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Ensaios Mecânicos Ensaio de Dureza 10/08/2016 Ensaio de Dureza O que é dureza? É a resistência à deformação permanente (metalurgista); Resistência à penetração (eng. de materiais, mecânico); Resistência ao risco (mineralogista); Resistência ao desgaste (projetista); Resistência ao corte (técnico em usinagem). É uma propriedade mecânica relacionada à resistência que um material, quando pressionado por outro material ou por marcadores padronizados, apresenta ao risco ou à formação de uma marca permanente. Ensaio de Dureza Do que depende a dureza? das forças de ligação entre os átomos, íons ou moléculas; Plásticos Ligações de Van der Waals Baixas interações Macios. Metais Ligações Metálicas Altas interações Duros. Cerâmicas Ligações Iônicas e Covalentes Interações Muito Altas Muito Duros Ligações de Van der Waals – ocorre pela atração entre dipolos elétricos que existem nos átomos e moléculas. Ligações Metálicas - encontrada nos metais e suas ligas. Ligações iônicas – transferência de elétrons. Ligações covalentes – compartilhamento de elétrons. do estado do material Adição de solutos; processo de fabricação – trabalho a frio; tratamentos térmicos. Ensaio de Dureza Consiste na impressão de uma pequena marca feita na superfície da peça pela aplicação de pressão com uma ponta de penetração. - Utilização de penetradores padronizados. - Aplicação de pré-carrega e carga. - Deformação elástica, seguida de deformação plástica. - Forma e profundidade da marca representam a dureza numérica. Ensaio de Dureza Tipos de ensaios de dureza Dureza por Risco; Dureza por Rebote; Dureza Shore; Dureza Escleroscópica; Dureza por Penetração; Dureza Brinell (HB); Dureza Rockwell HRA, HRB, HRC; Dureza Vickers HV; Microdureza HV; Knoop HK. Ensaio de Dureza Dureza por Risco Muito aplicada no campo da mineralogia. Mede a capacidade de um material riscar o outro. Dureza Mohs é a mais conhecida: escala de 1 a 10. diamante = 10. silicato de magnésio = 1. Ensaio de Dureza Dureza por Rebote (dinâmico) Queda livre de um embolo com ponta padronizada. Relação entre dureza e energia dissipada. Representada pela altura alcançada no re-bote do embolo. Métodos mais conhecido: dureza Shore ou Escleroscópica (P = 2,5 N, hg = 256 mm) Equipamento leve e portátil. A marca deixada é pequena. Ensaio de Dureza Dureza por Rebote (dinâmico) Ensaio de Dureza Dureza por Rebote Determinação de durezas: Cilindros de laminador; Trens de pouso de aviões; Ensaios em campo; Em peças acabadas; Em condições adversas (altas temperaturas). Correlação entre a dureza Shore e o limite de resistência à tração em aços-carbono. Ensaio de Dureza Dureza Shore Proposto por Albert F. Shore em 1907. Determinação de durezas (mais usuais): Artigos de borracha; Plásticos macios; Produtos muito suaves (espuma) Ensaio de Dureza Dureza por Penetração (estático) Dureza Brinell (HB) Dureza Rockwell (A, B, C, D, E, F, G, H, K, L, M, P, R, S, V ) HRA, HRB, HRC... Dureza Vickers HV Microdureza HV Knoop HK Ensaio de Dureza Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) (estático) Proposto por J. A. Brinell em 1900. Esfera de aço ou carboneto de tungstênio. HB = P/S P – carga aplicada (N). S – área da calota esférica impressa (mm2). HB = P / π . D . p p – profundidade da calota Unidade: carga/área HB. HBs – quando se utiliza esferas de aço. HBw – quando se utiliza esferas de carboneto de tungstênio. Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) Tabela que fornece os valores de dureza Brinell em função do diâmetro de impressão (d). Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) (estático) Tempo de aplicação da carga – 10 a 15 seg. Esferas mais utilizadas – Φ10mm. Materiais c/ dureza até 450 HB cargas de 29,42 kN (3000kgf). Materiais com dureza menor (mais moles) cargas de 14,70 kN (1500 kgf) ou 4,9 kN (500 kgf) Materiais c/ dureza entre 450 e 650 HB esferas de carboneto de tungstênio. Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) O USO DE QUALQUER CARGA E QUALQUER DIÂMETRO DE ESFERA NÃO PRODUZEM NUM MESMO MATERIAL VALORES IDÊNTICOS DE DUREZA. Portanto, deve-se escolher cargas (P) e diâmetros de esferas (D) em que: Chama-se Fator de Carga P/D2= constante (K) 0,3.D < d < 0,6.D Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) Valores de dureza em função da relação P/D2 P/D2 (Kgf/mm2) Dureza (HB) Materiais Ensaiados 30 90-415 Aços e ferros fundidos 10 30-140 Cobre, alumínio e suas ligas mais duras 5 15-70 Ligas anti-fricção, cobre, alumínio e suas ligas mais moles 2,5 Até 30 Chumbo, estanho, antimônio e metais patentes Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) Valores de P/D2 e de diâmetros de esfera recomendados no ensaio de dureza Brinell Diâmetro da Esfera (D em mm) P/D2= 30 (P emKgf) P/D2= 10 (P emKgf) P/D2= 5 (P emKgf) P/D2= 2,5 (P emKgf) 10 3000 1000 500 250 5 750 250 125 62,5 2,5 187,5 62,5 31,2 15,6 Recomendação Sempre que possível utilizar o maior valor para a relação P/D2 e a esfera de maior diâmetro Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) Valores de distâncias entre as medições de dureza Deve-se observar, entre duas impressões as distâncias entre as mesmas e a espessura mínima da peça a ser ensaiada. Quanto maior o diâmetro da calota impressa menos duro ou mais duro é o material? Ensaio de dureza Dureza de 180HB Relação P/D2 – 30 Para: D = 10mm e fator de carga = 30 carga do ensaio = 3000kgf Cálculo da profundidade da impressão da calota (p): HB = F / π . D . p p = F / π . D . HB p = 3000 / 3,1416 . 10 . 180 p = 0,53 mm. Tem-se que espessura E ≥ 10 . p 4,0 ≥ 10 . 0,53 4,0 ≥ 5,3 (falso) Logo, as chapas não podem ser ensaiadas com a esfera de 10 mm. Cálculo da profundidade da impressão da calota (p): HB = F / π . D . p Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) A escolha do diâmetro da esfera e da carga depende de: da faixa de dureza do material; dimensões da peça. No entanto quanto maior a esfera, maior é a área abrangida na medida de dureza, ou seja, mais representativo é seu valor, que é importante principalmente para materiais com micro-estrutura heterogênea. Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) O diâmetro da impressão formado deve ser medido por meio de microscópio ou lupa graduada e por duas leituras, uma a 90o da outra. Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) Resultado dureza Brinell: 85HB 10/1000/30 Informações adicionais: Norma internacional ASTM E10-93. Norma brasileira ABNT-NBR-6394. Ensaio destrutivo. O penetrador e o corpo de prova devem estar polidos e alinhados per-pendicularmente. Indicado para peças de estrutura não uniforme (fofo cinzento). Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) Informações adicionais: Para metais com grande capacidade de encruamento, pode ocorrer amassamento das bordas d’ < dr Para metais com pequena capacidade de encruamento, pode ocorrer ade-rência do metal à esfera d’ > dr Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) Informações adicionais: Correlação entre a dureza Brinell e o limite de resistência à tração = . HB Onde: - limite de resistência à tração (MPa). - constante experimental. Esta relação não deve ser aplicada para durezas maiores que 380 HB. A partir desse valor a dureza aumenta muito mais que a resistência. Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) Informações adicionais: Correlação entre a dureza Brinell e o limite de resistência à tração: até 380 HB Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB) Limitação do método Brinell: Não pode ser utilizado para peças muito finas. Por que? E ≥ 17.profundidadeNão é aplicável à materiais muito duros, como aço temperado, metal duro e outros de dureza elevada. Por que? A dureza é idêntica ou superior à das esferas penetradoras. Ensaio de Dureza Dureza Brinell (HB)
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