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Processo Grupal

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O Processo Grupal
O Processo Grupal...
Os processos grupais são experiências fundamentais para as nossas formações, estruturações de convicções e para o desenvolvimento de nossas capacidades.
 
Com toda a carga das experiências anteriormente vividas que nos jogamos em novas experiências de relacionamentos grupais;
A nossa inserção grupal pode ser realizada de uma forma consciente ou não.
Temos consciência de que participamos de alguns grupos comumente aqueles que aderimos por uma opção pessoal;
A participação nos demais é feita, geralmente, de maneira rotineira e sem nos darmos conta;
E muitas vezes somos carregados pelo grupo.
Até aqui estávamos nos referindo aos chamados grupos "espontâneos" ou "naturais";
Claro que precisamos também considerar os grupos estruturados com finalidades específicas, organizados e coordenados pelos próprios participantes, ou por profissionais das mais variadas formações;
Grupos de anônimos (AAs, NAs, etc.), grupos ligados às Igrejas, que atuam nas comunidades, nos partidos políticos, nos sindicatos, nas escolas, nas fábricas, nas praças, dentre vários outros.
Todos os grupos podem estar a serviço da transformação social quanto da sua manutenção;
 
Estamos, portanto, rodeados de grupos e participando ou negando participar deles em todos os momentos de nossas vidas.
Preocupação com o Grupo
Historicamente, sabe-se que o vocábulo "groppo" ou "grupo" surgiu no século XVII;
Referia-se ao ato de retratar, artisticamente, um conjunto de pessoas;
Regina Duarte Benevides de Barros (1994), doutora em Psicologia, diz que foi somente no século XVIII que o termo passou a significar "reunião de pessoas";
A mesma autora afirma que o termo pode estar ligado tanto a idéia de "laço, coesão", quanto a de "círculo".
Tanto a Sociologia quanto a Psicologia têm demonstrado interesse no estudo dos pequenos grupos sociais, pensando o "grupo" como uma intermediação entre o "indivíduo" e a "massa“.
Na Psicologia, o estudo sistemático dos pequenos grupos sociais, busca compreender a dinâmica dos mesmos, tendo início na década de 30 e 40, com Moreno e Kurt Lewin.
Moreno inicia com o "teatro da espontaneidade" que depois vai levar ao Psicodrama.
Na área de pesquisa cria a Sociometria(do latim socius + metrum é uma ferramenta analítica para estudo de interações entre grupos. Foi desenvolvida pelo psicoterapeuta Jacob Levy Moreno nos seus estudos sobre a relação entre estruturas sociais e bem-estar psicológico) o estudo de relações de aproximação e afastamento entre as redes de preferência e rejeição, tanto nos grupos quanto na comunidade como um todo;
Lewin cria o termo "dinâmica de grupo", que foi utilizado pela primeira vez em 1944;
Não podemos esquecer que a preocupação com grupos, de Moreno e de Lewin aparecem em seguida às inovações tayloristas e fordistas que levam à elevação dos lucros mas também à deterioração das relações tanto dos operários entre si quanto em relação a chefias e patrões.
O Grupo 
Em geral, os(as) autores(as), ao se referirem ao conceito de grupo, partem da descrição do mesmo fenômeno social: a reunião de duas ou mais pessoas com um objetivo comum de ação;
O que difere é a leitura que os mesmos fazem do processo de constituição do grupo e do entendimento da finalidade do mesmo;
Lewin centra a sua definição de grupo, na interdependência dos membros do grupo, onde qualquer alteração individual afeta o coletivo.
Lewin demonstra uma preocupação em buscar o "grupo como um ser" que transcende as pessoas que o compõem.
O sociólogo Olmsted é um outro autor que  define o grupo como "uma pluralidade de indivíduos que estão em contato uns com os outros, que se consideram mutuamente e que estão conscientes de que têm algo significativamente importante em comum";
Esta definição traz consigo a idéia da consideração mútua, sem a preocupação da homogeneidade.
Aponta para a diversidade dos participantes e para o sentimento de compartilhar algo significante para cada um deles.
Podemos dizer, que de acordo com o referencial de homem e de mundo que os cientistas sociais assumem, vai variar o entendimento, o sentido e a explicação que os mesmos vão dar em relação ao grupo e aos processos grupais.
Lane (1986) enfatiza que a função do grupo é definir papéis, o que leva a definição da identidade social dos indivíduos e a garantir a sua reprodutividade social.
O grupo também pode ser visto como um lugar onde as pessoas mostram suas diferenças;
Onde as relações de poder estão presentes e perpassam as decisões cotidianas, onde o conflito é interente ao processo de relações que se estabelece;
Onde há uma convivência do diferente, do plural;
Num confronto de idéias, buscando conciliar apenas o conciliável, deixando claro as individualidades, o diferente;
A importância de afirmar que as pessoas são diferentes, possuem e pensam valores diferentes.
Determinações de classe social, de gênero, de raça e de nacionalidade;
Relações que se embaterão tanto na busca consciente de uma determinação quanto de defesas inconscientes utilizadas para lutar e/ou fugir das ameaças que as novas situações desconhecidas nos colocam;
Conflitos que podem gerar conforme Bion (1975), situações de funcionamento na base de ataque ao desconhecido ou da espera de um messias que venha trazer a salvação ao grupo.
 
O grupo precisa ser visto como um campo onde os trabalhadores sociais que se aventuram devem ter claro que o indivíduo sempre é um ser alienado e o grupo é uma possibilidade de libertação (Lane, 1986), possibilidade de ser sujeito.
Mas também pode ser uma maneira de fixá-lo na sua posição de alienado;
As relações que se estabelecem podem ser meramente de reprodução das relações de dominação e de alienação.
Como "Funciona" o 
Processo Grupal?
O grupo deve ser pensado como um projeto, como um eterno vir-a-ser; 
Pensando como Sartre(1970) e Lapassade (1982): este processo é dialético;
Constituído pela eterna tensão entre a serialidade e a totalidade;
Há uma ameaça constante da dissolução do grupo e a volta à serialidade, onde cada integrante assume e firma a sua individualidade sendo mais um na prensença dos demais;
Ao mesmo tempo há uma busca constante pela totalidade, dando sentido a relação estabelecida.
A serialidade encontra-se na origem de todo grupo e este se constitui, num primeiro momento contra a serialidade. Ao constituir-se o grupo ocorre uma fusão das distintas serialidades de cada um dos integrantes. Pode-se descrever essa ruptura do isolamento. da série a partir da tensão original da necessidade (escassez) ou de um perigo comum.
O momento da fusão (nascimento do grupo) acontece com a tomada de consciência de uma tarefa comum (a partir da necessidade, escassez, perigo, etc.) onde cada um depende dos demais. É o momento em que indivíduos isolados tomam consciência de sua interdependência, de seus interesses comuns. Estabelece-se um “degelo” das comunicações.  
A fusão é o momento fundamental da vida de um grupo. É o momento da superação da inércia petrificante da série. Além da necessidade e da consciência da mesma é necessário, também, querer mudar a situação. Surge novo tipo de relação: cada qual torna-se para si e para os outros uma pessoa com a qual é necessário contar. Há uma transformação qualitativa nas relações entre as pessoas e a “fusão” dos interesses comuns conduz à uma ação comum (práxis grupal), tirando as pessoas da inércia, transformando a realidade.
Um traço essencial da fusão é que cada um é o grupo e o grupo está em cada um como uma síntese volvente e sempre atual, em que cada um é, ao mesmo tempo, “mediador” e “mediado”- ele próprio e o grupo.

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