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DPOC – Enfisema e Bronquite 1 · Os brônquios se dividem em 2 bronquios principais, direito e esquerdo e sofrem sucessivas divisões formando a arvore traqueobronquica · Essas bifurcações fazem com que um numero significativo de partículas solidas choquem com as paredes, formando um labirinto, de modo que quando o ar entra, as partículas mais pesadas se chocam e ficam retidas de modo a serem eliminadas depois pelo muco e batimento ciliar · Ocorre sedimentação por compactação gravitacional · Seria o mesmo que pessoas andando em m labirinto de olhos vendados, você tromba nas paredes, fica zonzo e fica naquele local mesmo · Conforme formam bronquíolos, menor é o calibre das ramificações, quanto mais ramificações eu tenho, apesar de menor calibre, o numero de ramificações faz com que eu tenha uma maior área de superfície de contato · Se eu tiver um terreno plano de 120m² e não fizer nada nele, eu tenho so essa área. Se nesse terreno eu fizer um prédio, eu aumento minha área para 800m² por exemplo · Quando o pulmão é ramificado, cada ramificação é como se fosse um andar a mais · O prédio não tem elevador, só escada. No início a velocidade é maior, depois a gente cansa e sobe as escadas mais devagar. O ar entra com certa velocidade, mas a medida que passa pelos andares (ramificações e bifurcações) eles perdem velocidade – perda da força cinética · E assim elas se depositam na parede por ação gravitacional · A sedimentação do fluxo aéreo auxilia na retenção das partículas para serem eliminadas · As partículas menores que ultrapassam as bifurcações e não são sedimentadas chegam próximo na zona respiratória e ficam sujeitas aos movimentos brownianos (aleatórios). Esses locais são mais úmidos e em contato comas partículas fazem com que elas adquiram peso e se sedimentem também no local ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA BIFURCAÇÕES: 1. Favorece choque partículas contra parede 2. Lentifica fluxo de ar (perda movimento cinético) MOLÉCULAS QUE ULTRAPASSAM: 1. Pequenas - movimentos aleatórios por conta das moléculas de vapor que existem no ambiente saturado das pequenas vias aéreas · Quando atingidos por água forma núcleo de partículas condensadas que depositam. Esquema sobre os movimentos de impactação inercial, gravitacional e brownianos das partículas inaladas nas vias aéreas. · Acinos pulmonares bronquíolos respiratórios + ductos alveolares + saco alveolar · Lóbulo pulmonar quando tenho de 3-5 acinos pulmonares · O caule do brócolis é o bronquiolo terminal antes de chegar na parte respiratória. Dele saem ramificações que são os bronquíolos respiratórios. Deles saem ramificações mais finas – ductos alveolares Barreira alvéolo capilar · Pneumocitos do tipo I não se dividem, enquanto pneumocitos do tipo II se dividem e podem se diferenciar no tipo I caso seja necessário regenerar uma porção danificada. · Surfactante pode opsonizar partículas e facilitar o reconhecimento para fagocitose por macrófagos alveolares · As células endoteliais dos pulmões podem converter angiotensina I em II pela ECA · A remoção dos agentes agressores do pulmão ocorre porque existe uma composição celular especifica · Células ciliadas são comuns nos segmentos proximais das vias aéreas, pois é o local onde mais entra-se em contato com partículas inaladas · As células mucosecretoras secretam mucinas nas vias aéreas (células caliciformes e glândulas submucosas) – aprisionamento de partículas · Células serosas que são responsaveis por secretam componentes orgânicos (enzimas- imunoglobulinas, lactoferrinas) que formam os fluidos que reveste internamente as vias aéreas e facilitam o processo de hidratação dos pulmões · Células de clara – presentes nos segmentos distais (fluxo mais lentificado – facilita interação com componentes químicos inalados) – metabolização · Células neuroendócrinas – função