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gerenciamento de risco

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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora: Audennille Marinho de Almeida
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade é relativa à disciplina Gerência de Riscos, do 
curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. 
Basicamente, foram abordados aspectos históricos relevantes ao ris-
co e a sua gerência; conceitos e terminologias inerentes à ciência da 
gestão de riscos; fatores humanos com potenciais contributivos de 
consequências indesejáveis; classificação e evolução dos riscos; prin-
cipais normas relativas à gerência de riscos; principais técnicas de 
identificação de perigos, avaliação e análise de riscos e, por último, 
abordou-se o financiamento de riscos. Esta disciplina é de extrema 
importância devido aos acidentes e doenças do trabalho que ocorrem 
com grande frequência no Brasil e no mundo vide a negligência no que 
tange aos aspectos relacionados à prevenção e à gestão dos riscos 
nas organizações.
Gerência de Riscos. Segurança do Trabalho. Prevenção. Organizações.
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 CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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Breve Histórico e o Prevencionismo _____________________________
Normas sobre Gerenciamento de Riscos ________________________
Estudos Prevencionistas Relevantes _____________________________
 CAPÍTULO 02
PROCESSO DE GERÊNCIA DE RISCOS
Classificação e Evolução dos Riscos _____________________________ 34
29Recapitulando ________________________________________________
18Fator Humano _________________________________________________
43Metodologia de Gerenciamento de Riscos ______________________
Recapitulando _________________________________________________ 46
 CAPÍTULO 03
ANÁLISE DE RISCOS
Primeira Etapa: Fases de Identificação de Perigos _____________ 50
Técnicas de Análise de Riscos ___________________________________ 52
20Conceitos e Terminologia ______________________________________
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Técnicas de Avaliação de Riscos __________________________________ 65
Recapitulando __________________________________________________ 67
 CAPÍTULO 04
FINANCIAMENTO DE RISCOS
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Noções Básicas e Princípios de Administração de Seguros ______
Etapas do Financiamento de Riscos ______________________________
84Recapitulando ________________________________________________
80Seguro ou Autosseguro? _______________________________________
82Definição de Níveis de Franquia ________________________________
92Referências ____________________________________________________
88Fechando a Unidade ___________________________________________
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Não é de hoje que a sociedade vivencia o descaso com a se-
gurança e a saúde do trabalho. Apesar de não ter essa consciência, o 
homem pré-histórico já lidava diretamente com o risco, através de ativi-
dades básicas para sua sobrevivência. 
“O homem pré-histórico procurava proteção contra animais ferozes ades-
trando-se na caça e vivendo em cavernas. Inicialmente, a maneira com a 
qual subsistia e enfrentava os perigos era devida à sua astúcia, inteligência 
superior e uso de suas mãos. Com a descoberta do fogo e das armas e a 
própria organização tribal com maior planejamento e ação grupal, o homem 
evoluiu cientificamente e obteve maior proteção, porém, novos riscos foram 
introduzidos. A invenção do machado de pedra, um avanço para assegu-
rar alimentação para si e sua família, incorria em graves acidentes devido 
a práticas insegura sem seu manejo. Portanto, tanto o homem pré-histórico 
quanto o da Idade da Pedra já estavam constantemente expostos a perigos 
na vida diária, em sua luta pela existência”. (FIGUEIREDO JÚNIOR, 2009).
Com o advento da era industrial, numa fase em que as máqui-
nas estavam veementes, os índices de acidentes começaram a preocu-
par pessoas e empresas que, conscientizadas, futuramente buscariam 
entender as causas daqueles eventos e propor medidas de controle que 
visassem gerenciar os riscos no trabalho.
Nesse sentido,a disciplina de Gerência de Riscos fornece no-
ções gerais e importantes sobre os principais conceitos relacionados 
à área do gerenciamento de riscos, na visão da segurança e da saú-
de do trabalho. Além disso, a disciplina cobre as principais técnicas de 
identificação de perigos, de avaliação e análise de riscos presentes nas 
principais bibliografias, que aqui serão apresentadas.
No primeiro capítulo, será apresentada uma breve introdução 
do histórico dos riscos e da sua gerência, além de abordar aspectos 
relacionados ao prevencionismo através do relato de alguns estudos 
prevencionistas relevantes. Logo em seguida, serão estudados o fator 
humano e a sua contribuição para os eventos indesejáveis, e para fina-
lizar, uma série de conceitos e terminologias necessárias para o enten-
dimento satisfatório da disciplina será introduzida.
No segundo capítulo, intitulado Processo de Gerência de Ris-
cos, serão apresentadas a classificação e a evolução dos riscos em-
presariais, e em seguida serão abordadas as principais normas sobre 
gestão de riscos, bem como suas mais recentes atualizações. Ao final 
do capítulo, a metodologia da gerência de riscos será abordada.
No terceiro capítulo, Análise de Riscos, serão esmiuçadas as 
principais técnicas de análise e avaliação de riscos, por meio da repre-
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sentação de quadros, organogramas, fluxogramas e tabelas próprios 
que contribuem para o entendimento mais facilitado por parte do aluno. 
E por fim, no último capítulo, intitulado Financiamento de Ris-
cos, serão exploradas noções sobre financiamento de riscos no am-
biente empresarial. 
Bons estudos!
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BREVE HISTÓRICO E O PREVENCIONISMO
Os estudos pioneiros de Willie Hammer, especialista em Se-
gurança de Sistemas, em meados dos anos 70, sobre prevencionismo, 
foram essenciais para se alcançar o estágio atual de prevenção de da-
nos, potenciais causadores de perdas diversas, sejam elas pessoais, 
materiais ou ambientais. A ideia da prevenção do dano antes que ele 
pudesse ocorrer entrou em cena a fim de eliminar situações indesejá-
veis no ambiente de trabalho.
A Engenharia de Segurança passou a considerar o fator admi-
nistrativo atrelado ao fator técnico, este até então esquecido pelas pes-
quisas desenvolvidas à época, para solucionar problemas em sistemas 
de caráter técnico-administrativo de maneira eficaz.
INTRODUÇÃO
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Com esse olhar mais abrangente, tornou-se mais capacitada 
para o processo de gerenciamento de riscos, no que tange às metodo-
logias de identificação de perigos e análise de riscos.
Conforme Sell (1995) citado por Webster (2001),
“[...]num sistema de trabalho, em seu estado ideal, os fatores técnicos, orga-
nizacionais e humanos estão em harmonia. Por ocasião de um acidente ou 
quase acidente, essa harmonia é perturbada. Estritamente falando, não existi-
ria causas técnicas e/ou organizacionais para um acidente, em última análise, 
eles dependeriam da conduta de pessoas. Essas pessoas poderiam ser os 
projetistas, os construtores, os organizadores do trabalho, os mantenedores, e/
ou os próprios trabalhadores”. (SELL, 1995 apud WEBSTER, 2001).
Diversos autores, entre eles Jackson e Carter (1992), convergem 
no sentido de reconhecer que o risco está diretamente associado à falha 
de um sistema. A possibilidade de um sistema falhar pode ser traduzida em 
recurso estatístico, à probabilidade, cujo conceito será visto adiante.
Outra definição bastante relevante é a proposta por De Cicco e 
Fantazzini (1985), acerca da gerência de riscos,
“à ciência, a arte e a função que visa a proteção dos recursos humanos, mate-
riais e financeiros de uma empresa, quer através da eliminação ou redução de 
seus riscos, quer através do financiamento dos riscos remanescentes, confor-
me seja economicamente mais viável” (DE CICCO; FANTAZZINI, 1985).
Nesse sentido, entende-se como gerência de risco a ciência 
que visa à proteção dos recursos da organização, no que tange à eli-
minação ou redução dos riscos. Em casos específicos, nos quais se 
demonstre viabilidade econômica, o financiamento dos riscos pode ser 
estudado como uma boa alternativa de gestão.
Através da gestão de riscos é possível identificar cenários de 
acidentes que antes eram ignorados pela organização, devido à falta de 
uma sistematização. A maior parte das empresas utiliza-se do processo 
de gestão de riscos de forma intuitiva. Na maioria das vezes, o trata-
mento dos riscos segue o processo da tentativa e erro, reagindo aos 
eventos indesejáveis só depois que eles ocorrem. A gestão de riscos é 
a melhor forma de aprendizado organizacional (MORAES, 2010).
É importante salientar que o processo de gestão de riscos é 
composto pela identificação do perigo, avaliação do risco, comparação 
com riscos tolerados e tratamento dos riscos. Nessa última etapa, as 
decisões são tomadas de modo a eliminar, reduzir, reter ou transferir os 
riscos levantados nas fases anteriores (CARDELLA, 1999).
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Figura 1 - Processo da Gestão de Riscos
Fonte: Adaptado de Cardella,1999. p.72.
O Brasil permanece ainda hoje como um dos países com maio-
res índices de acidentes de trabalho no mundo. Segundo o Anuário Es-
tatístico da Organização Internacional do Trabalho – OIT (2009), o país 
ocupa o terceiro lugar em números absolutos no ranking mundial, nova-
mente atrás dos Estados Unidos e China. 
A seguir abordaremos alguns estudos importantes relaciona-
dos aos primeiros e mais relevantes estudos que surgiram visando a 
prevenção dos riscos. 
