AULA 11 A TERRITORIZAÇÃO A VISITA DOMICILIAR

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AULA 11: DA TERRITORIALIZAÇÃO À VISITA DOMICILIAR 
Enfermagem em saúde da família 
ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMÍLIA 
Aula 11: Da territorialização à visita domiciliar 
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Enfermagem em saúde da família 
Objetivos 
• Compreender a importância do cadastramento e adscrição de clientela para a atuação da Equipe de 
Saúde da Família; 
• Correlacionar mapeamento e territorialização; 
• Conceituar território e compreender sua importância para as ações da Equipe de Saúde da Família; 
• Elaborar questionamentos sobre o que é, quando e como devem ser realizadas as visitas domiciliares. 
 
1. Cadastramento e adscrição de clientela; 
2. Mapeamento; 
3. Territorialização; 
4. Visita domiciliar. 
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Cadastramento e adscrição de clientela 
Cadastramento 
• Etapa inicial do processo de trabalho do agente comunitário de saúde; 
• O cadastramento das famílias e pessoas das áreas de abrangência da Equipe de Saúde da Família (ESF) é 
realizado no início dos trabalhos das ESF e atualizado anualmente ou sempre que necessário. É 
consolidado a partir da FICHA DE CADASTRO DOMICILIAR; 
• Ao percorrer as casas para cadastrar as famílias e identificar os seus principais problemas de saúde, o 
trabalho dos primeiros agentes contribuiu para que os serviços de saúde pudessem oferecer uma 
assistência mais voltada para a família, de acordo com a realidade e os problemas de cada comunidade. 
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Cadastramento e adscrição de clientela 
Cadastramento 
O cadastro possibilita o conhecimento das reais condições de vida das famílias residentes na área de 
atuação da equipe, tais como: 
• Composição familiar; 
• Existência de população indígena, quilombola ou assentada; 
• Escolaridade; 
• Acesso ao saneamento básico; 
• Número de pessoas por sexo e idade; 
• As condições da habitação; 
• Desemprego; 
• Doenças referidas. 
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Cadastramento e adscrição de clientela 
Cadastramento 
• É importante identificar os diversos estabelecimentos e instituições existentes no território, como 
escolas, creches, comércio, praças, instituições de longa permanência, igrejas, templos, cemitério, 
depósitos de lixo/aterros sanitários etc. 
• Os dados do cadastramento devem ser de conhecimento de toda a Equipe de Saúde da Família. 
 
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Cadastramento e adscrição de clientela 
Cadastramento 
Como informações importantes para o diagnóstico da comunidade é importante a partir do cadastramento 
identificar: 
• Outros locais onde os moradores costumam ir para resolver seus problemas de saúde, como casa de 
benzedeiras ou rezadores; 
• Saber quais os serviços de saúde (pronto-socorro, hospitais etc.) que procuram situados fora de sua 
área de moradia ou fora do seu município; 
• Saber se as pessoas costumam usar remédios caseiros, chás, plantas medicinais, fitoterapia e/ou se 
utilizam práticas complementares como a homeopatia e acupuntura. 
 
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Cadastramento e adscrição de clientela 
Atividade 01 
Apresentar a FICHA DE CADASTRO DOMICILIAR disponível no link: 
• http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/ficha_cadastro_domiciliar.pdf 
• Dividir a turma em grupo; 
• Eleger um aluno de cada grupo para realizar o cadastramento dos outros membros do grupo, 
considerando todos os componentes do núcleo familiar dos mesmos; 
• Em seguida, eleger outro aluno de cada grupo para apresentar os dados do cadastramento para toda a 
turma. 
 
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Cadastramento e adscrição de clientela 
• Está relacionado ao registro, a inscrição da clientela, 
dos usuários, da família pelas Equipes de Saúde da 
Família, de acordo com seu local de residência; 
• Termo empregado para descrever a relação serviço-
território-população. 
Adscrição de clientela 
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Cadastramento e adscrição de clientela 
Diagnóstico familiar e da comunidade 
Os dados do cadastramento contribuem para realização do diagnóstico familiar e da comunidade; 
São indispensáveis para o diagnóstico as informações: 
• Dados demográficos (endereço/idade/sexo/origem dos membros da família); 
• Dados socioeconômicos (condições de trabalho/ de ocupação/ de escolaridade/ de moradia); 
• Dados socioculturais (estrutura familiar/ situação conjugal/ papéis/ hierarquia). 
 
