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Universidade Anhanguera – UNIDERP
Centro de Educação a Distância – Campinas Unidade Taquaral
SITUAÇÃO GERADORA DE APRENDIZAGEM
Disciplinas: Projeto interdisciplinar
Curso: Enfermagem
Tutor à Distância: 
Francine Cristina Soriano RA: 5015635930
Maria de Fátima Batista Domingues RA: 6168687300
Teresinha Aparecida de Sousa Cordeiro RA: 5046586999
CAMPINAS / SP
2017
Universidade Anhanguera – Uniderp
Centro de Educação a Distância
Francine Cristina Soriano RA: 5015635930
Maria de Fátima Batista Domingues RA: 6168687300
Teresinha Aparecida de Sousa Cordeiro RA: 5046586999
SITUAÇÃO GERADORA DE APRENDIZAGEM
Trabalho apresentado para avaliação nas disciplinas: Estratégia da Saúde Da Família, ,Ciências Morfofuncionais Dos Sistemas Nervoso E Cardiorrespiratório,Ciências Morfofuncionais Dos Sistemas Digestório, Endócrino E Renal do curso de Enfermagem, da Universidade Anhanguera - Uniderp, ministrado pela tutora à distância Andreia da Silva Oliveira Schossler
CAMPINAS / SP
2016 
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo integrar os conhecimentos a luz da saúde pública e coletiva, ética profissional, papel da enfermagem, anamnese, exame físico, e histologia. Foi apresentada uma situação-problema em que um paciente sofreu acidente de trabalho, onde sofreu fratura exposta no membro inferior. Diante dessa situação, levaram-no para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Nesse estabelecimento de saúde, primeiramente, uma enfermeira ao realizar o atendimento inicial, disse que não poderia atender, pois se tratava de um caso que deveria ser levado a um serviço especializado. Diante do não atendimento, o paciente, inconformado, começou a exaltar-se, então uma outra enfermeira percebeu a situação e realizou a primeira assistência. Após a avaliação da lesão, o paciente foi encaminhado para um estabelecimento de saúde especializado para que fosse realizada cirurgia a fim de corrigir a fratura. A partir dessa situação, primeiramente, estudamos: os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) tecendo maiores comentários sobre a integralidade e hierarquização; os níveis de atenção à saúde, onde identificamos os conceitos de atenção básica, atendimento de média e alta complexidade. Após isso, falamos sobre a conduta ética das enfermeiras que realizaram o atendimento do paciente na UPA, inferindo que a primeira enfermeira teve uma conduta inadequada, enquanto a segunda realizou todos os procedimentos de acolhimento do paciente corretamente. Também falamos da conduta do paciente que ao desrespeitar uma das profissionais durante seu primeiro atendimento poderia ter sido enquadrado em crime contra o funcionário público. A partir daí, foi estudado aspectos de histologia relacionadas a pele, osso, músculo, tecido conjuntivo, adiposo, abordando a formação de cada tecido, bem como os tipos de células que os compõem. Também foi estudado o processo de cicatrização analisando suas diversas fases, mencionando os diversos tipos celulares presentes no processo. Também foi estudado os tipos de fraturas do osso concluindo que a fratura do paciente se tratava de fratura exposta ou aberta, na qual ocorrem lesões na pele e nas membranas mucosas. Estudamos os tipos de ossos existente e vimos que nesse tipo de tecido não há cicatrização e sim regeneração óssea, por isso falamos de seus processos de regeneração. Em razão da fratura falamos sobre aspectos relacionados a dor onde foi identificado que a profundidade da lesão determina o tipo de dor que é sentido. E por fim foi estudado sobre os processos de divisão e proliferação celular nos diversos tipos de tecidos afetados pela lesão. Concluímos que a partir de uma única situação é possível aplicar os conhecimentos recebidos e verificar que alguns assuntos estão mais intimamente ligados entre si como saúde pública, papel do enfermeiro e ética profissional.