ESTUDOS PREVENCIONISTAS RELEVANTES
Como percebe-se, diversos foram os estudos que contribuíram 
para que chegássemos ao patamar de controle de riscos que temos 
hoje. Dentre eles, destacam-se os estudos prevencionistas de Heinrich, 
Bird e Fletcher.
Estudos de H.W. Heinrich
Heinrich foi um dos engenheiros e estudiosos que defendiam 
ações direcionadas a mitigar os acidentes antes mesmo que esses vies-
sem a ocorrer. Em meados dos anos 30, foi o responsável por introduzir 
a noção de acidentes sem lesões ou, em outras palavras, acidentes 
com danos à propriedade, ao bem material. 
Através do seu empenho na confecção da obra Industrial Acci-
dent Prevention, o engenheiro H.W. Heinrich descobriu que, em média, 
para cada acidente com lesão incapacitante, ocorriam 29 lesões leves 
(não incapacitantes) e 300 acidentes sem lesões, como ilustrado na 
pirâmide abaixo,
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Figura 2: Pirâmide de Heinrich
Fonte: CTISM. Adaptado de Cicco; Fantazzini, 2003
Para Heinrich, existiam alguns fatores que influenciavam dire-
tamente à concretização dos acidentes, observe:
“Heinrich em sua obra "Industrial Accident Prevention”, aponta que os aciden-
tes de trabalho, com ou sem lesão, são devidos à personalidade do trabalha-
dor, à prática de atos inseguros e à existência de condições inseguras nos 
locais de trabalho. Supõe-se, desta forma, que as medidas preventivas devem 
ater-se ao controle destes três fatores causais” (FIGUEIREDO JUNIOR, 2009).
Frank E. Bird Jr.
Cerca de duas décadas depois, aproveitando-se dos estudos 
de Heinrich, o também engenheiro Bird Jr, propôs um novo estudo inti-
tulado Damage Control que também gerou resultados impactantes. 
Através da análise de mais de 90 mil acidentes ocorridos na side-
rúrgica Luckens Steel entre os anos de 1959 e 1966, chegou-se à propor-
ção de 1:10:500, ou seja, em média, para cada acidente com lesão incapa-
citante, havia 100 lesões leves, 500 acidentes com danos à propriedade.
Figura 3: Pirâmide de Bird
Fonte: CTISM. Adaptado de Cicco; Fantazzini, 2003.
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Bird Jr. traz consigo uma nova ideia que incluía no conceito de 
acidente aqueles eventos que resultavam em danos materiais. Observe 
o que escreveu Figueiredo Júnior (2009) acerca disso, 
“A partir dos estudos de Bird, além das lesões pessoais também começaram 
a ser considerados como acidentes, quaisquer acontecimentos que geras-
sem danos à propriedade, ou seja, aqueles acontecimentos que provocas-
sem perdas para a empresa, mesmo que substanciais, em termos de mate-
riais e equipamentos” (FIGUEIREDO JÚNIOR, 2009).
Insurance Company of North America (ICNA)
Esse estudo foi realizado em 1969 nos Estados Unidos e mos-
trou-se bastante representativo por abranger 1.753.498 acidentes regis-
trados por 297 organizações, que empregavam 1.750.000 trabalhadores.
Conforme os estudos obtidos pela ICNA, a cada acidente com 
lesão incapacitante associam-se 10 acidentes com lesões não incapa-
citantes, 30 acidentes com danos à propriedade e 600 acidentes sem 
lesão ou danos visíveis (quase-acidentes).
Figura 4: Estudo das proporções de acidentes. Insurance Company of North 
America
Fonte: DE CICCO; FANTAZZINI (1993).
Diante dos estudos prevencionistas demonstrados acima, cabe 
ressaltar a relevância de se combater os fatores que se encontram na 
base da pirâmide, já que os mesmos são muito frequentes. Simplifican-
do, é preciso o emprego de ações preventivas para inibir os comporta-
mentos de risco e os incidentes (quase acidentes) a fim de evitar que 
ocorram lesões mais graves e fatalidades.
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FATOR HUMANO
É fato que todo ser humano está sujeito a erros. Porém, uma 
empresa ou organização precisa entender a origem das falhas huma-
nas para evitar consequências indesejáveis como os acidentes. Para 
tanto, faz-se necessário que o gerenciamento das falhas humanas es-
teja contemplado no sistema de gestão de segurança das empresas.
O erro humano pode ser do tipo intencional ou não intencional. 
O hexágono das causas abaixo, proposto por Couto (2009), elenca as 
principais causas do erro humano.
Figura 5: Hexágono de causas do erro humano
Fonte: CTISM, COUTO, 2009
Deslizes 
Os deslizes, classificados como não intencionais e, por isso, 
inerentes aos seres humanos, ocorrem no ato de execução da tarefa. 
Duram cerca de segundos ou minutos. Geralmente ocorrem em tarefas 
de rotina, feitas de maneira automática, quando há uma distração ou 
ainda em uma mudança de rotina.
Causas: esquecer-se de fazer algo e fazer outra atividade; 
acionamento de botão/tecla errados. 
Possível solução: Já que se trata de falta de atenção, o treina-
mento puro não resolverá. É necessário, nesse caso, a elaboração de 
mecanismos que adotem ações corretivas para quando o deslize ocorrer.
Condições Ergonômicas Inadequadas
Condições ergonômicas inadequadas surgem quando o indiví-
duo comete erro devido à disposição estrutural do ambiente ao qual ele 
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interage e trabalha.
Causas: pressão da chefia e sobrecarga de trabalho; equipa-
mentos e instrumentos inadequados para execução do trabalho.
Possível solução: Adaptação do local de trabalho à rotina ope-
racional do trabalhador; fortalecimento do diálogo entre o empregador 
e os empregados.
Falta de Aptidão Física ou Mental
Esse tipo de falha ocorre com indivíduos expostos a trabalhos 
estressantes, ruídos excessivos e trabalhadores que fazem uso de dro-
gas e medicamentos.
Possível solução: Acompanhamento periódico da saúde física 
e mental dos empregados.
Falta de Capacidade
Pode ser entendido como o despreparo do indivíduo para lidar 
com determinada atividade, geralmente decorrente da ausência de trei-
namento ou da participação em treinamentos deficientes.
Possível solução: Treinamentos periódicos; melhoria no con-
trole de qualidade dos treinamentos. 
Falta de Informação
Decorre da falta de comunicação; informação incorreta, confu-
sa ou distorcida.
 Possível solução: Melhorar a comunicação entre os trabalha-
dores, e fortalecer o diálogo entre empregador e empregado.
Motivação Incorreta
Situação em que o profissional possui todos os requisitos ne-
cessários para o cargo que exerce (qualidade profissional, informação 
necessária e treinamento adequado), e ainda assim executa a tarefa de 
forma errada.
Possível solução: Treinamentos sobre valores e incentivos por 
parte dos empregadores.
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CONCEITOS E TERMINOLOGIA
Segundo Willie Hammer, conforme citado por De Cicco e Fan-
tazzini (1985, p.8), 
"Acidentes ocorrem desde os tempos imemoriais, e as pessoas têm se pre-
ocupado igualmente com sua prevenção há tanto tempo. Lamentavelmente, 
apesar de o assunto ser discutido com frequência, a terminologia relacionada 
ainda carece de clareza e precisão. Do ponto de vista técnico, isto é particu-
larmente frustrante, pois gera desvios e vícios de comunicação e compreen-
são, que podem aumentar as dificuldades para a resolução de problemas. 
Qualquer discussão sobre riscos deve ser precedida de uma explicação da 
terminologia, seu sentido preciso e inter-relacionamento”. (HAMMER apud 
DE CICCO & FANTAZZINI (1985, p8).
Daí a importância de se entender a terminologia de maneira 
correta, melhorando a comunicação no trabalho e evitando dúvidas que 
possam dificultar a resolução dos problemas (gerência dos riscos). A 
seguir veremos alguns dos conceitos mais importantes relacionados à 
temática da gerência de riscos.
Risco
Nesta seção apresentaremos alguns conceitos e terminologias 
relevantes à compreensão do gerenciamento de riscos. O primeiro ter-
mo é sobre riscos, você irá aprender a diferenciar risco de perigo. O 
termo risco difere do perigo por ter a probabilidade de ocorrência a um 
determinado evento potencialmente perigoso à integridade física do tra-
balhador, e dos equipamentos do ambiente de trabalho, em decorrência 
da efetividade e da exposição direta do trabalhador ao perigo. 
Na visão de Torreira (1997), risco é a medida das probabilida-
des e consequências de todos os perigos de uma atividade ou condi-
ção. É a possibilidade de dano, prejuízo ou perda.
Vale ressaltar que existem algumas normas sobre o gerencia-
mento dos riscos e perigos, sendo uma delas, a ISO 45001:2018, antiga 
OHSAS 18001:2007, que é uma importante ferramenta de controle e 
otimização do sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional 
que passa, então, a permitir que uma organização possa ter conheci-
mento de todos os perigos relevantes e que sejam resultantes de suas 
atividades de rotina e, assim, melhorar seu desempenho.
De acordo com a ISO 45001:2018, os riscos são conceituados 
da seguinte forma:
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“Combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições pe-
rigosas relacionadas aos trabalhos e da gravidade das lesões e problemas 
de saúde que podem ser causados pelo (s) evento (s) ou exposição (ões)”.