sensitiva e secretora. Respondem a hipóxia, variação de temperatura, modificação de osmolaridade do fluido brônquico. Percebem algum dano e modulam a proliferação celular ou reparo brônquico. Percebem a necessidade de aumentar ou diminuir o tônus dos mm dos vasos dos brônquios e a permeabilidade celular – broncoconstrição · A tosse ocorre por estimulação de receptores nas vias aéreas. Ela é característica de trato respiratória inferior. No trato respiratório superior ocorre espirro. · A bronco constrição ocorre por estimulo do nervo vago ou por ação de mediadores inflamatórios. · A secreção de muco neutraliza, opsoniza e apresenta os agentes agressores. Lisozima funciona também como antimicrobianos · Transporte mucociliar depura as partículas que ficaram aprisionadas nas vias aéreas · Quando tenha defesa pulmonar deficiente ou hiper solicitada gera doenças respiratórias · Ex: se eu tiver um defeito no transporte mucociliar, o mecanismo de tosse é hiper solicitado de forma que o paciente apresentará bronquite crônica. · Se eu tiver excesso de broncoconstrição é característica de uma asma alérgica Doenças respiratórias · Congênitas: já nascem com ela. Decorre de problemas na: · Arvore traqueobrônquica · Parênquima pulmonar · Discinesia ciliar · Fibrose cística · Adquiridas · Neonatal · Doença das membranas hialinas · Doença pulmonar crônica do prematuro · Enfisema intersticial · Síndrome de aspiração meconial · Infecções neonatais e perinatais · Bronquiolite obliterante pós infecciosa · Infeccioso · Pneumonias – bacteriana, viral, fungica, helminticas · Tuberculose · atelectasia · Doenças pulmonares obstrtivas · Bronquite · Enfisema · asma · Alterações vasculares e circulatórias · Embolia pulmonar · Infarto pulmonar · Hipertensao pulmonar · Edema pulmonar · Doenças pulmonares intersticiais difusas (restritivas) · Neoplasias pulmonares FIBROSE CISTICA · Doença hereditária crônica com disfunção no transporte do íon cloro nos epitélios das glândulas exócrinas. DOENÇA DE HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA SISTÊMICA · Abundante e densa camada de muco bloqueia as vias respiratórias e impede o clearence muco ciliar · Mutações no gene regulador da condutância transmembranosa da fibrose cística (cftr) · Proteína codificada = regula o transporte bidirecional de cl- através das membranas epiteliais · Há um defeito no gene regulador CFTR. No cromossomo 7 ele está presente e atua realizando a transcrição e tradução da proteína CFTR que regula o transporte de cloro · Essa anormalidade proteica faz com que as glândulas exócrinas tenham acumulo de cloro nas secreções e alterações das propriedas físicas · Nos pulmões há um muco espesso e pouco hidratado prejudicando o clearance muco ciliar · Uma abundante e densa camada de muco bloqueia as vias respiratórias · Com o tempo pode levar a uma destruição dos brônquios progressivamente e isso gera dilatação permanente chamada de bronquioectasia Tipos de mutações do gene · Se não tenho a proteína CFTR não há transporte de cloro nas membranas · Pode haver mutações no que tange as modificações pos traducionais. A proteína se forma mas ela não sofre as modificações para exercer sua função e ser expressa na superfície celular · Algumas mutações reduzem a quantidade ou a funcionalidade. Ela se forma, fica na superfície mas a proteína não é eficiente ou está em baixo numero · Outras mutações reduzem a estabilidade da proteína que fica com baixa sobrevida. · Para cada tipo de mutação há uma terapia corretiva e medicação adequada para cada indivíduo. TRANSPORTE DE CLORO · Nas glândulas sudoríparas, nos indivíduos normais, o CFTR coloca cloro para dentro da celula junto com o sódio · Nos indivíduos com fibrose, o cloro não entra. E com isso o sódio não entra também, pois o canal de sódio não é ativado. Como não são internalizados eles ficam no suor ou na secreção (suor salgado) · No pulmão, há