 
1- INTRODUÇÃO
Este trabalho discute uma situação geradora de aprendizagem, na qual nos foi apresentado a seguinte situação-problema: acidente na construção civil. Nessa situação, um trabalhador J.P., do sexo masculino, 32 anos, negro, servente de pedreiro, natural e procedente de São Paulo, sofreu um que de um andaime e reclamava de dor na região anterior da perna. Ele foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento, onde foi recepcionado por uma enfermeira C.S. que lhe informou que não poderia realizar o atendimento naquela unidade. Isto causou a indignação dos colegas do J.P. que o levaram para UPA e destrataram a enfermeira. Então, a enfermeira R.T., vendo a confusão causada, percebeu que se tratava de uma fratura exposta, e resolveu realizar os primeiros atendimentos. Observou que o paciente apresentava ferimento corto contuso de 5 cm em região anterior da perna, apresentando desvio e sangramento intenso, incapacidade de locomoção devido à dor e sensibilidade de difícil avaliação. Então o médico de plantão transferiu o paciente para um hospital, pois avaliou que a UPA não possuía condições de realizar o tratamento adequado daquela fratura.
A fim de integrar os conhecimentos recebidos durante esse semestre vamos estudar a situação-problema a luz da saúde pública e coletiva, ética profissional, papel da enfermagem, principalmente anamnese e exame físico, e histologia.
 
2- DESENVOLVIMENTO
O paciente J.P., após sofrer um acidente de trabalho, foi levado e atendido primeiramente na Unidade de Pronto Atendimento e em seguida transferido para um hospital especializado.
Nessa situação é possível identificar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) da integralidade e hierarquização. (ERDMANN, 2013)
A hierarquização é caracterizada pelos diversos níveis de atendimento do SUS. No caso em tela J.P. foi atendido, primeiramente, em uma unidade de saúde de atendimento secundário, a UPA. E, após avaliação médica onde verificou se tratar de um caso mais complexo, foi transferido para um hospital especializado, que é uma unidade de saúde de atendimento terciário. (ERDMANN, 2013)
O princípio da integralidade do SUS preconiza que o atendimento/tratamento da população deve ser feito na totalidade, ou seja, uma vez iniciado o atendimento, ele deve ser continuado até que reabilitação completa do paciente. Na nossa situação-problema, J.P teve concluído todo o ciclo de atendimento pelo SUS. Ele deu entrada na UPA e em seguida foi transferido para o hospital que conseguiu realizar o atendimento que o indivíduo necessitava. (BRASIL, 2000)
Outro aspecto importante identificado na situação apresentada diz respeito sobre níveis de atenção à saúde. No SUS há três níveis de atendimento: Atenção básica, o atendimento de média de complexidade e de alta complexidade. (BRASIL, 2007a)
A atenção básica é um conjunto de ações de saúde, individual e coletiva, para promover e a proteger a saúde, a prevenir agravos, realizar o diagnóstico, tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Deve ser o contato de preferência da população com os sistemas de saúde. A atenção básica é compreendida como o primeiro nível da atenção à saúde no SUS. (BRASIL, 2007a)
O atendimento de média complexidade é composto por ações e serviços que têm por finalidade atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, em que são necessários profissionais especializados e recursos tecnológicos para o diagnóstico e tratamento. (BRASIL, 2007a)
Quando para o diagnóstico e tratamento são necessários procedimentos que utilizam alta tecnologia e alto custo, propiciando o acesso a serviços qualificados, e integração aos níveis de atenção básica e média complexidade, classificando-o como de alta complexidade. (BRASIL, 2007a)
Com base nos conceitos acima, podemos dizer que o paciente J.P. foi atendido nos serviços adequados. Ao procurar a UPA, ele foi atendido pela rede de atenção básica, que deve ser o contato preferencial da população com SUS. Na UPA, como não havia recursos para realizar o diagnóstico/tratamento ele foi transferido para um hospital da rede de média complexidade, uma unidade de saúde especializada,a qual conseguir realizar todos os procedimentos para tratar J.P.