Assim sendo, teremos um risco somente quando estivermos 
expostos ao perigo. Sendo: 
R= P x S
Sendo:
R = risco
P = probabilidade
S = severidade (consequência, severidade)
Percebe que o risco é a grandeza diretamente proporcional a 
duas variáveis: probabilidade e severidade. Ou seja, quanto maior a 
probabilidade e a severidade, maior é o risco, e quanto menor for a 
probabilidade e a severidade, menor será o risco. Segundo a OHSAS 
(2007), substituída pela ISO 45001:2018, o risco pode ser dividido em 
três interpretações, são elas:
Risco Aceitável: Risco que foi reduzido a um patamar que pode 
ser tolerado pela organização/empresa, levando em consideração suas 
obrigações legais e a sua própria política de saúde, das pessoas envol-
vidas e da segurança do trabalho.
Risco Potencial: Ele está associado ao fato da resistência do 
corpo, eventualmente atingido, ser inferior auma determinada energia.
Risco Efetivo: É a probabilidade de o homem estar exposto a 
um risco potencial.
- Reflita sobre essa imagem que você vê...
Descalço, em uma escada de metal, mergulhada em uma 
piscina, molhado e manipulando equipamento elétrico e próximo a 
rede elétrica! 
- Há Segurança no Trabalho?
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Figura 6: Manutenção elétrica
Fonte: GANZAROLLI, 2014.
Perigo
Existem diversas definições acerca do significado do termo pe-
rigo. No contexto da segurança do trabalho, é comum encontrarmos que 
perigo é a situação com potencial grande de causar danos à integridade 
física do trabalhador e aos equipamentos do ambiente de trabalho. 
A norma regulamentadora nº 10 – NR 10 , do Ministério do Tra-
balho e Previdência, determina o termo perigo como toda situação ou 
condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou danos à 
saúde das pessoas, por ausência de medidas de controle.
Segundo ISO 45001: 2018,
“É uma fonte com potencial para provocar lesão e afeção da saúde – diga-se 
por exemplo queda de um objeto que tem potencial, se cair para magoar 
uma pessoa, exposição ao ruído que pode levar à surdez se for por períodos 
prolongados e valores altos etc.”. (ISO 45001, 2018).
Na mesma linha, Tavares (1996), sustenta que perigo é a fonte, 
situação ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos 
de lesão e/ou doença.
Um perigo pode estar presente, mas pode haver baixo nível 
de perigo, devido às preocupações tomadas. Assim, por exemplo, 
um banco de transformadores de alta voltagem possui um perigo 
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inerente de eletrocussão, uma vez que esteja energizado. Há um 
alto nível de perigo se o banco estiver desprotegido, no meio de 
uma área com pessoas. O mesmo perigo estará presente quando 
os transformadores estiverem trancados num cubículo sob o piso. 
Entretanto, o nível de perigo agora será mínimo para o pessoal. 
Vários outros exemplos podem ser criados, mostrando como os 
níveis de perigo diferem, ainda que o perigo se mantenha o mes-
mo. (DE CICCO; FANTAZZINI, 2003).
Perigos e Riscos
A relação prática entre perigo e risco é demonstrada no quadro 
abaixo, 
Quadro 1: Relação entre perigo e risco.
Fonte: MORAES, 2010.
Nota-se que um perigo é algo com o potencial para causar um 
dano, como as substâncias químicas e os sistemas energizados, já o 
risco está associado à frequência e à probabilidade que a doença, dano 
ou até a morte pode resultar por causa de um perigo (MORAES, 2010).
Risco e Perigo não são a mesma coisa... A diferença entre 
os termos está no fato de que, o risco está relacionado à exposição 
a um certo perigo, enquanto o perigo é a própria fonte com poten-
cial para causar danos diversos.
O perigo, como fonte, pode ser uma máquina rotativa, uma super-
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fície quente, o fogo, um produto químico, um chão escorregadio etc. O risco 
surge somente se houver exposição do trabalhador a essas fontes de peri-
go, ou seja, quando há uma aproximação do trabalhador à fonte de perigo.
- Para ler mais sobre o assunto acesse: < https://www.sstonli-
ne.com.br/perigo-ou-risco-entenda-a-diferenca-entre-eles/ >
- Assista a esse vídeo para entender a diferença entre perigo e 
risco de uma forma ilustrativa: <https://www.youtube.com/watch?v=aI-
jwdWgxbXo>
Identificação de Perigos
“Processo de reconhecimento de que um perigo existe e defini-
ção de suas características” (TAVARES, 1996).
Análise de Riscos
A análise de risco é um estudo das ameaças futuras, consi-
derando o levantamento do local, tipo do negócio, bens patrimoniais e 
pessoas a serem protegidas. 
Ao analisar um risco devem-se considerar suas causas, pro-
babilidade de ocorrência e gravidade dos danos. As causas podem ser 
oriundas da interação humana ou material em determinado evento con-
cretizando um perigo que pode resultar em danos (MACHADO, 2015 
apud NADRUZ, 2014).
Para Cardella (1999, p. 106), “[...]a análise de riscos é o estudo 
detalhado de um objeto com a finalidade de identificar perigos e avaliar 
os riscos associados. O objeto pode ser organização, área, sistema, 
processo, atividade, intervenção”.
Avaliação de Riscos 
 “Processo de avaliação de riscos provenientes de perigos, le-
vando em consideração a adequação de qualquer controle existente e 
decidindo se o risco é ou não é aceitável” (TAVARES, 1996).
Gestão de Riscos
Para Moraes (2010), gestão de riscos é
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“[...] o termo aplicado quando se implementa e mantém uma sistemática de 
identificação, análise, avaliação, tratamento, monitoramento e comunicação 
dos riscos associados a uma determinada atividade, função ou processo, 
utilizando metodologias, ferramentas e estratégias reconhecidas. Esse pro-
cesso permitirá que as organizações possam atuar preventivamente, minimi-
zando sua vulnerabilidade à ocorrência de acidentes que possam resultar em 
grandes perdas humanas e materiais”.
A gestão de riscos vai além de meramente identificar os riscos 
no ambiente de trabalho, ela atua nas melhorias dos processos, ativida-
des e métodos de trabalho em busca de minimizar as perdas decorrentes 
dos eventos indesejáveis, atuando preventivamente. Sua implementação 
requer uma mudança no pensamento organizacional (MORAES, 2010).
Dano
É a severidade da lesão ou perda física, funcional ou econômi-
ca decorrente da perda de controle sobre um risco (TAVARES, 1996).
“Um operário desprotegido pode cair de uma viga a 3 m de 
altura, resultando um dano físico, por exemplo, uma fratura na per-
na. Se a viga estivesse colocada a 90 metros de altura, ele com boa 
certeza estaria morto. O perigo (possibilidade) e o nível de perigo 
(exposição) de queda são os mesmos, entretanto a diferença exis-
te apenas na gravidade do dano que poderia ocorrer com a queda”. 
(DE CICCO; FANTAZZINI, 1985).
Acidente
Acidente é a ocorrência normal que contém evento danoso. Danos 
e perdas, ainda que desprezíveis, sempre ocorrem (CARDELLA, 1999).
Segurança
É constantemente entendida como “ausência de riscos”. Porém, 
é muito improvável a eliminação dos riscos por completo. Define-se assim, 
a segurança como uma condição ou conjunto de condições que objetivam 
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uma relativa proteção contra um determinado risco (SOUZA, 2012).
Perdas
As perdas geralmente podem ser avaliadas em relação aos 
custos de reparo do equipamento danificado, despesas médicas e hos-
pitalares, lucro cessante, aumento da taxa de seguro etc. Quando reme-
te à vida humana, a discussão se acentua, pois, esta não possui preço, 
embora possa haver estipulação de valor para efeito de indenização de 
seguro. (TAVARES, 1996).
Sistema
Souza (2012) define sistema como sendo um arranjo ordenado 
de componentes que estão inter-relacionados e que vão atuar e inte-
ratuar com outros sistemas, para cumprir uma determinada função ou 
objetivo previamente definido, em um ambiente. 
Probabilidade
“É o grau de possibilidade de que um evento ocorra”. (ABNT, 
2005). Nessa hora, é importante pensar nos princípios do Gerencia-
mento proativo, que concede uma visão mais holística sobre o todo.
O que é Gerenciamento proativo?
O objetivo de um Gerenciamento proativo é aumentar a 
probabilidade e o impacto dos eventos positivos (oportunidades) 
e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos negativos (ame-
aças) do projeto.
Saiba mais: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/
artigos/idiomas/o-gerenciamento-proativo-de-problemas-e-a-pre-
vencao-dos-incidentes/47119
Confiabilidade
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“É a probabilidade de um equipamento ou sistema desempe-
nhar satisfatoriamente suas funções específicas por um período espe-
cíficode tempo, sob um dado conjunto de condições de operação” (FI-
GUEIREDO JÚNIOR, 2009).
Sinistro
“Prejuízo sofrido por uma organização com garantia de ressar-
cimento por seguro ou outros meios” (TAVARES, 1996).
Ato Inseguro
Ato inseguro é a maneira como o indivíduo (trabalhador) se expõe 
consciente ou inconsciente a riscos de acidentes. Oliveira (2003) diz que o 
presente ato gera um questionamento muito grande em relação à figura do 
“Ato inseguro”, para ele, não é o comportamento do trabalhador carregado 
de erros no trabalho, mas a parcialidade com que é utilizado na definição 
causal dos acidentes. Ou seja, o erro cometido no trabalho, embora seja 
indesejável, é passível de ocorrer e todos podem incorrer contra o ato. 
