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FUCAPE –2017 ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE EMPRESAS UTILIZANDO INFORMAÇÕES CONTÁBEIS Prof.: - Aziz Beiruth – azizxb@hotmail.com 1 1 MBA Controladoria e Finanças OBJETIVO DA CONTABILIDADE Fornecer informações sobre a posição financeira, os fluxos de caixa e o desempenho da empresas para subsidiar a tomada de decisões dos diversos stakeholders. 2 • Quais questões podemos responder: – Investir ou não em determinada ação? – Qual a capacidade de pagamento da empresa? – A rentabilidade da empresa satisfaz as expectativas dos acionistas? jul-17 3 Informações Contábeis • Objetivo da Análise de Balanços: Extrair das Demonstrações Contábeis informações úteis sobre o desempenho da empresa para a tomada de decisão de diversos usuários. • Quais usuários? – Investidores – Credores – Concorrentes – Empregados – Governo... jul-17 4 Objetivos e Critérios da Análise de Balanços USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL •Stakeholders ou constituintes: diversas partes interessadas nas informações sobre a empresa • USUÁRIOS INTERNOS • Gestores • Funcionários • USUÁRIOS EXTERNO • Acionistas e Investidores • Analistas de mercado • Fornecedores e Instituições Financeiras • Governo • Sindicatos • Sociedade • Outros interessados Decisões rotineiras de alocação dos recursos à disposição da entidade Principal exigência: tempestividade Principais exigências: Segurança Comparabilidade Contabilidade Gerencial Contabilidade Financeira 5 jul-17 6 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE PUBLICAÇÃO OBRIGATÓRIA – As Sociedades por ações estão obrigadas a publicar anualmente (no caso de bancos semestralmente): I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa; e V – demonstração do valor adicionado Relatório da Administração Parecer dos Auditores Independentes Notas explicativas e quadros explicativos Informações Trimestrais 7 Elementos diretamente relacionados à mensuração da posição financeira no Balanço: • Ativos • Passivos • Patrimônio Líquido Elementos diretamente relacionados com a mensuração de desempenho na Demonstração do Resultado: • Receitas • Despesas jul-17 8 ELEMENTOS DAS DC`S São atributos que tornam as DFs úteis para os usuários. As quatro principais características são: • Compreensibilidade • Relevância • Confiabilidade • Comparabilidade jul-17 9 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS • Compreensibilidade; ◦ Presume-se que os usuários tenham conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e contabilidade. ◦ Assuntos complexos não devem ser excluídos sob a justificativa de que seriam “difíceis” de serem compreendidos por determinados grupos de usuários. • Relevância; ◦ A informação contábil é relevante quando esta influencia as decisões econômicas dos usuários: valor preditivo ou confirmação (feedback value). jul-17 10 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS Exemplo Compreensibilidade: – Determinada entidade está investindo em imóveis. As publicações e os relatórios dos arquitetos devem ser feitos periodicamente, confirmando aspectos específicos do seu projeto. Nem todos os usuários desses relatórios vão entender esses documentos pela existência de diversos aspectos de linguagem técnica de arquitetura ou engenharia, mas esses usuários serão capazes de obter um aconselhamento especializado sobre a informação, se acharem necessário. – Isso significa que uma entidade não deve deixar de incluir informações financeiras relevantes e requeridas pelo IFRS sobre a performance ou posição financeira da empresa simplesmente pela complexidade inerente a estas informações jul-17 11 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS Exemplo Relevância – O relatório sobre os segmentos operacionais, requerido pelo IFRS 8, pode ajudar os usuários a identificar se determinada entidade possui diversas atividades, áreas de atuação e segmentação do negócio de forma estratégica. – Essa informação é muito relevante para a tomada de decisão de um investidor que acredita ou não na rentabilidade sobre os segmentos operacionais ou produtos que a entidade está investindo ou desenvolvendo jul-17 12 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS • Confiabilidade ◦ Representação fidedigna; ◦ Primazia da essência sobre a forma; ◦ Neutralidade; ◦ Prudência; ◦ Integridade; • Comparabilidade ◦ Avaliação de tendências; ◦ Comparação entre alternativas de investimento. jul-17 13 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS Exemplo de Confiabilidade – Uma entidade adquire outra entidade em uma combinação de negócios, contabilizada segundo o IFRS 3. Apesar de determinado ativo intangível identificável na aquisição poder ser contabilizado em IFRS, se a entidade não conseguir avaliar o ativo intangível com confiabilidade e ser separadamente identificado, ele não poderá ser registrado em IFRS segundo o IAS 38. jul-17 14 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS EXERCÍCIO SOCIAL E CICLO OPERACIONAL • EXERCÍCIO SOCIAL: • CICLO OPERACIONAL: conjunto de atividade que se inicia com a compra da matéria prima, ou mercadoria, e termina com o recebimento da venda. • A companhia em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. Duração: 12 (doze) meses. Término: fixado pelo estatuto da companhia. 15 EMPRESAS E GRUPOS EMPRESARIAIS Grupo econômico é a controladora e todas as suas controladas. Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica. Controle de investida: um investidor controla a investida quando está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade de afetar esses retornos por meio de seu poder sobre a investida. Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas. Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle conjunto. 16 GRUPO EMPRESARIAIS • CONCEITO • EMPRESA LIDER, CONTROLADORA OU HOLDING • CONTROLADAS, CONTROLADAS EM CONJUNTO E COLIGADAS EMPRESA X CONTROLADORA EMPRESA A CONTROLADA EMPRESA B COLIGADA EMPRESA C CONTROLADA EM CONJUNTO EMPRESA Y CONTROLADORA 20% (sem controlar) 17 DECISÕES FINANCEIRAS ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Ativo Não Circulante Ativo Real. a Longo Prazo Investimento Imobilizado Intangível Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucro Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados DECISÕES DE INVESTIMENTO DECISÕES DE FINANCIAMENTO Recursos próprios ou de terceiros? 18 DECISÕES FINANCEIRAS Lucro Gerado pelos Ativos (Lucro Operacional) ATIVO (Investimento) Passivo (Recursos de terceiros) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Recursos próprios) R em u n e ra çã o R em u n er aç ão Investimento Investimento Juros Lucro Líquido Fonte: Assaf Neto (2012; pág. 28) 19 CUSTO DE CAPITAL E RISCO EMPRESARIAL O custo do capital de terceiro é representado pelos juros e demais despesas financeiras formalmente assumida pelaempresa junto aos credores. O custo do capital próprio é representado pelo retorno exigido pelos sócios. Quanto maior o risco da empresa maior será a remuneração exigida pelos fornecedores de recurso e maior o seu custo de capital. 20 RISCO DAS OPERAÇÕES DE LONGO PRAZO Operações de longo prazo apresentam maior risco para o credor e costumam ter maior custo para o tomador. (i) risco de previsão: quanto maior o prazo concedido menor a capacidade de prever o retorno de capital emprestado, ou seja, menor a condição de estimar a capacidade futura do devedor honrar com o pagamento; (ii) risco de flutuações: é o risco de variações dos juros, ou seja, prazos maiores expõe o capital emprestado às flutuações que venham a ocorrer com as taxas de juros. 21 RISCO EMPRESARIAL Risco operacional: deriva do ativo e da natureza da atividade da empresa. É influenciado pela estrutura de custos, a dependência tecnológica, a concorrência, a maturidade da gestão e o estágio do ciclo de vida do produto e da empresa; Risco financeiro: deriva do endividamento da empresa, pois níveis elevados de recursos de terceiros em relação ao capital próprio pode conduzir à deterioração da capacidade de pagamento . 22 jul-17 23 CICLO DE ANÁLISE PARA AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Processo Análise (Palepu et al, 2004) • 1. ANÁLISE DA ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS • 2. ANÁLISE CONTÁBIL • 3. ANÁLISE FINANCEIRA • 4. ANÁLISE PROSPECTIVA jul-17 24 PROCESSO DE ANÁLISE • Identificar os principais direcionadores de valor e os riscos de negócios (potencial de geração de lucro numa dimensão qualitativa). Implica na análise da indústria, bem como da estratégia da entidade em criar vantagem competitiva sustentável. • Essa análise é fundamental, pois permitirá enquadrar melhor a análise contábil e financeira posterior. Também servirá para a construção de premissas na fase de previsão e prospecção. jul-17 25 Análise da estratégia de negócios • Tem como objetivo avaliar o grau em que as DCs capturam a realidade econômica subjacente da entidade. Nela, deve-se separar ruído de informação e “desfazer” as distorções no sentido de criar informação livre de viés. Uma boa análise contábil aumenta a confiabilidade das predições a serem construídas. jul-17 26 Análise Contábil • Usada para analisar sustentabilidade, fundamentalmente, por meio da análise de indicadores e índices que buscam expressar a performance financeira passada e presente da empresa, sua liquidez, sua estrutura e seu custo de capital, entre outros. jul-17 27 Análise Financeira • Etapa final da análise de negócios, feita essencialmente por meio de duas técnicas: Demonstrações Contábeis Projetadas e Avaliação. Ambas tem como propósito a predição do futuro da firma. jul-17 28 Análise Prospectiva Mito 1: Como os modelos de avaliação são quantitativos, a avaliação é objetiva. – Muitas das premissas incluídas nos modelos são baseadas em (ou deixam espaço para) julgamentos subjetivos. – O valor final carrega o peso das subjetividades e parcialidades acumuladas ao longo do processo de avaliação. Mito 2: uma avaliação bem feita e baseada em pesquisa adequada é atemporal, ou seja o valor encontrado resiste ao tempo. – A avaliação reflete as informações disponíveis à época de sua elaboração. – À medida que novas informações - ou alteração das informações existentes - ficam disponíveis elas são incorporadas à avaliação, alterando o resultado final. jul-17 29 Mitos sobre a avaliação - (Damodaran, 1997) Mito 3: Uma boa avaliação resulta em uma estimativa precisa de valor. – Há sempre incerteza na estimativa, pois ela é baseada em premissas sobre o futuro, que por definição é incerto. – Fluxos de caixa e taxas de desconto são projetadas com margens de erro. Mito 4: quanto mais quantitativo o modelo de avaliação, melhor é o resultado. – Modelos quantitativos não são garantia de qualidade da avaliação. – Esses modelos exigem quantificação de grande número de premissas, algumas com elevado grau de incerteza. – A qualidade final dependerá do tempo gasto na análise e do entendimento do objeto sendo avaliado. jul-17 30 Mitos sobre a avaliação - (Damodaran, 1997) Mito 5: em geral, o mercado está equivocado. – O mercado geralmente é eficiente e o valor de mercado deve ser utilizado como referência para a avaliação. – Cabe ao analista provar a hipótese de que o mercado está avaliando erroneamente determinado ativo. – Em geral, é muito difícil vencer o mercado. Mito 6: o processo de avaliação não é importante; o que importa é o valor final encontrado. – O processo de avaliação ajuda a entender quais são os determinantes de valor. – O entendimento dos determinantes possibilita avaliar o impacto de algumas premissas na avaliação final: crescimento, margens, taxas de juros, etc. jul-17 31 Mitos sobre a avaliação - (Damodaran, 1997) • Adam Smith(1776) as empresas mais produtivas e inovadoras geram os mais altos retornos aos acionistas, atraem mais investidores e os melhores trabalhadores, que produzem mais, em um benéfico círculo virtuoso. Por que valor? • Etapas: • 1) Fazer o levantamento da situação de geração de valor na empresa e identificar as oportunidades de reestruturação • 2) Agir nestas oportunidades • 3) Focar na criação de valor jul-17 33 Administrar o valor Expectativas em relação a: • Fluxo de caixa previsto • Risco • Crescimento esperado • Custo de capital • Fluxo de Caixa Descontado! O que determina valor em uma empresa? • Viés • Imprecisão e Incerteza – Resultado de um conjunto de premissas: • Empresa/setor • Ambiente macroeconômico – Reações saudáveis: • Modelos de avaliação melhores • Amplitude de avaliação (cenários) – Reações adversas: • Repassar responsabilidade • Abandonar os fundamentos O processo de avaliação • Complexidade da avaliação – O que levar em conta? – O Princípio da parcimônia – O custo da complexidade: • Sobrecarga de informações • Síndrome da “caixa preta” • Dificuldade em estabelecer o que é importante e gera impacto O processo de avaliação Variadade de usuários • Gestão de carteiras – Fundamentalistas x grafistas • Análises de Aquisição – Sinergia • Finanças Corporativas • Questões Legais/Judiciais O processo de avaliação • Fluxos de caixa são derivados de expectativas futuras • Fluxos de caixa variam conforme o ativo sendo avaliado: empresa, ações, bonds, etc. • Taxa de desconto varia conforme o risco do ativo sendo avaliado Fluxos de Caixa Descontados • Ao avaliar uma empresa, pode-se descontar: a) os fluxos de caixa projetados para a empresa - operating free cash flow; ou b) os fluxos de caixa projetados para os acionistas - dividendos ou FCFE Fluxos de Caixa Descontados • Taxas de desconto apropriadas ao fluxo sendo descontado: - Operating free cash flows devem ser descontados ao custo médio ponderado de capital - wacc - Dividendos ou FCFE devem ser descontados ao custo do capital próprio - cost of equity capital Fluxos de Caixa Descontados • Limitações, quando há dificuldade em estimar fluxos futuros ou taxas de desconto adequadas: – Empresas em dificuldades – Indústrias cíclicas – Empresas com ativos não utilizados – Patentes que não apresentam fluxo de caixa no presente – Empresas em processo de reestruturação – Empresas envolvidas em aquisições – Empresas fechadas Fluxos de Caixa Descontados • O valor do ativo é definido a partir da precificação de outros ativos comparáveis. • Utiliza-se alguma variável padronizada para se estabelecer o valor, tal como: – Índice p/l ou price/earnings ratio – Índice valor de mercado/valorcontábil – Índice preço/vendas, etc. Avaliação Comparativa • Os índices ou múltiplos podem ser derivados a partir de: – Fundamentos da empresa: rentabilidade, crescimento e risco. – Análise comparativa; o problema é definir a base de comparação. Avaliação Comparativa • Algumas evidências empíricas: – Preferência dos analistas por modelos baseados em informação de um único período, utilizando-se fórmulas simplificadas como Preço/Lucro (PE ratio), múltiplos do EBITDA ou Preço/Lucro/Crescimento (PEG ratio). (Demirakos et al, 2004) – Peritos contadores – modelos mais simples ou mais complexos em função da escolaridade ou da experiência.(Paulo et al, 2006) – Analistas APIMEC – Preferência pelo fluxo de caixa descontado, mas também usam múltiplos. A incidência de um método ou outro varia em função do setor acompanhado pelo analista. (Soutes et al, 2006) Qual modelo é mais usado na prática? Publicação do Relatório de Equity Divulgação de Resultado pela empresa Impacto no Mercado de Capitais Expectativas do Mercado PositivoNegativo Neutro Outras Informações (conjunturais, nova tecnologia, etc.) Desempenho esperado vs real Expectativas Futuras FLUXO DE INFORMAÇÕES DENTRO DA FORMAÇÃO DE EXPECTATIVAS DO MERCADO Contabilidade e Mercado de Capitais Ambiente Empresarial Trabalho Capital Fornecedores Compradores Regulamentação Estratégia Empresarial Escopo do Negócio (Tipo e Grau de Diversificação) Posicionamento Competitivo Fatores de Sucesso Riscos Atividades Empresariais Operação, Financiamento e Investimento Ambiente Contábil Estrutura do Mercado Contratos Governança Práticas e Regulamentos Estratégia Contábil Políticas e Estimativas Formato Quantidade e Qualidade Evidenciação Suplementar Sistema Contábil Mensuração e Evidenciação Das Conseqüências do Negócio Demonstrações Contábeis Assimetria Informacional Erros de Estimação/Disorçoes Realidade Empresarial Demonstrações Contábeis Contexto Aplicação Empresarial Análise da Estratégia Empresarial Análise Contábil Análise Financeira Análise Prospectiva Ferramentas de Análise Ferramentas de Análise Metodologia • Identificação dos principais fatores que influenciam riscos e lucratividade. • Análise qualitativa do potencial de geração de lucros • Características do setor (indústria) e posicionamento da empresa • Estratégia para criar diferencial competitivo • Contextualização das análises seguintes: – Fatores de sucesso e riscos do negócio – Principais políticas contábeis – Estratégias competitivas – Sustentabilidade do lucro, formação ROE – Premissas sobre performance futura Análise da Estratégia Empresarial 49 • Qual o potencial de geração de lucros da empresa? – Escolha da indústria – Posicionamento Competitivo – Estratégia Corporativa – Situação do País • Pano de Fundo para a Análise Financeira • Foco Qualitativo Análise da Estratégia Empresarial 50 FORNECEDORES CLIENTES SUBSTITUTOS ENTRANTES POTENCIAIS CONCORRENTES Rivalidade entre empresas existentes Poder de barganhaPoder de barganha Forças que dirigem a concorrência na Indústria jul-17 51 Forças que dirigem a concorrência na Indústria 52 Rivalidade entre as empresas existentes no mercado • Fatores que determinam a intensidade da competição: – Taxa de crescimento do setor – Concentração e distribuição de forças entre o setor – Grau de diferenciação e custo de substituição para o cliente – Economia de escala/aprendizado e relaçào custo fixo/variável – Capacidade ociosa/ barreiras para a saída – Estruturas de custos diferentes Análise da Estratégia Empresarial 53 Ameaça de novos entrantes • Potencial de lucros anormais atrai novos entrantes • Fatores que determinam a altura das barreiras aos novos entrantes: – Economia de Escala – Diferenciação do produto – Custo de substituição (clientes) – Acesso a canais de distribuição e relacionamentos – Barreiras legais – Reputação/lealdade dos consumidores – Curva de experiência Análise da Estratégia Empresarial 54 Ameaça de produtos substitutos • Não necessariamente tem a mesma forma • O uso de um produto pode reduzir/eliminar o consumo de outro • Depende do desempenho e preço dos produtos que pretendem substituir Análise da Estratégia Empresarial 55 Poder de Barganha dos Clientes • Grande volume de compras em relação às vendas da empresa • Os produtos adquiridos representam parcela significativa dos custos/compras • Produtos padronizados/não diferenciados • Custos de mudança baixos • Possibilidade de fabricação própria/existência de substitutos • Informação a respeito do mercado, preços e processo produtivo do vendedor Análise da Estratégia Empresarial 56 Poder de Barganha dos Fornecedores • Pequeno volume de compras em relação às vendas do fornecedor • Mercado dominado por poucas companhias. • Não existem produtos substitutos/insumo importante • Compra pouco significativa em relação às vendas totais • Custo de substituição alto Análise da Estratégia Empresarial 57 Estratégias Competitivas DIFERENCIAÇÃO VANTAGEM ESTRATÉGICA Unicidade observada pelo cliente LIDERANÇA EM CUSTOS Posição de baixo custo ENFOQUE No Âmbito de toda a indústria Segmento particular A L V O E S T R A T É G IC O Análise da Estratégia Empresarial 58 Liderança em Custos • Economias de escala e escopo • Produção eficiente • Custos de produção/ distribuição mais baixos – Acesso favorável a matérias primas – Design mais simples – Vasta linha de produtos para diluir custos • Sistema de controle de custos “apertado” Análise da Estratégia Empresarial 59 Diferenciação • Produto ou serviço único a um preço abaixo do que os consumidores estão dispostos a pagar. • Qualidade superior • Serviço ao consumidor superior • Flexibilidade na entrega • Investimento em imagem da marca • Sistema de controle focado na criatividade e inovação Análise da Estratégia Empresarial 60 Enfoque • Atendimento de um grupo comprador específico (linha de produtos, mercado geográfico) • Associado a diferenciação ou custo Análise da Estratégia Empresarial 61 Tipo de Vantagem Custo Inferior ao da concorrência Benefício superior ao da concorrência Alta Modestos cortes de preço levam a muita participação de mercado Modestos aumentos nos preços levam a grande perda de participação no mercado Estratégia de participação: Preço menor que o dos concorrentes para ganhar fatias de mercado Estratégia de participação: Manter paridade de preços, levando a maior participação de mercado Baixa Modestos cortes de preço fazem ganhar pequenas fatias de mercado Grandes aumentos em preços perdem pouca participação de mercado Estratégia de margem: Manter a paridade nos preços (deixar as vantagens de custos levarem a maiores margens) Estratégia de margem: Cobrar preço premium em relação aos concorrentes E la s ti c id a d e d a D e m a n d a e m re la ç ã o a o p re ç o Vantagem Competitiva x Preços 62 • Quais são os fatores chaves de sucesso e riscos associados à estratégia competitiva escolhida pela firma? • A firma possui recursos e capacidade para lidar com tais riscos e fatores de sucesso? • A firma está irreversivelmente comprometida em preencher as distâncias entresuas capacidades atuais e os requisitos para atingir sua vantagem competitiva? • A firma estruturou suas atividades (pesquisa e desenvolvimento, design, produção, marketing, distribuição e atividades de suporte) de uma forma consistente com sua estratégia competitiva? Análise da Estratégia Empresarial 63 • A vantagem competitiva é sustentável? Existem barreiras que tornam difícil a outras empresas imitarem? • Existem mudanças potenciais na estrutura da firma ( como novas tecnologias, competição externa, mudanças na regulação, etc) que podem dissipar a vantagem competitiva? • A cia é flexível o suficiente para conduzir mudanças? Análise da Estratégia Empresarial 64 • A organização tem recursos especiais como marcas, conhecimento proprietário, acesso a um canal de distribuição raro, ou um processo organizacional especial que tenha potencial de gerar economia de escopo? • Existe um ajuste adequado entre os recursos especializados e o portfólio de negócios em que a indústria vem operando? • A companhia tem sistemas de mensuração, informação e incentivos que reduzem os custos de agência e melhoram a coordenação entre as unidades de negócios? Análise da Estratégia Empresarial • Assimetria de informações • Confiar ou não confiar nas demonstrações contábeis? • Como tornar as demonstrações contábeis mais confiáveis? 65 INCENTIVOS PARA ESCOLHAS CONTÁBEIS • A AUDITORIA das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os princípios fundamentais de contabilidade e as normas brasileiras de contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica. Res.820/97 • TO AUDIT - termo americano que significa: examinar, corrigir, certificar. • O AUDITOR é aquele que realiza a auditoria. de acordo com a legislação de nosso país, esta é uma atribuição exclusiva do contador. 66 CREDIBILIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo: Assegurar a aplicação dos princípios e normas contábeis bem como, no que for pertinente, a legislação específica. Assegurar que as Demonstrações Contábeis refletem adequada e precisamente a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade. 67 CREDIBILIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL • O auditor, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das demonstrações contábeis, deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada, de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e compreender as transações realizadas pela mesma e as práticas contábeis aplicadas, que possam ter efeitos relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da entidade, e o parecer a ser por ele emitido sobre as demonstrações contábeis.” 68 CREDIBILIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL • Credibilidade: A sociedade necessita de credibilidade quanto as informações e os sistemas de informações apresentados pelas empresas. • Profissionalismo: Necessidade de indivíduos que possam ser claramente identificados como profissionais no campo contábil e com independência dos administradores. 69 CREDIBILIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL Ambiente dos negócios Gestão da empresa Demonstrações financeiras Auditor independente Parecer de auditoria Usuários das DF’s DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE PUBLICAÇÃO OBRIGATÓRIA – As Sociedades por ações estão obrigadas a publicar anualmente (no caso de bancos semestralmente): I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa; e V – demonstração do valor adicionado Relatório da Administração Parecer dos Auditores Independentes Notas explicativas e quadros explicativos Informações Trimestrais 71 DECISÕES FINANCEIRAS ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Ativo Não Circulante Ativo Real. a Longo Prazo Investimento Imobilizado Intangível Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucro Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados DECISÕES DE INVESTIMENTO DECISÕES DE FINANCIAMENTO Recursos próprios ou de terceiros? 72 DECISÕES FINANCEIRAS Lucro Gerado pelos Ativos (Lucro Operacional) ATIVO (Investimento) Passivo (Recursos de terceiros) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Recursos próprios) R em u n e ra çã o R em u n er aç ão Investimento Investimento Juros Lucro Líquido Fonte: Assaf Neto (2012; pág. 28) 73 CUSTO DE CAPITAL E RISCO EMPRESARIAL O custo do capital de terceiro é representado pelos juros e demais despesas financeiras formalmente assumida pela empresa junto aos credores. O custo do capital próprio é representado pelo retorno exigido pelos sócios. Quanto maior o risco da empresa maior será a remuneração exigida pelos fornecedores de recurso e maior o seu custo de capital. 74 RISCO DAS OPERAÇÕES DE LONGO PRAZO Operações de longo prazo apresentam maior risco para o credor e costumam ter maior custo para o tomador. (i) risco de previsão: quanto maior o prazo concedido menor a capacidade de prever o retorno de capital emprestado, ou seja, menor a condição de estimar a capacidade futura do devedor honrar com o pagamento; (ii) risco de flutuações: é o risco de variações dos juros, ou seja, prazos maiores expõe o capital emprestado às flutuações que venham a ocorrer com as taxas de juros. 75 RISCO EMPRESARIAL Risco operacional: deriva do ativo e da natureza da atividade da empresa. É influenciado pela estrutura de custos, a dependência tecnológica, a concorrência, a maturidade da gestão e o estágio do ciclo de vida do produto e da empresa; Risco financeiro: deriva do endividamento da empresa, pois níveis elevados de recursos de terceiros em relação ao capital próprio pode conduzir à deterioração da capacidade de pagamento . 76 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Objetivo: Extrair informações sobre o desempenho e a posição econômica e financeira das empresas a partir dos relatórios contábeis por elas fornecidos que auxiliem a identificar a posição atual, quais fatores contribuíram para a evolução que conduziu ao estado atual do patrimônio empresarial, bem como viabilizar projeções sobre o desempenho e a posição econômica e financeira futura da empresa. 77 Objetivo e Metodologia da Analise • Objetivo: maximização de retorno (riqueza) com minimização de risco. • Metodologia jul-17 78 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Técnicas: Análise vertical Análise Horizontal Indicadores Econômicos e Financeiros: liquidez, endividamento, rentabilidade, atividade, índices de valor de mercado Árvore de índices: une o balanço patrimonial com a demonstrações de resultados em um diagrama que relaciona o retorno do ativo total – ROA com o retorno do capital próprio – ROE esta árvore é conhecida como sistema DuPont de análise. 79 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Técnicas: Árvore de índices: – Relação entre contas. – Guia sobre determinados aspectos das atividades da empresa. – Revelam aspectos sobre a situação financeira e a situação econômica da empresa. • Situação Financeira: Liquidez ou Estrutura de Capital • Situação Econômica: Rentabilidade 80 INSUMO E CONFIABILIDADE NO PRODUTO FINAL Insumo básico: as demonstrações contábeis oficiais Visão sistêmica do processo de análise das demonstrações contábeis: Saída Relatório com as conclusões das análisesEntradas Conteúdo das demonstrações contábeis Processamento (Aplicação das técnicas de análise) 81 INSUMO E CONFIABILIDADE NO PRODUTO FINAL Parecer dos Auditores Independentes Importância Tipos: sem ressalva, com ressalva, adverso e com abstenção de opinião. Necessidades de ajustes em virtude de ressalva. 82 CORREÇÃO MONETÁRIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Até 1995 a correção monetária das demonstrações contábeis era obrigatória. Atualmente é vedada a correção monetária das demonstrações contábeis. Os valores corrigidos podem ser indicados em notas explicativas. 83 Análise Vertical e Horizontal jul-17 84 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 85 Analise Vertical: Comparação de uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável Analise Horizontal: Comparação entre valores da mesma conta ou do mesmo grupo Analise Temporal ANÁLISE VERTICAL 86 Analise Vertical – Compara cada conta (ou grupo de contas) do BP/DRE com o total. • Ativo → Total do Ativo. • Passivo e PL → Total do Passivo + PL. • DRE → Receita Liquida. – Avalia a proporção com que cada conta/grupo participa no total (sua importância relativa no conjunto). – Participação% = $conta / $ total. ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL Processo comparativo em que se relaciona uma conta ou grupo de contas com o valor correlato, buscando-se identificar a participação relativa e sua evolução no tempo. No balanço patrimonial é comum os grupos (e contas) serem evidenciados como uma porcentagem do ativo total. A demonstração com valores em percentagem também é denominada de demonstração contábil de tamanho comum. 87 ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL Lojas Renner BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 de dezembro de 2012 a 2015 (Em milhares de reais) 88 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS (R$ mil) 2012 2013 2014 2015 2012 2013 2014 2015 Ativo Ativo Total 3.770.028 4.515.524 5.318.884 5.863.719 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Circulante 2.496.890 3.001.262 3.496.489 3.721.211 66,2% 66,5% 65,7% 63,5% Não Circulante 1.273.138 1.514.262 1.822.395 2.142.508 33,8% 33,5% 34,3% 36,5% Passivo e Patrimônio Líquido Passivo Total 3.770.028 4.515.524 5.318.884 5.863.719 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Circulante 1.725.212 1.932.589 2.034.706 2.319.127 45,8% 42,8% 38,3% 39,6% Não Circulante 739.133 1.089.682 1.428.910 1.233.696 19,6% 24,1% 26,9% 21,0% Patrimônio Líquido 1.305.683 1.493.253 1.855.268 2.310.896 34,6% 33,1% 34,9% 39,4% ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL Exemplo Númerico: 89 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS (R$ mil) 2012 2013 2014 2015 2012 2013 2014 2015 Ativo Ativo Total 3.770.028 4.515.524 5.318.884 5.863.719 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Circulante 2.496.890 3.001.262 3.496.489 3.721.211 66,2% 66,5% 65,7% 63,5% Caixa e Equivalentes de Caixa 683.270 801.592 834.340 737.527 18,1% 17,8% 15,7% 12,6% Contas a Receber de Clientes 1.279.698 1.572.443 1.908.518 2.119.836 33,9% 34,8% 35,9% 36,2% Estoques 454.011 506.990 612.300 622.534 12,0% 11,2% 11,5% 10,6% Estoques 384.100 423.221 499.786 529.745 10,2% 9,4% 9,4% 9,0% Importações em Andamento 69.911 83.769 112.514 92.789 1,9% 1,9% 2,1% 1,6% Impostos a Recuperar 47.598 68.374 68.127 87.630 1,3% 1,5% 1,3% 1,5% Outras Contas a Receber 30.457 48.687 69.807 148.348 0,8% 1,1% 1,3% 2,5% Despesas Antecipadas 1.856 3.176 3.397 5.336 0,0% 0,1% 0,1% 0,1% Não Circulante 1.273.138 1.514.262 1.822.395 2.142.508 33,8% 33,5% 34,3% 36,5% Depósitos Judiciais 7.021 6.893 6.833 10.825 0,2% 0,2% 0,1% 0,2% Impostos a Recuperar 28.456 31.581 39.984 59.108 0,8% 0,7% 0,8% 1,0% Outras Contas a Receber 2.042 5.249 7.696 8.614 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% Tributos Diferidos 133.187 84.925 95.670 97.899 3,5% 1,9% 1,8% 1,7% Ativo não circulante mantido para venda - - - - 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Investimentos 63 63 63 63 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Imobilizado 846.204 1.063.348 1.304.065 1.545.704 22,4% 23,5% 24,5% 26,4% Intangível 256.165 322.203 368.084 420.295 6,8% 7,1% 6,9% 7,2% ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL Exemplo Númerico: 90 Passivo Total 3.770.028 4.515.524 5.318.884 5.863.719 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Circulante 1.725.212 1.932.589 2.034.706 2.319.127 45,8% 42,8% 38,3% 39,6% Empréstimos e Financiamentos 35.938 44.614 206.768 317.346 1,0% 1,0% 3,9% 5,4% Financiamento Arrendamento Mercantil 6.931 7.193 4.130 8.329 0,2% 0,2% 0,1% 0,1% Financiamentos - Operações Serviços Financeiros 547.665 607.060 336.719 380.914 14,5% 13,4% 6,3% 6,5% Financiamentos - importações 79.714 76.732 8.442 - 2,1% 1,7% 0,2% 0,0% Fornecedores 456.484 471.384 561.480 553.453 12,1% 10,4% 10,6% 9,4% Impostos e Contribuições a Recolher 268.148 269.700 320.583 342.976 7,1% 6,0% 6,0% 5,8% Salários e Férias a Pagar 79.258 87.142 142.014 174.704 2,1% 1,9% 2,7% 3,0% Aluguéis a Pagar 31.671 34.672 41.266 51.152 0,8% 0,8% 0,8% 0,9% Obrigações Estatutárias 95.968 103.093 124.312 147.858 2,5% 2,3% 2,3% 2,5% Provisão para riscos cíveis e trabalhistas 18.759 17.493 23.998 29.866 0,5% 0,4% 0,5% 0,5% Obrigações com Administradoras de Cartão de Crédito 57.972 114.251 196.988 241.086 1,5% 2,5% 3,7% 4,1% Outras Obrigações 46.704 99.255 68.006 71.443 1,2% 2,2% 1,3% 1,2% Não Circulante 739.133 1.089.682 1.428.910 1.233.696 19,6% 24,1% 26,9% 21,0% Empréstimos e Financiamentos 608.760 1.015.689 931.950 739.769 16,1% 22,5% 17,5% 12,6% Financiamento Arrendamento Mercantil 36.399 31.157 49.860 41.103 1,0% 0,7% 0,9% 0,7% Financiamentos - Operações Serviços Financeiros FIDC - - 413.659 415.551 0,0% 0,0% 7,8% 7,1% Impostos e Contribuições a Recolher 541 432 300 169 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Provisão para Riscos Tributários e Cíveis 75.894 32.272 26.259 34.848 2,0% 0,7% 0,5% 0,6% Débito com Empresas Ligadas - - - - 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Outras Obrigações 17.539 10.132 6.882 2.256 0,5% 0,2% 0,1% 0,0% Patrimônio Líquido 1.305.683 1.493.253 1.855.268 2.310.896 34,6% 33,1% 34,9% 39,4% ANÁLISE VERTICAL DA DRE Processo comparativo em que se relaciona uma conta ou grupo de contas com o valor correlato, buscando-se identificar a participação relativa e sua evolução no tempo. Na demonstração do resultado do exercício é comum as contas e os grupos de contas serem evidenciados como uma porcentagem da receita líquida de vendas. 91 Exemplos: Margem Bruta = Lucro Bruto / Receita Líquida Margem Operacional = Lucro Operacional / Receita Líquida Margem Líquida = Lucro Líquido / Receita Líquida ANÁLISE VERTICAL DA DRE 92 Exemplo: DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS (R$ mil) 2012 2013 2014 2015 2012 2013 2014 2015 Receita Operacional Líquida Total 3.862.508 4.370.328 5.216.819 6.145.198 111,6% 111,7% 112,4% 112,7% ( - ) Custos das Vendas e Serviços -1.634.246 -1.867.584 -2.165.913 -2.511.352 -47,2% -47,7% -46,7% -46,1% ( = ) Lucro Bruto Total 2.228.262 2.502.744 3.050.906 3.633.846 64,4% 63,9% 65,7% 66,7% ( = ) Lucro Bruto da Operação de Varejo 1.845.548 2.063.002 2.499.471 2.984.672 53,3% 52,7% 53,8% 54,8% ( - ) Despesas Operacionais -1.713.319 -1.913.910 -2.329.331 -2.782.477 -49,5% -48,9% -50,2% -51,0% Vendas -929.556 -1.030.055 -1.171.753 -1.389.728 -26,9% -26,3% -25,2% -25,5% Gerais e Administrativas -293.932 -330.255 -398.000 -469.389 -8,5% -8,4% -8,6% -8,6% Remuneração dos Administradores -6.931 -7.503 -11.858 -9.972 -0,2% -0,2% -0,3% -0,2% Tributárias -32.578 -29.373 -30.460 -39.822 -0,9% -0,8% -0,7% -0,7% Plano de Opção de Compra de Ações -16.127 -13.139 -24.953 -26.430 -0,5% -0,3% -0,5% -0,5% Perdas em Crédito, Líquidas -126.081 -142.489 -188.458 -281.142 -3,6% -3,6% -4,1% -5,2% Despesas Produtos / Serviços Financeiros -107.775 -123.398 -145.418 -159.638 -3,1% -3,2% -3,1% -2,9% Depreciações e amortizações -132.949 -167.437 -212.730 -264.780 -3,8% -4,3% -4,6% -4,9%Participação dos Empregados -27.547 -34.034 -62.903 -64.286 -0,8% -0,9% -1,4% -1,2% Outros Resultados Operacionais 10.587 31.497 11.076 27.295 0,3% 0,8% 0,2% 0,5% Resultado de Equivalência Patrimonial - - - - 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Resultado Financeiro, Líquido -50.430 -67.724 -93.874 -104.586 -1,5% -1,7% -2,0% -1,9% Despesa Extraordinária - - - - 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% ( = ) Lucro Operacional após o Resultado Financeiro 514.943 588.834 721.575 851.369 14,9% 15,0% 15,5% 15,6% ( = ) Lucro Antes do Imposto de Renda, CSLL e Part.Estatutárias 514.658 588.313 719.835 838.610 14,9% 15,0% 15,5% 15,4% Imposto de Renda e Contribuição Social -153.420 -175.310 -236.755 -249.830 -4,4% -4,5% -5,1% -4,6% Participações Estatutárias -5.837 -5.599 -11.657 -9.944 -0,2% -0,1% -0,3% -0,2% ( = ) Lucro Líquido do Período 355.401 407.404 471.422 578.837 10,3% 10,4% 10,2% 10,6% ANÁLISE HORIZONTAL - BALANÇO PATRIMONIAL Processo comparativo em que se apura a evolução do saldo de uma conta ou grupo de contas ao longo do tempo, gerando-se uma série temporal. O processo é desenvolvido utilizando números-índices: Número índice = Vt / Vtb Em que: Vt = valor em determinado momento t. Vtb = valor na data base A data base pode ser o período imediatamente anterior. Neste caso tem-se uma base móvel. A data base pode ser o período único previamente estabelecido. Neste caso tem-se uma base fixa. 93 94 94 Metodologia básica para o estudo comparativo Evolução dos ativos (investimentos) e passivos (financiamentos): pode-se avaliar a existência de certa folga financeira (liquidez de curto prazo), quando os ativos circulantes crescem mais rápido que os passivos circulantes (o inverso também vale) ANÁLISE HORIZONTAL - BALANÇO PATRIMONIAL 95 95 Metodologia básica para o estudo comparativo Evolução da estrutura de capital: Aqui busca-se o conhecimento de como a empresa está financiando seus investimentos em ativos, ou seja, se houve maior ou menor preferência por empréstimos/financiamentos em relação ao uso do capital próprio, se é visível algum desequilíbrio na estrutura de capital, notadamente pela presença de um volume mais relevante de dívidas de curto prazo em relação a capitais de longo prazo. ANÁLISE HORIZONTAL - BALANÇO PATRIMONIAL 96 ANÁLISE HORIZONTAL - BALANÇO PATRIMONIAL BALANÇO PATRIMONIAL (R$ mil) 2012 2013 2014 2015 2012 2013 2014 2015 Ativo Ativo Total 3.770.028 4.515.524 5.318.884 5.863.719 100,0% 119,8% 141,1% 155,5% Circulante 2.496.890 3.001.262 3.496.489 3.721.211 100,0% 120,2% 140,0% 149,0% Caixa e Equivalentes de Caixa 683.270 801.592 834.340 737.527 100,0% 117,3% 122,1% 107,9% Contas a Receber de Clientes 1.279.698 1.572.443 1.908.518 2.119.836 100,0% 122,9% 149,1% 165,7% Estoques 454.011 506.990 612.300 622.534 100,0% 111,7% 134,9% 137,1% Estoques 384.100 423.221 499.786 529.745 100,0% 110,2% 130,1% 137,9% Importações em Andamento 69.911 83.769 112.514 92.789 100,0% 119,8% 160,9% 132,7% Impostos a Recuperar 47.598 68.374 68.127 87.630 100,0% 143,6% 143,1% 184,1% Outras Contas a Receber 30.457 48.687 69.807 148.348 100,0% 159,9% 229,2% 487,1% Despesas Antecipadas 1.856 3.176 3.397 5.336 100,0% 171,1% 183,0% 287,5% Não Circulante 1.273.138 1.514.262 1.822.395 2.142.508 100,0% 118,9% 143,1% 168,3% Depósitos Judiciais 7.021 6.893 6.833 10.825 100,0% 98,2% 97,3% 154,2% Impostos a Recuperar 28.456 31.581 39.984 59.108 100,0% 111,0% 140,5% 207,7% Outras Contas a Receber 2.042 5.249 7.696 8.614 100,0% 257,1% 0,0% 0,0% Tributos Diferidos 133.187 84.925 95.670 97.899 100,0% 63,8% 5,8% 6,5% Ativo não circulante mantido para venda - - - - 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Investimentos 63 63 63 63 100,0% 100,0% 0,0% 0,0% Imobilizado 846.204 1.063.348 1.304.065 1.545.704 100,0% 125,7% 0,0% 0,0% Intangível 256.165 322.203 368.084 420.295 100,0% 125,8% 143,7% 164,1% 97 97 Na DRE busca-se identificar, prioritariamente, a evolução dos custos e despesas em relação ao volume de vendas, e seus reflexos sobre o resultado do exercício. EXEMPLO: crescimento proporcionalmente menor do CPV em relação às receitas operacionais geradas pode ser interpretada como: – Houve redução no custo unitário ocasionado por maior nível de produção e vendas (melhor uso dos custos fixos). – Houve aumento no preço de vendas em percentual proporcionalmente superior ao aumento nos custos. ANÁLISE HORIZONTAL - DRE 98 98 ANÁLISE HORIZONTAL 99 99 CÁLCULO DOS NÚMEROS-ÍNDICES DA AH COM BASE EM DETERMINADO EXERCÍCIO Passo 1: estabelecer o exercício base que será 100% (por exemplo: 2012) Passo 2: calcular todos os números-índices utilizando os valores do exercício base como denominador ANÁLISE HORIZONTAL 100 100 Restrição: Quando não houver valor no ano-base o índice não pode ser calculado, pois resultaria em uma divisão por zero. ANÁLISE HORIZONTAL 101 101 Interpretação: Permite avaliar a evolução verificada nos diversos elementos das demonstrações contábeis ao longo de determinado intervalo de tempo. Importância: Permite que se analise a tendência passada e futura de cada valor contábil. ANÁLISE HORIZONTAL Estudos de Índices jul-17 102 • Os índices de liquidez têm por objetivo verificar a capacidade de pagamento das obrigações de curto e de longo prazos, através da utilização dos recursos aplicados no Ativo. • Em regra, quanto maiores os valores dos índices de liquidez, maior será a capacidade de a empresa honrar suas obrigações e, em função disso, melhor a sua situação financeira. • Os credores da empresa fazem uso desses indicadores visando a analisar os riscos envolvidos na concessão de novos créditos, assim como da análise das possibilidades de recebimento dos créditos já concedidos. • Convém ressaltar que um elevado índice de liquidez pode representar retenção desnecessária de disponibilidades, fazendo com que a empresa venha a obter perdas financeiras devido ao fato de não ter realizado aplicações de tais recursos. Pode representar, também, excesso de estoques ou prazo muito dilatado para o recebimento de valores a longo prazo, dentre outros fatores. jul-17 103 INDICES DE LIQUIDEZ 104 LIQUIDEZ GERAL 10 5 LIQUIDEZ CORRENTE 106 LIQUIDEZ SECA LIQUIDEZ IMEDIATA 10 7 jul-17 108 LIQUIDEZ 10 9 CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO E CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO Os índices de endividamento, também conhecidos como índices (ou quocientes) de estrutura de capitais, possuem por finalidade avaliar o grau de dependência da empresa naquilo que se refere ao capital de terceiros. De que maneira ocorre a captação de recursos por parte da empresa? Estes índices possuem o propósito de elucidar tal questionamento. jul-17 110 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO 111 • Revela qual a participação dos recursos de terceiros no total de recursos aplicados pela empresa. – A cada $ 1 investido, quanto é de terceiros – Em forma de percentagem, qual o percentual de capital de terceiros investido no ativo total de empresa GE = (PC + PNC) / AT ou GE = (PC + PNC) / AT x 100 GRAU DE ENDIVIDAMENTO 112 • Composição do endividamento: – Quanto da dívida com terceiros é de curto prazo. CE = PC / (PC + PNC) • Grau de imobilização do capital próprio: – Proporção entre o Ativo Fixo e o Patrimônio Líquido: ICP = [(ANC – ARLP)/PL] • Garantia do capital de terceiros: – Relação entre o capital de terceiros e capital próprio: GCT = PL / PASSIVO EXIGÍVEL ENDIVIDAMENTO jul-17 113 ENDIVIDAMENTO • Os índices (ou quocientes de rentabilidade), também conhecidos como índices (ou quocientes) de lucratividade, evidenciam a lucratividade das atividades da empresa. Em relação ao montante de recursos aplicados, evidenciam o retornoobtido. jul-17 114 ÍNDICE DE RENTABILIDADE ANÁLISE POR RENTABILIDADE Return On Assets: apura a rentabilidade do Ativo Total ROA = LLE / AT Return On Equity: apura a rentabilidade do patrimônio líquido ROE = LLE / PL Quanto maior, melhor! 