Nessa situação-problema, também podemos apreciar a conduta dos profissionais de enfermagem quanto ao papel do enfermeiro. Durante o primeiro atendimento, a enfermeira C.S. gerou um conflito. Ela deixou de realizar o acolhimento do paciente de forma correta o que é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequado. Nesse procedimento o profissional de saúde deve ouvir o paciente, compreender o papel do enfermeiro no processo de saúde e adoecimento, e sua responsabilidade na solução do problema. Acolher é dar resposta às necessidades da população que são atendidos pelos serviços de saúde. (BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008)
Durante o acolhimento deveria ser realizado a Anamnese, buscando todas as informações referente ao acidente e ao histórico do paciente, e realizar o exame físico do indivíduo. Ao fazer isso, a enfermeira poderia ter evitado o conflito, pois, possivelmente, após esses procedimentos ela encaminharia J.P. para um tratamento adequado, dando uma resposta adequada aos anseios de atendimento do paciente.
A falha de conduta da enfermeira C.S., também fere preceitos do código de ética da enfermagem. Ela deixou de prestar assistência ao paciente, ao não realizar a anamnese exame físico. A enfermeira deveria ter realizado o atendimento adequado e não simplesmente dizer que J.P. não poderia ser atendido naquela unidade de saúde. (BRASIL, 2007b)
Essa atitude fere o artigo 26 do código de Ética que proíbe o profissional de enfermagem a negar atendimento em qualquer situação de urgência ou emergência. No caso em tela, a situação do paciente J.P. caracterizava uma urgência devido ao ferimento corto contuso na perna, apresentando sangramento intenso, incapacidade de locomoção devido à dor e sensibilidade de difícil avaliação. Como a enfermeira deixou de prestar o atendimento adequado, ela pode ser responsabilizada pelo conselho de Ética do COREN do qual ela participa. (BRASIL, 2007b)
Da mesma forma, a atitude do paciente não foi coerente diante da situação. Mesmo insatisfeito com o atendimento prestado, J.P. deveria ter reclamado na própria instituição a fim de solucionar o problema e, dessa forma, não causaria transtornos a recepção da UPA. O paciente poderia ser enquadrado por desacato a funcionário público por sua atitude agredir verbalmente a enfermeira, como prevê a legislação em vigor. (BRASIL, 2016) 
No caso em tela, J.P. sofreu um acidente de trabalho que resultou um em fratura óssea com exposição, que é considerada uma fratura exposta na qual pode haver o comprometimento dos seguintes tecidos: ósseo, muscular, nervoso, vascular e epitelial. Esses tecidos deverão ser reparados exigirão dos tecidos a reposição celular das estruturas, mas compreender os processos de reparação faz necessário entender o seguinte sistema.
“(...)Tegumentar (ou tegumento) é constituído pela pele e os seus anexos: pelos, unhas, glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias. A pele é o maior órgão do corpo. É composta pela epiderme, de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, e pela derme, de tecido conjuntivo. Subjacente, unindo-a aos órgãos, há a hipoderme (ou fáscia subcutânea), de tecido conjuntivo frouxo e adiposo. ” (MONTANARI, 2016)
A pele tem como principais funções: proteção, sensação, equilíbrio hídrico, regulação da temperatura, produção de vitamina e função de resposta imune. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
 O sistema tegumentar recobre o corpo, protegendo-o contra o atrito, a perda de água, a invasão de microrganismos e a radiação ultravioleta. Tem papel na percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na termorregulação, na excreção de íons e na secreção de lipídios protetores e de leite. (MONTANARI, 2016)
