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Sistema respiratório superior e inferior: Realizam a troca gasosa entre o ar inspirado e o sangue; Processo de hematose: transformação de sangue venoso em sangue arterial; Os brônquios se dividem em dois ramos principais (D e E) e formam sucessivas divisões. Quando o ar entra as partículas mais pesadas se chocam entre as bifurcações e ficam aprisionadas, de modo a serem eliminadas posteriormente com o muco – impactação inercial; Lóbulo pulmonar: quando se junta 3 ou 5 ácinos pulmonares; Bifurcações: favorece choque de partículas contra parede e lentifica o fluxo de ar (perda de movimento cinético); Moléculas que ultrapassam: pequenas movimentos aleatórios por conta das moléculas de vapor que existem no ambiente saturado das pequenas vias aéreas; Quando atingidos por água forma núcleo de partículas condensadas que depositam (ficam mais pesadas); Zona condutora: brônquios; Zona respiratória: bronquíolos terminais, bronquíolos respiratórios (3° ordem), ductos alveolares e alvéolos; Maior irrigação ocorre nos alvéolos, onde acontece o processo de hematose; Defesa pulmonar: Tosse – estimulação de receptores de irritação muito presentes nas vias áreas proximais (tosse está relacionada com trato respiratório inferior. O espirro é característico do trato respiratório superior); Bronco-constrição – estimulação nervosa (n. vago) ou por ação de mediadores inflamatórios; Secreção de muco e outras substâncias – consegue neutralizar e apresentar os agentes agressores para o sistema imunológica; Transporte mucociliar – depuração de partículas inaladas; Mantém os pulmões livre de infecções; Disfunções nesses mecanismos ou supersolicitação dos mesmos pode-se dizer que têm-se desencadeadas as doenças respiratórias. Doenças respiratórias: Fibrose cística: Doença hereditária crônica com disfunção do transporte do íon cloro nos epitélios das glândulas exócrinas; O acúmulo de muco bloqueia as vias aéreas; Evidenciada de forma sistêmica; A parte mais grave da fibrose cística envolve os pulmões; Ocorre um defeito no gene regulador da condutância transmembranosa da fibrose cística (gene CFTR ou proteína CFTR) através das membranas epiteliais; Esse gene é responsável por fazer um RNA mensageiro (transcrição) e automaticamente a tradução em protei´na (CFTR). Ela regula o transporte bidirecional do cloro; Quanto existe uma anormalidade no gene, altera a proteína que será traduzida; Essa anormalidade faz com que as glândulas exócrinas tenham acúmulo de cloro em suas secreções, alterando suas propriedades físicas, tornando o muco muito espesso e pouco hidratado, alterando o clearance mucociliar; Faz com que o muco fique aprisionado, onde começa-se a ter repetidas infecções crônicas, podendo com o tempo levar a um quadro de bronquiectasia – dilatação e destruição dos brônquios (desencadeamento de mediação de mediadores inflamatórios, levando a destruição a longo prazo dos brônquios). Em indivíduos normais, as glândulas sudoríparas com CFTR funcionando corretamente, ele coloca cloro para dentro da glândula, trazendo junto o sódio. Nos indivíduos com fibrose cística, o CFTR não funciona direito, onde o cloro não entra na célula. Como ele não entra o canal de sódio não funciona também e o sódio não é internalizado para dentro do epitélio. Por isso, tanto o sódio quanto o cloro ficam juntos ao suor que está sendo produzido, gerando um suor “muito salgado” característico dos indivíduos que possuem fibrose cística; Dentro dos pulmões, em indivíduos normais as células caliciformes produzem muco, onde o CFTR faz com que o cloro saia para o muco e conforme ele sai faz com que o canal de sódio se abra e entre para a célula, levando junto com ele água, por isso o muco fica em uma consistência ideal, não ficando muito líquido nem muito desidratado. Em indivíduos com fibrose cística, eles não possuem CFTR funcionando adequadamente, por isso, o cloro não consegue sair, não ocorrendo dosagem da quantidade de sódio que entra para dentro da célula. Então o canal de sódio fica mais permeável, atraindo mais água e desidratando o muco, que fica muito espesso e difícil de ser carregado pelos cílios. Isso facilita processos infecciosos de repetição. Órgãos afetados pela fibrose cística – locais de glândulas exócrinas e pulmão: pâncreas, intestinos, órgãos reprodutivos, seios nasais, pulmões, pele e fígado. Doenças pulmonares obstrutivas x Doenças pulmonares restritivas: Obstrutivas: aumento da resistência ao fluxo de ar devido obstrução parcial ou total em qualquer nível da árvore traqueobrônquica; Restritivas: diminuição da expansão do pulmão e diminuição da capacidade total do pulmão. Doenças pulmonares obstrutivas: Maior resistência à passagem