115 jul-17 116 ANÁLISE POR RENTABILIDADE Alavancagem Financeira: – Efeito de tomar recursos de terceiros a determinado custo, aplicando-os nos ativos com uma outra taxa de retorno • O efeito da alavancagem financeira pode ser positivo ou negativo: • • Se ROI > Kd Alavancagem Positiva • • Se ROI < Kd Alavancagem Negativa jul-17 117 ANÁLISE POR RENTABILIDADE • Resultado Operacional Genuíno: – Lucro gerado unicamente pelos ativos – Representa o resultado com a operação efetiva da empresa – Logo, não deve levar em conta decisões de financiamento (não leva em conta as despesas financeiras) • Os ativos devem gerar recursos para remunerar o Capital Próprio (acionistas) e o Capital de Terceiros (credores) – ROI jul-17 118 ALAVANCAGEM • Cia XPTO– demonstração projetada do resultado (em $ mil) • A Empresa possui 50 milhões em ativos e a taxa de Juros no mercado é de 12% • Calcule o Retorno do Ativo (ROI) e do PL (ROE) • 1) se tudo for financiado com capital próprio • 2) se 30% for financiado com capital próprio e 70% com capital de terceiros • OBS: Ignore Impostos jul-17 119 ALAVANCAGEM jul-17 120 • Fórmula analítica de análise do GAF • os 16% primeiros equivalem à taxa que o próprio patrimônio líquido, com seus recursos, está obtendo no ativo • os 4% são a diferença entre as taxas, de captação e aplicação, ou seja, a sobra que os recursos de terceiros estão deixando para o patrimônio líquido • o terceiro item do numerador, igual a 2,3, significa que os capitais de terceiros são 2,3 vezes os capitais próprios jul-17 121 ALAVANCAGEM jul-17 122 ALAVANCAGEM • Margem x Giro • – Modelo DuPont • Margem x Giro com Alavancagem • – Modelo DuPont Modificado jul-17 123 ANÁLISE POR RENTABILIDADE • WACC- Custo Médio Ponderado do Capital jul-17 124 ANÁLISE POR RENTABILIDADE O método EVA Avaliação rápida e simples do nível de riqueza que a empresa tem gerado em um dado momento O valor agregado é a diferença entre o lucro contábil e o custo de oportunidade ou pode ser entendido como um retorno superior ao custo do capital Os investimentos com o EVA positivo aumentam o valor da riqueza do acionista e aqueles com EVA negativo reduzem o valor dessa riqueza ANÁLISE POR RENTABILIDADE O método EVA É uma medida de lucro residual que subtrai o custo de capital do lucro operacional gerado pelo negócio. STEWART (1991) É uma medida de desempenho empresarial que difere da maioria das demais ao incluir uma cobrança sobre o lucro pelo custo de todo o capital que uma empresa utiliza. AL EHRBAR (1999) Mede a diferença, em termos monetários, entre o retorno sobre o capital de uma empresa e o custo desse capital. YOUNG e O’BYRNE (2003) ANÁLISE POR RENTABILIDADE O método EVA – Benefícios Mudança da visão sistêmica dos gestores, para que olhem a organização como se fossem acionistas; tomada de decisão orientada pelos recursos que resultam em geração de valor (Malvessi 2000) Inclui tudo o que está no demonstrativo de resultado e no balanço (Young; O’Byrne, 2003) Pode ser aplicado nos níveis divisionais, proporcionando visibilidade para gerentes divisionais” (Young; O’Byrne, 2003) ANÁLISE POR RENTABILIDADE O método EVA – Limitações O EVA é calculado utilizando valores contábeis dos ativos, em lugar de valores de mercado. Os administradores, conscientes de que sua remuneração irá depender da diferença do lucro contábil gerado, subtraindo o custo do capital, poderão deixar de realizar investimentos, de modo a não aumentar esse encargo. É uma medida dirigida ao passado, uma vez que tem como base de avaliação resultados já ocorridos. ANÁLISE POR RENTABILIDADE COMO O EVA É CALCULADO? EVA = NOPAT – Custo do Capital Onde, NOPAT = lucro operacional líquido após os impostos Ou ainda o EVA pode ser calculado desta forma: EVA = NOPAT – (WACC% x $Custo Total) Onde, WACC (Weighted average cost of capital) é o custo médio ponderado de capital ANÁLISE POR RENTABILIDADE NOPAT • Mesmo que duas empresas tenham diferentes montantes de dívidas e, portanto, despesas financeiras diferentes, elas podem ter desempenhos operacionais idênticos, mas lucros líquidos diferentes (aquela com maior dívida teria um lucro líquido menor). • O lucro líquido é importante mas nem sempre reflete o verdadeiro desempenho das operações da empresa ou a eficiência dos administradores. •Uma medida melhor para comparar o desempenho dos administradores é o lucro operacional líquido após impostos (NOPAT), que é a quantia de lucros que uma companhia geraria se não tivesse dívida nem mantivesse ativos financeiros. O NOPAT é definido da seguinte forma: •NOPAT = LAJIR x (1 – Alíquota de Imposto de Renda) ANÁLISE POR RENTABILIDADE O MÉTODO MVA Diferença entre o valor de mercado da empresa (quanto se ganharia com sua venda) e o capital investido pelo empreendedor Mede o valor acumulado de uma empresa em toda sua trajetória, numa determinada data Representa o grau de eficácia dos gestores na administração dos recursos que têm sob controle É, portanto, uma medida de performance corporativa acumulada ANÁLISE POR RENTABILIDADE O MÉTODO MVA O MVA é a medida de desempenho que valoriza o valor agregado sobre o capital investido ao longo da vida da empresa (Stewart,1990). Reflete o quão eficientemente a companhia investiu capital no passado e quão propensas estão suas perspectivas de crescimento e de investimentos futuros. A empresa está avaliando também a percepção do mercado em relação aos esforços realizados pela corporação É uma medida de performance corporativa acumulada e valoriza o valor agregado sobre o capital investido na empresa ANÁLISE POR RENTABILIDADE ÍNDICES DE ATIVIDADE 133 Os Índices de Atividade ou Rotação são utilizados para avaliação dos prazos de reposição, recebimento ou pagamento de determinado item constante do patrimônio da empresa. A partir da utilização desses índices, pode-se verificar o número de reposições (ou renovações), durante determinado exercício social, do capital médio aplicado em determinado item constante do patrimônio da empresa. ÍNDICES DE PRAZO MÉDIO Caracterizam o ciclo de funcionamento de uma empresa. • Ciclo Operacional. • Ciclo de Caixa. • Forma inicial de visualizar a necessidade de recursos par aguardar a “volta” de numerário aos “cofres” da empresa. • Tome-se como exemplo uma empresa cuja atividade e de revenda de uma determinada maquina adquirida de um fornecedor. Esta empresa compra e revende uma maquina por vez. • Compra a maquina junto ao fornecedor, para pagamento em 30 dias. • Leva 60 dias para revender a maquina, dando 30 dias de prazo ao comprador para pagar a maquina. jul-17 134 ÍNDICES DE PRAZO MÉDIO • Compra a maquina junto ao fornecedor, para pagamento em 30 dias. • Leva 60 dias para revender a maquina, dando 30 dias de prazo ao comprador para pagar a maquina. jul-17 135 ÍNDICES DE PRAZO MÉDIO • A parte rosa do diagrama (o ciclo de caixa) representa o período (em dias) que a empresa precisa “bancar” suas atividades no aguardo dos fluxos de entrada. • Para “bancar” este período e necessário um “sacrifício” de recursos advindos de capital próprio ou obtidos junto a terceiros. • O ideal e “minimizar o rosa” (minimizar os sacrifícios). O “rosa” mostra quantos dias de sacrifício são necessários para que a empresa mantenha suas atividades (mantenha o “giro” desuas atividades). • Quanto menor o prazo de estocagem e/ou o prazo de recebimento, e/ou maior o prazo de pagamento, menor será o período a ser suportado (“bancado”) pela empresa. 136 137 • Prazo médio de estocagem de matéria-prima – Indica o tempo médio verificado desde a aquisição do material até sua requisição na produção. PME = Tempo que a empresa demora para vender suas mercadorias PME Total = • Representa o prazo médio (em dias) que decorre entre a compra e a venda das mercadorias (prazo em que as mesmas permanecem estocadas). Estoque Médio de Matéria-Prima x 360 Custo da Mercadoria Vendida Estoque de Mercadorias (Média) x 360 Custo das Mercadorias Vendidas ÍNDICES DE PRAZO MÉDIO PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS e DE DESCONTO • Tempo médio que a empresa leva para receber suas vendas PMRV = • Representa o prazo medio (em dias) que decorre entre a venda das mercadorias (quando efetuada a prazo) e o recebimento referente a venda. • (*) Usa-se a Receita Bruta, quando disponível nas demonstrações. Caso não disponivel, usa-se a Receita Liquida (neste caso PMRV resulta em um prazo maior). 138 Duplicatas a receber (Média) x 360 Vendas a prazo ÍNDICES DE PRAZO MÉDIO PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES • Tempo que a empresa demora para pagar suas compras PMPF = • Representa o prazo médio de financiamento (em dias) que e concedido pelos fornecedores. • Compras = Estoquest + Abs(CustoMercadorias Vendidas)t – Estoquest-1. 