produção de muco pelas células caliciformes. O CFTR faz com que o cloro saia para o muco estimulando a abertura do canal de sódio e o influxo desse. Com isso a agua também entra, mantendo a consistência adequada do muco (nem liquido nem desidratado). · Nos indivíduos com fibrose, não há CFTR funcionandoadequadamente. O cloro não consegue sair e regular o canal de sódio, de modo que o canal fica mais permeável e atrai muita agua. Com isso o muco fica desidratado e espesso e o batimento ciliar não consegue mover adequadamente esse muco. Se o muco ficar parado há facilitação para inflamação no local, formando substrato para infecção respiratória · Entre o cílio e o muco há uma camada salina aquosa, como se fosse um lubrificante para os cílios, fazendo com que o muco mais espesso ande também. Com a secreção inadequada de ions cloro, o transporte de muco fica prejudicado pois até essa porção aquosa lubrificante é absorvida causando a desidratação da região. · O receptor do CFTR tem 2 domínios – de ligação ao ATP e domínio regulador. Quando ele se liga ao ATP o receptor fica mais permeável ao cloro, pois o domínio regulador é fosforilado. Em indivíduos normais, isso regula a quantidade de sódio e agua, mantendo a viscosidade adequada do muco (aprisionar os agentes agressores e ser transportado por transporte muco ciliar). · Nos indivíduos com fibrose o CFTR não funciona, de modo que o sódio não é regulado e há desidratação por perda de agua · Órgãos afetados na fibrose – pulmão, glandulas exócrinas, pele, fígado, pâncreas, intestino, órgãos reprodutivos · O processo inflamatório gera destruição do parênquima pulmonar, o que contribui para dilatação e destruição dos brônquios gerando insuficiência respiratória DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS Aumento da Resistência fluxo de ar devido OBSTRUÇÃO PARCIAL ou TOTAL em qualquer nível da árvore traqueobrônquica. · Fatores de risco: tabagismo (ativo, passivo), alergenos, estágios pós infeciosos, dietas e estados nutricionais, ocupação, poluições · Mais comuns: enfisema, bronquite e asma · Menos comuns: fibrose cística e bronquiectasisa DOENÇAS PULMONARES RESTRITIVAS · Redução da Expansão do parênquima do pulmão e da capacidade total do pulmão. · O pulmão não impede o ar de entrar mas não consegue se expandir corretamente DPOC (enfisema e bronquite) Sobreposição das duas doenças, com predomínio ora do COMPONENTE INFLAMATÓRIO das vias aéreas (bronquite/bronquiolite), ora de DESTRUIÇÃO DO PARÊNQUIMA PULMONAR (enfisema). Asma não entra na DPOC, pois ela precisa ser uma obstrução de fluxo progressiva. A asma é uma obstrução aguda (crises). Ao realizar o tratamento de asma é reversível. Na DPOC não é possível reverter completamente, a reversão é parcial e acompanhada de hiper-reatividade das vias aéreas. Na DPOC: -Obstrução progressiva - Não reversível ou reversível parcialmente -Hiperreatividade de vias aéreas (inflamação) Tabagismo é um fator de risco para DPOC. Paciente tabagista pode ter episódios de bronquite simultâneo a enfisema. Bronquite – estreitamento e obstrução da luz que gera maior resistência ao fluxo aéreo. Enfisema – destruição dos alvéolos, alvéolos colabados, perda de superfície de troca, perda das fibras de colágeno e elastina (perde o recolhimento elástico – o ar entra mas não há força de retração para expulsa-lo depois). · Bronquite tosse, produção de escarro (hiperplasia e hipersecreção das glândulas mucosas) · Bronquiectasia tosse, escarro purulento, febre (dilatação e cicatrizes das vias aéreas) · Asma episódios de sibilos, tosse, dispneia (ocorre hiperplasia de mm liso, excesso de muco, inflamação) · Enfisema dispneia *aumento do espaço aéreo, destruição das paredes pulmonares) · Bronquiolite tosse e dispneia (cicatriz inflamatória e obliteração) · Alguns pacientes, por serem tabagistas crônicos, podem ter as duas doenças do DPOC coexistindo. Bronquite crônica · Inflamação e excesso de muco · Passagem de ar comprometida Caracteriza-se como tosse produtiva (escarro) por pelo menos 3 meses e 2 anos consecutivos. Causado pelo mesmo mecanismo de enfisema: exposição prolongada à agentes irritativos, tanto de forma passiva quanto ativa. Isso leva à inflamação das vias aéreas e do parênquima pulmonar. O indivíduo tem a via aérea estreitada e também excesso de muco, que diminui a troca gasosa e a passagem de ar. Enfisema · Os alvéolos crescem se unem e perdem a elasticidade e a força para expulsar o ar o que dificulta a respiração · Conforme os septos alveolares são destruídos há coalescência dos alvéolos, perda de colágeno, elastina e perda da capacidade de retração pulmonar FIBRAS ELÁSTICAS quando destruídas ou quando perdem a elasticidade dão origem ao ENFISEMA. Os alvéolos tornam-se confluentes com grandes espaços aéreos ou bolhas de ar (se juntam uns aos outros). · Dilatação irreversível dos espaços aéreos distalmente ao bronquíolo terminal · Destruição de septos alveolares e perda do recolhimento elástico pulmonar · Limitação ao fluxo aéreo – consegue expandir a caixa torácica para o ar entrar mas não consegue fazer a retração pulmonar para o ar sair Fatores de risco Desnutrição impede homeostasia (produção de proteínas por exemplo). Prematuridade ausência de surfactante ou pulmão imaturo. ÁCINO formado por: • Bronquíolo respiratório • Ducto alveolar • Saco alveolar • Alvéolo LÓBULO PULMONAR: • Conjunto de três a cinco bronquíolos terminais e seus ácinos Classificação do enfisema · Com base na porção anatômica do acino · Centro acinar representa 95% dos casos – parte destruída ocorre no centro do acido. Poupa alvéolos e acomete mais lobos superiores · Pan acinar ou pan lobular – comprometimento difuso do lóbulo pulmonar – deficiência da alfa1 antitripsina (produz menos ou não produz). Ocorrem lesões nas bases pulmonares. PAN = todo · Destruição difusa até tomar todo o ácino ou lóbulo · Parasseptal ou acinar distal – porção distal do ácino nas regiões adjacentes à pleura e ao longo dos septos interlobulares. Surge em áreas adjacentes a fibrose, cicatrizes ou atelectasia · Para = próximo · Está associado a áreas do sistema respiratório em que já há fibrose · Irregular ou paracicatricial – assintomático. Envolve o ácino de forma irregular. Associado a cicatrizes de processos inflamatórios antigos Aumento anormal e permanente do tamanho dos ácinos pulmonares associado a destruição dos septos alveolares, sem fibrose evidente Principais tipos que causam obstrução significativa do fluxo aéreo: · Centro acinar – alvéolos distais preservados e proximais comprometidos · Pan acinar – alvéolos distais e ductos alveolares comprometidos Patogênese do enfisema por tabagismo. O tabagismo estimula as células residentes a liberarem fatores que recrutam células inflamatórias para os pulmões. As várias células inflamatórias que se acumulam nos tecidos periféricos pulmonares liberam proteinases e oxidantes que danificam ou degradam a matriz extracelular nas paredes dos alvéolos, ductos alveolares (DA) e bronquíolos respiratórios (BR). Além disso, os agentes presentes na fumaça e aqueles liberados pelas células inflamatórias inativam os inibidores de proteases, como a alfa-1-antitripsina (AAT), causando senescência e apoptose nas células pulmonares produtoras de matriz extracelular. Os produtos oriundos da matriz extracelular danificada, como os peptídeos da elastina degradada, são quimiotáticos para as células inflamatórias. Desta forma, a degradação da matriz extracelular pode levar a uma alça de retroalimentação que perpetua a inflamação. Estes produtos derivados da matriz também podem deflagrar respostas imunes que levam à destruição da matriz extracelular. PATOGÊNESE DA ENFISEMA · Exposição ambiental: tabagismo, combustíveis fosseis, outros · Fatores genéticos: polimorfismos do TGF-B1, deficiência de alfa1 antitripsina · Causa estresse oxidativo, aumento da apoptose e senescência · Células inflamatórias que liberam mediadores inflamatórios · Desequilíbrio de protease e antiproteases · Tudo isso gera destruição da parede alveolar Interação de FATORES CONSTITUCIONAIS (deficiência de α1-AT) e AMBIENTAIS (fumo e outros irritantes da mucosa respiratória), que atuam sinergicamente e levam à destruição tecidual. · Quando há inativação das anti proteases há um desequilíbrioentre os estímulos gerando destruição dos septos alveolares e gerando enfisema · Na bronquite, a fumaça do cigarro produz estresse oxidativo que causam lesão epitelial. Há hiperplasia das células secretoras e hiperprodução de muco para tentar proteger o trato respiratório. Isso gera hiper-reatividade brônquica e obstrução do fluxo de ar · Os macrófagos e neutrófilos produzem proteases que gera destruição dos septos alveolares · No individuo saudável há equilíbrio entre proteases e antiproteases · Antiproteases ficam no fluido que reveste o sistema respiratório, sendo elas: alfa1 antitripsina, antileucoprotease, a1 macroglobulina Etapas da enfisema 1. Um estimulo (fumaça do cigarro) aumenta o numero de macrófagos que secretam substancias quimioatrativas para neutrófilos. Os neutrófilos acumulam-se no lumen e no interstício alveolar 2. Neutrófilos liberam elastase no lumen alveolar 3. A alfa1 antitripsina serica neutraliza a elastase e evita seu efeito destrutivo na parede alveolar 4. Um estimulo persistente continua a aumentar o numero de neutrófilos e macrófagos no lumen e interticio alveolares 5. Neutrófilos liberam elastase no lumen alveolar e no espaço interalveolar 6. Os níveis de alfa1 antitripsina serica caem e a elastase começa a destruir as fibras elásticas levando ao desenvolvimento do enfisema. As fibras elásticas danificadas não conseguem se recolher depois de esticadas INFLAMAÇÃO gera: · Lesão das pequenas vias aéreas remodelamento deformidades, tortuosidades e estreitamento das pequenas vias aéreas destruição do parênquima + perda do acomplamento alveolar + diminuição do recolhimento elástico · Deformidades, tortuosidades e estreitamento das pequenas vias aéreas resulta em obstrução ao fluxo aéreo · Em tabagistas pode coexistir a enfisema (perda da parede alveolar) e a bronquite (lesão das pequenas vias aéreas) BRONQUITE CRONICA · Tipo de doença pulmonar de obstrução crônica caracterizada por tosse produtiva constante por pelo menos 3 meses por 2 anos consecutivos. · Causada pelo mesmo mecanismo de enfisema – exposição prolongada a agente irritativos inalados levando a inflamação das vias aéreas e parênquima pulmonar · No individuo normal o lumen é normal e permite a passagem de ar · No individuo com bronquite ocorre estreitamento da via aérea por meio de tampões de muco e membranas mucosas inchadas · Assim esse remodelamento leva à diminuição da troca gasosa · A tosse visa a eliminar esse muco em excesso Patogênese · Ocorre indução de hiperplasia e hipertrofia das glândulas mucosas como mecanismo de defesa aos agentes irritantes inalados a longo prazo · Ocorre inflamação das vias aéreas e atração de macrófagos, linfócitos (CD4 e CD8 – que estimulam ainda mais os macrófagos). · CD4 estimula os macrófagos e com isso produzem RL · Macrófagos liberam TNFalfa, IL-8 e LTB4 que ativam neutrófilos · Os CD8 são citotóxicos e tendem a eliminar os neutrófilos, pois as proteases deles causam destruição das vias aéreas. Isso vira um ciclo vicioso de co ativação entre linfócitos e macrófagos gerando destruição da via aérea · As células epiteliais produzem E-selectina e ICAM-1 que atrai neutrófilos · A elastase de neutrófilos destrói a parede brônquica e induz produção exacerbada de muco que reduz ainda mais a luz (tosse produtiva) · Com isso, há destruição de epitélio, remodelamento por reparo e deposição de fibras que endurecem a região e há perda