do ar; Muito comum em pacientes tabagistas crônicos apresentarem sobreposição das duas doenças (enfisema e bronquite crônica); Fatores de risco do hospedeiro: genético (deficiência de alfa-1-antitripsina – antiprotease, mecanismo de defesa nos alvéolos, não tendo quem iniba a ação das proteases liberadas pelas células inflamatórias e seu processo de destruição); hiper-responsividade brônquica; crescimento pulmonar reduzido; desnutrição e prematuridade; Fatores de risco ambientais: tabagismo; infecções respiratórias graves na infância; irritantes químicos e poluição do ar intra e extradomiciliar; Ácinos e enfisema: região mais distal da árvore brônquica, com presença de bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos. É essa região que fica comprometida no enfisema, local onde ocorre o processo de hematose. Uma das principais alterações patológicas são o aumento do espaço aéreo e destruição das paredes. Sintoma principai: dispneia; Brônquio e bronquite crônica: os brônquios são mais acometidos, com hiperplasia (aumento significativo em número dessas glândulas) das glândulas mucosas, com hipersecreção. Isso obstrui os brônquios, causando dificuldade da passagem de ar. Sintomas: tosse e produção de escarro; Bronquiectasia e brônquio: os brônquios são mais acometidos, com dilatação das vias aéreas (inflamação – reparo repetidas vezes) e fibrose. Sintomas: tosse, escarro purulento e febre. Enfisema: Doença crônica obstrutiva, caracterizada por lesão alveolar; Fibras elásticas quando destruídas ou quando perdem a elasticidade dão origem ao enfisema. Os alvéolos tornam- se confluentes com grandes espaços aéreos ou bolhas de ar; Dilatação irreversível dos espaços aéreos distalmente ao bronquíolo terminal destruição de septos alveolares e perda do recolhimento elástico pulmonar limitação ao fluxo aéreo; DPOC: obstrução crônica ao fluxo aéreo, em qualquer nível da árvore respiratória; Classificação quanto à distribuição anatômica: Das 4, a centroacinar é a mais comum (60% dos casos); Aumento anormal e permanente do tamanho dos ácinos pulmonares associado a destruição dos septos alveolares, sem fibrose evidente; Principais tipos que causam obstrução significativa do fluxo aéreo: Patogênese do enfisema por tabagismo: O tabagismo estimula as células residentes a liberarem fatores que recrutam células inflamatórias para os pulmões; As várias células inflamatórias que se acumulam nos tecidos periféricos pulmonares liberam proteinases e oxidantes que danificam ou degradam a matriz extracelular nas paredes dos alvéolos, ductos alveolares (DA) e bronquíolos respiratórios (BR); Além disso, os agentes presentes na fumaça e aqueles liberados pelas células inflamatórias inativam os inibidores de proteases, como a alfa-1-antitripsina (AAT), causando senescência e apoptose nas células pulmonaresprodutoras de matriz extracelular; Os produtos oriundos da matriz extracelular danificada, como os peptídeos da elastina degradada, são quimiotáticos para as células inflamatórias; Desta forma, a degradação da matriz extracelular pode levar a uma alça de retroalimentação que perpetua a inflamação; Estes produtos derivados da matriz também podem deflagrar respostas imunes que levam à destruição da matriz extracelular. Mecanismo protease- antiprotease: Equilíbrio entre protease e antiprotease; O desequilíbrio leva a destruição dos septos alveolares; Portanto, a patogênese do enfisema pulmonar consiste na interação de fatores constitucionais (deficiência de alfa-1-antitripsina) e ambientais (fumo e outros irritantes da mucosa respiratória), que atuam sinergicamente e levam à destruição teciduam. Bronquite crônica: Doença pulmonar obstrutiva crônica, caracterizada por tosse constante por pelo menos 3 meses, em 2 anos consecutivos, em um pacientes onde outras causas da tosse crônica foram excluídas; Exposição prolongada a agentes irritantes inalados (tabaco, poluentes atmosféricos) inflamação das vias aéreas e do parênquima pulmonar; Neutrófilos e linfócitos (CD4 e CD8). Quando ativados, os linfócitos (CD4) são responsáveis por ativar constantemente os macrófagos. Isso leva a produção de agentes inflamatórios e radicais livres. Os CD8 são citotóxicos, para controlar os neutrófilos que estão causando grande parte da destruição – formação de um círculo vicioso, levando a destruição do epitélio, destruindo os cílios e dificultando a eliminação de muco, com consequente reparo tecidual, deixando a região pouco flexível (parede dos bronquíolos); A elastase que é uma das proteínas liberadas pelos neutrófilos é uma das principais responsáveis pela destruição pulmonar e potente secretagogo (contribui para hipersecreção brônquica). Sinais e sintomas de enfisema e bronquite crônica: