trabalho internacional 2 bim

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FACULDADE MARINGÁ - CURSO DE DIREITO
MARIANA BASSAN DE MEDEIROS
Curso de Direito Internacional – Valério de Oliveira Mazzuoli
Capítulo IV
Maringá
2018
O capítulo IV do livro “Curso de Direito Internacional Público”, do autor Valério de Oliveira Mazzuoli, trata da natureza e características à cerca da nacionalidade e sua compreensão de forma ampla pelo direito internacional.
Segundo o Autor, é possível identificar três tipos de nacionalidades, que seriam a "jus sanguinis", "jus soli", e a chamada "mista". É apontada a declaração dos direitos humanos como marco inicial da interpretação de que todo indivíduo tem o direito de possuir nacionalidade, sendo considerado um direito fundamental da pessoa humana, não podendo qualquer indivíduo ser privado disso.
A identificação da nacionalidade a partir do local em que a pessoa nasceu, foi um fenômeno causado devido as migrações, situação a qual leva em consideração que o Estado possui seus descendentes, podendo de acordo com a política interna do local ser adotada a nacionalidade jus soli combinada com a jus sanguinis.
Além dessas formas citadas, também existe a possibilidade de adquirir uma certa nacionalidade através do matrimônio, pela naturalização (sendo que nessa o próprio indivíduo deve solicitar ao estado, que analisará o pedido), e nos casos de adoção de criança estrangeira sendo que neste caso deverá ser optado pela naturalização.
No que tange a nacionalidade brasileira, é mencionado por Mazzuoli que estão presentes apenas duas categorias, os brasileiros natos e os naturalizados. Para o primeiro caso é utilizado o art. 12, inc. I da Constituição federal, onde demonstra as três hipóteses do indivíduo ser brasileiro nato, já quanto ao brasileiro naturalizado, apesar de em regra não poder existir qualquer divergência de tratamento entre ambos, há que lembrar do art. 12, §3º da CF, quando expõe o rol de cargos privativos de brasileiros natos.
O procedimento para o pedido de naturalização tem base no Estatuto do Estrangeiro, segundo o qual o agente deverá requerer a naturalização para o Ministro da Justiça declarando informações descritas nos parágrafos, ressalte-se o inciso VII, que trás algumas hipóteses nas quais será inviável tal processo, já que trata daqueles que já cometeram crimes elencados.
Também são tratadas pelo autor as hipóteses da perda da nacionalidade brasileira, sendo essas as previstas no art. 12, § 4º, incisos I e II, como nos casos em que o brasileiro nato adquire outra nacionalidade, automaticamente este estará abrindo mão da brasileira, já que se trata de ato de vontade, expresso e específico.
Já no caso do brasileiro naturalizado, uma das hipóteses para que perca a naturalidade é nos casos em que este tenha havido sentença judicial condenatória quando por prática de atividade nociva ao interesse nacional, insta salientar que nos casos em que o indivíduo omite ou mente sobre algum dos requisitos iniciais para o pedido de naturalização ele também poderá perder a naturalidade (o que caracterizaria uma fraude à lei).
É evidenciado pelo escritor, que uma vez cancelada a nacionalidade brasileira, o agente só conseguirá tê-la novamente se através de decisão judicial favorável com a propositura de ação rescisória, ou por decisão do presidente da republica caso tenha trocado de nacionalidade voluntariamente. Além disso, a perda da nacionalidade enseja a perda das atribuições constantes na constituição.