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Responsabilidade Civil

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Responsabilidade Civil (Resumo resumido)
Responsabilidade civil é a obrigação que incumbe uma pessoa de reparar o prejuízo causado a outra, pelo fato próprio, ou pelo fato de pessoa e coisas que dela dependam.
Quanto ao fato gerador:
Responsabilidade Civil Contratual deriva do inadimplemento de um negocio jurídico bilateral ou unilateral.
Responsabilidade Civil Extracontatual decorre da violação de um dever jurídico geral exposto na lei.
Quanto fundamento
Responsabilidade Civil Subjetiva implica na conduta lesiva dolosa ou culposa.
Responsabilidade Civil Objetiva a conduta lesiva prescinde de culpa ou dolo, ou porque prevista em lei ou na justificativa do risco
Quanto ao agente
Responsabilidade Civil Direta é oriundo de ato próprio, a pessoa que produz o dano é a responsável pela indenização.
Responsabilidade Civil Indireta se o causador do dano é um terceiro vinculado ao responsável pela indenização ou dano é causado por um animal ou coisa inanimada de sua propriedade ou sob sua guarda.
Responsabilidade Civil Contratual
O contrato é a lei entre as partes, não cumprimento da obrigação, responde o devedor por perdas e danos. O inadimplemento é absoluto da obrigação, quando a prestação não é mais possível ou útil ao credor. O inadimplemento é relativo, no caso de mora, art 395 “ Responde o devedor pelos prejuízos o que a sua mora der causa [...]”, a prestação ainda é possível e útil ao credor. Se alguém promete recompensa para quem encontrar o cachorro perdido p. ex, ela esta declarando sua vontade, se alguém encontrar o cachorro e restituindo se tornaria credor da recompensa, se não paga, nasce o direito de reclamar-la. A resp. civil contratual também pode ser causado por contrato unilateral (herança)
Pressupostos:
A conduta que descumpre um negocio jurídico bilateral ou unilateral (ato ilícito contratual)
O dano daí recorrente
O nexo de causa e efeito
Responsabilidade Civil Extracontratual
É a violação da norma jurídica reguladora da vida das pessoas em sociedade. Por exemplo, musica com decibéis acima do permitido (ato ilícito por abuso de direito)
Art. 1277 “O proprietário ou possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização da própria vizinha”. Há o inadimplemento de um dever jurídico legal, derivado da vontade do Estado, por quanto estampada na lei. Da inobservância do dever legal, abrolha a obrigação indenizatória
Pressupostos:
A conduta que descumpre um negocio jurídico bilateral ou unilateral (ato ilícito contratual)
O dano daí recorrente
O nexo de causa e efeito entre um e outro
Responsabilidade Civil Subjetiva
Implica na idéia de conduta culposa. A culpa pode ser considerada em sentido restrito, quando se manifesta pela negligencia, imprudência e imperícia, que se opõe ao dolo, ou em sentido amplo que açambarca o dolo, a vontade dirigida para o evento. Na culpa, o agente causador do dano quer a conduta, mas não quer o dano; no dolo, quer tanto a conduta quanto o dano.
O ato ilícito tratado no artigo 186 é todo ato contrário as normas de Direito Publico ou Direito Privado, sendo elementos a atijuridicidade, culpabilidade, o dano e a imputabilidade.
Antijuridicidade é toda ação ou omissão humana adverso ao ordenamento jurídico que ofende direitos alheios
Culpabilidade é o estado do culpável, do que pode ser imputado ao agente causador a titulo de dolo ou culpa.
Dano é todo prejuízo sofrido por uma pessoa, Sem dano não há responsabilidade.
Imputabilidade é atribuição da conduta danosa a determinada pessoa capaz.
Responsabilidade Civil Objetiva
Não cogita da conduta culposa ou dolosa do agente causador do dano, basta a relação de causa e efeito entre o dano experimentado pela vitima e a ação ou omissão do agente. Estabelecido esta causalidade abrolha, de pronto, a obrigação de indenizar. Por isso também é denominado responsabilidade civil sem culpa. 
