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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CECA 
FISIOLOGIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS 
 Prof Patrícia Guimarães Centro de Ciências Agrárias – CECA/UFAL Monitor Luiz Arthur 
 
 
 
UNIDADE 2 
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 
 
 
 A glândula mamária é considerada uma parte do sistema reprodutor, e a 
lactação pode ser considerada como a fase final da reprodução. Para a maioria dos 
mamíferos, pode-se dizer que uma falha em aleitar, tal como uma falha em ovular, é 
uma falha em reproduzir. 
A fisiologia da lactação entre as espécies de animais domésticos é semelhante, 
porém, existem diferenças anatômicas relacionadas com aparência externa, localização 
e número de glândulas, tetas e suas aberturas. 
 
1. A GÂNDULA MAMÁRIA 
 
A Glândula mamária corresponde a uma glândula sudorípara modificada que 
secreta leite para nutrição da prole. 
ORIGEM: surge do espessamento linear bilateral do ectoderma ventrolateral na 
parede abdominal que formam as “linhas lácteas” ou “cristas mamárias” nas quais se 
formam os botões mamários que dão origem a porção funcional da glândula mamária. 
A glândula mamária (úbere) da vaca tem localização inguinal, com metades 
direita e esquerda distintas, e cada metade tem um quarto anterior e um posterior. 
 
 Prof Patrícia Guimarães Centro de Ciências Agrárias – CECA/UFAL Monitor Luiz Arthur 
 
A unidade secretora de leite é o alvéolo. Inúmeros alvéolos convergem a ductos 
que conduzem o leite para uma cisterna dentro da glândula e, finalmente, para uma 
cisterna dentro da teta. A expulsão do leite da teta é pelo canal da teta, mantido 
fortemente fechado por um esfíncter muscular. 
O principal suprimento sanguíneo para cada metade da glândula mamária é a 
artéria pudenda externa. Ela passa através do canal inguinal e divide-se para suprir os 
quartos anteriores e posteriores no mesmo lado da artéria. A veia pudenda externa coleta 
o sangue dos quartos anteriores e posteriores do lado respectivo e retorna o sangue 
através do anel inguinal para a veia cava caudal. 
Os ductos e alvéolos são circundados por células mioepiteliais que são células 
contráteis. Quando contraídas, elas provêm a compressão nos alvéolos e ductos e, 
assim, direcionam o leite para os seios lactíferos. Elas se contraem quando o hormônio 
ocitocina circula e promove a descida do leite. 
 
 
Número e localização de glândulas mamárias por espécie de importância 
econômica 
Espécie Nº de 
Glândulas 
Torácicas Abdominais Inguinais 
Bovina 4 - - 4 
Ovina 2 - - 2 
Caprina 2 - - 2 
Suina 12 4 6 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Prof Patrícia Guimarães Centro de Ciências Agrárias – CECA/UFAL Monitor Luiz Arthur 
 
2. MAMOGÊNESE 
Mamogênese refere-se ao crescimento e desenvolvimento da glândula mamária. 
Fase Fetal 
 
• Aos 35 dias de idade, forma-se uma linha mamária do 
estrato germinativo. 
• Aos 60 dias de idade o botão mamário se aprofunda na 
derme e a teta começa a se formar. 
• Aos 100 dias começa a formação de canais na 
extremidade do botão e prossegue produzindo uma abertura para o 
exterior. 
 
Fase pré-púbere 
 
• O sistema mamário do nascimento até a puberdade sofre 
pouco desenvolvimento. 
• A velocidade de crescimento tem relação direta com o 
crescimento corporal (crescimento isométrico) 
• O aumento do tamanho nesta fase deve-se ao aumento do 
tecido conjuntivo e gordura. 
 
Puberdade 
 
• Antes do primeiro ciclo estral o parênquima mamário 
começa a crescer a uma taxa mais rápida do que o corpo como um 
todo (crescimento alométrico). 
• Durante cada ciclo estral a Glândula Mamária é 
estimulada por hormônios (Estrogênio e Progesterona) e ocorre o 
crescimento associado com o alongamento e ramificação dos 
ductos mamários e desenvolve-se o sistema lobuloalveolar. 
 
Gestação 
 
• No decorrer da primeira gestação, ocorrerá a maturação 
das glândulas mamárias permitindo que elas atinjam sua completa 
capacidade funcional. 
 Prof Patrícia Guimarães Centro de Ciências Agrárias – CECA/UFAL Monitor Luiz Arthur 
 
 
 
 
 
3. LACTOGÊNESE X GALACTOPOIESE 
 
Lactogênese é o processo pelo qual as células alveolares mamárias adquirem a 
capacidade de secretar leite. 
Galactopoiese refere-se a produção continua de leite pelas glândulas mamárias. 
 