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Cadastramento e adscrição de clientela 
Diagnóstico familiar e da comunidade 
• Após a coleta dos dados e preenchimento do cadastro, as Equipes de Saúde da Família devem 
consolidar e converter as informações em dados que servirão para elaborar o diagnóstico familiar e da 
comunidade; 
• Os dados consolidados permitem conhecer a situação de saúde das famílias e comunidade e 
contribuem orientando as ações de saúde realizadas pelas Equipes de Saúde da Família; 
• Ao final do processo de cadastro e consolidação, é possível saber a distribuição da população por faixa 
etária e por sexo, e sua distribuição geográfica. 
 
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Mapeamento 
Mapa ou cartografia 
• Cartografia: Ciência da representação gráfica da superfície terrestre que tem como produto final o 
mapa; 
• Mapa inteligente: É um instrumento para o planejamento que tem como objetivo melhorar a qualidade 
no serviço de saúde. Ele define as áreas e microáreas de abrangência das equipes de saúde da família e 
é alimentado por ações de territorialização que coletam informações geográficas e de saúde obtidas no 
diagnóstico da comunidade. 
 
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Mapeamento 
1. O mapa ou cartografia é realizado a partir de uma 
planta atualizada de cada município; 
2. O mapa ou cartografia define a área de atuação de 
cada Equipes de Saúde da Família; 
3. O mapa ou cartografia é uma ferramenta utilizada para 
o diagnóstico e planejamento das atividades de campo 
dos profissionais da Equipes de Saúde da Família. 
Mapa ou cartografia 
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Mapeamento 
Mapa ou cartografia 
O mapeamento permite: 
• O pleno conhecimento do território; 
• Identificação do perfil demográfico, epidemiológico, socioeconômico e ambiental; 
• Possibilita o monitoramento do processo de trabalho; 
• Permite a tomada de decisão das ações de saúde de forma mais eficiente; 
• Possibilita conhecer/reconhecer as fragilidades e potencialidades da comunidade; e 
• Contribui para a valorização do trabalho do agente comunitário de saúde. 
 
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Territorialização 
Território 
• O território é entendido como o espaço onde vivem grupos sociais definidos, suas relações e condições 
de subsistência, de trabalho, de renda, de habitação, de acesso à educação e o seu saber preexistente, 
sua interação com o meio ambiente, sua cultura e concepções acerca da saúde e da doença, sua 
estruturação familiar; 
• O território não é compreendido apenas como um espaço geográfico, mas, sim, como o local em que se 
dá o processo de vida da comunidade,a interação de distintos atores sociais com qualificações sociais, 
econômicas, culturais, políticas, epidemiológicas e históricas distintas. 
 
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Territorialização 
Território 
Ao territorializar é importante verificar: 
• Distribuição da população; 
• A cultura e origem da população; 
• Tipo de trabalho e bens que produzem; 
• Os recursos naturais disponíveis e os alimentos que produzem e consomem; 
• Como constroem suas casas; 
• As principais doenças que afetam a população; e 
• Os meios de comunicação e de transporte que utilizam. 
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Territorialização 
Critérios para delimitar um território 
1. Levantar o número de habitantes (IBGE, Secretaria de Planejamento da Prefeituras); 
2. Utilizar barreiras geográficas como limites (morros, rios, mar); 
3. Realizar agrupamentos ou dividir a partir de definições utilizadas por outros órgãos (IBGE, plantas 
atualizadas do município, setor censitário e Instituto de Planejamento Urbano); 
4. Demarcar agrupamentos com condições sociais, econômicas e culturais similares; 
5. Considerar sempre o fluxo de deslocamento das pessoas; 
6. Considerar a acessibilidade para utilização dos serviços como importante. 
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Territorialização 
Por que é importante delimitar o território? 
Permite conhecer, controlar, minimizar ou solucionar os problemas a partir de uma população definida. 
A territorialização contribui para: 
1. Definir as prioridades; 
2. Conhecer as necessidades de serviços; 
3. Facilitar a avaliação dos serviços prestados; 
4. Definir e buscar os recursos necessários; 
5. Conhecer a distribuição da população local; 
6. Permitir o planejamento ascendente (do nível municipal até o nível federal). 
 
