20 21 100 140 90 43 30 101 200 220 135 70 45 201 500 260 160 80 65 501 900 300 180 95 90 901 2.200 370 220 110 90 2.201 4.500 460 280 140 90 4.501 6.800 500 300 150 90 6.801 9.000 530 320 160 90 A quantidade de 226.800kg é a máxima permitida Iniciadores: embora possam explodir de forma simultânea, sua quantidade é pequena e sua arrumação esparsa, devendo ser armazenados conforme a Tabela 2; Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 10 T3 Norma Regulamentadora (NR) 20 NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Infl amáveis e Combustíveis Você pode visualizar a NR 20 acessando: http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR20.pdf aprofundando> Da mesma forma, falaremos agora sobre materiais infl amáveis e combustíveis. Já parou para perceber o quanto é comum no nosso dia-a-dia o manuseio de substâncias perigosas? Imagina para quem trabalha diretamente com isso? A NR 20 estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de infl amáveis e líquidos combustíveis. Esta NR se aplica às atividades de: a) extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de infl amáveis, nas etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção, inspeção e desativação da instalação; b) extração, produção, armazenamento, transferência e manuseio de líquidos combustíveis, nas etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção, inspeção e desativação da instalação. Esta NR não se aplica: a) às plataformas e instalações de apoio empregadas com a fi nalidade de exploração e produção de petróleo e gás do subsolo marinho, conforme defi nido no Anexo II, da Norma Regulamentadora 30 (falaremos mais adiante). b) às edifi cações residenciais unifamiliares. A NR se divide em 20 subitens e outros dois anexos. Alguns serão explorados nessa aula. As instalações são divididas em classes, conforme Tabela 3 a seguir. Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 11 Tabela 3: Classes das InstalaçõesTabela 3: Classes das InstalaçõesTabela 3: Classes das Instalações Classe I a) Quanto à atividade: a.1 - postos de serviço com infl amáveis e/ou líquidos combustíveis. b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e ou transitória: b.1 - gases infl amáveis: acima de 2 ton até 60 ton; b.2 - líquidos infl amáveis e/ou combustíveis: acima de 10 m3 até 5.000 m3. Classe II a) Quanto à atividade: a.1 - engarrafadorasde gases infl amáveis; a.2 - atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos infl amáveis e /ou combustíveis. b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitórias: b.1 - gases infl amáveis: acima de 60 ton até 600 ton; b.2 - líquidos infl amáveis e/ou combustíveis: acima de 5.000 m3 até 50.000 m3. Classe II a) Quanto à atividade: a.1 - refi narias; a.2 - unidades de processamento de gás natural; a.3 - instalações petroquímicas; a.4 - usinas de fabricação de etanol e/ou unidades de fabricação de álcool. b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitórias: b.1 - gases infl amáveis: acima 600 ton; b.2 - líquidos infl amáveis e/ou combustíveis: acima 50.000 m3. Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 12 Projeto da Instalação: No projeto das instalações classes II e III devem constar, no mínimo, e em língua portuguesa: a) descrição das instalações e seus respectivos processos através do manual de operações; b) planta geral de locação das instalações; c) características e informações de segurança, saúde e meio ambiente relativas aos infl amáveis e líquidos combustíveis, constantes nas fi chas com dados de segurança de produtos químicos, de matérias primas, materiais de consumo e produtos acabados; d) fl uxograma de processo; e) especifi cação técnica dos equipamentos, máquinas e acessórios críticos em termos de segurança e saúde no trabalho estabelecidos pela análise de riscos; f) plantas, desenhos e especifi cações técnicas dos sistemas de segurança da instalação; g) identifi cação das áreas classifi cadas da instalação, para efeito de especifi cação dos equipamentos e instalações elétricas; h) medidas intrínsecas de segurança identifi cadas na análise de riscos do projeto. No projeto das instalações classe I deve constar o disposto em ″a″, ″b″, ″c″, ″f″ e ″g″. Manutenção e Inspeção das Instalações: As instalações classes I, II e III para extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de infl amáveis e líquidos combustíveis devem possuir plano de inspeção e manutenção devidamente documentado. O plano de inspeção e manutenção deve abranger, no mínimo: a) equipamentos, máquinas, tubulações e acessórios, instrumentos; b) tipos de intervenção; c) procedimentos de inspeção e manutenção; d) cronograma anual; e) identifi cação dos responsáveis; f) especialidade e capacitação do pessoal de inspeção e manutenção; g) procedimentos específi cos de segurança e saúde; h) sistemas e equipamentos de proteção coletiva e individual. Capacitação dos trabalhadores: Toda capacitação prevista nesta NR deve ser realizada a cargo e custo do empregador e durante o expediente normal da empresa. Os critérios para capacitação estão descritos no anexo II dessa NR. O curso que cada trabalhador deverá ser capacitado depende da classe do líquido infl amável, da permanência e do contato do trabalhador na área ou local (de extração, produção, armazenamento, manuseio e manipulação de infl amáveis e líquidos combustíveis). Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 13 Você pode visualizar a NR 21 acessando: http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR21.pdf aprofundando> O trabalhador deve participar de curso de Atualização, cujo conteúdo será estabelecido pelo empregador e com a seguinte periodicidade: • Curso Básico: a cada 3 anos com carga horária de 4 horas; • Curso Intermediário: a cada 2 anos com carga horária de 4 horas; • Cursos Avançado I e II: a cada ano com carga horária de 4 horas. Deve ser realizado, de imediato, curso de atualização para trabalhadores envolvidos no processo ou processamento, onde: • Ocorrer modifi cação signifi cativa, • Ocorrer morte do trabalhador, Ocorrer ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º grau, que implicaram na necessidade de internação hospitalar e histórico de acidentes e/ou incidentes que assim o exigir. T4 Normas Regulamentadoras (NR’s) 21, 22 e 23 NR 21 – Trabalhos a Céu Aberto Na primeira unidade falamos sobre as edifi cações onde os são feitas as atividades laborais. Mas já pensou que existem ocupações em que as atividades são feitas a céu aberto? Na fi gura abaixo temos o exemplo desse tipo de atividade. Nos trabalhos realizados a céu aberto, é obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries. Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes. Exemplo de trabalho a céu aberto Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 14 Alojamentos Aos trabalhadores que residirem no local do trabalho, deverão ser oferecidos alojamentos que apresentem adequadas condições sanitárias. Para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão imperativas as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas de saúde pública. Os locais de trabalho deverão ser mantidos em condições sanitárias compatíveis com o gênero de atividade. Quando o empregador fornecer ao empregado moradia para si e sua família, esta deverá possuir condições sanitárias adequadas. É vedada, em qualquer hipótese, a moradia coletiva da família. A moradia deverá ter: a) capacidade dimensionada de acordo com o número de moradores; b) ventilação e luz direta suficiente; c) as paredes caiadas e os pisos construídos de material impermeável. As casas de moradia serão construídas em locais arejados, livres de vegetação e afastadas no mínimo 50 metros dos depósitos de feno ou estercos, currais, estábulos, pocilgas e quaisquer viveiros de criação. As portas, janelas e frestas deverão ter dispositivos capazes de mantê-las fechadas, quando necessário. O poço de água será protegido contra a contaminação.A cobertura será sempre feita de material impermeável, imputrecível, não combustível. Toda moradia disporá de, pelo menos, um dormitório, uma cozinha e um compartimento sanitário.As fossas negras deverão está, no mínimo, quinze metros do poço; dez metros da casa, em lugar livre de enchentes e à jusante do poço. Os locais destinados às privadas serão arejados, com ventilação abundante, mantidos limpos, em boas condições sanitárias e devidamente protegidos contra a proliferação de insetos, ratos, animais e pragas. É vedada, em qualquer hipótese, a moradia coletiva da família. Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 15 NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração Você pode visualizar a NR 22 acessando: http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR22.pdf aprofundando> A atividade mineradora é uma operação importante que merece uma atenção específica. Suas condições são peculiares, que diferem de todas as outras atividades. Esta Norma tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores. Esta norma se aplica a: a) minerações subterrâneas; b) minerações a céu aberto; c) garimpos, no que couber; d) benefi ciamentos minerais e e) pesquisa mineral. Segundo Saliba (2004, p.123) a mineração é um dos ramos de atividades que apresentam maior índice de acidentes de trabalho, além da exposição aos fatores de risco físicos, químicos, biológicos e ergonômicos passíveis de produzir doenças