Buscar

PATOLOGIA AMBIENTAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

PATOLOGIA AMBIENTAL
Estudo dos distúrbios causados pela exposição do organismo a:
- Agentes externos presentes no ar poluído;
- Ambiente industrial contaminado por substâncias químicas (Cubatão- 
muitas pesquisas em relação a isso);
- Uso indiscriminado de defensivos agrícolas e “drogas” 
(medicamentosas ou não medicamentosas e drogas ilícitas).
Mecanismos gerais de ação das substâncias tóxicas
Independentemente do agente eu sei que há alguns mecanismos gerais 
que ao agirem no organismo caracteriza uma substância tóxica. É a forma pela 
qual as células são danificadas pelos tóxicos. Pode ser por:
 Dissolução das membranas celulares: membrana plasmática (trágica 
para o organismo- imagine em SNC, pode levar a convulsões e óbito) e/ 
ou de organelas (às vezes o agente tem um tropismo químico por uma 
molécula de revestimento da mitocôndria, então ele só se adere à 
mitocôndria e faz dissolução de sua membrana);
 Desnaturação de proteínas (enzimas que ficam totalmente desnaturadas 
ou podem ser proteínas de membrana, do citoesqueleto);
 Alterações na função enzimática (o álcool ao nível do retículo 
endoplasmático bloqueia algumas enzimas, se liga a elas e faz com que 
elas deixem de funcionar. Ele faz desnaturação de proteínas do 
citoesqueleto também): pode ser reversível, mas também pode causar 
danos muito severos.
Não são os únicos meios de agir, mas são os principais. Qualquer das 
substâncias tóxicas pode atuar em mais de uma dessas maneiras. Como o 
álcool que, na dependência de seu tempo e intensidade de uso, pode fazer o 
bloqueio de enzimas e desnaturação de proteínas do citoesqueleto, levando a 
formação de um corpúsculo hialino de Mallory (sugere uso de álcool).
Ação dos agentes tóxicos
Os tóxicos podem atuar em uma ou mais destas formas descritas, 
levando à disfunção temporária e até à morte celular.
As substâncias tóxicas agem preferencialmente:
- No órgão que as absorve. Ex: Pulmão nas substâncias inaladas 
(podem desnaturar proteínas dos pneumócitos, provocando o colabamento de 
alvéolos e SARA).
- No órgão que as metaboliza (fica mais concentrado com essa 
substância). Ex: Fígado (o próprio agente metabolizado e os metabólitos são 
tóxicos para o órgão- álcool). Pode ser inerte para a região por onde ele entra, 
mas a partir do momento em que ele se acumula no órgão ele vai ser 
metabolizado e se concentra mais, além disso, o órgão vai transformá-lo em 
substâncias que também são toxicas (álcool é transformado em acetaldeido  
são todos tóxicos)
- No órgão que as excreta. Ex: Rim (faz necrose tubular aguda, 
insuficiência renal aguda, lesão tóxica em glomérulo- gravíssima).
Obviamente, tais órgãos são os preferenciais ou os “de choque”, onde o 
tóxico está em maior quantidade. Mas substâncias permanecem na circulação 
e podem atuar em qualquer órgão. Muitas vezes o paciente não tem lesão 
somente naquele órgão (“de choque”).
Órgão de choque: onde ele está em maior quantidade. Pode ocorrer ao 
mesmo tempo no mesmo indivíduo: Hepatite toxica + neurotoxicidade; hepatite 
tóxica + insuficiência renal; SARA+ hepatite tóxica.
Órgãos frequentemente afetados nas intoxicações: fígado 
(metabolização), pulmão (absorção via respiratória), rim (excreção), trato 
digestivo (absorção via oral), SNC (grande extensão, grande quantidade de 
membrana plasmática, muita água e muita quantidade de fosfolipídios. Quando 
os tóxicos passam a barreira, podem demorar muito para serem eliminados).