Não se investiga antijuridicidade ou culpabilidade do fato danoso, considera-se sim, se ocorreu o evento e se dele emanou o dolo.
Teorias sobre as atividades de risco:
Teoria do risco proveito: imputa a responsabilidade a quem tira vantagem da atividade danosa, com fundamento no principio de que onde esta o ganho ai esta o encargo. O dano só seria reparado por aquele que colhesse algum proveito do fato lesivo.
Teoria do risco profissional: enfatiza que o dever de indenizar cabe somente quando o fato lesivo aninha-se na atividade ou profissão da vitima. Essa teoria afasta grande numero de acidentes de trabalho.
Teoria do risco administrativo: respaldo da responsabilidade civil do Estado. O Estado responde pelo risco criado inerente a sua atividade administrativa, sem qualquer indagação a pressupostos subjetivos da culpa.
Teoria do risco criado: Todo prejuízo deve ser atribuído ao seu ator e reparado por quem o causou.
Responsabilidade Civil Direta
O agente do ano responde por ato próprio ; Ex.: Transporte gratuito é extracontratual, e não contratual, respondendo o transportador pelos danos que causar ao carona em razão de culpa grave na condição do veiculo.Transporte oneroso é contratual e objetiva, transporte gratuito é extracontratual e subjetiva.
Responsabilidade Civil Indireta
Ocorre de ato de terceiro, ou do fato animal, ou da coisa inanimada. Os tutores e curadores são responsáveis pelos danos causados pelos seus pupilos e curatelados, assim como os pais pelos filhos menores. A responsabilidade pelos filhos decorre de fato natural, o tutor e curador aceitam grave encargo do que a rigor não lhes cabia.
O empregador é responsável pelos atos lesivos decorrentes da conduta culposa de seus empregados e em razão da jornada de trabalho, a culpa do empregador é objetiva.
Responsabilidade Civil Objetiva Pura
Cabe indenização, mesmo que inexista a culpa. Ex: Suponha-se que em razão de um tremor de terra(fato jurídico em sentido estrito extraordinário), fendesse o oleoduto da Petrobrás, contaminando o mar por vários quilômetros. Seria grave acidente ao meio ambiente. Essa atividade exercida pela Petrobrás teria o dever de indenizar, ainda que isenta de qualquer culpa.
Responsabilidade Civil Impura
	A responsabilidade civil impura encontra, invariavelmente, como substrato a culpa de terceiro que está vinculado à atividade do indenizador. 
Corresponde à responsabilidade civil indireta quando há subjetividade no antecedente e objetividade no conseqüente. Ex: Condutor que, verificando as condições climáticas desfavoráveis, não reduz a velocidade em asfalto molhado, perde o controle do veículo e invade a pista contrária, abalroando automóvel que trafega em sentido contrário – Culpa caracterizada, em razão da previsibilidade do evento. Responsabilidade civil – Acidente de trânsito – Reparação de danos – Proprietário do veiculo solidariamente responsável pelo evento dano causado pelo condutor a terceiros.
Direito de Regresso: actio in rem verso
	Direito regressivo por fato de terceiro, esta normalizado no art. 934 “Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houve pago daquele por quem pagou[...] ” DA-se pois actio in rem reverso .
Pressupostos da Responsabilidade Civil	
	São condições ou exigências para a configuração de determinada figura jurídica. Os pressupostos são: conduta, dano e o nexo de causa e efeito.
Conduta é um comportamento humano que se exterioriza por meio de uma ação ou omissão. A conduta culposa, bifurca-se em termos subjetivos e objetivos além do que exige a imputação. 
Em termo subjetivo é a possibilidade de o agente conhecer previamente o dever jurídico, tendo condições de cumpri-lo . 
