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Aula 7 EXCREÇÃO DE FARMÁCOS

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Aula 7																												Farmacocinética
EXCREÇÃO DE FARMÁCOS
A eliminação é a perda irreversível do fármaco do local de medida. A eliminação ocorre por dois processos: excreção e metabolização. Metabolização é a conversão de uma espécie química em outra. A excreção é o processo pelo qual as drogas são transferidas do ambiente interno para o externo, sendo rim o principal órgão. A excreção poder ser realizada em outros locais como intestino, sistema biliar, pulmão, além do suor e o leite materno.
A excreção, juntamente com o metabolismo e a redistribuição tecidual, é importante na determinação da duração de ação de uma droga e na velocidade de eliminação.
Excreção Renal:
O rim constitui o principal órgão de remoção da maioria das drogas, particularmente as hidrossolúveis e não voláteis. Os três processos principais que determinam a excreção urinária de uma droga são a filtração glomerular, a secreção tubular e reabsorção tubular (em sua maior parte, retrodifusão passiva).
O aparecimento do fármaco na urina é o resultado líquido da filtração (difusão), secreção (transferência ativa por transportadores) e reabsorção (difusão). Os primeiros dois processos acrescentam o fármaco à porção proximal do lúmen do néfron; o último processo envolve o movimento do fármaco do lúmen de volta para corrente sanguínea. Uma representação esquemática desses processos e suas localizações aproximadas no néfron são mostradas na Figura 5-20
Em recém-nascidos e prematuros, a filtração glomerular e o fluxo plasmático renal são cerca de 30 a 40% inferiores em relação ao adulto, o que leva a uma cinética diferente que só se aproxima à do adulto aos três meses de idade. Nos idosos, a excreção renal de fármacos também está modificada em função da redução do número de néfrons funcionantes e do fluxo sanguíneo renal. Nos casos de insuficiência renal, muitas vezes é necessário proceder ao ajuste das doses dos fármacos para evitar o aparecimento de efeitos tóxicos.
A creatinina, substância endógena proveniente do metabolismo da creatina (proteína existente nos músculos) é eliminada do organismo quase exclusivamente por filtração glomerular e não se liga às proteínas plasmáticas. Consequentemente, sua depuração renal é uma medida da velocidade da filtração glomerular.
Implicações Clínicas da Excreção Renal: A taxa de excreção de drogas irá depender do volume de distribuição da droga, de seu grau de ligação às proteínas e dos seguintes fatores renais. A ocorrência de alterações em qualquer um desses fatores pode resultar em alterações clinicamente importantes na ação da droga.
Taxa de filtração glomerular;
pH do líquido tubular;
Grau de difusão retrógrada da forma não ionizada;
Extensão da secreção tubular ativa do composto;
Possivelmente, grau de reabsorção tubular ativa.
Excreção Biliar:
Os fármacos podem ser excretados do fígado paa a bile e armazenados na vesícula biliar. No esvaziamento da vesícula o fármaco passa para o lúmen do instetino delgado, onde pode ser reabsorvido pela veia mesentérica e retornar ao sangue através da veia porta, completando o cliclo denominado ciclo êntero-hepático.
Quando um composto não é parcial ou completamente reabsorvido do trato gastrintestinal após a secreção biliar, ele é excretado do organsmo por meio das fezes. Por exemplo, os metabólitos hidroxilados do zafirkucaste (Accolate®), um farmaco antiasmático, sao consdieravelmente excretados nas fezes. Na verdade, os metabólitos nas fezes respondem por cerca de 90% da dose oral do fármaco.
A excreção biliar pode desempenhar um importante papel (5-95% da dose administrada) na remoção de drogas no caso de alguns anions, cátions e certas moléculas não ionizadas, como os glicosidios cardíacos. Além disso, a eliminação biliar pode ser importante para a excreção de alguns metais pesados. A capacidade de certos compostos de sofrer secreção ativa na bile é responsável pela remoção de grande quantidade dessas drogas do corpo através das fezes 
As propriedades físico–químicas da maioria das drogas é suficientemente favorável para absorção intestinal passiva, de modo que os compostos retorna ao sangue que ultrapassa o intestino, sendo novamente transportado até o fígado.
A hepatopatia ou lesão hepática podem comprometer a secreção biliar e conseqüentemente, levar ao acumulo de certas drogas, como, por exemplo, probenecida, digoxina e dietilestilbestrol. O comprometimento da função hepática pode resultar em diminuição da taxa de metabolismo e secreção das drogas na bile.
	Após a administração crônica de fenobarbital ou do diurético poupador de potássio espironolactona, verifica-se um aumento na taxa de fluxo biliar. Este aumento da secreção biliar pode reduzir os níveis de sanguíneos de drogas que dependem da eliminação biliar.
	Por fim, a administração de uma droga pode influenciar a taxa de excreção biliar de um segundo composto administrado simultaneamente. Esses efeitos podem ser produzidos através de uma alteração em um ou mais dos seguintes fatores: fluxo sanguíneo hepático, captação nos hepatócitos, taxa de biotransformação, transporte na bile ou taxa de formação biliar. Além disso, os antibióticos podem alterar a microbiota intestinal, diminuindo a presença de bactérias que contêm sulfatase e glicuronidase. Isto resulta em persistência da forma conjugada da droga, com conseqüente redução de sua recirculação êntero-hepática.
Estudo Dirgido 
Descreva como ocorre a excreção das drogas pelo sistema biliar.
“O etinilestradiol conjugado é excretado na bile e sujeito à recirculação êntero-hepática”
Explique o processo do ciclo êntero-hepático e cite a principal consequência na farmacocinética de uma droga.
Sabendo que a flora gastrintestinal normal aumenta o ciclo êntero-hepático, explique a perda da eficácia contraceptiva do etinilestradiol com a utilização de antibióticos.
O que consiste a circulação êntero-hepática? Qual a consequência deste processo na farmacocinética das drogas?
P.E.R., 24 anos, masculino, branco, solteiro, estudante, procedente de Piracicaba. Paciente veio a consulta queixando de uretrite com micção dolorosa, apresentando secreções uretral purulenta amarelada, há três dias. Na bacterioscopia das amostras de pus colhidas da uretra confirmou a presença de Neisseria gonorrhoeae, o que determinou o diagnóstico de blenorragia. O clínico diante do diagnóstico laboratorial prescreveu um antibiótico específico para o tratamento de tal infecção, ampicilina, em dose única de 3,5g associada a droga probenecida na dose de 1,0g. Responda:
A ampicilina, sendo uma penicilina, como é excretada do organismo? E a probenecida como é excretada
Qual o objetivo da associação de ampicilina e probenecida? Que tipo de interação medicamentosa se estabeleceu entre estas duas drogas?

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