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15/04/2015 1 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação Aula 8: Engenharia de Segurança Profa Cacilda de J. Ribeiro (cacilda@emc.ufg.br) Edifício Andraus Ocorrido em São Paulo - 24 de fevereiro de 1972. Edifício com 31 pavimentos de escritórios e lojas. O incêndio atingiu todos os andares. Houve 6 vítimas fatais e 329 feridas. 15/04/2015 2 Edifício Joelma Ocorrido em São Paulo - 1º de fevereiro de 1974. Edifício com 25 pavimentos de escritórios e garagens. O incêndio atingiu todos os pavimentos. Houve 189 vítimas fatais e 320 feridas. A causa possível foi um curto-circuito. Edifício Grande Avenida Ocorrido em São Paulo - 14 de fevereiro de 1981. Pela segunda vez. O incêndio atingiu 19 pavimentos. Houve 17 vítimas fatais e 53 feridas. 15/04/2015 3 Edifício Cesp Ocorrido em São Paulo - 21 de maio de 1987. Conjunto com dois blocos, um com 21 pavimentos e outro com 27 pavimentos. Houve propagação de incêndio entre blocos e, em decorrência, colapso da estrutura com desabamento parcial. Boate – Santa Maria O incêndio na Boate Kiss: matou 242 pessoas aproximadamente em Santa Maria (Rio Grande do Sul). O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi causado pelo acendimento de um sinalizador por um integrante de uma banda que se apresentava na casa noturna. A imprudência e as más condições de segurança ocasionaram a morte de mais de duas centenas de pessoas. - Esse foi o segundo incêndio mais mortal da história do Brasil. - O maior incêndio brasileiro aconteceu no Gran Circo Americano, em 17 de dezembro de 1961, que deixou 503 mortos em Niterói (RJ). http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/valor/2013/01/27/tragedia-em-santa-maria-rs- e-2-incendio-mais-mortal-e-5-maior-tragedia-da-historia-do-brasil.htm 15/04/2015 4 Incêndio: notebook Incêndio: ferro de passar roupa 15/04/2015 5 02 a 09 de abril de 2015: Santos – SP - A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) anunciou que a empresa Ultracargo será multada em R$22,5 milhões pelo incêndio (notícia em: 16/04/2015) http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2015/04/cetesb-multa-ultracargo-em-mais-de-r-22-mi-apos- incendio-em-santos.html Prevenção de Incêndios É uma série de medidas utilizadas para eliminar ou controlador os riscos de incêndio. COMO? E o Engenheiro Eletricista? 15/04/2015 6 Cabos elétricos sobrecarregados Instalação elétrica mal dimensionada Motores e máquinas com manutenções deficientes Carga eletrostática Exemplos de focos de ignição de um incêndio Descarga Atmosférica Outros: vela acesa, cigarro aceso, atrito NR 23 - Proteção Contra Incêndios Todas Empresas deverão possuir 1. Proteção contra incêndio 2. Saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio; 3. Equipamento suficiente para combater o incêndio em seu início 4. Pessoas treinadas para o uso correto desses equipamentos. 15/04/2015 7 1.Acionar o sistema de alarme 2. Chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros (Tel 193) 3. Desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver riscos adicionais 4. Atacá-lo, o mais rapidamente possível, pelos meios adequados. NR 23 - Proteção Contra Incêndios Devem co-existir quatro componentes para que ocorra o fogo: 1) combustível (o que queima); 2) comburente (oxigênio, cloro) (que alimenta o fogo) 3) calor (quantidade de energia) (que inicia o fogo) 4) reação em cadeia. Obs.: o oxigênio é que intensifica a combustão, dando