Em termos objetivos, a culpa é a transgressão do dever jurídico preexistente, imposto pela lei ou pelo contrato.
A expressão conduta culposa designa a culpa em sentido amplo, que é a transgressão de um dever jurídico previsto ou previsível, imputável a alguém em decorrência do fato intencional ou não respectivamente doloso ou culposo.
Dolo é a vontade livre econciente de transgredir direito, tendo por consecução o ato ilícito.	
A culpa em sentido estrito é dividido em objetiva e subjetiva. O critério objetivo ou culpa em abstrato: toma por modelo o pater família, o idealizado homem médio (iguala todos os homens).O critério subjetivo : analisa o coeficiente pessoal.
A manifestação da culpa ocorre quando a falta de cuidado objetivo que leva ao erro de conduta, suscita três formas de manifestação da culpa: a negligencia a imprudência e a imperícia.
Negligencia: é a inanição, a inércia, a passividade.
Imprudencia: é agir sem o zelo recomendado pelas circunstancias do fato.
Imperícia: é a inaptidão, a falta de conhecimento ou habilidade para exercício de determinada profissão.
Presunção da culpa: renomado civilistas entendem que a presunção da culpa é uma responsabilidade civil objetiva, por dispensar a vitima de provar a culpa, cumprindo provar apenas a conduta e o dano.
A culpa contra legalidade:se o dever transgredido resulta do texto expresso de lei, de regulamento ou mesmo de determinadas regras técnicas de trabalho oficio ou profissão. A responsabilidade civil demana da mera infração da norma criando para o agente uma presunção relativa da culpa, que lhe imputa o árduo ônus da prova em contrario. A diferença entre presunção de culpa e culpa contra a legalidade: presunção de culpa é gênero e a culpa contra legalidade espécie, por ser mais restrita.
Culpa in eligendo, in vigilando e in custodiendo, in contraendo:
In eligendo: má escolha de representante preposto
In vigilando: ausência de fiscalização de pessoas sob a guarda e responsabilidade
In custodiendo: se deriva do desiduo na guarda do animal ou coisa inanimada
In contraendo: se verifica no processo de formação de um contrato, quando uma das partes injustificadamente não o conclui, causando prejuízo a outro.
Graus de culpa:
Culpa grave: é a atuação pelo inescusável falta de cautela, é fruto incúria, da irreflexão injustificável, vicinal ao dolo eventual, desde que amplamente previsível o resultado.
Culpa leve: é a ausência de diligencia media comum a qualquer pessoa, portanto a falta que pode ser evitado com a atenção ordinária própria do homem médio.
Culpa levíssima: desprezada pelo código penal, é a falta evitável só por uma atenção muito diligente ou especial habilidade e conhecimento singular, porquanto inerente ao cuidado meticuloso. Para o lusitano Fernando Pessoa Jorge odevedor não responde por culpa levíssima na responsabilidade civil contratual, apenas na extracontratual.
Dano
Útero que gera responsabilidade civil.Pode haver ato ilícito sem a responsabilidade de indenizar.
São varias as modalidades de reperação: pela convenção das partes, pela mediação ou arbitragem, pela tutela especifica, pela tutela genérica e ainda pela reparação natural ou in natura.
O dano indenizável deve ser certo ou efetivo, aquele fundado ou em fato preciso e não sobre mera hipótese.
Chance é a possibilidade real e seria, isto é, aquilo que normalmente acontece. Não é qualquer chance, mormente aquelas que se apresentam distantes, que não se colocam na seqüência ordinária dos fatos. Pelo critério de realidade e da seriedade da chance perdida é que se distingue dano hipotético, cuja reparação cabe arredar pela sua eventualidade.
O dano é direto quando a própria vitima sofre prejuízo. E o dano em ricocheta ou reflexo é quando o dano alem de atingir a vitima podem repercutir na esfera de interesse de outras pessoas, trazendo conseqüências praticas que devem ser consideradas. Ex.; Filha sofre acidente de ônibus, e a mãe entra com ação. Dano direto- filha; em ricochete mãe que entrou com ação.