Condição Insegura
A condição insegura diz respeito ao risco condicionado, pelo 
ambiente de trabalho, a todo trabalhador em execução de suas ativi-
dades. É necessário pensar que a amplitude de um ambiente inseguro, 
afeta também as instalações do local, podendo desencadear processos 
dificultadores ao meio ambiente e ao próprio patrimônio. 
A seguir, algumas possíveis condições de insegurança no am-
biente de trabalho podem ser vistas, a saber:
• Inadequação nos equipamentos de temperatura do ambiente;
• Piso escorregadio, causando danos ao trabalhador e às par-
tes envolvidas;
• Materiais perfurocortantes e/ou materiais perigosos/danosos 
em locais inapropriados para suas devidas condições de armazenagem;
• Falta de iluminação ou iluminação excessiva, dentre outros.
Fator Pessoal de Insegurança (Fator Pessoal)
“Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à 
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ocorrência do acidente ou a prática do ato inseguro” (ABNT, 2001).
Incidente
Segundo Tavares (1996), incidente pode ser entendido como o 
evento, no qual ocorreu ou poderia ter ocorrido lesão, doença ou fatali-
dade. Se não há lesões, doenças ou fatalidades decorrentes do inciden-
te, ele é classificado como “quase acidente, quase perda, ocorrência 
anormal”; ou ainda de “ocorrência perigosa”.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: ALEMA Prova: Engenheiro de Segu-
rança do Trabalho Nível: Superior.
Relacione os termos abaixo com suas respectivas definições.
1. Avaliação de Risco
2. Gerenciamento de Riscos
3. Percepção do risco
4. Comunicação de Risco
( ) processo de identificação, análise, avaliação e tratamento dos 
riscos dentro de uma organização, com o objetivo de minimizar a 
ocorrência de acidentes.
( ) processo técnico-científico pelo qual o risco previsto em um 
sistema é modelado e quantificado.
( ) processo que permite a transmissão das mensagens de risco 
dos especialistas para os não especialistas
Assinale a assertiva que mostra a relação correta, de cima para 
baixo
a) 2 – 1 – 3 
b) 1 – 2 – 3
c) 2 – 1 – 4 
d) 3 – 1 – 4 
e) 3 – 2 – 1
QUESTÃO 2
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: ALEMA Prova: Engenheiro de Segu-
rança do Trabalho Nível: Superior.
Leia o fragmento a seguir.
Em uma empresa é possível realizar ações com relação à seguran-
ça do trabalho, por meio de um conjunto de recursos e técnicas 
aplicados preventivamente, diante de um ____ identificado, a fim 
de diminuir seus ____.
Assinale a alternativa cujos itens completam corretamente as la-
cunas do fragmento acima:
a) risco – perigos
b) acidente – perigos
c) acidente – riscos
d) perigo – riscos
e) risco – acidentes
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QUESTÃO 3
Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: COMLURB Prova: Engenheiro de 
Segurança do Trabalho Nível: Superior.
Dentre algumas terminologias utilizadas no contexto da saúde e 
da segurança ocupacional, pode-se dizer que, a fonte ou situação 
com potencial para provocar danos ao homem, à propriedade ou 
ao meio ambiente, ou a combinação destes, denomina-se:
a) Acidente.
b) Risco.
c) Perigo.
d) Dano.
QUESTÃO 4
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: INEA Prova: Engenheiro em Segu-
rança do Trabalho Nível: Superior.
Em um determinado ambiente de trabalho de uma fábrica, exis-
te um equipamento essencial na produção fabril que pode causar 
dano ao trabalhador.
A respeito dessa situação, assinale a afirmativa correta.
a) O risco pode ser eliminado somente com a retirada desse equipamento.
b) O perigo pode ser controlado com medidas de segurança.
c) O perigo não pode ser eliminado, mas é possível controlar o risco.
d) O risco e o perigo podem ser eliminados com medidas de segurança.
e) A eliminação do perigo pode ser conseguida com o controle de risco.
QUESTÃO 5
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: PC RJ Prova: Engenharia Ambien-
tal, Florestal, Agrícola e Agronomia. Nível: Superior.
A combinação da probabilidade da ocorrência de um evento peri-
goso e da gravidade do dano ou prejuízos que poderão resultar, 
caso este evento venha a ocorrer é a definição de:
a) Acidente.
b) Risco.
c) Exposição.
d) Perigo.
e) Vulnerabilidade.
QUESTÃO 6
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: CONDER Prova: Técnico em Segu-
rança e Higiene do Trabalho. Nível: Técnico.
O trecho de uma ferrovia em um porto deve ser atravessado, diaria-
mente, por muitos trabalhadores.
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A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. O trilho de trem configura-se como risco do local de trabalho.
II. A construção de uma passarela subterrânea sob a ferrovia eli-
minaria o perigo.
III. A instalação de sinalização para ultrapassar o leito ferroviário 
controlaria o risco.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
No dia a dia, os termos perigo e risco são muitas vezes usados para 
indicar a mesma coisa, porém, na realidade os termos possuem signi-
ficados diferentes. Explique a diferença existente entre perigo e risco 
e cite pelo menos dois exemplos práticos de situações de trabalho, em 
que perigo e risco estejam presentes, identificando-os.
TREINO INÉDITO
1 - Severidade da lesão ou perda física, funcional ou econômica 
resultante da perda de controle sobre um risco. 
Assinale a opção que corresponde à definição acima:
a) Confiabilidade
b) Sinistro
c) Perda
d) Incidente
e) Dano
2 - Como é chamada toda situação ou condição de risco com pro-
babilidade de causar lesão física ou danos à saúde das pessoas 
por ausência de medidas de controle?
a) Risco
b) Perigo
c) Dano
d) Condição insegura
e) Ato inseguro
NA MÍDIA
DESASTRE DE BRUMADINHO: O PAPEL DA GESTÃO DE RISCOS 
Processos de gestão de risco poderiam ter contribuído para evitar o 
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problema ou mesmo limitar os impactos verificados na tragédia.
Figura 7: Barragem de Brumadinho 
Fonte: RPR/Fotos Públicas. Acesso em 2019.
Enquanto acompanhamos a extrema dor e sofrimento causados pelo im-
pacto do desmoronamento a barragem da Companhia Vale do Rio Doce 
na Mina do Feijão, em Brumadinho (MG), ficamos chocados pelo elevado 
número de vítimas, que provavelmente não tiveram nenhuma capacida-
de de reação ao súbito deslizamento de lama. Acompanhamos ainda o 
esforço heroico das várias equipes de salvamento, que conseguiram res-
gatar muitas pessoas, ainda que haja centenas de vidas perdidas.
Em meio a discussões sobre punição dos culpados, extensão das pena-
lidades civis e criminais, assim como afastamento da diretoria da empre-
sa, não podemos deixar de olhar para essa catástrofe pela perspectiva 
de gerenciamento de risco, para analisar em detalhe como processos 
de gestão de risco poderiam ter contribuído para evitar o problema ou 
mesmo limitar os impactos verificados. 
Leia mais em: <https://www.gazetadopovo.com.br/justica/desastre-de-
-brumadinho-o-papel-da-gestao-de-riscos-6e1i3rnrzyplbqrur9i7t0k0v/>Acesso em: 02/03/2023.
NA PRÁTICA
Como sabemos, muitas pessoas ainda são vítimas de acidentes ou doen-
ças no ambiente de trabalho. Os anos se passam, os acidentes continuam 
a ocorrer e o descaso para com a saúde e segurança dos trabalhadores só 
aumenta, ano após ano. Não precisamos ir muito longe para lembrar de um 
exemplo prático, vide o desastre de Brumadinho, ocorrido recentemente 
em Minas Gerais. E a pergunta que não quer calar. Até quando será assim?
Após o desastre de Mariana , ocorrido em 2015, achava-se que não teriam 
mais brechas para incompetências e descasos. Infelizmente, nada mudou 
nos últimos três anos e em 25 de janeiro de 2019, uma barragem da mine-
radora Vale rompeu-se na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), 
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município localizado acerca de 50 km de Belo Horizonte. Até agora (26 de 
fevereiro de 2019), um mês após o desastre, 180 mortes foram confirma-
das e cerca de 130 pessoas seguem desaparecidas. As causas ainda se-
rão apuradas, mas certo é que vidas estão em jogo e isso, por si só, deveria 
pesar mais do que o lucro a todo custo vislumbrado pelas empresas.
No que tange à gestão de riscos, segundo o Ministério Público (MP) 
de Minas Gerais, a Vale desenvolveu uma metodologia interna própria, 
baseada em uma metodologia usada internacionalmente para medir o 
nível de aceitação aos riscos de uma barragem. O MP constatou, após 
pedir informações ao setor de gestão da empresa, que 10 das 57 bar-
ragens avaliadas estavam alocadas na chamada Zona de Atenção ou 
Alarp Zone. Estruturas enquadradas na Zona de Atenção são aquelas 
em que o acidente é tolerável apenas se a redução for impraticável ou o 
custo for desproporcional à melhoria obtida. Ou seja, a empresa soube 
da situação, mas nada fez a respeito por entender (erroneamente) que 
o risco de colapso era baixo.