Ainda se faz necessário, compreender os tipos de célula do osso, que é constituído de células, proteínas, matriz e depósitos minerais. As células são de três tipos básico – osteoblastos, osteócitos e osteclastos. Os osteoblastos são responsáveis pela formação do osso e secretam a matriz óssea. A matriz consiste em colágeno, glicoproteínas e proteglicanos, que proporciona uma estrutura onde são depositados sais minerais. Esses sais minerais são compostos por cálcio e fósforo. Os osteócitos são células ósseas maduras responsáveis pela manutenção dos ossos; localizam-se em lacunas (unidades da matriz óssea). Os osteoclastos são células multinucleadas envolvidas na dissolução e reabsorção do osso e estão localizados em pequenas depressões no osso, conhecidas como lacunas de Howship bem rasas. A unidade funcional microscópica do osso cortical maduro é o ósteon (sistema de Havers). O centro dele, o canal de Havers, possui um capila, em torno do qual encontramos círculos de matriz óssea mineralizada chamados de lamelas. Nas lamelas há espações que contêm osteócitos. Elas são nutridas por estruturas muito pequenas, os canalículos (canais), que se comunicam com vasos sanguíneos adjacentes do sistema de Havers. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
As lacunas no osso esponjoso depositam-se em camadas num retículo com entrelaçamento irregular chamado de trabéculas. A medula óssea vermelha enche o retículo em treliça. Capilares nutrem os osteócitos localizados nas lacunas. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
Há uma densa membrana fibrosa, chamada de periósteo, recobrindo o osso. O periósteo nutre o osso e facilita seu crescimento. Ele contém nervos, vasos sanguíneos e os vasos linfáticos. Também proporciona fixação aos tendões, que ligam os músculos a ossos, e aos ligamentos, que ligam diferentes ossos entre si. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
A cavidade medular dos ossos longos e os espaços no osso esponjoso é coberta pelo endósteo, uma fina membrana vascular. Os osteoclastos estão localizados próximo ao endósteo nas lacunas de Howship, e dissolvem o osso para manter a cavidade medular. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
Quando há a fratura de um osso, acontece uma regeneração e não somente união dos fragmentos por um tecido cicatricial.
“A consolidação de fraturas ocorre em quatro áreas:
A medula óssea, na qual as células endoteliais sofrem transformação rapidamente e se tornam células osteoblásticas formadoras de osso;
O córtex ósseo, no qual são formados novos ósteons;
O periósteo, na qual se forma um calo duro/osso por ossificação intramembranosa perifericamente à fratura e no qual se forma um modelo cartilaginoso por ossificação endocondral adjacente ao local da fratura;
O tecido mole externo, no qual uma ponte formada pelo calo (tecido fibroso) estabiliza a fratura. ” (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
No caso apresentado o senhor J.P. sentiu dor, mas caso a dor fosse localizada exclusivamente na epiderme, o paciente teria uma sensação de queimação na região afetada, pois a profundidade da lesão determina o tipo de dor que se sente. Caso a lesão atingisse a derme, por exemplo, a dor seria localizada e superficial. (FONSECA, 2011)
Para realizar o tratamento adequado será necessária uma intervenção cirúrgica para repara o tecido ósseo quanto o epitelial. Para que ocorra a reparação da pele acontece um processo de cicatrização. O processo de cicatrização tem sido dividido em três fases que acontece simultânea, continuamente: inflamatória, proliferativa e de remodelagem. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
1- Fase inflamatória: Após a ocorrência do ferimento, é iniciado o extravasamento sanguíneo que preenche a área lesionada com plasma, plaquetas e outros elementos celulares. Então é gerado um tampão, rico em fibrina, devido a agregação plaquetária e a coagulação sanguínea. Este tampão restabelece a hemostasia, forma uma barreira contra a invasão de microrganismos e organiza matriz temporária que é necessária para a migração celular. Essa matriz será um reservatório de citocinas e fatores de crescimento que serão liberados durante as demais fases do processo cicatricial. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