O pulmão é danificado no contato com substâncias tóxicas inaladas, 
danificando pneumócitos e capilares e afetando a produção de surfactante, o 
que pode causar a Síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA). Falta 
de ar progressiva e hipoxigenação.
Periferia de incêndios: tem uma lesão pulmonar importante. Pode 
também ser resultante de choque (queda da PA). A vasoconstrição pode fazer 
danos nos alvéolos (por choque infeccioso).
Corte histológico de pulmão. Apresenta: septos alveolares espessados, 
várias células inflamatórias, material róseo resultante de células necróticas e 
surfactante alterado (membrana hialina- no adulto a gente usa SARA), a 
produção de surfactante está alterada em qualidade e em quantidade. O 
paciente demonstra insuficiência respiratória enquanto a substância ainda está 
em contato com os alvéolos. Vai ter que ser submetido à respiração assistida, 
uso de anti-inflamatórios (corticoide). Tenta eliminar o material necrótico por 
lavagem bronco alveolar e pela tosse. Alguma substância tóxica fez necrose 
dos pneumócitos, a produção de surfactante foi alterada, pode haver até 
vasculites. Os pneumócitos adsorvem a substância e isso pode resultar em 
sequelas muito graves.
O surfactante é alterado e há tendência ao colabamento dos alvéolos (o 
paciente em respiração assistida tem o alvéolo aberto e a substância 
acumulada na periferia). O paciente deve ser colocado em respiração artificial, 
mas o material surfactante alterado pode, em muitos alvéolos, “aderir” à 
superfície interna destes impulsionado pela pressão, e formar uma barreira 
física, dificultando as trocas gasosas. Faz lavados bronco alveolares para tirar 
essa substância.
Em casos graves onde há longa sobrevida pode haver fibrose pulmonar.
Pulmão em favo de mel. Paredes espessas com material róseo meio 
mucóide na luz dos alvéolos. Não teria condições de sobreviver sem o 
respirador.
Essa substância vai para regiões mais inaladas (base e lobos médios 
são mais afetados), tudo vai depender da rapidez do atendimento, da extensão 
e da gravidade. Até mesmo com o respirador (tem pressão alta de O2 pode 
gerar lesão no pulmão) muitos pacientes vão a óbito. Isso aconteceu muito na 
gripe suína, muitas pessoas com SARA. O vírus influenza se replica em 
pneumócitos (inflamação e necrose de pneumócitos). Colocavam alta pressão 
de O2 nos pacientes, mas mesmo assim esses pacientes não sobreviveram.
O fígado é afetado por numerosas substâncias tóxicas que são 
metabolizadas nos hepatócitos, sendo transformadas em substâncias menos 
tóxicas ou mais fáceis de eliminar, no processo chamado de biotransformação 
hepática. Medicamentos, drogas ilícitas, corantes, tóxicos presentes na 
alimentação. É importante na detoxificação de substâncias químicas, um 
processo chamado de biotransformaçao hepática (Robbins).
A biotransformação hepática se processa principalmente no retículo 
endoplasmático liso, mais especificamente pelo sistema enzimático constituído 
principalmente pelo citocromo P- 450. Este sistema enzimático metaboliza 
numerosas substâncias, incluindo medicamentos. Cadeia de enzimas que 
biotransforma muitos tóxicos: citocromo P- 450. Alguns medicamentos podem 
levar a hipertrofia desse sistema. Muito comum em substâncias psicotrópicas.
Esta é a explicação para a toxicidade hepática de muitos medicamentos, 
que por vezes limitam sua dose devido à incapacidade de metabolização, ou, 
até mesmo à formação de metabólitos tóxicos. Estes itens até impedem seu 
uso, na dependência do paciente (hepatite tóxica medicamentosa). Esquema 
tríplice de tuberculose tem que usar muitas vezes doses subótimas, porque na 
dose ótima é extremamente hepatotóxica, podendo levar a hepatite tóxica 
(insuficiência hepática), isso limita o uso de algumas terapêuticas. Se o 
metabólito for tóxico na sua formatação original o hepatócito é sobrecarregado.