Espera-se que as punições cabíveis sejam aplicadas aos responsáveis 
pelas tragédias que têm assolado o nosso país. É necessário que a Alta 
Direção das companhias reveja os seus sistemas de segurança, de modo 
a fortalecê-los, resguardando a saúde e a proteção de seus trabalhadores.
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CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DOS RISCOS
Não é de hoje que se estabeleceu uma relação entre o homem 
e a gestão de riscos. O homem, continuamente, se viu embarcado em 
riscos e teve que aprender a encarar as consequências. Na atualidade, 
estudiosos e cientistas têm se empenhado a estudar e desvendar técni-
cas para amenizar riscos de trabalho.
Neste capítulo, estudaremos a natureza dos riscos, bem como 
suas normas, para isso, classificaremos os riscos em duas modalida-
des: Puros (estáticos) e, Especulativos (dinâmicos). A figura a seguir, 
demonstra de forma clara através de um estudo de mapa mental, a 
classificação dos riscos segundo suas subdivisões.
PROCESSO DE GERÊNCIA DE
RISCOS
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Figura 8: Mapa mental: Classificação dos riscos
Fonte: Adaptado de RUPPENTHAL, 2013.
Riscos Puros
Os riscos puros são aqueles riscos em que há apenas possibi-
lidade de perda, ou seja, não há possibilidade de ganho ou de lucro. Re-
sulta em perda econômica para a empresa, tais como: fatores ambientais, 
tecnológicos e econômico-financeiros (LIMA, 2000 apud FUNO, 2009).
Segundo Ruppenthal (2013), os riscos puros são aqueles que 
resultam em perdas, sendo classificados quanto as suas propriedades, 
sua responsabilidade e riscos às pessoas e materiais. 
Os riscos à propriedade fazem parte das perdas advindas de 
incêndios, explosões, vandalismo, roubo, sabotagem e danos a equipa-
mentos e acidentes naturais.
Já os riscos relativos às pessoas, remetem a doenças ou aci-
dentes no ambiente de trabalho, que comprometem a vida e a saúde 
do servidor/trabalhador, podendo até a levar à invalidez ou morte de 
colaboradores, ou a incapacidade temporária. 
Por último, mas não menos relevante, os riscos por responsabili-
dade, tem a ver com as perdas causadas pelo pagamento de indenizações 
a terceiros, pela falta de qualidade e segurança prestada ao cliente/forne-
cedor do serviço contratado ou até mesmo por responsabilidade ambiental. 
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Riscos Puros: Para exemplificar melhor os riscos puros, ten-
te imaginar por exemplo, você dirigindo um carro e, de repente, so-
fre uma colisão com outro carro. Neste caso, o condutor do veículo 
(você), se associa ao risco (puro) da perda potencial da colisão. Ou 
seja, se de fato ocorresse essa colisão, você sofreria, no mínimo, uma 
perda financeira, certo? E se não ocorresse nenhuma colisão, obvia-
mente, você não teria perdas e nem muito menos ganhos. É por isso 
que os riscos puros sempre significarão perdas e não ganhos.
Em suma, dentre as perdas mais recorrentes da materialização 
dos riscos dito puros em uma organização, encontram-se as perdas de-
rivadas do falecimento, afastamento e/ou invalidez dos trabalhadores, 
bem como as perdas por prejuízos aos bens não segurados.
Riscos Especulativos
Os riscos especulativos são separados em riscos políticos, ad-
ministrativos, e de inovação. Focaremos nossos estudos no risco admi-
nistrativo. Percebe-se que os riscos administrativos estão conectados aos 
riscos de mercado, financeiro e de produção, isso quer dizer que ele pode 
ser diferenciado nestas três modalidades que falaremos mais adiante.
Ruppenthal (2013) aborda em seu livro que os riscos administra-
tivos estão diretamente relacionados ao processo de tomada de decisão. 
Ou seja, ela afirma que uma decisão correta pode levar ao alcance de 
lucros, por outro lado, uma decisão incorreta e, portanto, falha, pode levar 
a uma tragédia da empresa. No tocante a essa especificidade de risco, 
existe certa complexidade em prever antecipadamente e com precisão 
o resultado de uma decisão. Voltando aos riscos administrativos, temos: 
1. Risco de Mercado
2. Risco financeiro
3. Risco de Produção
O risco de Mercado embarca a incerteza quanto ao resultado 
positivo de vendas e lucros de um determinado produto em relação ao 
capital investido. (ALBERTON, 1996; CASTRO, 2011).
O risco de mercado sofre influência de diversos fatores que 
contribuem à sua variação, podendo ser:
• Turbulências políticas;
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• Recessões;
• Mudanças nas taxas de juros;
• Mudanças nas taxas cambiais;
• Desastres naturais.
O risco financeiro, por sua vez, está relacionado às incertezas 
quanto as tomadas de decisões econômicas e financeiras. (ALBER-
TON, 1996; CASTRO, 2011).
O risco de produção diz respeito às imprecisões no tocante ao 
processo produtivo das companhias, na produção de produtos ou pres-
tação de serviços, na utilização de materiais e equipamentos, mão de 
obra e tecnologia (ALBERTON, 1996; CASTRO, 2011).
NORMAS SOBRE GERENCIAMENTO DE RISCOS
Neste tópico estudaremos, basicamente, sobre a aplicabilida-
de das normas ISO 45001:2018 que substituiu a OHSAS 18001:2007 e 
ISO 31000, para tanto, vamos entender primeiramente o que significa as 
siglas OHSAS e a ISO. A palavra OHSAS, do inglês Occupational Heal-
th and Safety Assessments Series, cuja melhor tradução corresponde a 
Série de Avaliação de Segurança e Saúde Ocupacional, consiste numa 
série de normas britânicas formuladas pelo grupo BSI (British Standards 
Institution). Já a ISO, International Organization for Standardization, ou 
Organização Internacional para Padronização, é uma entidade de pa-
dronização e normatização, de origem suíça.
A OHSAS 18001:2007serviu como base para o desenvolvimen-
to dos sistemas de gestão empresarial, porém perdeu sua utilidade em 
2021, dando lugar a ISO 45001:2018, intitulada Sistemas de gestão de 
segurança e saúde ocupacional - Requisitos comorientação para uso. 
Publicada em março de 2018, a ISO 45001 foi criada com uma 
nova abordagem que permite uma maior integração com outras normas 
do sistema ISO, como a ISO 9001:2015 (gestão da qualidade) e a ISO 
14001:2015 (gestão ambiental). As organizações já certificadas na OH-
SAS 18001 tiveram três anos para cumprir a nova norma ISO 45001, 
embora a certificação de conformidade com a ISO 45001 não seja um 
requisito da norma (ABNT, 2018).
De acordo com o boletim de lançamento divulgado pela ABNT, 
associação responsável pela tradução da ISO no Brasil, a ISO 45001 
espera mudar o contexto atual de acidentes e doenças no ambiente de 
trabalho. Segundo estudos da OIT no ano de 2017, estima-se que 2,78 
milhões de acidentes fatais ocorrem no trabalho anualmente. 
Nesse sentido, David Smith, presidente do comitê da ISO/PC 
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283, que desenvolveu a ISO 45001, teve por objetivo trazer diversas mu-
danças para milhões de trabalhadores, como por exemplo, transforma-
ções nas práticas no local de trabalho e redução no trágico número de 
acidentes relacionados ao trabalho em todo o mundo". Com isso, a ISSO 
45001:2018, traz para as organizações ambiente de trabalho seguro e 
saudável para os trabalhadores e os visitantes, melhorando continua-
mente a performance de Segurança e Saúde Ocupacional (ABNT, 2018).
Por servir como base para o desenvolvimento da ISO 
45001:2018, é válido abordar as características principais tanto da OH-
SAS 18001:2007, como da ISO 45001:2018e observar as diferenças 
pontuais abordadas entre uma norma e outra.
Abordagem da Extinta OHSAS 18001:2007
A OHSAS 18001 foi uma norma que possuía como base o prin-
cípio da prevenção, ou seja, a reduzir ou prevenir situações que en-
volvam riscos no ambiente de trabalho, valendo-se da abordagem da 
metodologia PDCA (sigla que em inglês significa “Plan Do Checkand 
Act” ou em português, planejar, executar, controlar e agir). Vale lembrar 
que a ISO 45001:2018 também segue os princípios do ciclo PDCA, con-
forme descrito abaixo:
Figura 9: Sequência do ciclo PDCA
Fonte: RUPPENTHAL, 2013.
Observe na figura 10 abaixo, o ciclo PDCA,
Figura 10: Ciclo PDCA
 
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Fonte: RUPPENTHAL, 2013.
A imagem reflete as quatro etapas, a começar pelo planejar, 
que é o momento em que se elabora os planos de ações. Logo depois, 
insere-se o fazer/executar sobre esses planos de ações, colocando em 
prática todos os objetivos traçados. A próxima etapa é o da verificação 
das metas para que se obtenham melhores indicadores no mercado, e, 
por último, e não menos importante, as ações corretivas realizadas no 
momento da ação, ou seja, do agir.
A imagem abaixo mostra o modelo de sistema de gestão, ba-
seado na utilização da prática da melhoria contínua, de acordo com a 
OHSAS 18001:2007.
Figura 11: Modelo de gestão da OHSAS 18001:2007
Fonte: RUPPENTHAL, 2013.