“2- Fase proliferativa:
A proliferação é a fase responsável pelo fechamento da lesão propriamente dito. Compreende: reepitelização,que se inicia horas após a lesão, com a movimentação das células epiteliais oriundas tanto da margem como de apêndices epidérmicos localizados no centro da lesão; fibroplasia e angiogênese, que compõem o chamado tecido de granulação responsável pela ocupação do tecido lesionado cerca de quatro dias após a lesão. Os fibroblastos produzem a nova matriz extracelular necessária ao crescimento celular enquanto os novos vasos sanguíneos carreiam oxigênio e nutrientes necessários ao metabolismo celular local.” (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
3- Fase de remodelagem: Nessa fase ocorre uma tentativa de recuperar a estrutura do tecido normal. É marcada por maturação dos elementos e alterações na matriz extracelular, ocorrendo o depósito de proteoglicanas e colágeno. Após isso, os fibroblastos do tecido de granulação são transformados em miofibroblastos que se comportam como um tecido contrátil que responde aos agonistas que estimulam o músculo liso. Concomitantemente, a matriz extracelular é reorganizada, e se transforma de provisória em definitiva, cuja intensidade fenotípica, que observamos nas cicatrizes, reflete a intensidade dos fenômenos que ocorreram, bem como o grau de equilíbrio ou desequilíbrio entre eles. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
“Com o decorrer do processo de maturação e remodelagem, a maioria dos vasos, fibroblastos e células inflamatórias desaparece do local da ferida mediante processos de emigração, apoptose ou outros mecanismos desconhecidos de morte celular. Esse fato leva à formação de cicatriz com reduzido número de células. Por outro lado, se persistir a celularidade no local, ocorrerá a formação de cicatrizes hipertróficas ou queloides.” (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
Ao analisarmos a quebra do osso, verificamos que J.P. sofreu uma fratura exposta ou aberta, na qual ocorrem lesões na pele e nas membranas mucosas. Essas feridas da pele ou na membrana mucosa se estendem até o osso fraturado. Este tipo de fratura é classificado em:
- grau I caracterizada quando existe uma ferida limpa com menos de 1 cm de comprimento;
- grau II que é uma ferida maior sem danos extensos aos tecidos moles;
- grau III quando há uma ferida muito contaminada, com lesões extensas dos tecidos moles. É a mais grave. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
Os outros tipos de fratura que poderiam ocorrer são: 
- comunitiva: quando osso é dividido em vários fragmentos;
- por avulsão: acontece quando um fragmento de osso é puxado por um tendão e sua fixação;
- em galho verde: é a fratura em que há quebra de um lado do osso e o outro se verga.
- impactada: quando o fragmento do osso é empurrado contra outro fragmento ósseo e penetra nele.
- oblíqua: caracterizada quando há uma fratura em ângulo com osso do osso;
- simples: é a fratura fica contida, sem ruptura da integridade da pele;
- em espiral: quando contorna a diáfise do osso;
- transversa: uma fratura que reta atravessa da diáfise do osso. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
Sobre ossos, eles são classificados em:
- longos, são ossos que possuem forma de bastonetes ou cilindros com extremidades arredondas. Eles servem para sustentar o peso e o movimento.
- curtos, são esponjosos cobertos por uma camada de osso compacto. 
- chatos, proporcionam, frequentemente, proteção ao órgãos vitais e são importantes locais hematopoiese.
- irregulares: tem formas singulares relacionadas a sua função. Normalmente, são aos ossos chatos. (BRUNER; SUDDARTH, 2009)
No caso apresentado não houve perda óssea, mas caso houvesse uma perda de cerca de 6 cm do fêmur, seria necessário uma intervenção cirúrgica e o alongamento do fêmur com auxílio de um fixador.