139 Fornecedores(Média) x 360 Compras a prazo ÍNDICES DE PRAZO MÉDIO • Giros • Outra forma de “olhar” os índices. • Calculo: 360 / Índice • Prazo Médio de Estocagem (PME) = 70 dias. • Decorrem 70 dias entre a compra e a revenda da mercadoria. • Giro de Estocagem = 360 / 70 = 5,1. • Em um ano meu estoque gira 5,1 vezes (renovo meu estoque 5,1 vezes ao ano). • Prazo Médio de Recebimento (PMRV) = 60 dias. • Decorrem em media 60 dias entre a venda e o recebimento. • Giro de Recebimento = 360 / 60 = 6. • Este ciclo se repete 6 vezes ao ano. • Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) = 30 dias. • Em media meus fornecedores me concedem prazo de 30 dias. jul-17 140 ÍNDICES DE PRAZO MÉDIO jul-17 141 EXEMPLO jul-17 142 EXEMPLO jul-17 143 EXEMPLO jul-17 144 EXEMPLO • Varias das maneiras de matar uma empresa envolvem problemas relativos a capital de giro (ou capital em giro). • E o que e o capital de giro? • O dinheiro necessário para sustentação das atividades da empresa durante o ciclo de caixa (também chamado de ciclo financeiro). • O dinheiro “saiu” para pagar os fornecedores ... • Só “volta” quando os clientes efetuarem o pagamento do que foi vendido ... jul-17 145 Capital de Giro • Qualquer necessidade de dinheiro que ocorra durante esse período terá de ser “bancada” com outros recursos não relacionados a essa operação de compra e venda. • Esses recursos podem vir do capital próprio (capital dos sócios, lucros acumulados: “coisas” do PL). • Ou podem ser obtidos junto a terceiros (empréstimos bancários, prazo concedido por fornecedores: “coisas” do Passivo Oneroso). jul-17 146 Capital de Giro • Capital de Giro, Capital Circulante Liquido (CCL): CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante O CCL representa a parcela dos recursos permanentes aplicada no giro das operações. • O CCL e o excedente do total PNC+PL em relação ao ANC. • Porem ... Nem todos os saldos de contas do Ativo Circulante são necessariamente direcionados a atividades tipicamente operacionais ... E no Passivo Circulante nem tudo “gera” despesas financeiras ... jul-17 147 Capital de Giro • Para modificar a estrutura contábil tradicional é necessário dividir os ativos totais em duas categorias: • Ativos operacionais: consistem em ativos necessários para operar o negócio fundamental da empresa. • Ativos não operacionais: incluem investimentos de curto prazo acima do nível requerido para as operações fundamentais, investimentos em subsidiárias, terrenos mantidos para uso futuro e assim por diante. • No curto prazo, os ativos operacionais são divididos em ativos circulantes operacionais (caixa operacional, contas a receber, estoques) e ativos operacionais de longo prazo (instalações, máquinas e equipamentos). jul-17 148 Capital de Giro jul-17 149 Capital de Giro • Com esta nova classificação das contas do balanço podemos endereçar um aspecto fundamental para a administração financeira da empresa: identificar sua Necessidade de Capital de Giro (NCG). • O ACO e a alocação de recursos que decorre “automaticamente” das atividades operacionais (compra, produção, estocagem, vendas). • O PCO e o financiamento também “automático” referente a estas atividades operacionais. NCG = ACO – PCO jul-17 150 Capital de Giro • Situações básicas: • ACO > PCO: o normal, NCG positiva. Ha uma NCG que deve ser adequadamente financiada. • ACO = PCO: NCG igual a zero. A empresa nao precisa de capital de giro. • ACO < PCO: NCG negativa. Sobram recursos das atividades operacionais que podem ser aplicados no mercado financeiro, usados para expansão, etc. jul-17 151 Capital de Giro • Relação entre Saldo de Tesouraria (ST), NCG e CCL. • O Saldo de Tesouraria e a diferença entre ACF e PCF (ST = ACF – PCF). • Se positivo, tenho mais disponibilidades no CP que obrigações (sobra). Se negativo, falta. jul-17 152 Capital de Giro O efeito tesoura 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 R ($ ) Tempo (t) NCG CGL Capital de Giro Overtrading Overtrading = Fazer negócio que demanda um recurso superior à capacidade de financiamento… Capital de Giro • Análise Dinâmica do Capital de Giro (Modelo de Fleuriet) jul-17 155 Capital de Giro Índice-Padrão Def.: Os índices-padrão são medidas de referência para comparação com a situação da firma que está sendo analisada. A comparação de um determinado índice de uma empresa com um índice-padrão irá indicar se a empresa analisada, no tocante àquele índice, está em uma posição melhor, pior, ou similar ao padrão. jul-17 156 Análise Financeira por Comparação com Índices-Padrão Tipos de Padrões: Padrões Internos São aqueles definidos internamente à firma (pela diretoria da empresa por exemplo) como METAS a serem atingidas. Em geral são definidos tendo como referência resultados passados satisfatórios da firma; a partir de taxas de crescimento (queda) desejadas em relação ao desempenho passado; ou mesmo de forma subjetiva. 157 Análise Financeira por Comparação com Índices-Padrão Tipos de Padrões: Padrões Externos São referenciais obtidos a partir do estudo de um conjunto representativo de empresas com características comuns à firma analisada como por exemplo: • Região geográfica; • Setor de atuação; • Porte. jul-17 158 Análise Financeira por Comparação com Índices-Padrão Metodologia para obtenção dos índices-padrão Geralmente, os índices-padrão para a comparação e análise de uma firma, não estarão disponíveis. Torna-se portanto, fundamental ao analista o conhecimento dos procedimentos para obtê-los e utilizá-los na análise financeira das empresas. Nesse sentido, deve-se seguir os seguintes procedimentos: 1) Especificar o SETOR, REGIÃO, PORTE e PERÍODO para a amostra (ou população) de empresas a se analisar. 2) Obter as demonstrações financeiras de todas as firmas, para todos os exercícios do período e para um exercício anterior ao período a ser analisado. jul-17 159 Análise Financeira por Comparação com Índices-Padrão 3) Padronizar as demonstrações das firmas de acordo com o interesse e profundidadedesejada da análise. 4) Atualizar monetariamente as demonstrações padronizadas para a data mais próxima possível ao momento em que a análise está sendo feita. 5) Calcular TODOS os índices financeiros de interesse para todas as firmas e períodos utilizando-se das mesmas fórmulas e métodos. 6) Classificar cada conjunto de índices, para cada exercício em ordem crescente. jul-17 160 Análise Financeira por Comparação com Índices-Padrão 8) Distribuição dos índices em Percentis (Decis, Quintis ou Quartis, em geral) para obtenção dos índices-padrão. 9) Montar as TABELAS com todos os índices-padrão para cada exercício. Após a obtenção e tabulação de todos os índices-padrão para todos os períodos, deve-se avaliar o significado de cada índice em termos do risco para empresa. Ou seja, deve-se avaliar se o índice é do tipo: “QUANTO MAIOR, MELHOR” ou “QUANTO MAIOR, PIOR” e atribuir uma nota ao índice Após calcular a nota que cada índice obteve, em cada exercício, deve-se calcular a nota (NGit) de cada grupo “i” para cada ponto no tempo “t”. 161 Análise Financeira por Comparação com Índices-Padrão • Notas por grupos de índices • Gerando a nota global da empresa Diversos quadros que ilustram e sintetizam a evolução da empresa analisada (ou do setor) ao longo do tempo podem ser elaborados a partir dos resultados e notas apresentados. Esses quadros podem ser específicos para a nota dos índices; para a nota dos grupos ou para a nota global da empresa no tempo em relação às demais firmas analisadas. 162 Análise Financeira por Comparação com Índices-Padrão • Análise de Tendências • Metas para Empresa • Definição de Estratégias jul-17 163 Análise Financeira por Comparação com Índices-Padrão • Indispensável para estimar os futuros fluxos de caixa livres (fluxo de caixa das atividades operacionais que resultam no valor da empresa), que possibilitam medir o valor de mercado da empresa. • Antes da projeção, obter informações relevantes sobre a empresa e o mercado que ela atua comportamento setorial. jul-17 164 Análise de Projeção DRE e Balanço Projeção das Contas de Balanço • Caminha de acordo com as estratégias de investimento, financiamento e crescimento das vendas; • Condiciona uma análise retrospectiva dos principais índices contábeis e a realização de simulações para o desempenho operacional da empresa, setor de atuação e cenário econômico. • Em virtude das incertezas, recomenda-se a análise de três cenários possíveis: • – crescimento, estabilidade e recessão. jul-17 165 Análise de Projeção DRE e Balanço • Projeção das Contas de Balanço É importante que o avaliador conheça a empresa, nos âmbitos: • Administração • Produtos e serviços • Clientes e fornecedores • Concorrentes • Tecnologia • Vantagens e desvantagem competitivas • Riscos sistemáticos, etc... jul-17 166 Análise de Projeção DRE e Balanço Técnica de Projeção Método de Porcentagem de Vendas Baseado na previsão do faturamento, expressa como uma taxa de crescimento anual da Receita Líquida (informações