Abordagem da ISO 45001:2018 
A ISO 45001:2018, é um documento que especifica os requisi-
tos para um sistema de gestão e saude e segurança ocupacional (SSO) 
e fornece orientação para seu uso, permitindo que as organizações pro-
porcionem locais de trabalhos seguros e saudáveis, prevenindo lesões 
e problemas de saúde relacionados ao trabalho, bem como melhorando 
proativamente o seu desempenho em SSO. (ISO 45001:2018).
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Sistema de gestão: Conjunto de elementos inter-relaciona-
dos ou integrantes de uma organização, para estabelecer políticas, 
objetivos e processos para atingir estes objetivos.
Sistema de gestão de SSO: Sistema de gestão ou parte de 
um sistema de gestão utilizado para alcançar a política de SSO.
Objetivo do sistema de gestão de SSO: “O objetivo de um 
sistema de gestão de SSO é fornecer uma estrutura para gerenciar 
os riscos e oportunidades de SSO”.
Oportunidade de SSO: Circunstância ou conjunto de cir-
cunstâncias que pode levar à melhoria do desempenho de SSO.
Fonte: ISO 450001:2018
A ISO 45001:2018 é aplicável a qualquer organização, inde-
pendente do tamanho, tipo e atividade que deseja trabalhar com um 
sistema de gestão SSO para melhorar a segurança e a saúde de seus 
trabalhadores.
De acordo com a referida norma, sua criação foi pensada para 
ajudar as organizações a alcançarem os resultados esperados de seu 
sistema de gestão de SSO, tais como:
a. Melhoria contínua do desempenho de SSO
b. Cumprimento dos requisitos legais e outros requisitos
c. Atingimento dos objetivos de SSO
O sucesso da implementação de uma SSO que seja eficiente e 
eficaz irá depender de diversos aspectos, tais como:
a) Liderança, compromisso, responsabilidades e responsabili-
zação da Alta Direção;
b) Gestão da Alta Direção, liderando e promovendo uma cultu-
ra na organização que suporte os resultados esperados do sistema de 
gestão de SSO;
c) Comunicação;
d) Consulta e participação dos trabalhadores e, quando existi-
rem, representante dos trabalhadores;
e) Alocação dos recursos necessários para manter o sistema;
f) Políticas de SSO, que são compatíveis com os objetivos es-
tratégicos gerais e direção da organização;
g) Processo(s) efetivo(s) para identificação de perigos, controle 
de riscos de SSO e aproveitamento de oportunidades de SSO;
h) Avaliação contínua do desempenho e monitoramento do sis-
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tema de gestão de SSO para melhorar o seu desempenho;
i) Integração do SSO nos processos de negócios da organização;
j) Objetivos que se alinhem com a política de SSO e levem em 
conta os perigos da organização, os riscos de SSO e as oportunidades 
de SSO;
k) Compliance de requisitos legais e outros requisitos;
Além desses aspectos é importante frisar que o sucesso da imple-
mentação de um sistema de gestão de SSO também dependerá de aspec-
tos intrínsecos à organização, como o contexto da organização (tamanho, 
número de colaboradores, culturas, requisitos legais, entre outros).
Outras Normas sobre Gestão de Riscos
Além das normas citadas acima, existem diversas outras que 
tratam da gestão de riscos em âmbito mundial, entre elas merece des-
taque a série de normas ISO 31000, que no Brasil é normalizada pela 
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Para Ruppenthal (2013), a ISO 31000:2009 não tem nenhuma 
finalidade de certificação. Ela aborda princípios e diretrizes à gestão de 
riscos, possuindo efetividade para qualquer órgão, seja ele público ou 
privado.
A NBR ISO 31000:2009 foi atualizada e a International Stan-
dards Organization (ISO) divulgou uma revisão atualizada de suas di-
retrizes de gerenciamento de risco. A norma fornece diretrizes gerais 
para gerenciar riscos em quaisquer atividades, incluindo a tomada de 
decisão em todos os níveis. Além disso, fornece também uma aborda-
gem comum que pode ser personalizada para cada tipo de organização 
e seus contextos (ABNT, 2018).
A nova norma está mais enxuta, porém, mostra-se mais clara 
e direta que a anterior, o que pode beneficiar as organizações quando 
da implementação das ferramentas de gerência de riscos. As principais 
mudanças observadas na revisão são as seguintes:
• Revisão dos princípios da gestão de riscos, que são os prin-
cipais critérios para o seu sucesso;
• Foco na liderança da alta administração, que deve assegurar 
que o gerenciamento seja integrado em todas as atividades organiza-
cionais, começando pela governança da organização;
• Maior ênfase na natureza iterativa dos riscos, aproveitando 
novas experiências, conhecimento e análise para a revisão de elemen-
tos de processo, ações e controles em cada etapa do processo;
• Racionalização do conteúdo com maior foco na manutenção de 
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um modelo de sistemas abertos que regularmente troque feedback com 
seu ambiente externo para atender a múltiplasnecessidades e contextos.
Já em se tratando da ISO Guia 73:2009, ela fornece as defini-
ções de termos mais abrangentes relacionados à gestão de riscos. O 
objetivo principal é estimular o entendimento consistente e mútuo, por 
meio de uma tratativa coerente sobre as atividades realizadas na ges-
tão do risco (RUPPENTHAL, 2013).
A NBR IEC 31010:2021 – é uma normativa de auxílio e apoio à 
NBR ISO 31000. Ela concede orientações de aplicação das técnicas sis-
temáticas para o devido processo de avaliação de riscos, e consequente-
mente, contribuindo também para outras atividades de gestão de riscos. 
NR 1 - Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupa-
cionais que estabelece as disposições gerais, o campo de aplicação, 
os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR 
relativas à segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos 
para o gerenciamento de riscos e as medidas de prevenção em Segu-
rança e Saúde no Trabalho – SST.
Ainda segundo a NR 1, o gerenciamento de riscos ocupacio-
nais deve constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR. 
Este, pode ser alimentado por informações de sistemas de gestão que 
cumpram as exigências previstas nesta NR e em dispositivos legais de 
segurança e saúde no trabalho. 
Ressalta-se que o PGR deve contemplar ou estar integrado 
com planos, programas e outros documentos previstos na legislação de 
segurança e saúde no trabalho (BRASIL, 2023).
Estas normas são para pessoas que queiram criar e proteger 
valores das suas organizações, melhorando as operações, e aumentan-
do o seu desempenho. 
Revisão da ISO 31000 em 2018!
A NBR ISO 31000 de 2009 foi alvo de uma revisão em feve-
reiro de 2018. As principais mudanças foram:
• Revisão dos princípios da gestão de riscos, que são os 
principais critérios para o seu sucesso;
• Foco na liderança da alta administração, que deve assegu-
rar que o gerenciamento de riscos seja integrado em todas as ativi-
dades organizacionais, começando pela governança da organização;
• Maior ênfase na natureza iterativa da gestão de riscos, 
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aproveitando novas experiências, conhecimento e análise à revi-
são de elementos de processo, ações e controles em cada etapa 
do processo; 
• Racionalização do conteúdo com maior foco na manuten-
ção de um modelo de sistemas abertos que regularmente troque 
feedback com seu ambiente externo para atender a múltiplas ne-
cessidades e contextos.
Saiba mais em: 
<https://www.bsigroup.com/pt-BR/ISO-31000-Gestao-de-
-Risco/
<http://www.abnt.org.br/imprensa/releases/5753-lancada-
-a-nova-versao-da-norma-iso-31000-gestao-de-riscos>
METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
Diversas são as definições sobre o significado gerência de ris-
co, dependendo do autor e da época em que ele vive (ou viveu). O 
importante é lembrar que todas elas possuem algo em comum, a fina-
lidade em questão. O processo de gerenciamento pode ser diferente, 
porém, a finalidade não muda. 
Conforme Ruppenthal (2013), a metodologia pode ser enten-
dida como um fator que visa elevar a confiança da capacidade de uma 
organização em prever, superar obstáculos e priorizar tendo como obje-
tivo principal o de realização de suas metas. 
O resultado de um método deve ser comum a todos os outros, 
de modo a gerenciar o problema (ou risco). 
Como dito anteriormente, o gerenciamento de riscos auxilia 
nas organizações, nas estratégias e nas tomadas de decisões impor-
tantes, por intermédio do conhecimento dos riscos associados às ativi-
dades da organização. 
As normas ISO 45001:2018 e ABNT NBR ISO 31000:2018 
(abordadas acima) trazem uma sistematização em seus métodos para 
o gerenciamento de riscos. Primeiramente, deve-se proceder a escolha 
de um contexto. O contexto tem a ver com a área de atuação da organi-
zação, bem como de seus objetivos. Após, deve-se identificar, analisar, 
estimar, tratar, monitorar e comunicar os riscos associados a alguma 
atividade, função ou processo da organização. O organograma repre-
sentado na figura 11 abaixo, ilustra o processo descrito.
É importante lembrar que uma gestão eficiente e eficaz dos 
riscos pode significar em ganhos imensuráveis para uma organização, 
fazendo com que ela atinja seus objetivos com eficácia e qualidade. O 
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organograma abaixo ilustra o processo descrito.
Figura 12: Organograma Gestão de Riscos
Fonte: Adaptado de ABNT, 2009.
Sobre a etapa de análise de riscos, podemos separá-la de 
duas maneiras possíveis. Seja pela metodologia qualitativa, ou pela 
quantitativa. No quadro abaixo, estão expostas algumas diferenças das 
características principais dessas metodologias.