da capacidade funcional dos bronquíolos · Há destruição também dos cílios, dificultando o transporte ciliar · O clearance ciliar fica comprometido e favorece infecções persistentes porque o muco não é removido e se acumula Os CD8 tendem a eliminar os neutrófilos, pois produzem elastases e proteases (que destroem o parênquima), entende que eles precisam ser eliminados para não prejudicar. Fazendo isso, o CD4 está agindo contra mão, por ativar macrofagos, produzindo fatores quimiotaticos que atraem neutrófilos para aquele local. Ao longo do tempo isso destrói o parênquima e o epitélio de revestimento brônquico. Isso destrói os cílios e nao consigo eliminar o muco produzido em excesso, levando ao remodelamento pelo reparo dessas regiões. Esse remodelamento leva a deposição de fibras e tecido cicatricial, começa a ter diminuição do lúmen e atrapalha o fluxo aéreo. As próprias células epiteliais de revestimento do brônquio são fontes de mediadores inflamatórios, não sendo apenas as células. A elastase produzida pelos neutrófilos, além de ser uma protease, também é um potente secretagogo, ou seja, ele contribui para hipersecreção brônquica, o que diminui ainda mais para diminuição do lúmen. OBS: uma forma de se apurar a gravidade é a medição da quantidade de neutrófilos no sangue, para saber se está em uma fase grave ou nao. Como não há troca gasosa eficiente, o indivíduo pode apresentar hipercarbia (excesso de CO2), por não conseguir ter entrada eficiente. Por conta disso, tem-se hipoxemia por não acontecer hematose, podendo apresentar quadros cianóticos. Os indivíduos com bronquite crônica pode desenvolver cor pulmonale (complicação tardia da bronquite crônica- quando ocorre insuficiência cardíaca o individuo fica cianótico e inchado), insuficiência cardíaca direita (edema), hipertensão pulmonar. · A dispneia é comum em pacientes com bronquite crônica, pois o individuo tem a sensação de respiração incompleta, pois a troca gasosa está comprometida. · O individuo pode apresentar aumento de PCO2 no sangue e hipóxia por insuficiência de O2 no sangue. Com o tempo o individuo pode ficar cianótico A B A – Enfisema: magro (expiração não é adequada, ele tem a parte torácica hiperinsuflada e por ter que fazer inspiração forcada e dispneia aos esforços). B- bronquite: cianótico e edemaciado Porém, muitos pacientes com DPOC não conseguem ser classificados diretamente nesses tipos. DIFERENÇAS ENTRE ENFISEMA E BRONQUITE CRONICA Bronquite predominante Enfisema predominante Idade 40-45 50-75 Dispneia Leve e tardia Severa e inicial Tosse Inicial, escarro abundante Tardia, escarro escasso Infecções Comuns Ocasional Insuficiência respiratória Repetida Terminal Cor pulmonale Comum Raro e terminal Resistência das vias aéreas Aumentada Normal ou levemente aumentada Recuo elástico Normal Baixo – destruição do parênquima pulmonar Radiografia torácica Vasos proeminentes, coração grande – hipertrofia por IC direita Hiperinsuflação, coração pequeno Aparência Cianótico pletórico Blue bloater Soprador rosado Pink puffer HIPERTENSAO PULMONAR ocorre espessamento da intima, hipertrofia de mm lisa, infiltração de células inflamatórias e deposição de colágeno na vasculatura pulmonar. Isso pode gerar vasoconstrição e hipóxia crônica gerando hipertensão pulmonar e favorecimento do cor pulmonale em casos avançados de bronquite. 