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Ecossistema bucal - VH

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Ecossistema Bucal 
 Ecossistemas são espaços naturais que apresentam características biológicas 
e ambientais definidas, sendo assim o ecossistema bucal é o espaço com 
características especificas da cavidade bucal. 
 É composto por fatores BIÓTICOS e ABIÓTICOS: 
ABIÓTICOS (NÃO VIVOS) BIÓTICOS (VIVOS) 
Estruturas 
Anatômicas 
Mucosa revestimento 
Microorganismos Dente 
Sulco Gengival 
Temperatura/ pH/ Umidade 
 
 Os principais ecossistemas bucais são o biofilme dentário (sup.dental), sulco 
gengival, dorso da língua, mucosas jugal e palatal. Isso porque elas propiciam 
a aderência de microorganismos. 
 Microbiota Bucal 
 A microbiota bucal situa-se em um sistema de crescimento aberto (cavidade 
bucal), sendo assim ela é bem complexa. 
 Nessa microbiota se estabelecem os microorganismos que possuem 
capacidade de aderência a superfícies ou que fiquem retidos. 
 Podem ser divididas em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Microrganismos Residentes: 
Sempre presentes na 
microbiota. 
 
 
Microrganismos Transitórios 
Indígenas: 
- sempre presente em altos números 
- compatíveis com o hospedeiro 
- Não comprometem a sobrevivência 
do hospedeiro 
- são bactérias aeróbicas e 
anaeróbicas facultativas 
Suplementar: 
- Em Baixos Números 
- Bactérias Patogênicas 
- Com desequilíbrio do 
meio ela pode aumentar a 
quantidade e se tornar 
indígena 
-São espécies ocasionais, oriundas de 
outros habitats. 
- Não são patogênicos caso a Microbiota 
indígena esteja integra. 
- Habitam na mucosa oral por algumas 
horas/dias/semanas. 
- Não se estabelece de forma 
permanente na superfície do organismo 
- EM DESEQUILIBRIO DA MICROBIOTA 
CAUSA DOENÇA. 
 Aquisição da microbiota 
 Quando nascemos a nossa cavidade oral é estéril, mas com o tempo os 
microrganismos vão se estabelecendo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Aderência Bacteriana 
 Bactérias orais têm evoluído seu mecanismo de sobrevivência para adaptar-se 
ao hospedeiro. Elas ocupam o nicho ecológico fornecido 
por dentes, gengivas e epitélio superficial. 
 Elas desenvolveram alguns mecanismos de aderência. São eles: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nascimento: 
- Ambiente Estéril 
- possível colonização por 
microrganismo do trato genital 
 
2º dia de vida: 
- 15% das crianças isenta de 
microrganismo 
(98% Estreptococos e 
poucos estafilococos) 
3º Mês de vida: 
- 100% crianças com 
Estrepto/Estafilo/Pneumococos
, lactobacilos e Nisseria. 
- Erupção dentaria propicia 
novos habitats diferentes. 
- Mudança gradual da 
microbiota (de Aeróbicas para 
Anaeróbicas facultativas ou 
restritas) 
Idade Escolar: 
- Microbiota bucal das crianças 
igual a dos adultos com a 
exceção das espiroquetas. 
 
Adolescência: 
- Microbiota bucal completa, 
semelhante a dos adultos. 
Uso de próteses: 
- com o uso de próteses diminui o O2 do 
ambiente na base interna da mesma, fazendo 
com que se alojem bactérias ANAERÓBICAS. 
Adesão Direta: 
- Ligação direta com o 
hospedeiro. 
- Macromoléculas ligantes, ou 
seja, ADESINAS (lectina e adesina 
hidrofóbicas) na superfície da 
bactéria se ligam a receptores da 
superfície do hospedeiro 
formando pontes de ligação. 
Por LECTINA se observa a afinidade por carboidratos. 
Por ADESINA HIDROFÓBICA se observa adesão em receptores 
hidrofóbicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Retenção de Bactérias 
 Existe ainda bactérias que não conseguem se aderir nas superfícies do 
hospedeiro, mas podem estar ainda presente retidas em alguns tecidos e 
cavidades NATURAIS ou PATOGENICAS. 
 
- Papilas da língua 
- Fissuras dos dentes 
- Fossetas 
- Sulco Gengival 
 
- Cavidades de carie 
- Bolsa Periodontal 
 Sucessão Bacteriana 
 A início uma população pioneira ocupa o nicho da cavidade bucal modificando 
a cavidade bucal e propiciando a presença de sucessoras comunidades 
bacterianas. 
Coagregação: 
- responsável por dar volume a 
microbiota. 
- Ligação de bactérias as outras 
previamente fixadas ao hospedeiro. 
- pode ser de dois tipos. 
Coagregação HOMOTIPICA: 
- Adesão de bactérias da mesma espécie 
- Mediados por PEC, onde as bactérias da mesma espécie unem 
seus PEC’s e vão se aderindo. 
- Presença de sacarose influencia na produção e acumulo de PEC 
Coagregação HETEROTÍPICA: 
- Adesão de bactérias de espécies diferentes. 
- Especificas 
- Envolvem adesinas de uma espécie (nas fimbrias, fibrilas ou parede extra celular) e 
receptores na superfície de uma outra espécie. 
 
“espiga de milho” – Placa supragengival madura. 
 
 
 A sucessão termina quando não há nenhum nicho disponível para populações. 
Neste estágio uma situação relativamente estável é alcançada: comunidade 
clímax. 
 Eventualmente acontecem mudanças na nossa cavidade bucal durante a 
nossa vida e essas mudanças resultam na modificação das comunidades 
bacterianas devido a mudanças nos nichos ecológicos. 
 As condições ambientais (Nicho ecológico) podem ser alteradas por fatores 
alogênicos (não microbiano) ou ou autogênicos (microbiano). 
 