Quadro 2: Análise Qualitativa x Análise Quantitativa
Fonte: Autor, 2019.
Percebe-se que a análise de riscos de forma qualitativa é ca-
racterizada por apresentar uma menor complexidade e custos meno-
res se comparada com a metodologia quantitativa. Isso ocorre, pois, 
a quantificação de riscos é, na maioria das vezes, um processo mais 
elaborado (e em alguns casos impraticável) que exige esforços maiores 
para a realização. Por isso, a maioria das organizações optam pelos 
métodos mais simplórios, os qualitativos.
Os métodos qualitativos vão definir as consequências, a proba-
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bilidade e o nível de risco mediante níveis de significâncias, compreen-
dendo uma escala (Alto- Médio - Baixo).
O que é análise de riscos?
A análise tenta identificar a raiz ou causas originais das 
falhas, ao invés de lidar com os sintomas imediatamente óbvios. É 
aplicada para avaliação de uma grande perda e pode ser utilizada 
para analisar as perdas de forma global, a fim de determinar me-
lhorias. A análise de risco pode tanto usar avaliações quantitativas 
ou qualitativas. O tipo a ser usado deverá levar em conta o objetivo 
final da análise de risco.
Saiba mais em: <https://segurancadotrabalhonwn.com/co-
mo-fazer-analise-de-risco/>
Conforme Ruppenthal (2013), definida a metodologia e a cate-
gorização dos riscos, chega a hora de lidar com o tratamento e com os 
recursos a alocar. Deve-se optar por uma das ações abaixo:
• Alteração do sistema a fim de eliminar o risco;
• Atuar sobre os fatores que de certa maneira irão influenciar na 
expectativa de ocorrência ou nas consequências, visando reduzir o risco;
• Transferência do risco, através de seguros ou cooperação;
• Retenção do risco quando nenhuma alternativa mais for viável.
Todas essas ações possuem caráter preventivo, com exceção 
da última, que apresenta cunho contingencial ou mitigatório. 
Abordagem Contigencial: Em um projeto organizacional, 
os gerentes costumam utilizar a Abordagem Contingencial para es-
truturar as etapas dos processos. Algumas variáveis mais usadas 
são: a estratégia, o tamanho e a tecnologia.
Saiba mais em: https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/
abordagem-contingencial/
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: INSS Prova: Analista do Seguro 
Social - Segurança do Trabalho Nível: Superior.
A International Standard Organization (ISO), estabelecida em 1947, é 
uma federação mundial de organismos nacionais de normalização. A 
diretriz Specification for Occupational Health and Safety Management 
Systems (OHSAS 18001), por sua vez, embora ainda não pertença ao 
sistema de normas internacionais ISO, foi desenvolvida para ser com-
patível com as demais normas de sistemas de gestão (ISO 9000 e ISO 
14000), de forma a facilitar a integração dos sistemas de gestão da 
qualidade, do meio ambiente e da segurança e saúde no trabalho.
Em relação a sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho 
(SGSST), julgue o item a seguir.
O sistema de gestão da OHSAS 18001 baseia-se nos princípios do 
ciclo de PDCA (do inglês Plan, Do, Check and Act), queestabelece 
as fases de planejamento, execução (implementação), avaliação 
(verificação) e ação (corretiva).
( ) Certo
( ) Errado
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: FEPESE Órgão: CELESC Prova: Técnico em Se-
gurança do Trabalho Nível: Técnico.
Na utilização do ciclo PDCA, é correto afirmar:
a) O PDCA é um ciclo descontínuo que serve apenas para alertar o ad-
ministrador de possíveis falhas no processo.
b) Atuar corretivamente sobre a diferença identificada (caso houver) é 
desaconselhável para evitar alterações na padronização.
c) Realizar o trabalho planejado, de acordo com o plano de ação origi-
nal, torna o processo produtivo extremamente lento e, por isso, é desa-
conselhável.
d) Durante a realização do trabalho planejado, é aceitável efetuar altera-
ções no projeto original, em desacordo com o plano de ação.
e) A primeira etapa é onde devemos planejar o trabalho a ser realizado 
através de um Plano de Ação, após a identificação, reconhecimento das 
características e descoberta das causas principais do trabalho a ser feito.
QUESTÃO 3
Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Enge-
nheiro de Segurança do Trabalho (Nacional) Nível: Superior.
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Em uma inspeção de segurança, um engenheiro de segurança 
do trabalho identificou que, na área da lavanderia de um hospital, 
podem aparecer agulhas ou outros materiais cortantes, junto às 
roupas, que podem causar lesões nos trabalhadores. Diante dessa 
situação, podemos afirmar que existe um risco
a) especulativo administrativo.
b) especulativo administrativo de produção.
c) puro.
d) puro e um risco especulativo.
e) especulativo hospitalar.
QUESTÃO 4
Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: TRT 9a Região (PR) Prova: Técnico 
Judiciário-Segurança Judiciária Nível: Técnico.
NÃO é inerente à Análise de Risco
a) a identificação de ações preventivas.
b) o cálculo das probabilidades de um acontecimento.
c) a projeção dos efeitos dos riscos.
d) a classificação dos riscos em graus de criticidade.
e) a busca pela eliminação dos riscos.
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: COMPERVE Órgão: PREF. DE NATAL-RN Prova: 
Enfermeiro do Trabalho Nível: Superior.
Um sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho constitui 
parte do sistema global de gestão de uma organização que objetiva o 
controle dos perigos e riscos em matérias de saúde e segurança no 
trabalho. A implementação de segurança e saúde no trabalho e a res-
pectiva conformidade com as exigências estabelecidas pela legisla-
ção e pela regulamentação nacional são de responsabilidade e dever
a) do trabalhador.
b) do empregador.
c) da sociedade civil.
d) da administração pública.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Neste capítulo estudamos a natureza dos riscos empresariais, e vimos 
que os riscos podem ser classificados em duas vertentes. Descreva 
quais são essas modalidades e explique quais as principais caracterís-
ticas de cada uma delas.
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TREINO INÉDITO
Sabe-se que os riscos empresariais podem ser divididos em duas 
modalidades. São elas, os riscos puros e os riscos especulativos. 
Assinale a alternativa que apresenta características típicas de um 
risco puro. 
Riscos:
a) Administrativos.
b) Políticos.
c) De inovação.
d) De mercado.
e) As pessoas.
NA MÍDIA
A ISO 45001:2018: GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO VA-
LORIZA EMPRESAS NO MERCADO
Marcos Conde
22 de Mai de 2018 às 00:05
Marcos Conde é Gerente de Business Assurance da Intertek Brasil
Mais de 7600 pessoas morrem diariamente por acidentes ou doenças 
relacionadas ao trabalho, segundo a Organização Internacional do Tra-
balho (OIT) – totalizando mais de 2,78 milhões de mortes por ano. O 
alarmante dado reforça a necessidade cada vez mais evidente de ado-
tar práticas que sejam capazes de reverter esse quadro que impacta 
negativamente a sociedade e a economia.
Leia a notícia na íntegra em: https://portogente.com.br/noticias/opiniao/
101908-a-nova-iso-45001-gestao-de-seguranca-do-trabalho-valoriza-
-empresas-no-mercado Acesso em: 02/03/2023.
NA PRÁTICA
Vimos neste capítulo as principais normas de gestão de riscos que es-
tão disseminadas em âmbito mundial e destacamos a importância das 
empresas e organizações seguirem as diretrizes das normas, de modo 
a adotarem uma postura de gestão que vise em primeiro lugar a saúde 
e segurança dos seus colaboradores. 
O compliance, que pode ser entendido como a necessidade de con-
formidade junto às normas existentes, já que o termo origina do verbo 
comply, que em inglês quer dizer cumprir, ou seja, o compliance, na vi-
são de uma organização, nada mais é do que o cumprimento às regras 
e normas, visando sempre a minimização dos riscos empresariais. 
Nos países mais desenvolvidos, como nos Estados Unidos, as empresas 
já contam com os profissionais de compliance, uma profissão que surgiu 
devido a essa necessidade de prevenção e minimização dos riscos aos 
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quais uma empresa está exposta. No Brasil, esse profissional começou a 
ganhar espaço agora e tende a ocupar uma maior parcela do mercado de 
trabalho ao longo dos próximos anos, tendo em vista, principalmente, os 
últimos casos de corrupções e negligências empresariais. 
Entretanto, as empresas precisam entender que não basta o simples 
cumprimento às regras e normas, mas sim além disso, proceder com 
o monitoramento de atividades de todos os setores da organização, vi-
sando sempre a prevenção. 
Saiba mais em: https://www.aurum.com.br/blog/o-que-e-compliance/ 
Acesso em 02/03/2023.
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PRIMEIRA ETAPA: FASES DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
Os acidentes industriais causados pela ação do homem cres-
cem com o aumento das invenções de máquinas e equipamentos de 
elevada geração. Portanto, é necessário mensurar o potencial do risco, 
para que as tomadas de decisões sejam eficazes.
Nessa primeira fase, as investigações são voltadas à busca de 
situações ou de um conjunto de situações que podem desencadear em 
evento indesejável.
Historicamente, percebeu-se que as organizações se empe-
nhavam em identificar os perigos, porém, após a identificação nada era 
feito. Veja o que levanta Moraes (2010).