1 DPOC – Enfisema e Bronquite · Os brônquios se dividem em 2 bronquios principais, direito e esquerdo e sofrem sucessivas divisões formando a arvore traqueobronquica · E ssas bifurcações fazem com que um numero significativo de partículas solidas choquem com as paredes, formando um labirin to, de modo que quando o ar entra, as partículas mais pesadas se chocam e ficam retidas de modo a serem eliminadas depois pelo muco e batimento ciliar · Ocorre sedimentação por compacta ção gravitacional · Seria o mesmo que pessoas andando em m labirinto de o lhos vendados, você tromba nas paredes, fica zonzo e fica naquele local mesmo · Conforme formam bronquíolos, menor é o calibre das ramificações, quanto mais ramificações eu tenho, apesar demenor calibre, o numero de ramificações faz com que eu tenha uma mai or área de superfície de contato · Se eu tiver um terreno plano de 120m² e não fizer nada nele, eu tenho so essa área. Se nesse terreno eu fizer um prédio, eu aumento minha área para 800m² por exemplo · Quando o pulmão é ramificado, cada ramificação é como se fosse um andar a mais · O prédio não tem elevador, só escada. No iní cio a velocidade é maior, depois a gente cansa e sobe as escadas mais devagar. O ar entra com certa velocidade, mas a medida que passa pelos andares (ramificações e bifurcações) eles perdem velocidade – perda da força cinética · E assim elas se depositam na parede por ação gravitacional · A sedimentação do fluxo aéreo auxilia na retenção das partículas para serem eliminadas · As partículas menores que ultrapassam as bifurcações e não são sedimentadas chegam próximo na zona respiratória e ficam sujeitas aos mov imentos brownianos (aleatórios). Esses locais são mais úmidos e em contato comas partículas fazem com que elas adquiram peso e se sedimentem também no local ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA BIFURCAÇÕES: 1. Favorece choque partículas contra parede 2. Lentifica flux o de ar (perda movimento cinético) MOLÉCULAS QUE ULTRAPASSAM: 1. Pequenas - movimentos aleatórios por conta das moléculas de vapor que existem no ambiente saturado das pequenas vias aéreas · Quando atingidos por água forma núcleo de partículas condensadas qu e depositam . 1 DPOC – Enfisema e Bronquite Os brônquios se dividem em 2 bronquios principais, direito e esquerdo e sofrem sucessivas divisões formando a arvore traqueobronquica Essas bifurcações fazem com que um numero significativo de partículas solidas choquem com as paredes, formando um labirinto, de modo que quando o ar entra, as partículas mais pesadas se chocam e ficam retidas de modo a serem eliminadas depois pelo muco e batimento ciliar Ocorre sedimentação por compactação gravitacional Seria o mesmo que pessoas andando em m labirinto de olhos vendados, você tromba nas paredes, fica zonzo e fica naquele local mesmo Conforme formam bronquíolos, menor é o calibre das ramificações, quanto mais ramificações eu tenho, apesar de menor calibre, o numero de ramificações faz com que eu tenha uma maior área de superfície de contato Se eu tiver um terreno plano de 120m² e não fizer nada nele, eu tenho so essa área. Se nesse terreno eu fizer um prédio, eu aumento minha área para 800m² por exemplo Quando o pulmão é ramificado, cada ramificação é como se fosse um andar a mais O prédio não tem elevador, só escada. No início a velocidade é maior, depois a gente cansa e sobe as escadas mais devagar. O ar entra com certa velocidade, mas a medida que passa pelos andares (ramificações e bifurcações) eles perdem velocidade – perda da força cinética E assim elas se depositam na parede por ação gravitacional A sedimentação do fluxo aéreo auxilia na retenção das partículas para serem eliminadas As partículas menores que ultrapassam as bifurcações e não são sedimentadas chegam próximo na zona respiratória e ficam sujeitas aos movimentos brownianos (aleatórios). Esses locais são mais úmidos e em contato comas partículas fazem com que elas adquiram peso e se sedimentem também no local ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA BIFURCAÇÕES: 1. Favorece choque partículas contra parede 2. Lentifica fluxo de ar (perda movimento cinético) MOLÉCULAS QUE ULTRAPASSAM: 1. Pequenas - movimentos aleatórios por conta das moléculas de vapor que existem no ambiente saturado das pequenas vias aéreas Quando atingidos por água forma núcleo de partículas condensadas que depositam.
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