O sistema enzimático de metabolização de “drogas” sofre ampliação 
com o uso continuado de um medicamento, o que explica a necessidade do 
aumento da dose.
· Hepatotoxicidade
Na toxicidade hepática pode ocorrer:
- Esteatose: o fígado é um dos órgãos que mais tem esteatose. Seja por 
toxicidade das enzimas, desvios de metabólitos importantes. Síndrome 
de Reye: toxicidade por AAS, padrão microgoticular, aumento de volume 
e insuficiência hepática;
- Hepatite tóxica com morte de hepatócitos e consequenteinflamação.
Dependendo da intensidade qualquer um dos quadros pode levar à 
insuficiência hepática aguda. Existem agentes que podem gerar diretamente 
morte do hepatócito e consequente hepatite tóxica (morte+inflamação). 
Esteatose aguda da gestação pode provocar insuficiência hepática aguda. Só 
uma esteatose pode levar a morte.
Esteatose hepática: fígado amarelado, hepatócitos densos e granulosos.
Hepatite tóxica: inflamação e hepatócitos mortos (sombra de núcleo).
Os rins eliminam grande parte das substâncias tóxicas e drogas, 
incluindo medicamentos. Algumas substâncias causam necrose dos túbulos 
renais com insuficiência renal aguda (principalmente nos túbulos contornados 
proximais). Eliminam grande parte das substâncias hidrossolúveis. Foco de 
super concentração de alguns medicamentos. Às vezes o medicamento é 
filtrado, podendo danificar o glomérulo, mas às vezes ele é excretado a mais 
por túbulos aí ele faz lesão ao nível dos túbulos e podemos ter a necrose 
tubular aguda (predominantemente dos túbulos contornados proximais). 
Algumas substâncias podem provocar lesões tóxicas para endotélio e 
mesângio.
Os túbulos ainda estão preservados, mas no glomérulo as células 
mesangiais e endoteliais estão necróticas com núcleos apagados e pouco 
evidentes. A gentamicina pode fazer uma lesão como esta.  Evolui para 
insuficiência renal aguda.
Necrose tubular aguda  Cilindros de células necróticas: fator a mais na 
obstrução da luz dos túbulos. Normalmente esses pacientes tem que ir para 
diálise (peritoneal).
Lesão a nível de glomérulos (células mesangiais e endotélio) é de difícil 
recuperação porque não há regeneração, ocorre fibrose (a perda é 
irreversível). Lesão a nível de túbulos é possível recuperar: as células tubulares 
renais têm capacidade de regeneração muito boa; o problema é o paciente 
sobreviver até que seus túbulos se regenerem.
· Neurotoxicidade
O SNC é razoavelmente protegido de substâncias tóxicas devido à 
permeabilidade especial de seus capilares, chamada de “barreira hemato- 
encefálica”. Substâncias que atravessam essa barreira podem danificar as 
células através dos mecanismos já descritos.
O SNC não é um órgão de metabolização. Ele tem algumas 
características importantes: grande extensão da membrana dos neurônios, 
grande quantidade de fosfolipídios (a própria membrana dos neurônios é rica 
em fosfolipídios além da bainha de mielina), grande quantidade de água no 
citoplasma dos neurônios. Substâncias solúveis em lipídios e hidrossolúveis 
podem se concentrar a nível de neurônios.
Alguns agentes são capazes de agir como detergentes de saponificação, 
desfazendo a ligação de lipídios, dissolvendo membranas celulares de 
neurônios.
Até serem eliminados do SNC e voltarem para a circulação, ocorre 
convulsões, alteração respiratória, alteração sináptica, podendo levar o 
paciente a óbito.
No entanto, a grande extensão de membrana dos neurônios, a 
composição especial lipídica da membrana e da bainha de mielina, bem como 
a maior quantidade de água no citoplasma torna os neurônios alvos fáceis de 
tóxicos que dissolvem membranas através de ação “detergente”, e de tóxicos 
solúveis em água.
