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Microbiota oral

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• Patógeno: é um microrganismo capaz de causar 
doença. 
• Infecção: Inficere (impregnar) - é a implantação e 
colonização do hospedeiro por um agente. 
• Doença: (do latim dolentia, padecimento) é o estado 
resultante da perda da homeostasia de um organismo 
vivo. 
• Patogenicidade: capacidade do agente invasor de 
causar doença com suas manifestações clínicas nos 
hospedeiros suscetíveis. 
• Virulência: capacidade patogênica de um 
microrganismo, medida pela mortalidade que ele produz 
e/ou por seu poder de invadir tecidos do hospedeiro. 
 
 ↪ 
 ↪ 
 
• O termo ecologia se refere ao estudo das relações 
entre os organismos e o ambiente. Os microrganismos 
(ex., bactérias, vírus, fungos, cianobactérias) estão em 
todos os lugares, e não fossem eles, nossa vida seria 
inviável. 
• A ecologia estuda a relação entre os membros da 
microbiota e a influência do ambiente sobre ela. 
• A ecologia microbiana é o ramo da ciência que estuda 
as atuações dos microrganismos em ecossistemas. 
• Os ecossistemas são os espaços naturais que 
apresentam características biológicas e ambientais 
definidas; eles são compostos de organismos vivos e de 
elementos ambientais. 
• As bactérias têm meios de se comunicar dentro de 
suas comunidades, como por exemplo, as que formam 
a placa dental bacteriana. Portanto, os microrganismos 
“conversam” entre si, transmitindo informações 
importantes para sua manutenção em determinada 
comunidade. Ao perceberem este fenômeno, se 
preparam fisiologicamente para resistir condições 
decorrentes de uma superpopulação. 
- 
 
 
 
➜ 
• Microrganismos capazes de causar doenças, alguns 
podem causar morte epidêmica em algumas 
populações. Por exemplo, a peste bubônica. 
 
➜
• Microrganismos que vivem parasitando organismos 
superiores, causando doenças crônicas, as quais embora 
não letais causam muitos danos ao longo do tempo. Um 
exemplo são as microbactérias, envolvidas na patogenia 
de doenças comumente crônicas como a lepra e 
tuberculose. 
 
➜
• Normalmente fazem parte da microbiota indígena, 
mas passam a aumentar em proporção e a agredir o 
hospedeiro, quando as condições ambientais afetam 
outros microrganismos comensais, ou quando há 
comprometimento dos mecanismos de defesa do 
hospedeiro. 
• Um exemplo clássico é o das candidíases das mucosas 
bucais. A candidíase bucal, popularmente conhecida 
como “sapinho” é normalmente associada ao fungo da 
espécie Candida albicans. Entretanto, proliferam quando 
há destruição de grande parte da microbiota comensal, 
em decorrência do uso prolongado de antibióticos, ou 
quando os sistemas de defesa estão debilitados. Nestas 
condições, Candida albicans adquirem características 
mais agressivas e podem causar dano aos tecidos 
bucais. 
 
• O dorso da língua funciona como um reservatório de 
diversos microrganismos (inclusive patógenos), os quais 
vão posteriormente ocupar outros nichos nas 
superfícies dentárias supra e subgengivais. 
• Muitos microrganismos Gram-negativos e Gram-
positivos, encontrados em altas proporções no dorso 
língua, podem ser patogênicos ao colonizar a placa 
dental supra e subgengival. 
• Os diversos nichos da cavidade bucal oferecem 
condições favoráveis às exigências nutritivas, 
respiratórias e de aderência necessárias à colonização 
de grande variedade de microrganismos. 
• Os fatores comportamentais (ex., dieta e hábitos de 
higiene bucal) e condições de saúde do próprio 
hospedeiro (ex., fluxo salivar e condições do sistema 
imune adaptativo), exercem também grande influência 
nas comunidades bacterianas da boca. 
• Os ecossistemas são constituídos por dois fatores: 
 ↪ Fatores abióticos: constituídos pelo habitat. Na 
cavidade bucal é representado pelas estruturas 
anatômicas da região, incluindo mucosas de 
revestimento, dentes e sulco gengival; além da 
temperatura, umidade, pH e Eh (potencial de 
oxidoredução). 
 ↪ Fatores bióticos (seres vivos): constituídos pelos 
microrganismos que vivem no habitat. 
• Os ecossistemas microbianos são inicialmente 
colonizados por um número limitado de espécies, 
porque o habitat apresenta determinadas condições que 
seletivamente as favorece. A presença de algumas 
espécies altera o habitat, propiciando, ou por vezes 
impedindo, a colonização por outras espécies 
bacterianas. 
 
 
 
• Termo usado para incluir todas as substâncias ou 
estruturas bacterianas que tornam a bactéria capaz de 
evadir-se da fagocitose, complemento e anticorpos. 
 