Dano material:atinge o patrimônio da pessoa, acarretando sua depreciação. Quando atinge o patrimônio presente enseja o dano emergente e se o patrimônio futuro enseja o lucro cessante.
O dano emergente é o que a vitima efetivamente perdeu, trata-se de uma diminuição potente do seu patrimônio e o lucro cessante é que a vitima razoavelmente deixou de ganhar.
Restituto in integrum 
A fixação do quantum de beatur no dano material segue o principio da restitutio in integrum, de modo a não se dar menos do que o efetivo prejuízo e também não se dar mais do que deve reparar.
A perda de um livro integrante de uma coleção como um todo, se outro não pode ser reposto em seu lugar: pretium singulare (o que se indeniza é o que sofreu a pessoa ou o seu patrimonio). A perda do mesmo livro, sendo que a vitima não possuía os demais volumes da coleção, a depreciação equivale ao valor do livro, não mais.
Responsabilidade Civil do Incapaz
O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de faze-lo, ou não dispuserem de meios suficientes. O parágrafo único assegura que a indenização deverá ser equitativa, não podendo privar o incapaz, ou as pessoas dele dependentes, do necessário para uma substancia digna.
É uma responsabilidade subsidiaria porque o incapaz somente será compelido a reparar o dano no caso de seus responsáveis não estarem obrigados a faze-lo.
A equidade apresentado no parágrafo único, permite ao julgador considerar o que se apresenta como justo no caso singular, preservando o incapaz e seus dependentes, caso tenha, do necessário, a subsistência digna.
Dano Moral
Para Orlando Gomes, leva-se em consideração a natureza dos direitos subjetivos violados, é, portanto, o constrangimento que alguém experimentou em conseqüência de lesão de direito personalíssimo, ilicitamente produzido por outrem.
Para Sergio Cavalieri Filho, os direitos da personalidade açambarcam outros aspectos da pessoa humana, não diretamente vinculados a dignidade. Enumera a imagem, o bom nome,a reputação, sentimentos relações afetivas, aspirações, hábitos, gostos, convicções políticas, religiosas, filosóficas, direitos autorais, o que ele denomina de novos direitos da personalidade. Acrescenta que os direitos da personalidade podem ser realizados em diferentes dimensões, como também violados em diferentes níveis. Daí conceitua o dano moral, em sentido amplo, com aquele que envolve esses graus de violação do Direito da Personalidade
O dano moral existe in re ipsa, de modo que, provada a ofensa, está demonstrado o dano moral à guisa de uma presunção natural, presunção hominis ou facti, que decorre das normas da experiência comum
A pessoa jurídica, embora não seja titular de honra subjetiva que se caracteriza pela dignidade, decoro e auto-estima, exclusiva do ser humano, é detentora de honra objetiva, fazendo jus à indenização por dano moral sempre que o seu bom nome, reputação ou imagem forem atingidos no meio comercial por algum ato ilícito. Ademais, após a Constituição Federal de 1988, a noção do dano moral não mais se restringe ao pretium doloris, abrangendo também qualquer ataque ao nome ou imagem de pessoa, física ou jurídica, com vistas a resguardar a sua credibilidade e responsabilidade. Em resumo, a pessoa jurídica pode ser vítima de dano moral, contudo, diferentemente, da pessoa natural, em regra, o dano moral à pessoa jurídica deve ser provado, mesmo porque deixa vestígios susceptíveis de comprovação pelos meios normais de prova.
O dano moral pressupõe dor física ou moral, e se configura sempre que alguém aflige outrem injustamente, sem com isso causar prejuízo patrimonial. O dano estético, que se inscreve na categoria de dano moral, por sua vez, pode gerar a título de dano moral, e a título de dano material, por participar de aspectos de um e de outro.