Isso é muito comum nos solventes, inseticidas, em pessoas expostas a 
defensivos agrícolas sem a proteção adequada.
· Poluição do ar
Nas cidades: principalmente queima de produtos do petróleo. Afeta 
principalmente o trato respiratório. Fuligem de carro. Existem muitas pessoas 
asmáticas por esse motivo. Nós que vivemos em cidades, mesmo não 
fumando, teremos alguma pigmentação no pulmão por causa dessa fuligem 
(ela vai até o alvéolo e se deposita lá. Nela estão substâncias químicas não 
inertes  pode provocar bronquites crônicas e asma).
No campo: pesticidas e herbicidas  intoxicações por metais pesados, 
com neurotoxicidade.
Tabagismo: o cigarro possui mais de mil substâncias químicas 
diferentes, muitas delas tóxicas químicas para mucosas, cancerígenas (não só 
para o pulmão, mas para vários órgãos) e outras inertes. Algumas passam a 
barreira hematoencefálica e causam vício, fazendo com que os neurônios 
parem de produzir a nicotina endógena (isso faz com que haja uma dificuldade 
muito grande de abandonar o vício). Se não existisse o cigarro a gente teria 
muito menos doenças pulmonares, alérgicas, envelhecimento cutâneo, DPOC 
e câncer de pulmão.
- Efeito direto pelo calor nas vias aéreas: irritativo e auxilia os agentes 
cancerígenos;
- Efeito químico tóxico tanto no pulmão como em órgão à distância.
Toda vez que o paciente fuma a pressão dele se eleva. Isso vai se 
tornando crônico, favorecendo a hipertensão. Há grande liberação de radicais 
livres e isso causa perda de vascularização cutânea, envelhecimento mais 
precoce e também favorece a carcinogênese em alguns órgãos.
Ação física do cigarro:
Atua na mucosa oral, laringe, traqueia e brônquios promovendo 
inflamação crônica (bronquite crônica) e, com o tempo, metaplasia escamosa. 
A perda do epitélio ciliado e do muco diminui as defesas do trato respiratório e 
isso favorece infecções de repetição (gripes mais fortes, mais sinusites). Há 
depósitos de “fuligem” no pulmão e pleura: Antracose. 
Todo fumante de muito tempo tem a voz mais rouca. Por quê? Eles têm 
metaplasia escamosa da mucosa de laringe e a corda vocal torna- se mais 
pesada e inflamada.
Ação química do cigarro:
Irritativa e cancerígena para epitélio de mucosa oral, laringe, traqueia e 
brônquios (bronquite crônica). A traqueia é um pouco mais protegida de 
carcinogênese, mas ela sofre a ação irritativa. A maior parte dos cânceres se 
fazem a nível de base de língua, laringe e broncogênicos.
Favorece a ação de proteases que destroem a parede dos alvéolos 
levando ao enfisema.  Nós temos o revestimento por macrófagos, 
pneumócitos tipo I e tipo II, produzindo o surfactante. Há um sistema de defesa 
contra qualquer partícula que chegue ao nível dos alvéolos, liberando muitas 
vezes proteases, logo em seguida temos o bloqueio dessas proteases para que 
elas não destruam a parede dos alvéolos. O problema do cigarro é que ele 
estimula essas proteases a ficarem ativas e isso vai levar a destruição da 
parede dos alvéolos.
Temos a mucosa dos brônquios e traqueia que vai passar a ter 
inflamação crônica e metaplasia escamosa. Vai ser uma mucosa sem defesas 
porque ela terá menos muco na sua superfície e terá a impossibilidade de 
realizar o batimento ciliar, o que vai permitir que substâncias químicas 
continuem agindo aqui e inclusive que cheguem até os alvéolos. A nível dos 
alvéolos (cada alvéolo é uma esfera com uma tela): quando eu tenho liberação 
de proteases e ruptura da parede dos alvéolos isso vai se somando e formando 
espaços anômalos- essa lesão é chamada de enfisema. Quando essa lesão 
atingir 15- 20% dos alvéolos esse paciente começará a ter sintomas (dispneia 
até durante o repouso). Todo fumante tem um pouco de bronquite crônica com 
metaplasia escamosa e com o tempo vai ter destruição ao nível dos alvéolos 
(que é o enfisema).
