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URINÁLISE
Coleta e Manipulação de Amostras
A coleta deve ser feita em um recipiente seco e limpo, descartável, diminuindo assim as chances de ocorreram contaminações. Há diversos recipientes que variam de tamanhos, porém todas eles devem possuir tampa com roscas para evitar vazamento, e também há bolsa de plástica para uso pediátrico.
Os recipientes de plásticos devem estar devidamente identificados com etiquetas que possuam código de barras, nome do paciente, data e horário da coleta. Depois de coletada a urina deve ser entregue ao laboratório rapidamente e esta deve ser analisada em uma hora.
Para manipular as amostras alguns cuidados devem ser tomados como usar luvas e não centrifugar as urinas sem usar a tampa. O descarte deve ser feito na pia, após deve espalhar água abundantemente sobre a pia, os recipientes onde estava as urinas devem ser jogados no lixo de risco biológico. 
Tipos de Amostras
Para coletar uma amostra que realmente represente o estado metabólico do paciente, são utilizados diversos tipos de amostra, sendo assim é importante dar instruções aos pacientes de acordo com o tipo de amostra que é necessária. Entre elas estão: 
Amostra aleatória: é útil nos exames de triagem, para detectar anormalidades bem evidentes. Contudo, pode produzir resultados errados, devido à ingestão de alimentos ou à atividade física realizada pouco antes da coleta da amostra.
Primeira amostra da manhã: é a amostra ideal para o exame de rotina ou tipo I. trata-se de uma amostra concentrada, o que garante a detecção de elementos figurados que podem não estar presentes nas amostras aleatórias mais diluídas.
Amostra colhida duas horas após a refeição (Pós prandial): faz-se a prova da glicosúria, e os resultados são utilizados principalmente para monitorar a terapia com insulina em portadores de diabetes melitus.
Amostra de 24 horas: é utilizada pois, muitas vezes é necessário medir a quantidade exata de determinada substância química na urina, ao invés de registras apenas sua presença ou ausência.
Amostras pediátricas: Para este tipo de coleta, são utilizados coletores de plástico transparente com adesivos que se prendem à área genital de crianças de ambos os sexos, para coleta de amostras de rotina.
Fase Pré-Analítica
Esta fase pré-analítica é de extrema importantes, pois é fundamental a correta identificação da amostras com os respectivos protocolos de exames. Além, é necessário assegurar o correto processamento das amostras. No Laboratório de Análises Clínicas São Lucas cada paciente recebe um código de barras, que todas as amostras recebem o mesmo código de barras. 
Fase Analítica 
Exame Físico 
Volume
Néfron é a unidade funcional do rim, cada rim tem carca de um milhão de néfrons, cerca de 1.200 mL de sangue são filtrados pelos rins, aproximadamente são filtradas 1 mL de urina por minuto. Em um adulto normal, o volume urinário em 24 horas variada de 1 a 1,8 L. O volume eliminado varia de acordo com a alimentação, com exercício físicos e quantidade de líquido ingerido. Segundo alguns estudiosos volumes inferiores a 400 ml (anuria) ou superiores a 1800 ml/dia (poliuria) são patológicos.
Odor
A urina recém eliminada tem um odor característico denominado “sui generis”. Quando são observados odores incomuns, podem ser casos de infecção bacterinas neste caso é denominado pútrido, e a presença de corpos cetônicos do diabetes provocam um odor adocicado.
Aspecto
Este refere-se ao nível de transparência da amostra de urina. Este fator é determinado por um modo simples, este consiste apenas pela observação visual da amostra homogeneizada, este estando em um recipiente transparente e um local bem iluminado. A aparência são divididas em transparente, opaca, ligeiramente turva, moderadamente turva e turva.
Cor
Normalmente a urina eliminada por indivíduos saudáveis é amarelada, isto é oriundo da excreção de três pigmentos urocromo, uroeritrina e urobilina, sendo estes resultantes do metabolismo normal do organismo. A intensidade da cor tem relação com a concentração urinaria e o grau de hidratação da pessoa. Alguns fatores que alteram a cor da urina, sendo esses algumas substâncias, atividade física ou em algumas patologias. As cores normalmente encontradas são amarelo-claro a amarelo escuro.
Figura 1 – Frasco contendo urinas de diferentes tonalidades. Fonte: https://www.mdsaude.com/2008/11/urina-com-cheiro-forte.html
Densidade 
Avalia a capacidade de reabsorção renal é realizada medindo a densidade da amostra, o que também detecta um possível desidratação ou anormalidade de hormônio antidiurético. Medida num volume de 24 horas e misturada homogeneamente, a densidade deverá oscilar entre 1010 a 1025. 