 
 
 
 
 
 
 Influencias do hospedeiro sobre a microbiota bucal 
 Pode se observar que há hábitos e respostas do organismo que podem intervir 
na microbiota bucal, sendo assim os principais recursos utilizados pelo 
hospedeiro para regular e controlar a microbiota bucal, tentando mantê-la num 
equilíbrio biológico que não o prejudique. Esses fatores são em grande número 
e podem ser divididos em três grandes grupos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Endógenos 
Saliva – Banha constantemente a cavidade oral, sendo assim é 
considerado o maior responsável pela regulação microbiana do meio 
ambiente. 
 A saliva propicia excelentes condições ambientais para a proliferação 
microbiota, mas por outro lado ela limita o desenvolvimento bacteriano 
das seguintes formas: 
 
 
 
 
Alogênicos: 
Alterações nas condições locais do meio, ou 
seja, modificações nos hospedeiros. 
Autogênicos: 
Comunidade residente altera o meio de tal 
forma que é substituída por espécies mais 
adaptadas ao ambiente resultante. 
Endógenos: 
- Saliva 
- fluido gengival 
- Presença ou ausência de dentes 
- Integridade dos dentes e de 
seus tecidos de sustentação 
- Descamação epitelial 
Exógenos: 
 
- Dieta do hospedeiro 
- Qualidade da higiene bucal 
- Uso de antimicrobianos 
Fatores Sistêmicos 
 
- Alterações hormonais 
- Enfermidades 
ALTERAÇÃO NO Ph: 
- O pH pode ser alterado pelo 
maior ou menor 
fluxo/produção de saliva, 
podendo assim diminuir o teor 
ácido por um efeito tampão. 
- isso pode acontecer na 
mastigação ou no estimulo de 
glândulas salivares. 
FLUXO SALIVAR: 
 
- Viabiliza constante ação de 
limpeza. 
- Remove microrganismos não 
aderidos e resíduos alimentares. 
- Auxiliada pela mastigação. 
SUBSTANCIAS ANTIMICROBIANAS: 
- Presença de IgA (destrói ou 
aglutina microrganismo impedindo 
a aderência) 
- Presença de Lisozima (enzima que 
tem efeito bactericida pois 
hidrolisa o peptidoglicano presente 
na parede celular, deixando a 
bactéria sensível a alterações 
osmóticas que se quebra (lise). 
 
Fluido Gengival – No subgengival, o principal fator regulador não é a 
saliva, mas o exsudato gengival (fluido gengival), que resulta da 
respostainflamatória montada contra a agressão das bactérias 
subgengivais. 
 Esse fluido existe mesmo em gengivas clinicamente sadias, mas em 
quantidade mínima, em quantidade fisiológica suficiente para controlar o 
número de bactérias presentes no âmbito subgengival. Mas à medida 
que o número dessas bactérias vai aumentando, principalmente como 
conseqüência de uma higienização inadequada, a resposta inflamatória 
vai se tornando cada vez mais intensa. 
Presença ou Ausência de Dentes – Com a presença do dente vem junto 
algumas estruturas (ex: sulco gengival e canal radicular) que propiciam 
locais com baixa exposição de O2 propiciando as bactérias anaeróbicas 
(efeito reverso na ausência do dente), assim como sulcos e fissuras do 
dente que pode reter bactérias que não tem capacidade de adesão. 
Integridade dos Dentes e de Seus Tecidos de Sustentação – Com a má 
integridade dos dentes podem aparecer cavidades cariosas que vão 
reter bactérias que modificarão o nicho de forma autogenica. 
Descamação Epitelial – A mucosa é o maior campo para colonização, 
sendo assim ele possui alguns mecanismos de proteção como o teor de 
queratinização e a descamação epitelial que ao ser eliminadas células 
são eliminadas bactérias aderidas juntas, compensando assim o número 
de bactérias neoformadas. 
 Locais com baixo teor de queratinização compensam na alta 
descamação epitelial. 
 
o Exógenos 
 
 Dieta do hospedeiro – Algumas características de dietas podem 
interferir da microbiota, favorecendo ou desfavorecendo a proliferação 
do mesmo. São eles: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qualidade da higiene bucal – A remoção diária e periódica de placa 
bacteriana e de tártaro pelo paciente e profissional respectivamente, 
além de eventuais correções ortodônticas é o melhor meio de 
Consistência e Qualidade: 
 
- Maior potencial cariogênico em alimentos 
pegajosos e com alta concentração de açúcar. 
- Alimentos ricos em sacarose facilita a adesão 
bacteriana, ou seja, a consistência do biofilme. 
 
Frequência de ingestão de alimentos: 
- Aspecto mais crítico da cariogenicidade. 
- Muito tempo desmineralizando (pH abaixa 
após alimentação) o dente e pouco tempo 
para a remineralizarão (tempo interrompido 
por uma nova ingestão) 
mantermos a microbiota em números fisiológicos, compatíveis com a 
nossa saúde. 
Uso de antimicrobianos – O uso de substâncias antimicrobianas, embora 
eventual, pode interferir drasticamente no sentido de desequilibrar a 
microbiota. Quando usamos determinado antibiótico durante algum 
tempo, esse antibiótico suprime um grupo de microrganismos “abrindo 
espaço” para o superdesenvolvimento de espécies resistentes e de 
fungos. 
 
o Fatores Sistêmicos 
Alterações Hormonais – Algumas alterações hormonais como a da 
puberdade e da gravidez podem favorecer a proliferação de patógenos 
causadores de doenças periodontais e gengivite. 
Enfermidades – Doenças (Diabetes, leucemia, imunodeficiências) e 
situações de estresse também podem aumentar os riscos de infecção.

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