Quando a bronquite crônica destrói a cartilagem do brônquio, o brônquio 
tende a dilatar, formando espaços brônquicos anômalos, que é a 
bronquiectasia (é uma lesão bem tardia- fumantes há mais de 40 anos/ mais de 
um maço por dia  realidade em fumantes pesados).
Bronquiectasia: dilatação permanente da luz dos brônquios por 
destruição da cartilagem brônquica secundária à bronquite crônica.
Tais itens levam à insuficiência respiratória e são chamados em conjunto 
de DPOC: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (inclui muitas vezes a asma).
A bronquite crônica destrói a cartilagem, o brônquio dilata, formando 
espaços brônquicos anômalos que é a bronquiectasia.
Bronquite crônica: inflama a mucosa dos brônquios.
Enfisema: destruição de paredes alveolares.
Todo e qualquer brônquio tem algumas glândulas mucossecretorasna 
submucosa e mucosa; na bronquite ocorre uma hiperplasia dessas glândulas 
(expectoração amarelada e de odor fétido). Ocorre hiperplasia das glândulas 
submucosas e perda daquele epitélio que antes era cilíndrico, mucossecretor, 
com células ciliadas.
O cigarro industrializado tem mais substâncias químicas, então a ação 
irritativa e a cancerígena são maiores. O cigarro de palha tem o tabaco, mas 
tem um pouco menos de produtos químicos que o industrializado, então 
teoricamente ele deveria ser menos pior; pra bronquite crônica e enfisema eles 
são muito parecidos, talvez só para a carcinogênese que o industrializado 
exerce um efeito maior.
Toda e qualquer droga que tenha a ação física do calor pode promover 
bronquites de menor intensidade e não vai ter um efeito carcinogênico 
importante, mas tem efeito irritativo.
O efeito da Canabis sativa (maconha) a longo prazo é a morte de 
neurônios.
Se o paciente parar de fumar: a metaplasia escamosa pode reverter, 
mas pode levar até 12 anos. A tendência do câncer continua alta até 15- 20 
anos depois da parada do tabagismo. Até 5- 7 anos após a parada a bronquite 
crônica pode reverter.
· Cigarro e câncer
Obviamente não ocorre em 100% dos fumantes como a DPOC (temos 
defesas contra os processos de carcinogênese química), pois já vimos que o 
organismo dispõe de mecanismos de defesa contra o câncer, mas estima-se 
que vá ocorrer em mais da metade dos fumantes após várias décadas. 
Elementos cancerígenos circulam por todo o organismo.
Ocorre câncer em cavidade oral, laringe, brônquios, e, menos 
frequentemente, em bronquíolos respiratórios e alvéolos.
Câncer de mama, cólon, estômago, esôfago, pâncreas, próstata estão 
entre os mais frequentes em outros órgãos.
Carcinoma broncogênico (o mais comum): no sexo masculino é a 
primeira/ segunda que mais mata no Brasil e o que mais tem aumento de 
incidência. No sexo feminino ele perde para câncer de colo uterino e mama- 
entra mais ou menos em quarto lugar no que mais mata.
O diagnóstico normalmente é tardio, a neoplasia geralmente já esta mais 
avançada.
Pleura escura. Massa vegetante que cresceu para a luz e pegou os 
alvéolos. Tem grande incidência de metástases para linfonodos perihilares, 
mediastinais, ossos, SNC,...
Pode ter carcinoma de alvéolos também.