Exame Químico
O exame químico consiste no uso de tiras reagentes, um procedimento qualitativo e semiquantitativo de monitorar alguns aspectos bioquímicos da urina. Estas tiras foram desenvolvidas para monitorar constituintes da urina humana.
Figura 2 – Tiras reagentes. Fonte: https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-tiras-de-teste-diagn%C3%B3sticas-do-reagente-da-urina-image53490532
pH urinário
O organismo elimina a urina com intenção de eliminar também os íons de hidrogênio que são produzidos durante o processo metabólico, proporcionando o equilíbrio ácido-base, o pH urinário varia entre 4,5 a 7.
Proteínas
Uma pequena quantidade de proteína pode ser considerada normal na urina, mas o resultado da tira reagente deve ser interpretado em conjunto com a densidade urinária, pois esta tem relação com a concentração da urina. A proteinúria pode ser decorrente de diversas causas por exemplo glomerulonefropatia, hematúria, proteinúria pode ser pré-renal, renal ou pós-renal. Em situação anormal, esse valor poderá oscilar entre 200 mg e 50 g por litro de urina. A presença de proteinúria poderá indicar afecções gerais como febre, inflamações das vias urinarias e outras.
Glicose
A glicosúria é constatada por uma reação enzimática específica para glicose. A glicosúria pode ser ocasionada por hiperglicemia ou lesão de túbulo proximal renal. Normalmente, os túbulos proximais reabsorvem a glicose filtrada, mas quando a concentração sanguínea e a do ultrafiltrado ultrapassam a capacidade de reabsorção, a gicose aparece na urina. Glicosúria na ausência de hiperglicemia representa um defeito de reabsorção tubular em que o rim falha em reabsorver a glicose do filtrado glomerular.
Corpos cêtonicos
As tiras de urina apresentam nitroprussiato de sódio que reage com ácido acético e acetona. A urina fisiológica é livre de corpos cetônicos. A cetonúria ocorre quando estes compostos aumentam no plasma em consequência de distúrbios no metabolismo de ácidos graxos e carboidratos. Algumas situações levam à cetonúria: jejum prolongado, anorexia, lipidose hepática, cetoacidose diabética, toxemia da gestação e hepatopatias.
Bilirrubina
Quando a hemoglobina é degradada, a porção heme é convertida em bilirrubina, que por sua vez é conjugada no fígado e excretada na bile. Uma parcela da bilirrubina conjugada escapa para a circulação e é filtrada pelo glomérulo, aparecendo na urina. Há um pequeno limiar renal para a bilirrubina, e mesmo um leve aumento na bilirrubina plasmática pode conduzir à bilirrubinúria. Assim, a bilirrubinúria é detectada antes da hiperbilirrubinúria ou da icterícia. A bilirrubinúria pode ser encontrada em distúrbios hepático e hemolíticos ou em obstrução das vias biliares com colestase intra e extra-hepática.
Urobilinogênio
A urina contém traços de urobilinogênio, que é oxidado logo ao ser eliminado. A exposição a luz faz com que o urobilinogênio se transforme com urobilina. O urobilinogênio se origina no intestino às custas da flora bacteriana que atua sobre a bilirrubina. Aí, uma parte do urobilinogênio é transformada em estercobilina, que é eliminado nas fezes. A outra parte, absorvida, volta ao fígado, sendo então novamente eliminada para o intestino. Apenas uma fração desse urobilinogênio absorvido é excretada pelos rins, aparecendona urina. A urobilina elevada na urina se dá pelo metabolismo exagerado da hemoglobina-bilirrubina, ou a um déficit hepático na captação e excreção do urobilinogênio sangüíneo.
Sangue 
As tiras reagentes detectam a porção heme da hemoglobina e da mioglobina. A hematúria é encontrada em doenças do trato urinário inferior ou genital, incluindo infecção, neoplasia, doença inflamatória ou idiopática, e do trato urinário superior. A hemoglobinúria pode ocorrer quando eritrócitos intactos lisam em urina extremamente diluída (densidade <1,008) ou quando há níveis elevados de hemoglobina no sangue decorrente de hemólise intravascular. 
Nitrito
A prova com tira reativa para nitrito é um processo rápido de detectar infecções do trato urinário. O fundamento bioquímico da prova do nitrito é a capacidade que certas bactérias têm de reduzir o nitrato, constituinte normal da urina, e convertê-lo em nitrito, que normalmente não aparece na urina. Após a realização do teste e se este for positivo, é realizado a cultura de urina para diagnosticar corretamente qual é a bactérias causado da infecção. Acredita-se que a maioria das infecções do trato urinário comece na bexiga, como resultado de contaminação externa, e que, se não tratadas, progredirão para as regiões superiores através dos ureteres, chegando aos túbulos, à pelve renal e aos rins.