origem às chamas e tornando-as mais intensas, brilhantes e elevando a temperatura -Ambientes onde o teor de oxigênio esteja abaixo de 15%, praticamente não existirá a combustão. Tetraedro do fogo Fonte: http://www.bombeiros.go.gov.br/wp- content/uploads/2014/03/nt-02_2014-conceitos-basicos- de-seguranca-contra-incendio1.pdf 15/04/2015 8 Terminologia conforme a norma técnica do Corpo de Bombeiro do Estado de Goiás – NT 03/2014 (disponível em: http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2014/03/nt-03_2014-terminologia- de-seguranca-contra-incendio.pdf) Fogo: é uma reação química de oxidação (processo de combustão), caracterizada pela emissão de calor, luz e gases tóxicos. Para que o fogo exista, é necessária a presença de quatro elementos: combustível, comburente (normalmente o oxigênio), calor e reação em cadeia. Incêndio: é o fogo sem controle, intenso, que causa danos e prejuízos à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio. Associadas ao incêndio e acompanhando o fenômeno da combustão, em geral aparecem quatro causas determinantes de uma situação perigosa: 1) calor; 2) chamas; 3) fumaça; 4) insuficiência de oxigênio. Do ponto de vista da segurança das pessoas, a fumaça é uma das causas de danos muito graves e, portanto, deve ser um fator importante a ser considerado. Situação perigosa Processo de controle do fogo e da fumaça Projetos: Engenharia 15/04/2015 9 Meios de combate a incêndio O extintor portátil contendo o agente extintor (massa/peso menor que 20 kg) O extintor sobre rodas contendo agente extintor em maior quantidade. - Verificar o sentido do vento Extintor: subestação de energia elétrica 15/04/2015 10 AO JOGARMOS ÁGUA EM UM INCÊNDIO, ESTAREMOS RESFRIANDO, OU SEJA, RETIRANDO O COMPONENTE CALOR MÉTODO DE EXITINÇÃO MÉTODO DE EXTINÇÃO AO ABAFARMOS, IMPEDIREMOS QUE OXIGÊNIO ENTRE NA REAÇÃO, ESTAREMOS RETIRANDO O COMPONENTE COMBURENTE (OXIGÊNIO) 15/04/2015 11 MÉTODO DE EXTINÇÃO AO SEPARARMOS O COMBUSTÍVEL DA REAÇÃO, ESTAREMOS ISOLANDO. POR EXEMPLO: SE ABRIR UMA TRILHA NO MATO PARA QUE O FOGO NÃO PASSE. DESTA FORMA ESTAREMOS TIRANDO O COMPONENTE COMBUSTÍVEL Proteção Contra Incêndios Classes de incêndio A B C D 15/04/2015 12 Proteção Contra Incêndios INCÊNDIO CLASSE A 1ª - QUEIMA NA SUPERFÍCIE E EM PROFUNDIDADE 2ª - QUEIMA DEIXANDO RESÍDUOS OU CINZAS PAPEL BORRACHA TECIDO MADEIRA PLÁSTICOS OUTROS Fogo classe A: Fogo em materiais combustíveis sólidos, que queimam em superfície e profundidade, deixando resíduos. INCÊNDIO CLASSE B 1ª - QUEIMA SOMENTE NA SUPERFÍCIE E NÃO QUEIMA EM PROFUNDIDADE. GASOLINA ACETONA ÉTER PIXE ÁLCOOL GÁS DE COZINHA Fogo classe B: Fogo em líquidos e gases inflamáveis ou combustíveis sólidos, que se liquefazem por ação do calor e queima somente em superfície. Proteção Contra Incêndios 15/04/2015 13 INCÊNDIO CLASSE C - Qualquer incêndio envolvendo combustíveis energizados - Equipamentos elétricos energizados, como: Motores, Transformadores, Quadros de distribuição, Fios, etc Fogo classe C: Fogo em equipamentos de instalações elétricas energizadas. Proteção Contra Incêndios INCÊNDIO CLASSE D - Incêndios resultantes da combustão de metais pirofóricos, são ainda caracterizado pela queima em altas temperaturas e reagirem com alguns agentes extintores (principalmente a água). Magnésios Zircônio Titânio, etc • POR EXEMPLO, SÃO ENCONTRADOS EM INDÚSTRIAS AUTOMOBILÍSTICAS:RASPA DE ZINCO, LIMALHAS DE MAGNÉSIO , ETC... Fogo classe D: Fogo em metais