· Cigarro e envelhecimento
Devido à imensa produção de radicais livres, o tabagismo acelera o 
envelhecimento. Contrai vasos cutâneos, diminui a renovação de fibras 
elásticas na pele. A pele perde tônus, os anexos cutâneos ficam prejudicados, 
cabelos opacos.
Dentes: coloração amarelada, enfraquecimento do esmalte.
· Pneumoconioses
Doenças pulmonares, em geral ocupacionais, causadas pela inalação de 
poeiras ou partículas minerais (que não são inertes) que chegam até os 
alvéolos e desencadeiam reação inflamatória crônica, levando à fibrose 
pulmonar e insuficiência respiratória.
Silicose, Asbestose.
As partículas chegam aos alvéolos e são encaradas como corpos 
estranhos, sendo desencadeada a reação inflamatória, muitas vezes fazem 
granuloma e fibrose (porque essas substâncias não são eliminadas pela tosse). 
Os macrófagos tentam fagocitá-las, mas não conseguem. A produção 
constante de citocinas leva à chegada de fibroblastos e fibrose pulmonar.
Situação extremamente grave.
Asbesto: partículas enegrecidas de carvão. Óbito por fibrose pulmonar. 
Grande reação inflamatória que substitui os alvéolos e o septo alveolar. A 
fibrose vai cicatrizando os granulomas.
Silicose: inalação de sílica. Asbestose: inalação de partículas de 
asbesto. Mineradores de carvão também podem ter pneumoconiose pela 
aspiração de partículas de carvão. Alto índice de câncer de pulmão.
Essas substâncias geram uma reação inflamatória interna. Essas 
pessoas tem uma insalubridade e têm que usar IPIs potentes (proteção 
absoluta).
Pessoas que trabalham nessa área e fumam (é muito comum) fazem 
uma lesão importante.
· Alcoolismo
O álcool é tóxico direto para o fígado, sendo metabolizado a nível de 
organelas hepáticas. Liga- se a enzimas da cadeia de produção das 
lipoproteínas (uma das principais razões) e ocasiona esteatose. Danifica o 
citoesqueleto dos hepatócitos.
Promove lesões ao nível de tubo digestivo também.
Há três fases que podem coexistir:
- Esteatose;
- Hepatite alcoólica;
- Cirrose.
 Hepatopatia alcoólica
Com o tempo, e com a gravidade da esteatose, ocorre a morte de 
hepatócitos seguida de inflamação: hepatite alcoólica.
Neste ponto a lesão ainda pode ser reversível, mas com a repetição dos 
episódios há depósito de colágeno, inicialmente em torno da veia centro 
lobular, e, depois, em meio ao lóbulo hepático.
Esteatose.
Hepatite alcoólica. As partículas avermelhadas são resultado de necrose 
do citoesqueleto.
Hepatite alcoólica com fibrose inicial (sinal que ele pode evoluir muito 
rápido para cirrose). A fibrose vai destruindo o lóbulo.  Coloração especial 
para colágeno. 
Na evolução o álcool leva à cirrose, que é a formação de nódulos de 
hepatócitos circundados por fibrose, sendo, na verdade, um processo cicatricial 
secundário a vários episódios de hepatite alcoólica. A cirrose leva à 
insuficiência hepática.
Corpúsculo hialino de Mallory = Lesão recente.
Fibrose com inflamação ao redor. Vai formando faixas: nódulos de 
hepatócitos. Essas células não recebem mais os nutrientes da veia centro 
lobular. Cirrose é irreversível e tem que evitar o contato com o agente.
O álcool é tóxico para a mucosa do trato digestivo: pode haver gastrite 
ou gastroenterite (fazem desabsorção também, provocando diarreia) após uma 
ingestão de grande porte; o álcool participa da carcinogênese do esôfago, 
estômago e cólon; o álcool altera a produção de muco pelos ductos 
pancreáticos e os obstrui, o que pode levar a surtos de pancreatite aguda, 
evoluindo para pancreatite crônica- é carcinogênico para o pâncreas.