O dano coletivo, ainda chamado de difuso, é o prejuízo experimentado por uma comunidade, sendo improvável a identificação individual de todos aqueles que são atingidos. Açambarca uma comunhão de pessoas, genericamente. 
Nexo de causa e efeito
Em significado ordinário a causa expressa o motivo de algo, o que faz com que uma coisa exista, aconteça, ou se torne possível. Em sentido jurídico, o nexo de causalidade é o liame existente entre a conduta humana (causa) e o dano (efeito).
Faz-se o seguinte questionamento: senão houvesse a conduta, o dano assim mesmo existiria? Na resposta firma-se o nexo causal. Se a resposta for negativa, a conduta foi a causa determinante do dano. Se a resposta for positiva, exclui-se o nexo causal, a conduta não foi causa do dano
O nexo de causalidade é pressuposto cogente a qualquer espécie de responsabilidade civil, cabendo à vítima do dano a sua prova. Na identificação do nexo causal, há duas questões a serem analisadas. Primeiramente, existe a dificuldade em sua prova; a seguir apresenta-se a problemática da identificação do fato que constitui a verdadeira causa do dano, principalmente quando decorre de causas múltiplas. Nem sempre há condições de estabelecer a causa direta do fato, sua causa eficiente.
Teoria da Equivalência das Condições
Consideram-se todos os antecedentes do resultado danoso, portanto tudo que concorre para o resultado é causa. Ou seja, no caso concreto, todos os eventos são apreciados, isolada ou conjuntamente, pois se equivalem na causalidade.
Ainda que se admita, em matéria civil, a teoria da equivalência das causas, isso não se haverá de fazer em sua absoluta pureza, pena de se conduzir a absurdos, com a extensão indefinida da cadeia causal
De efeito, essa teoria conjectura como causa eventos afastados do resultado, o que não compatibiliza, bastas vezes, com o binômio causa e efeito. Não deve ser acolhida na sua radicalização, mas exige uma reflexão animada pelo bom senso.
Teoria da Causalidade Adequada 
A teoria da causa adequada é seletiva. Entre as várias condições (conditiones sine quibus), é necessário não apenas que o fato tenha sido, em concreto, condição do dano, mas também que constitua, em abstrato, segundo as normas da experiência ou pelo curso normal das coisas, causa adequada à sua produção.
Em matéria de responsabilidade civil, havendo ‘causalidade múltipla’, cumpre precisar qual entre as circunstâncias fáticas é a causa eficiente do prejuízo. Se é certo que não se pode eleger arbitrariamente o fato gerador da responsabilidade, também não é adequado optar, de modo absoluto, em favor da chamada ‘equivalência das condições’. O meio-termo ilustrado pelo exame de cada caso concreto é a melhor solução.
Assim como na Teoria de equivalência das condições, sua aplicação exige apurada reflexão do caso concreto, informada sempre pelo bom senso, na busca da real causa do dano, com o cuidado objetivo de não se admitir as condições meramente prováveis.
Teoria dos Danos Diretos e Imediatos
A teoria dos chamados danos diretos e imediatos ou teoria da interrupção do nexo causal, no magistério de Wilson Melo da Silva, é o desejável meio termo, porquanto somente quando o dano sofrido pela vítima se ligue diretamente à conduta do agente, e tal relação não seja interrompida, perfaz-se a responsabilidade civil. 
Finalmente é bom que se afirme, por ser matéria de fato, o nexo de causalidade pode não encontrar solução em uma ou em outra teoria. Por isso, todas as teorias devem ser consideradas, pois uma ou outra pode ser verdadeira, ou ter um fundo de verdade, mas nunca uma das diversas teorias pode ser guias seguros. Daí o juiz deve procurar a equidade, o bom senso, o que Recaséns denomina de lógica do razoável ou do humano, resolvendo cada caso concreto segundo sua livre convicção, ponderando todas as circunstâncias que envolvem o fato lesivo.

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