do trabalho. De maneira simplifi cada, o processo de mineração é composto das fases ilustradas a seguir:Processo de mineração (Fonte: SALIBA, 2004, p.123) Os fatores de risco que os trabalhadores estão sujeitos no processo de mineração são: ruído, vibração, poeira, agentes ergonômicos, riscos mecânicos, explosões, umidade excessiva, gases entre outros. (SALIBA, 2004, p.123) No caso de atividades subterrâneas a vazão de ar fresco nas frentes de trabalho será dimensionada de acordo com o disposto a seguir, prevalecendo a vazão que for maior. A Equação [2] mostra o cálculo da vazão de ar fresco em função do número máximo de pessoas ou máquinas com motores a combustão a óleo diesel Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 16 A seguir um vídeo sobre a mineração subterrânea de carvão: https://www.youtube.com/watch?v=wM26wT9RrVA aprofundando> Você pode visualizar a NR 23 acessando: http://portal.mte.gov.br/ images/Documentos/ SST/NR/NR23.pdf aprofundando> onde: QT = vazão total de ar fresco em m³/min Q1 = quantidade de ar por pessoa em m³/min (em minas de carvão = 6m³/min; outras minas = 2m³/min n1 = número de pessoas no turno de trabalho Q2 = 3,5m³/min/cavalo-vapor dos motores a diesel N2 = número total de cavalo-vapor dos motores a óleo diesel em operação NR 23 - Proteção Contra Incêndios Incêndios são um dos acidentes mais comuns que conhecemos. Todos os locais de trabalho estão suscetíveis a incêndios. Estamos rodados de instalações elétricas que podem falhar, estamos suscetíveis a faíscas, fagulhas e chamas que podem dar início e se propagarem rapidamente. Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre: a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio; b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança; c) dispositivos de alarme existentes. Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 17 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência. As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho. As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento. Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 18 T5 Normas Regulamentadoras (NR’s) 24, 25 e 26 Após faláramos de situações específi cas, daremos continuação nesta aula sobre fatores comuns a todas as atividades laborais. As instalações comuns a todos as ocupações são as instalações sanitárias, que é abobadada na NR 24. Mais a frente falaremos de resíduos industriais e suas implicações (NR 25). Por fi m falaremos da sinalização de segurança que não pode passar desapercebida NR 26. NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho Divisão da NR 24 Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 19 Você pode visualizar a NR 24 acessando: http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR24.pdf aprofundando> Instalações SanitáriasOs locais onde se encontrarem instalações sanitárias deverão ser submetidos a processo permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda a jornada de trabalho. Vejamos alguns conceitos e informações: Aparelho sanitário: o equipamento ou as peças destinadas ao uso de água para fi ns higiênicos ou a receber águas servidas (banheira, mictório, bebedouro, lavatório, vaso sanitário e outros); Gabinete sanitário: também denominado de latrina, retrete, patente, cafoto, sentina, privada, WC, o local destinado a fi ns higiênicos e dejeções; Banheiro: o conjunto de peças ou equipamentos que compõem determinada unidade e destinado ao asseio corporal. Vestiário: A área de um vestiário será dimensionada em função de um mínimo de 1,50 m² para 1 trabalhador. Refentórios: Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários, é obrigatória a existência de refeitório, não sendo permitido aos trabalhadores tomarem suas refeições em outro local do estabelecimento. Cozinhas: Deverão fi car adjacentes aos refeitórios e com ligação para os mesmos, através de aberturas por onde serão servidas as refeições. As áreas previstas para cozinha e depósito de gêneros alimentícios deverão ser de 35% (trinta e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) respectivamente, da área do refeitório. Alojamentos: O pé-direito dos alojamentos deverá obedecer às seguintes dimensões mínimas. a) 2,6m para camas simples; b) 3,0m para camas duplas. Condições de Higiene e Conforto por ocasião das refeições: As empresas urbanas e rurais, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, e os órgãos governamentais devem oferecer a seus empregados e servidores condições de conforto e higiene que garantam refeições adequadas por ocasião dos intervalos previstos na jornada de trabalho. Disposições gerais: Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores água potável, em condições higiênicas, sendo proibido o uso de recipientes coletivos. Onde houver rede de abastecimento de água, deverão existir bebedouros de jato inclinado e guarda protetora, proibida sua instalação em pias ou lavatórios, e na proporção de 1 (um) bebedouro para cada 50 (cinqüenta) empregados. As empresas devem garantir, nos locais de trabalho, suprimento de água potável e fresca em quantidade superior a 1/4 (um quarto) de litro (250ml) por hora/homem trabalho. Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 20 Você pode visualizar a NR 25 acessando: http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR25.pdf aprofundando> Exemplos de instalações sanitárias. NR 25 - Resíduos Industriais Entende-se como resíduos industriais aqueles provenientes dos processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras, substâncias lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como demais efl uentes líquidos e emissões gasosas contaminantes atmosféricos. Entende-se como resíduos industriais aqueles provenientes dos processos industriais Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 21 Você pode visualizar a NR 26 acessando: http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR26.pdf aprofundando> A empresa deve buscar a redução da geração de resíduos por meio da adoção das melhores práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis. Os resíduos industriais devem ter destino adequado sendo proibido o lançamento ou a liberação no ambiente de trabalho de quaisquer contaminantes que possam comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores. As medidas, métodos, equipamentos ou dispositivos de controle do lançamento ou liberação dos contaminantes gasosos, líquidos e sólidos devem ser submetidos ao exame e à aprovação dos órgãos competentes. Os resíduos líquidos e sólidos produzidos por processos e operações industriais devem ser adequadamente coletados, acondicionados, armazenados, transportados, tratados eencaminhados à adequada disposição fi nal pela empresa. Os resíduos sólidos e líquidos de alta toxicidade e periculosidade devem ser dispostos com o conhecimento, aquiescência e auxílio de entidades especializadas/públicas e no campo de sua competência. Os rejeitos radioativos devem ser dispostos conforme legislação específi ca da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN. Os resíduos de risco biológico devem ser dispostos conforme previsto nas legislações sanitária e ambiental. Os trabalhadores envolvidos em atividades de coleta, manipulação, acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e disposição de resíduos devem ser capacitados pela empresa, de forma continuada, sobre os riscos envolvidos e as medidas de controle e eliminação adequadas. NR 26 - Sinalização de Segurança Quando estamos lendo um texto e queremos destacar algo importante, sacamos logo uma caneta fl uorescente e sublinhamos alguns trechos. No trânsito também somos sinalizados com placas amarelas ou vermelhas para nos avisar ou alertar. Na segurança do trabalho não poderia ser diferente. A NR 26 trata da sinalização falando de cores, rotulagem preventiva e fi cha de dados de segurança. Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 22 Cor: Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais. A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Classificação e Rotulagem: O produto químico utilizado no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas. A rotulagem preventiva do produto químico classificado como perigoso a segurança e saúde dos trabalhadores deve utilizar procedimentos definidos pelo GHS. A rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos: a) identificação e composição do produto químico; b) pictograma(s) de perigo; c) palavra de advertência; d) frase(s) de perigo; e) frase(s) de precaução; f) informações suplementares. Os trabalhadores devem receber treinamento: a) para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de segurança do produto químico. b) sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro e procedimentos para atuação em situações de emergência com o produto químico. (NR 26) Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 23 Conclusões A terceira unidade finalizada indica que a maior parte do assunto já foi apresentada ao aluno. Destacamos nessa unidade a importância das atividades insalubres e as atividades perigosas, a prevenção de incêndios, os resíduos industriais e a sinalização de segurança. Mais alguns assuntos importantes serão analisados na próxima unidade Seguranca do Trabalho e Higiene Ocupacional - parte 2 Higiene e Segurança do Trabalho | UNISUAM 24
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