No processo de formação óssea, quando há perda de osso é realizado pela osteogênese por distração. A distração osteogênica consiste num processo biológico de formação do osso entre as superfícies dos segmentos ósseos, que são gradativamente separados por tração mecânica incremental, que resulta em simultânea expansão do tecido mole adjacente. Portanto, sob uma força de tensão, na área a ser distraída, o número de células mesenquimais indiferenciadas aumenta que originam fibroblastos jovens. Estes se diferenciam em fibroblastos maduros, que depositam fibras colágenas na área alongada, permite, assim, a ocorrência de um processo de ossificação intramembranosa. As células osteoprogenitoras movimentam-se da extremidade para o centro, e produzem o tecido ósseo com lamelas orientadas no sentido do vetor de distração. Então, há uma osteogênese estática, que, posteriormente, evoluirá para um processo dinâmico. (PEREIRA-FLHO, 2007)
No processo de reconstrução dos tecidos afetados pela fratura, teremos alguma célula mais associada a proliferação celular. No tecido ósseo, como estamos falando de um osso longo, fêmur, haverá uma ossificação endoconral, que:
(...) consiste essencialmente em dois processos. Primeiro, a cartilagem hialina sofre modiíicações, havendo hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização e a morte dos condrócitos por apoptose. Segundo, as cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do conjuntivo adjacente. Essas células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada. Desse modo, aparece tecido ósseo onde antes havia tecido cartilaginoso, sem que ocorra a transformação deste tecido naquele; os tabiques de matriz calcificada da cartilagem servem apenas de ponto de apoio à ossificação” (MONTANARI, 2016)
No tecido muscular esquelético, as células satélites tem papel fundamental no processo de regeneração do músculo. São células de um núcleo fusiformes e localizam-se entre a lâmina basal e a membrana plasmática da fibra muscular. São células-troncos latentes que podem proliferar após qualquer lesão para dar origem a novos mioblastos. Nesse processo, ocorre divisão celular mitótica. (MOURA; RICCI, 2006)
No tecido conjuntivo, após uma lesão, os fibroblastos proliferam. Eles secretam a matriz extracelular, contribuindo para a cicatrização, e diferenciam-se nos miofibroblastos, expressando actina. Assim, além da síntese de colágeno, por possuírem filamentos de actina associados à miosina, são capazes de se contrair, retraindo o tecido cicatricial. (MONTANARI, 2016)
Durante a proliferação celular do tecido epitelial durante o processo de cicatrização, as células mais ativas são as células epiteliais que se proliferam na tentativa de restabelecer uma barreira protetora. Nesse tipo de tecido os fibroblastos se diferenciam em miofibroblastos. (CAMPOS et al, 2007)
 
3- CONCLUSÃO
Após o estudo dessa situação geradora de aprendizagem, concluímos que em um único fato é possível aplicar os conhecimentos recebidos durante o semestre e verificar que alguns assuntos estão mais intimamente ligados entre si como saúde pública, papel do enfermeiro e ética profissional. Verificamos ainda que, ao aplicarmos de todos esses conhecimentos, durante nossa prática profissional, permite realizar o cuidar da saúde, essência da nossa profissão, com maior eficácia e de forma mais humanizada, promovendo a saúde da população.
 
REFERÊNCIAS
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dicas em Saúde: Acolhimento. 2008. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/167acolhimento.html>. Acesso em: 25 setembro 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Sistema Único de Saúde (SUS): princípios e conquistas. Brasília: Ministério Saúde, 2000. 44 p.
______. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência de Média e Alta Complexidade no SUS. Brasília : CONASS, 2007a. 248 p.
______. Resolução COFEN 311/2007. Aprova a Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. 2007b. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/resolucao_311_anexo.pdf>. Acesso em: 23 setembro 2016.
______. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. 2016. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm#art361>.Acesso em: 23 setembro 2016.
BRUNER; SUDDARTH. SMELTZER, S. C. et al (Ed.). Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
CAMPOS, A. C. L. et al. Cicatrização de feridas. ABCD, arq. bras. cir. dig.,São Paulo, v. 20, n. 1, p. 51-58, Março 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S01027202007000100010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 27 setembro 2016. 
ERDMANN, A. L et al. A atenção secundária em saúde: melhores práticas na rede de serviços. Rev. Latino-Am. Enfermagem , Ribeirão Preto, v. 21, p. 131-139, fevereiro 2013 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692013000700017&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 27 setembro 2016. 
FONSECA, A. S. et al. Enfermagem em emergência. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
MONTANARI, T. Histologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3.ed. Porto Alegre: Ed. da autora, 2016. 229 p. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/livrodehisto>. Acesso em: 21 setembro 2016.
MOURA, N. L.; RICCI, M. C. Ricci. Estudo Teórico do Processo de Regeneração do Tecido Muscular Esquelético Lesionado. In: X Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, 2006, São José dos Campos. Anais.... Disponível em: <http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2006/inic/inic/03/INIC0000618.ok.pdf>. Acesso em: 21 setembro 2016.
PEREIRA-FILHO, V. A. et al. Distração osteogênica mandibular para instalação de implantes: relato de caso. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe,, v. 7, n.1, p. 51 - 58, jan./mar. 2007.

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