➜ 
• Moléculas diferenciadas presentes na extremidade 
distal das fímbrias, dedicadas a ligação específica com 
um receptor celular 
• Os receptores para as adesinas fimbriais e não-
fimbriais são carboidratos de glicoproteínas e 
glicolipídeos, presentes nas células epiteliais. 
• Processada a adesão, é necessário que a bactéria 
encontre no tecido infectado condições ecológicas 
ideais para seu desenvolvimento. Quando estas 
condições são favoráveis, há uma intensa multiplicação 
bacteriana que resulta na colonização tecidual. Somente 
após a colonização tecidual, as bactérias podem, 
eventualmente, invadir os tecidos e determinar lesão ao 
hospedeiro. 
 
➜ 
• Moléculas que promovem a invasão das células do 
hospedeiro. É um processo ativo, induzido pela própria 
bactéria. Ambiente extracelular – stress físico (pH, fluxo 
de líquidos e muco), exfoliação celular, deposição de 
complemento, anticorpos e ação de macrófagos e 
células citotóxicas 
• As invasinas desencadeiam ou ativam sinais que levam 
a célula do hospedeiro a internalizar a bactéria, usando 
para isto a maquinaria do seu cito-equeleto, 
principalmente a actina e as proteínas a ele associadas. 
A invasina interage com integrinas, que indiretamente 
modulam o metabolismo celular para induzir o rearranjo 
da actina no sítio de aderência. Proteinas efetoras são 
translocadas e modulam o metabolismo celular, o que 
resulta em mobilização local da membrana (ruffling) e 
internalização bacteriana. 
 
 
• São múltiplos os fatores de virulência que provocam 
lesão no organismo 
 ↪ Exotoxinas: Ex. Toxina botulínica, toxina tetânica, 
Toxina diftérica.. 
 ↪ Endotoxinas: LPS das Gram-negativas. 
 ↪ Enzimas hidrolíticas: Ex. Hialuronidase, Proteases. 
 ↪ Catabólitos do metabolismo bacteriano: Ex. Àc. 
Orgânicos, Ác. Lático – desmineralização dental. 
 
 
• Compreende os microrganismos que colonizam as 
diversas regiões da boca de indivíduos sadios. Possui 
variação quantitativa e qualitativa de acordo com a 
região e as características do hospedeiro. 
• Analisada como um todo, a microbiota bucal é a mais 
complexa de todo organismo. Mais de 30 gêneros e 
mais de 500 espécies diferentes 
 
➜
• Residente ou permanente: são microrganismos que 
colonizam determinada superfície por longos períodos. 
Uma vez eliminada, reconstitui-se rapidamente. 
• Transitória ou transiente: são microrganismos 
ocasionais, que colonizam o hospedeiro por um curto 
espaço de tempo, sem causar infecção. Com o tempo 
será substituída pela microbiota residente e só se 
instalam se ocorrer severo desequilíbrio na microbiota 
residente local 
 
➜
• Vida intrauterina: boca isenta de microrganismos 
• Parto: primeiros microrganismos transitórios 
(Streptococcus, Lactobacillus, Candida albicans, 
Coliformes). 
• Horas após o parto: transmissão bacteriana vertical ou 
pelo contato com as pessoas mais próximas. A boca é 
apenas uma mucosa lisa, bastante arejada 
(Streptococcus salivarius, Streptococcus oralis, S. mitis). 
• Primeiro ano de vida: 70% dos microrganismos que 
colonizam a boca são Streptococcus spp 
(Staphylococcus spp., Veillonella spp. e Neisseria spp). 
 ↪ A perda total ou parcial dos dentes faz 
desaparecer as bactérias com tropismo por dentes e 
periodonto, voltando o predomínio de aeróbias e 
facultativas que apresentam afinidade pelas mucosas. 
 ↪ Em pacientes com dentadura existe 
predominância de bactérias anaeróbias e aquelas que se 
aderem a superfícies duras.↪ Em próteses implanto-suportadas haverá 
recolonização de espécies adaptadas ao periodonto. 
 
 
 
–
 
–
 –
 
➜
• Endógenos: saliva, fluido gengival, presença ou não de 
dentes, saúde dos dentes e periodonto e descamação 
epitelial. 
 ↪Saliva: é a maior responsável pela regulação da 
microbiota gengival. Nutrientes, umidade, pH, 
temperatura, atividade antimicrobiana, fluxo salivar, 
anticorpos (IgA) e Lisozima 
 
• Exógenos: dieta, higiene bucal e antibioticoterapia. 
 ↪ Dieta: tudo que comemos e bebemos deixa 
resquícios na boca. Streptococcus mutans dependem 
de uma dieta rica em sacarídeos para o 
desenvolvimento de placas cariogênicas. Alimentos 
pegajosos tem maior potencial cariogênico. 
 ↪ Higiene bucal: uso constante de escova, fio 
dental, remoção de tártaro e correção ortodôntica. É a 
melhor forma de mantermos a microbiota em níveis 
fisiológicos 
 
• Fatores sistêmicos: idade, etc... 
 
➜
 ↪ Defesa biológica da boca. 
 ↪ Competição com patógenos. 
 ↪ Contribuição para nutrição do hospedeiro. 
 ↪ Enzimas bacterianas auxiliam no processo 
digestivo. 
 ↪ Ativação do sistema imune.

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