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AP1 TL2 GABARITO 02.2016

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de 
Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Universidade Federal Fluminense 
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ 
 
 
Disciplina: Teoria da Literatura II 
 
Coordenadora: Profª Diana Klinger 
 
Avaliação PRESENCIAL 1 – 2016-02 - GABARITO 
 
 
Aluno(a): _______________________________________________________ 
Polo: __________________________ Matrícula ________________ 
 
Nota: _______________ 
 
Instruções: 
Responda às duas questões abaixo em, no máximo, duas laudas cada 
uma. Escreva à tinta e com a maior legibilidade possível. Não escreva em 
tópicos, escreva um texto coerente e coeso, em registro linguístico 
compatível com o trabalho acadêmico formal. A folha de perguntas deve 
ser devolvida junto com as respostas. Boa prova! 
 
 
 
1. Para o filósofo Immanuel Kant o juízo estético, cujo objeto é o 
belo, é desinteressado e livre. Explique essa ideia a partir da 
separação entre o ético e o estético. 
 
 
Kant considera que o belo não se confunde com o bem, isto é, ele é 
“desinteressado e livre”. Nesse sentido, se separam a sensibilidade e a 
razão, que visa ao bem. Do lado do bem está a lei moral, o bem é 
considerado como universal. Pelo contrário, a contemplação estética é 
“desinteressada”: a arte, que visa ao belo, não tem um fim fora de si 
mesma. Para Kant, o belo é independente e não pode visar a objetivos 
exteriores a si mesmo, não pode estar a serviço de interesses éticos e 
morais. Para Kant, a faculdade onde reside o gosto não se inscreve no 
universo do conhecimento da razão. E, ainda que seja subjetivo, é 
 
 
universal por afetar a todos os sujeitos humanos. Universalidade 
paradoxal, pois não é baseada no conhecimento. Assim, a estética se 
separa da moral e do conhecimento racional. Dessa forma, Kant se 
afasta das poéticas clássicas, especialmente a de Horácio, que 
considera que o belo, o útil e o agradável têm que ir juntos. 
 
 
 
 
2. Comente o romantismo alemão e a concepção moderna de 
literatura, diferenciando-a da concepção da poética clássica 
(Arisótteles e Horácio) e a relação entres os românticos alemães 
e a filosofia kantiana. 
 
 
À diferença da poética clássica, os poetas românticos consideram que a 
poesia não pode responder a regras a-históricas. Ao se afastarem das 
normativas clássicas, os românticos supõem um grau de liberdade e 
portanto de mudanças históricas no conceito de literatura. Como Kant, 
consideram que o belo não pode estar regido por uma lei, nem interior 
ao universo estético nem uma lei moral. Para os românticos, o gênio 
não se submete a regras, mas cria ou inaugura uma regra para que os 
outros formulem um juízo estético. No entanto, à diferença de Kant, os 
românticos não separam razão de sensibilidade, portanto propõem 
uma poesía que seja filosófica, ou uma filosofia que seja poética. Diante 
das rígidas separações de gêneros das poéticas clássicas, eles propõem 
a mistura: poesia transcendental é uma mistura de filosofia e poesia. 
Assim, a poesia seria, para esses escritores, a base da educação da 
humanidade. 
Como consequência da afirmação da liberdade individual, vai-se 
produzir uma mudança radical: no lugar da universalidade das regras 
da arte, o Romantismo institui um senso de historicidade da arte. A 
concepção do belo será, consequentemente, de natureza individual e 
sentimental para o Romantismo, ao contrário da concepção clássica 
que o considera universal e ideal.

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