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Visita domiciliar 
Visita domiciliar (VD) 
• A Portaria nº 648, de 29/03/2006, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica e estabelece 
diretrizes e normas para a organização desse nível de atenção, aponta como atribuição comum de 
todos os profissionais da Equipes de Saúde da Família realizar o cuidado em saúde da população 
adscrita, prioritariamente, no âmbito da unidade de saúde, no domicílio e nos demais espaços 
comunitários, quando necessário. 
• A VD é uma tecnologia de interação no cuidado à saúde, sendo de fundamental importância quando 
adotada pela Equipe de Saúde da Família no conhecimento das condições de vida e saúde das famílias 
sob sua responsabilidade. 
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Visita domiciliar 
Visita domiciliar (VD) 
• A VD só se configura como instrumento intervencionista das Equipes de Saúde da Família quando 
previamente planejada e realizada de forma sistematizada, iniciando-se antes e continuamente após o 
ato da visitação; 
• Nem toda ida do profissional ao domicílio do usuário pode ser considerada VD, pois para se caracterizar 
como tal deve estar pautada em objetivos claros e ser previamente delineada pela equipe de 
profissionais. 
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Visita domiciliar 
Visita domiciliar e cadastramento 
Recomenda-se que o cadastramento seja feito a partir das visitas domiciliares, já que a visita domiciliar 
permite: 
• Conseguir a identificação correta do endereçamento; 
• Definir as áreas de abrangência e a adscrição de clientela no mapeamento e territorialização do 
município, induzindo à organização das ações desenvolvidas pelas unidades de saúde; 
• Vincular o indivíduo ao domicílio, favorecendo a realização de atividades de âmbito coletivo, como 
busca ativa de comunicantes de doença infecciosas, bloqueio vacinal; 
• Favorecer o diagnóstico das condições de vida da população residente, permitindo estabelecer 
correlações entre estas e os determinantes dos problemas de saúde identificados na população. 
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Visita domiciliar 
Objetivos da visita domiciliar 
• Conhecer o domicílio e suas características ambientais, socioeconômicas e culturais; 
• Verificar a estrutura e a dinâmica familiar; 
• Identificar fatores de risco individuais e familiares; 
• Prestar assistência ao paciente no domicílio, especialmente no caso de acamados; 
• Auxiliar no controle e prevenção de doenças transmissíveis; 
• Promover ações de promoção à saúde, incentivando a mudança de estilo de vida; 
• Propiciar ao indivíduo e à família, a participação ativa no processo saúde-doença; 
• Adequar o atendimento às necessidades e expectativas do indivíduo e de seus familiares; 
• Intervir precocemente na evolução da doença para evitar complicações e internações hospitalares; 
• Estimular a independência e a autonomia, incentivando práticas para o autocuidado. 
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Visita domiciliar 
As visitas devem ser programadas rotineiramente pela 
Equipe de Saúde da Família, devendo a seleção do 
indivíduo e/ou das famílias ser pautada nos critérios 
definidores de prioridades, por conta de especificidades 
individuais ou familiares. 
Prioridades 
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Visita domiciliar 
Atividade 02 
Os alunos em grupo deverão a partir do conteúdo apreendido simular uma visita domiciliar para abordagem 
de uma usuária gestante e sua família. 
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BARCELLOS, Christovam; ROJAS, Luisa Iñiguez. (Org.) O território e a vigilância em saúde. Rio de Janeiro: 
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, FIOCRUZ/EPSJV/PROFORMAR, 2004. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. O 
trabalho do agente comunitário de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 
______. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 
CUNHA, C. L. F.; GAMA, M. E. A. A visita domiciliar no âmbito da atenção primária em saúde. Disponível 
em: 
http://www.uff.br/tcs2/images/stories/Arquivos/textos_gerais/A_VISITA_DOMICILIAR_NO_MBITO_DA_
ATENO_PRIMRIA_EM_SADE.pdf. Acesso em: 21 jul. 2017. 
FONSECA, A. F. O território e o processo saúde-doença. Organizado por Angélica Ferreira Fonseca e Ana 
Maria D’Andrea Corbo. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2007. 
Referências 
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Abordagem familiar; 
 
Ferramentas da ESF: 
Referência e Contrarreferência; 
 
Genograma; 
 
Ecomapa; 
 
Ciclo de vida. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.