Leucócitos 
A leucocitúria é caracterizada pelo número aumentado de leucócitos na urina. Na maioria das vezes, refere-se ao aumento da quantidade de neutrófilos e indica inflamação no trato urogenital. Apesar de grande variação dos valores de referência de leucocitúria, leucócitos/campo (400x), em amostras de jato médio de urina, representam o limite superior de normalidade.
Exame Microscópico
O exame microscópico é considerado de grande importância, pois este além de diagnosticar, auxilia na avaliação da evolução das doenças renais, hipertensivas e outra. Neste exame são analisado elementos como leucócitos, hemácias, cristais, cilindros, células e microrganismo. 
Hemácias
Normalmente a urina não contém hemácias, quando ocorre este não ultrapassa de uma ou duas por campo do microscópio. Quantidades superiores a esta são sempre patológicas e constituem as hematúrias microscópica ou macroscópica. Esta última tem lugar quando a taxa de hemácias atinge ou supera 1 ml de sangue por litro de urina, torna-se visível a olho nu.
Figura 3 – Imagem microscópico (100x) contendo hemácias e espermatozoides. Fonte: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/08/como-identificar-hemacias-no-sedimento.html
Leucócitos
A urina não deve conter leucócitos, porém a presenta reduzida de dois ou três por campo, pode ser considerada normal. Quando agrupados, sugerem um processo inflamatório das vias excretoras.
Figura 4 – Aumento de (100x) leucócitos e bactérias. Fonte: http://www.nucleovagapara.com.br/leucocitos-na-urina/
Células 
Também deve ser encontrado um pequeno número de células epiteliais transicionais, porém em casos de irritação/inflamação da bexiga pode ser observado um aumento na quantidade destas células. A urina também pode conter células epiteliais escamosas da uretra ou vagina. Células epiteliais ureterais e renais são observadas em número bastante reduzido em urinas de pacientes normais. 
Figura 5 – Imagem microscópica (100x) células epiteliais. Fonte: http://umconviteabiomedicina.blogspot.com.br/2011/09/identificacao-de-celulas-epiteliais-de.html
Cilindros 
Os cilindros formam-se nos túbulos renais a partir de mucoproteínas secretadas pelas células epitéliais tublares. Estas proteínas se condensam formando os cilindros hialinos. Quando estes cilindros envelhecem e/ou se deterioram e se solidificam nos túbulos, ocorre a formação dos cilindros céreos. Uma urina normal pode conter poucos cilindro hialinos e granulosos, mas uma quantidade maior destas estruturas reflete uma patologia renal, mais precisamente uma doença tubular aguda. Inflamação ou hemorragia renal podem levar à formação de cilindros leucocitários ou eritrocitários, respectivamente. 
Figura 6 - Cilindros hialinos aumento de (100x). Fonte: http://adamogama.blogspot.com.br/2012/08/cilindros-na-urina.html
Cristais 
A presença de cristalúria é influenciada pelo pH urinário, densidade urinária, saturação de precursores na urina e presença de promotores ou inibidores de cristais. Pacientes com amostras de urina muito concentradas, com altas concentrações de substâncias cristalogênicas ou com reduzida taxa de fluxo renal estão predispostos à formação de cristais. A presença de cristais na urina em pacientes com histórico de urolitíase ou sinais clínicos relevantes, pode ser significativa.
Figura 7 – Cristais na urina (aumento de 400x). Fonte: https://saudevital.info/cristais-na-urina/
REFERÊNCIAS 
CAMARGOS, F. C.; LIMA, L. C.; MENDES, E. N.; BAHIA, M. Leucocitúria. Belo Horizonte - Minas Gerais, Rev Medicina. Vol. 14, n. 3, pag. 185-189, 2004.
DALMOLIN, M. L.; GONZÁLEZ, F. H. D. A urinálise no diagnóstico de doenças renais. 2011, p. 1 – 14. Trabalho apresentado para conclusão do Programa de Pós-Graduação e Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre – RS.
JOVILIANO, R. D. Uranálise: Abordagens Gerias. Disponível em: http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/hispecielemaonline/sumario/17/30032011215549.pdf. Acesso em: 07/05/2018.
NAKAMAE, D. D.; MIYADAHIRA, A. M. K.; ARAÚJO, C. P.; TAKAHASHI, E. I. U.; VALENTE, M. A.; CHIARELLO, M. L.; KOIZUMI, M. S.; KIMURA, M. Exame de urina: todo o rigor na colheita de amostras. Rev. Esc. Enf. USP, São Paulo - SP, 1989.
Urinálise e Fluidos Corporais - 5ª Ed. Autor: Di Lorenzo, Marjorie Schaub; Strasinger, Susan King. Editora: Livraria Medica Paulista - Lmp

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