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RELATO PROCESSOS GRUPAIS GRUPO ESTAGIO-Luciano Ebling

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FACULDADE INTEGRADA DE SANTA MARIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA 
Luciano da Silva Ebling	
RELATO DE UMA SESSÃO DE UM GRUPO TERAPÊUTICO
Santa Maria, RS, Brasil
2018
Luciano da Silva Ebling
RELATO DE UMA SESSÃO DE UM GRUPO TERAPÊUTICO
	
Trabalho Acadêmico da Disciplina Teoria e processos grupais apresentado à FISMA. 
Professora Ma. Silvana Borges
Santa Maria, RS, Brasil
2018
RELATO SOBRE O ESTÁGIO EM GRUPOS
Neste relato irei apresentar algumas percepções minhas sobre os encontros em grupo durante o meu estágio supervisionado II. Inicio meu relato, dizendo que aconteceram nas quintas feiras durante o mês de abril até junho. O tempo de atendimento em grupo era em torno de 30 minutos a 25 minutos, em média. Trabalhei com quatro professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Antônio Reis, no bairro Medianeira. 
Um dos objetivos principais das minhas ações era fazer com que o grupo trabalhasse as questões de motivação, autoestima e interesse nas atividades curriculares a partir das nossas conversas e do que eles traziam nas suas falas. Sobre pontos específicos pessoais ou, que o próprio grupo trouxesse. 
Algumas colegas professoras tiveram oportunidade de se conhecerem uma pouco mais apesar de trabalharem quase que diariamente no mesmo local de trabalho. “Analisando melhor a situação do grupo, senti bastante angústia na fala delas, quando ouço algo do tipo:” Nossa! o que eu quero mesmo é estar em casa e conseguir fazer as minhas coisas com tempo...não tenho tempo mais pra mim, só trabalho...isso está me angustiando!”“. Quando ouvi esta frase entendi que, pelo menos um dos meus objetivos de tentar amenizar um sofrimento ou angustia dos professores, deveria estar presente nas inserções no campo e para tal, meus planejamentos deveriam caminhar nesse sentido, ou seja, trabalhar para amenizar tal angústia e oportunizar uma mudança de pensamento que deveria vir delas mesmas em relação a atitude e energia. Como professor, sabemos que o ambiente nem sempre é favorável pra uma reflexão e análise de comportamentos, mas, certamente, um grupo coordenado pode mudar esta situação.
 Bem, para dar sequencia apresento aqui alguns recortes do que foi meu estágio e qual foram minhas percepções sobre os fatos ocorridos durante os encontros. Parti do que eles me apresentaram, nas suas falas e gestos, para continuar minha intervenção. Contudo, houve de inicio, uma resistência por parte deles, pois pensavam que iríamos trabalhar as questões dos alunos e não as deles. Para exemplificar este tipo de papel dentro do grupo posso dizer que uma integrante do grupo teve um papel de sabotador. Ou seja, quando tipificamos os papeis dentro dos grupos e entendemos a sua característica, podemos obter uma vantagem sobre os comportamentos diante de tal papel. Vemos em Pichon River que o papel dentro do grupo operativo tem funções diferentes. Pode ser positiva, dando força aos integrantes, liderando as falas e caminhando num sentido de progresso e movimentação, mas também há outros que fazem o papel inverso, que sabotam os encontros, por exemplo, dizendo que está cansado, que não entendeu e não quer fazer a atividade, entre outros aspectos possíveis. Esta técnica de grupo idealizada pelo autor, nos ajuda muito para tentar resolver certas resistências iniciais nos grupos, pois quando se colocado em cheque, o individuo tenta reagir ou positivamente ou inconsequentemente. Para tal, com a técnica de grupos operativos podemos nos encaminhar para uma melhor abordagem diante de tais condições, que muitas vezes não nos são favoráveis. Sobretudo, os sujeitos que participam de grupos terapêuticos são emersos, muitas vezes, em campos desconhecidos. O desconhecido traz mudança de perspectiva e atuação dentro de um pequeno grupo ou na sociedade. Então o indivíduo pode aprender a como apreender esta nova relação, sejam de sentimentos que, dele advém, ou de outros do grupo, a partir da interação sujeito-grupo- coordenador. 
Com o papel de coordenador, devo oportunizar tais sentimentos aos participantes, o que também para mim é novo. Não sabemos para onde vamos e se o grupo dará algum resultado, mas sabemos, como coordenador de um grupo terapêutico, de onde e como partimos. Alinhamos estratégias embasadas e fundamentadas teoricamente, mas só após a prática de grupos em si, é que podemos avaliar o quanto fomos pelo caminho correto ou o quanto nos distanciamos. PICHON diz sobre a técnica de grupos operativos:
“A técnica de gripo operativo consiste em um trabalho com grupos, cujo objetivo é promover um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos. Aprender em grupo significa uma leitura crítica da realidade, uma atitude investigadora, uma abertura para as dúvidas e para as novas inquietações”. (BASTOS, 2010).
	A partir do momento em que pude reconhecer dentro do grupo esse papel apresentado pela integrante, pude me adiantar em algumas circunstancias e dar mais voz aos outros integrantes, para fortalecer o vínculo entre o grupo e cada um, inclusive a minha própria voz, como coordenador. Para isso não criar maior resistência, foi explicado que, muitas vezes nós professores cuidamos mais dos nossos alunos e nos deixamos em último plano. Mas sabemos que, para atuar como professor e se qualificar, devemos estar bem mentalmente e psicologicamente.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não é possível ser professor em um estado mental comprometido, por isso a necessidade do psicólogo atuar nas instituições educacionais também, para que a qualidade de ensino se reverta para os alunos. Aqui pontualmente falando, coloquei a eles um novo olhar frente a eles mesmos, talvez algo inédito ainda. Sabemos da importância de ser professor e da responsabilidade, sem levar em consideração o que passamos para alcançar este patamar. É um caminho árduo e solitário, mais uma vez da grande importância de nos cuidarmos ainda mais, fortalecendo a nossa mente para lidar com as situações adversas da nossa profissão. Portanto, as inserções em grupo no campo de estágio foram promissoras e a partir desse novo olhar de si que, cada uma se apropriou da sua maneira, fará ou não a diferença para elas. Mas me atrevo a dizer que fará sim diferença, pois foi justamente isto que consegui captar dos 12 encontros que pude estar junto a elas. 
Para mim foi uma experiência de crescimento incrível. Estou grato por poder fazer a diferença.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS, A. a técnica de grupo-operativos à luz de Pichon Rivière e Henri Wallon. Psicólogo, ano 14, n.14, Jan/Dez. 2010.