4. HORMÔNIOS E SUAS AÇÕES 
 
HORMÔNIOS PRINCIPAIS AÇÕES 
Prolactina Crescimento mamário, início e 
manutenção da lactação 
GH O GH direciona os nutrientes para a 
síntese do leite e aumenta a produção. 
ACTH (Glicocorticóides) Início e manutenção da lactação ao 
exercer seu efeito sobre o número de células 
mamárias e sobre a atividade metabólica. 
TSH(T3 e T4) Estimula o consumo de oxigênio e a 
• As células epiteliais mamárias completarão a sua 
diferenciação. 
• O crescimento acelerado durante a gestação deve-se 
provavelmente a secreção aumentada e sincrônica de hormônios 
esteróides (estrogênio e progesterona) e polipeptídicos (prolactina, 
gH e lactogênio placentário). 
• Até o final da gestação a Glândula Mamária terá se 
transformado em uma estrutura cheia de células alveolares que 
sintetizam ativamente e secretam leite. 
 
 Prof Patrícia Guimarães Centro de Ciências Agrárias – CECA/UFAL Monitor Luiz Arthur 
 
síntese de proteínas aumentando a síntese do 
leite. 
 FSH (Estradiol) Crescimento dos ductos mamários 
LH (Progesterona) Crescimento lóbulo-alveolar mamário e 
inibição da lactogênese 
Ocitocina Ejeção do leite 
Insulina Metabolismo da glicose 
Paratormônio Metabolismo do Cálcio e Fósforo 
Lactogênio Placentário Crescimento mamário 
 
A secreção de prolactina se eleva durante a ordenha pela estimulação do úbere e 
das tetas. 
Enquanto a prolactina é importante para a secreção de leite em não ruminantes, o 
hormônio do crescimento é mais importante para a manutenção da lactação de 
ruminantes. O GH é galactopoiético (aumenta a produção de leite) em bovinos. Esse 
hormônio não estimula diretamente a glândula mamária, mas direciona nutrientes dos 
tecidos corpóreos para a síntese do leite. 
O hormônio tireóideo é essencial para a manutenção da lactação em vacas, a 
remoção parcial da glândula tireoide causa a diminuição na produção de leite. 
Necessita-se de glicose para a síntese de lactose. 
O hormônio paratireóideo estimula a reabsorção óssea de cálcio e a conversão 
da vitamina D em sua forma ativa. 
 
5. COMPOSIÇÃO DO LEITE 
 
A composição macroscópica do leite refere-se às proporções de água, gordura, 
carboidrato, proteína e minerais que ele contém. 
 Proteínas 
As caseínas (alfa, beta, gama e capa) constituem a principal parte das proteínas 
do leite. 
Todas as proteínas são sintetizadas na glândula mamária a partir de aminoácidos, 
com exceção da gamacaseína, albumina sérica e imunoglobulinas. 
 Prof Patrícia Guimarães Centro de Ciências Agrárias – CECA/UFAL Monitor Luiz Arthur 
 
 Carboidratos 
O principal carboidrato no leite é a lactose, sintetizada na glândula mamária. É 
um dissacarídeo que contém moléculas de glicose e galactose. 
 Lipídeos 
Os lipídeos do leite constituem principalmente em triglicerídeos. A síntese da 
gordura do leite em ruminantes ocorre principalmente a partir dos ácidos acético e 
butírico. 
 Minerais 
Os principais minerais no leite da vaca são cálcio (0,12%), fósforo (0,10%), 
sódio (0,05%), potássio (0,15%) e cloretos (0,11%). 
 Vitaminas 
As vitaminasB e K são sintetizadas por ruminantes e sua concentração no leite 
não é influenciada pela dieta. As vitaminas A, D e E não são sintetizadas pelo rúmen, 
então sua presença no leite depende da dieta. 
 
6. COLOSTRO 
Refere-se ao primeiro leite produzido na chegada do recém-nascido, é 
importante para sobrevivência e a vitalidade dos animais domésticos recém-nascidos. 
Uma das diferenças fundamentais entre o colostro e o leite normal é que o 
colostro contém uma concentração alta de imunoglobulinas produzidas pelo sistema 
imune da mãe.

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