“Na realidade, na visão da segurança tradicional a realização 
ANÁLISE DE RISCOS
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era apenas na identificação de perigos, esbarrando-se, então, na não 
continuidade dos programas e não se chegando, efetivamente, até as 
fases de análise e avaliação dos riscos”. (MORAES, 2010).
Nesta etapa, serão objetos de avaliação os procedimentos, a 
descrição dos processos, atividades e as técnicas de trabalho, além dos 
resultados do processo de busca ativa e de uma análise sistêmica dos 
acidentes. Para auxílio nessa atividade, pode-se fazer uso de diversos 
recursos, tais como listas de verificação, entrevistas, inspeções e medi-
das diretas. (MORAES, 2010).
Uma revisão periódica é necessária ser feita nos estudos dos 
perigos e da avaliação dos riscos encontrados, pois, novas situações 
podem surgir, devido a mudanças e adaptações organizacionais, como 
mudanças no método de trabalho e reestruturação de empresas.
Dentre as diversas técnicas tradicionais de identificar perigos e 
riscos comumente usadas pelas organizações, podemos citar:
• Análise de tarefas rotineiras;
• Análise do histórico de quase acidentes e acidentes da em-
presa;
• Reuniões sobre segurança, como a Comissão Interna de Pre-
venção de Acidentes (CIPA);
• Experiências passadas;
• Checklists.
Ao longo dos tempos e com o desenvolvimento tecnológico, 
outras técnicas mais complexas surgiram para auxiliar nesta primeira 
etapa, entre elas, foram as (TIC) e (WI), que significam, respectivamen-
te: Técnica de Incidentes Críticos (TIC)e a Técnica What-If / “E se...” 
(WI) que serão comentadas posteriormente. 
Segunda Etapa: Fase de Análise de Riscos
Nessa fase, faz-se necessário esmiuçar os perigos identifica-
dos na primeira fase, com intuito de levantar as causas e as prováveis 
consequências da efetivação dos acidentes.
É uma abordagem qualitativa, que objetiva estabelecer medi-
das que eliminem ou reduzam a frequência e consequências dos possí-
veis eventos indesejáveis se eles forem inelutáveis.
Dentre as técnicas mais utilizadas ao longo desta fase, podemos 
citar: Análise Preliminar de Riscos (APR), Análise de Modos de Falhas e 
Efeitos (AMFE) e a Análise de Operabilidade de Perigos (HAZOP).
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Terceira Etapa: Fase de Avaliação de Riscos
Nessa terceira etapa, os esforços são voltados à quantifica-
ção de eventos precursores de possíveis acidentes. As variáveis a se-
rem avaliadas são a frequência ou probabilidade e a consequência dos 
eventos indesejáveis. 
A quantificação dessas variáveis não é fácil e, por isso, muitas 
organizações optam pela avaliação qualitativa, que é mais simplória. 
Vale ressaltar, porém, que a escolha pela técnica qualitativa fornece a 
avaliação do perigo e não do risco.
Cabe destaque às seguintes técnicas de avaliação de riscos: 
Análise de Árvore de Eventos (AAE), Análise de Causas e Consequên-
cias (ACC), Análise da Árvore de Falhas (AAF).
Quarta Etapa: Tratamento dos Riscos
Consiste na última fase e caracteriza-se pela tomada de deci-
são acerca dos riscos levantados nas fases anteriores. Busca-se pela 
eliminação, redução, retenção ou transferência dos riscos.
TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS
Técnica do Incidente Crítico (TIC)
Conforme Cardella (1999), a Técnica do Incidente Crítico (TIC) 
visa identificar os quase acidentes e incidentes ou aqueles acidentes de 
pequena proporção que não foram comunicados. É comumente conhecida 
como “confessionário”, sendo uma análise operacional, englobando o fator 
humano em todo o grau. A TIC é utilizada a partir de uma amostragem de 
observadores/participantes escolhidos dentro de uma dada população.
Ainda, a técnica tem como principal objetivo “a detecção de 
incidentes críticos e o tratamento dos riscos que eles representam” FI-
GUEIREDO JÚNIOR (2009). O quadro a seguir, produzido por Tavares 
(1996), traz um resumo dessa técnica de análise (TIC). 
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Quadro 3: Quadro Resumo - TIC
Fonte: Adaptado de Tavares, 1996.
What If – E se...? (WI)
Essa técnica de identificação é amplamente conhecida como 
uma análise qualitativa e geral. Utiliza-se do questionamento acerca da-
quilo que possa dar errado durante as fases de planejamento, execução 
e manejo de uma atividade. Expressa-se na utilização da pergunta E 
se...? Para obter respostas às diversas indagações propostas.
O questionamento é dividido em duas vertentes, livre ou sis-
temático. O questionamento livre é aquele em que o objeto (sistema, 
processo, equipamento ou evento) é questionado através da pergunta 
E se...? Sobre qualquer assunto, ou seja, abre mais possibilidades de 
perguntas que não necessariamente estão diretamente relacionadas 
com a especificidade de um cargo ou de uma área numa empresa. Por 
exemplo: E se ocorrer um acidente? E se fulano chegar atrasado?
Em contrapartida, no questionamento sistemático, as pergun-
tas são voltadas às especificidades de um cargo ou de um determinado 
campo de atuação, como nas áreas de combate ao incêndio, eletricida-
de, medicina ocupacional, preservação do ecossistema etc.
Partindo do pressuposto de que a comissão responsável pela 
elaboração das perguntas saiba a fundo acerca do sistema a ser anali-
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sado, de modo a redigir perguntas inteligentes, que realmente ajudarão 
no processo de identificação dos perigos e riscos existentes.
É importante frisar que os questionários devem ser registrados 
em formulários, como o exemplo demonstrado abaixo, cujo objeto estu-
dado é uma festa de aniversário. 
Quadro 4: Formulário What If (E se...?) – Objeto: Festa de Aniversário
Fonte: Adaptado de Cardella (1999) p.145.
Análise Preliminar de Risco (APR)
A APR abarca os eventos perigosos, cujas causas tenham ori-
gem no interior da instalação analisada, nesse sentido, englobam tanto 
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as falhas de sistemas, como as operacionais de manutenção (falhas 
humanas). Não se pode excluir também os eventos causados por agen-
tes externos, tais como: sabotagem, queda de balões, de aviões, ou de 
meteoritos, terremotos e inundações. A seguir apresentamos um resu-
mo de suas principais características:
Quadro 5: Quadro resumo - APR
Fonte: Tavares, 1996.
Pensando na prevenção dos riscos, estes devem ser categori-
zados conforme as suas severidades, permitindo uma priorização das 
ações a serem tomadas. No quadro abaixo, Tavares (1996), estabelece 
uma ordem crescente de priorização. 
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Quadro 6: Categoria de severidade dos efeitos da APR
Fonte: Adaptado de Tavares, 1996.
Hoje em dia, há uma maior preocupação e cobrança tanto dos 
investidores, quanto dos clientes e/ou governo, a respeito dos níveis de 
segurança das obras e projetos, por isso, tem prevalecido as políticas 
para maior controle destes, visando eliminar ou reduzir os riscos de aci-
dentes, ainda na fase inicial, já que essa eliminação durante ou após a 
construção e montagem do empreendimento, pode tornar-se mais one-
rosa, constituindo-se às vezes em uma perda bastante significativa de 
tempo e lucratividade.
As etapas da APR são as seguintes:
• Revisão de problemas conhecidos (experiências passadas 
em sistemas parecidos);
• Revisão da missão (objetivos, procedimentos, funções, ativi-
dades, meio ambiente etc.
• Determinação dos principais riscos;
• Levantamento dos pré-riscos e dos riscos contribuintes;
• Revisão e controle como forma de eliminação;
• Análise dos métodos de continência de danos;
• Designação dos responsáveis pelos planos preventivos ou 
corretivos
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Quadro 7: Formulário para execução da APR.
Fonte: Adaptado de Cardela, 1999.
Série de Riscos (SR) ou Análise por Árvore de Eventos (AAE)
De aplicação bastante simples, esta técnica se presta muito 
bem à investigação e à análise de acidentes. A seguir apresentamos um 
resumo de suas principais características:
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Quadro 8: Tabela resumo Série de Riscos
Fonte: Autor, 2019.
Algumas etapas para o traçado da árvore de eventos são impor-
tantes. Primeiro deve-se escolher ou definir o evento inicial, que pode con-
duzir ao acidente; definir as ações que podem amortecer o efeito do even-
to; fazer uma combinação dos diferentes tipos de sequências que podem 
surgir e, por fim, uma vez que a árvore estiver construída, deve-se calcular 
a probabilidade a cada ramo do sistema que conduz a alguma falha. 
Tipos de Riscos
• Inicial – É o risco originário, que se encontra no começo da série.
• Principal - Que pode causar morte, lesão e degradação da 
capacidade funcional aos trabalhadores, danos a equipamento, veículo, 
estruturas, material etc.
• Contribuinte – Todos os outros riscos que compõem a série.
Elaboração da série de riscos
Na elaboração da série de riscos, é apresentado o passo a 
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passo, a partir do risco ou riscos iniciais (pode haver mais de um), de 
todos os riscos capazes de contribuir na série, o que irá resultar, final-
mente, no risco principal e possíveis danos. 
O inter-relacionamento dos riscos na série é feito de sequências 
simples, pelo uso de comportas lógicas

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