pirofóricos. É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns (principalmente os que contenham água). Proteção Contra Incêndios 15/04/2015 14 CO2 PQ ESPUMA ÁGUA NR 23 – EXTINTORES PORTÁTEIS INMETRO EXTINTORES PORTÁTEIS (A: adequado, P: Proibido, NR: Não recomendado) AGENTES EXTINTORES CLASSES DE INCÊNDIO H2O ESP CO2 Pó BC Pó ABC A A NR NR A P A A A A P P A A A Fosfato de Monoamônio Classe D: Deve ser verificado a compatibilidade com o metal (Ex.: usar baldes de areia) - Em gases inflamáveis: usar pó-químico - Água e espuma: conduzem eletricidade 15/04/2015 15 ÁGUA-10 L CLASSE A : Adequado CLASSE B : Proibido CLASSE C : Probibido CLASSE D : NÃO RESFRIAMENTO: retirar o componente calor Proteção Contra Incêndios CO2 – 06 Kg CLASSE A : Não recomendado CLASSE B : Adequado CLASSE C : Adequado CLASSE D : NÃO ABAFAMENTO (retirar o componente oxigênio) E RESFRIAMENTO Proteção Contra Incêndios 15/04/2015 16 PQ BC PQ BC PÓ QUÍMICO BC ABNT CLASSE A : Não recomendado CLASSE B : Adequado CLASSE C : Adequado CLASSE D : NÃO ABAFAMENTO (retirar o componente oxigênio) Proteção Contra Incêndios CLASSE A : Adequado CLASSE B : Adequado CLASSE C : Proibido CLASSE D : NÃO ABAFAMENTO E RESFRIAMENTO ESPUMA QUÍMICA 10 LITROS Proteção Contra Incêndios 15/04/2015 17 Existem dois tipos clássicos de espuma: Espuma Química e Espuma Mecânica. a) Espuma Química - é resultante de uma reação química entre uma solução composta por "água, sulfato de alumínio e alcaçuz" ou composta por "água e bicarbonato de sódio" (está em desuso, por vários problemas técnicos). b) Espuma Mecânica - é formada por uma mistura de água com uma pequena porcentagem (1% a 6%) de concentrado gerador de espuma e entrada forçada de ar. Essa mistura, ao ser submetida a uma turbulência, produz um aumento de volume da solução (de 10 a 100 vezes) formando a Espuma. Veja a ficha técnica de um exemplo de um extrato formador de espuma, que é um líquido sintético, formulado a partir de surfactantes fluorados e hidrocarbonados, em: http://www.gifel.com.br/wp-content/uploads/2014/01/espuma-mecanica-ansulite-arc- afff-3-e-arc-6.pdf Complemento/curiosidade: - LGE - Líquido Gerador de Espuma a ser misturado a certas proporções com água e ar a fim de produzir espuma. - Surfactante - Substancia química que reduz a tensão superficial da água. Complemento/curiosidade: b) Exemplos de Agentes extintores - Pós químico: - Pó extintor BC á base de Bicarbonato de Sódio - Pó extintor BC á base de Bicarbonato de Potássio (Purple K). - Pó extintor ABC á base de Monofosfato de Amônia http://www.protege.ind.br/download/ficha%20tecnica%20Protemax%20Plus%20-%20R00.pdf c) Extintor de água. Estes equipamentos podem ser fornecidos com agente anticongelante, para operação abaixo de temperaturas de 4°C. Fabricado de acordo com a Norma Brasileira ABNT NBR 15.808 Fabricado de acordo com a Norma Brasileira ABNT NBR 15.808 15/04/2015 18 Dimensionamento de extintores – Norma do Corpo de Bombeiro Ref.: NT 21/2014 CBMGO a) Os extintores portáteis devem ser distribuídos de tal forma que o operador não percorra mais que: b) Os extintores sobre rodas devem ser distribuídos de tal forma que o operador não percorra mais que: - Cada pavimento deve possuir no mínimo duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classes B e C. É permitida a instalação de duas unidades extintoras iguais de pó ABC. Extintores: Norma técnica do Corpo de Bombeiro a) Inspeção É um exame periódico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza no extintor de incêndio, com a finalidade de verificar se o mesmo permanece em condições de uso. Todo extintor deverá possuir um controle para registro das inspeções sob a responsabilidade do proprietário do extintor. O relatório de inspeção dever conter no mínimo, os seguintes dados: - Data da inspeção; - Identificação do executante; - Localização do extintor; - Nível de manutenção a ser executado, descriminando de forma clara e objetiva b) RECARGA É a reposição da carga de agente extintor e do agente expelente. c) ENSAIO HIDROSTÁTICO É realizado de 5 em 5 anos nos componentes sujeitos à pressão permanente ou momentânea. 15/04/2015 19 NR 23 – Localização e Sinalização dos Extintores Fácil visualização Fácil acesso Onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso. NR 23 – Proteção contra Incêndios - Atender: legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. a) Equipamentos de combate ao incêndio; b) Procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança; c) Dispositivos de alarme existentes. - Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência. - As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. - Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho. - As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento 15/04/2015 20 NT 02/2014 CBMGO: - Os extintores portáteis devem ser instalados de tal forma que sua parte superior não ultrapasse a 1,60 m de altura em relação ao piso acabado, e a parte inferior fique acima de 0,20 m (podem ficar apoiados em suportes apropriados sobre o piso). Sistema de Hidrantes Ref.: NT 02/2014 CBMGO Gerência de Segurança contra Incêndio e Pânico Normas Técnicas disponíveis em: http://www.bombeiros.go.gov.br/legislacao/normas-tecnicas Normas Técnicas 15/04/2015 21 Projeto e construção das escadas de segurança: A largura mínima das escadas de segurança varia conforme os códigos e Normas Técnicas, sendo normalmente 2,20 m para hospitais e entre 1,10 m a 1,20 m para as demais ocupações, devendo possuir patamares retos nas mudanças de direção com largura mínima igual à largura da escada. Com corrimão Ref.: NT 02/2014 CBMGO Outros: Chuveiro automático “sprinklers” Planta (facilitar o trabalho do corpo de bombeiro) Treinamento Campainha ou sirene de alarme Brigada de incêndio: - a população fixa, o grau de risco e os grupos/divisões de ocupação da planta. (NT 17/2014) 15/04/2015 22 Outros Iluminação de emergência Porta com barra anti-pânico Porta nas rotas de fuga (corta-fogo) Isolamento obtido por parede corta-fogo Detector de incêndio • Acionador manual, que se constitui em parte do sistema destinada ao acionamento do sistema de detecção; • Central de controle do sistema, pela qual o detector é alimentado eletricamente. 15/04/2015 23 Ref.: NT 02/2014 CBMGO Sistema fixo de CO2 - consiste de tubulações, válvulas, difusores, rede de detecção, sinalização, alarme,painel de comando e acessórios, destinados a extinguir o incêndio por abafamento, através da descarga do agente extintor. - locais em que o emprego de água é desaconselhável - locais cujo valor agregado dos objetos e equipamentos é elevado - Economia e limpeza: custo agente/instalação é inferior do que outro agente extintor empregado. Normas Técnicas disponíveis em: http://www.bombeiros.go.gov.br/legislacao/normas-tecnicas 15/04/2015 24 Agir rápido e adequadamente (evitando o pânico) Importante: Obrigada Profa Cacilda de J. Ribeiro (cacilda@emc.ufg.br)
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