passadas). Baseia-se no cálculo das porcentagens de representação das contas do ativo e passivo de t0 sobre a receita líquida de t1. Essa taxa pode ser resultante de uma média histórica ou de uma taxa arbitrada por considerar variáveis novas. jul-17 167 Análise de Projeção DRE e Balanço jul-17 168 Análise de Projeção DRE e Balanço • Método de Porcentagem de Vendas • Projetar os valores das contas patrimoniais – utilizar a técnica da análise vertical, que compreende a participação percentual histórica do valor das contas do ativo e do passivo sobre o valor da receita líquida Exemplo: • Duplicatas a Receber (ano 4) = Duplicatas a Receber (ano 3) ÷ Receita Líquida (ano 3) x Receita Líquida Projetada (ano 4) jul-17 169 Análise de Projeção DRE e Balanço Média histórica • Utiliza-se a receita líquida projetada como base; • Sobre ela, aplicam-se os percentuais (médios ou arbitrados) extraídos de cada conta da DRE sobre a receita líquida. jul-17 170 Análise de Projeção DRE e Balanço Atenção • Projeção da despesa com depreciação: deve ser projetada, considerando-se os novos investimentos. • Deve-se considerar o ativo fixo existente e os investimentos projetados. • Projeção da despesa com amortização: deve ser projetada, considerando-se os novos investimentos. • Deve-se considerar o ativo intangível existente e os investimentos projetados. • Projeção das contas “não operacionais”: os avaliadores podem considerar os critérios da média, ou o valor arbitrado pelos intervalos de confiança. • Projeção do IR e CS: atentar para legislação, isenções, despesas dedutíveis, alterações previstas. jul-17 171 Análise de Projeção DRE e Balanço • Após fazer a Projeção das Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial e DRE), inicia-se a projeção dos Fluxos de Caixa Livres (FCL) trazidos a Valor Presente = Valor da Empresa (VE). • O FCL demonstra a capacidade do negócio de gerar saldos positivos de caixa ao longo do tempo. • Leva-se em conta entradas e saídas de caixa durante o período projetado. jul-17 172 Análise Prospectiva • O valor de um empreendimento pode ser auferido por sua potencialidade de gerar benefícios econômicos em exercícios futuros jul-17 173 Métodos de Avaliação baseado em Fluxos Futuros Damodaran (1997) • “Uma empresa é composta de todos os seus detentores de direitos e inclui, além de investidores em PL, os detentores de obrigações e acionistas preferenciais. Os fluxos de caixa para a empresa são, portanto, os fluxos Fluxo de Caixa Livre ou FC da Empresa de caixa acumulados de todos esses detentores de direitos”. • “Os fluxos de caixa para a empresa são os fluxos de caixa que sobram após o pagamento de despesas operacionais e impostos, mas antes que sejam realizados quaisquer pagamentos a detentores de direitos” (Grifo nosso). jul-17 174 Análise Prospectiva • Fluxo de Caixa Livre • Copeland, Koller e Murrin (2002) FCL = verdadeiro Fluxo de Caixa Operacional da Empresa. • É o fluxo de caixa total, depois de impostos, gerado pela atividade operacional da empresa e disponível a todas as suas fontes de capital, tanto credores quanto acionistas. jul-17 175 Análise Prospectiva Fluxo de Caixa Livre • Fluxo resultante das atividades operacionais. • Independentemente de quais sejam os fornecedores de recursos, inclusive terceiros. • No Fluxo de Caixa Livre ainda não foram pagas as dívidas ou juros relativos. O FCL é resultado somente da operação (não inclui financeiro). • Montante disponível para todos os Fornecedores de recursos. • Calculado a partir de ajustes realizados sobre as contas da Demonstração de Resultado do Exercício. jul-17 176 Análise Prospectiva Receita Bruta ( Vendas x Preço ) (-) Impostos e Taxas sobre receita (-) Custos (-) Despesas LAJIRDA (lucro antes de juros, IR, depreciação e amortização) (-) Depreciação/amortização = LAJIR x (1-IR) (lucro antes dos juros e IR ou lucro operacional) (+) Depreciação/Amortização (não representa saída de caixa) (+/-) Variação no Capital de Giro Operacional Líquido - Investimentos (capex) +/- Variação em Outros Ativos e Passivos Não Circulantes LP (exceto dívidas) +/- Variação em Outros Itens do “Ativo Permanente” – Intangíveis (necessários à manutenção do negócio). = Fluxo de Caixa Livre jul-17 177 Análise Prospectiva Fluxo de Caixa Livre (perspectiva da empresa) LUCRO OPERACIONAL (+) Depreciação e outros itens que não envolvem saída de caixa = EBITDA (-) Impostos = FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL APÓS IMPOSTOS (-/+) Aumento/redução no capital de giro (-) Aumento no investimento em Ativo Permanente = Fluxo de Caixa Livrejul-17 178 Análise Prospectiva Fluxo de Caixa Livre (perspectiva do investidor) LUCRO LÍQUIDO (+) Depreciação e outros itens que não envolvem saída de caixa (-/+) Aumento/diminuição no capital de giro (-) Aumento no investimento em Ativo Permanente (-/+) Aumento/diminuição na dívida = Fluxo de Caixa Livre jul-17 179 Análise Prospectiva jul-17 180 Análise Prospectiva • Ajustar itens que afetam o caixa da empresa todavia não afetam a Demonstração do Resultado do Exercício jul-17 181 Ajustes do Fluxo de Caixa • Variação = CGOLt+1 – CGOLt >0 • Saída de caixa ou uma necessidade de capital de giro. • Os valores são lançados com sinal negativo no cálculo do FCL • Aumento de clientes – vendeu e não recebeu – impacto negativo no fluxo de caixa. • Aumento de estoques – comprou mercadorias – impacto negativo no FC • Aumento de fornecedores – comprou e não pagou – impacto positivo no FC • Aumento de contas a pagar – consumiu e não pagou – impacto positivo no FC ou vice-versa. jul-17 182 Variação do Capital de Giro • É o saldo dos investimentos em itens que geram a atividade operacional da empresa. • Necessários para manter o funcionamento e a continuidade do negócio. • Desembolsos de capital ou investimentos em bens de capital (Capex - Capital Expenditures). •Máquinas, •Equipamentos, •Veículos, •Instalações, etc. jul-17 183 Variação do Ativo Imobilizado • Variação = At Imobt+1 - At Imobt > 0 • Saída de caixa, compra de ativos. Os valores são lançados com sinal negativo no cálculo do FCL • Tem-se uma saída no FCL ou uma necessidade de investimentos em novas imobilizações. Isso poderia representar gastos de capital que foram necessários para suportar as operações projetadas. jul-17 184 Variação do Ativo Imobilizado • Saldo de Outros Ativos (ARLP) (-) Saldo de Outros Passivos (PNC) Exceto: • Saldo de Empréstimos Bancários de LP (passivo oneroso) • Exemplo: Clientes de LP; Fornecedores de LP jul-17 185 Variação dos Outros Ativos e Passivos (LP) Operacionais • Variação = OAt+1 – OAt (-) OPt+1 – Opt • OALP>OPLP Saída de caixa. • Os valores são lançados com sinal negativo no cálculo do FCL • Tem-se um impacto negativo no FCL. Isso significa que serão necessários mais recursos para financiar os investimentos de outras contas patrimoniais de longo prazo jul-17 186 Variação dos Outros Ativos e Passivos (LP) Operacionais Fluxo de Caixa em Perpetuidade • Os fluxos de caixa não cobertos pelo período de projeção devem ser quantificados (perpetuidade com ou sem crescimento); • A taxa de desconto usada para descontar fluxos de caixa ao seu valor presente deve ser aquela que melhor reflita o custo de oportunidade e os riscos. • O valor da perpetuidade, geralmente, é estimado com base no fluxo de caixa livre do último período de projeção e incrementado pela taxa de crescimento. jul-17 187 Análise Prospectiva Fluxo de Caixa em Perpetuidade • Se os fluxos de caixa não tem prazo para acabar: são considerados perpétuos; • Sendo: • k – taxa de desconto • g – taxa de crescimento constante FC *(1 + g)/k-g • Fórmula de Gordon, ou perpetuidade; • Pressupõe que k > g. jul-17 188 Análise Prospectiva Receita Bruta - Impostos sobre receita - Custos Lucro Bruto - Despesas - Depreciação Lucro Operacional x (1-IR) + Depreciação - Investimentos - Variação Capital de Giro Operc. Líq. = Fluxo de Caixa Livre A taxa de desconto do FCL, usualmente, é o custo médio ponderado de capital (CMPC); jul-17 189 Análise Prospectiva Uma entidade necessita de recursos (humanos, financeiros, tecnológicos, etc.) para operar; Esses recursos podem ser obtidos de vários agentes econômicos (acionistas, debenturistas, bancos, etc.); Capital é a reunião de todas essas fontes de financiamento (exigíveis e não exigíveis); Sua captação em níveis adequados exige uma retribuição atraente. jul-17 190 Custo de Capital Fontes de Recursos e Custo de Capital Fontes de Recursos: • Empréstimos e Financiamentos; • Emissão de ações ordinárias e preferenciais; • Retenção de lucros; e • Emissão de outros títulos. • Custo de capital de terceiros (juros); • Custo do capital próprio (custo de oportunidade do investidor). jul-17 191 Custo de Capital jul-17 192 Custo de Capital jul-17 193 Custo de Capital • Taxa de Desconto Taxa de desconto deve funcionar como o custo de oportunidade; A taxa escolhida usualmente para desconto do fluxo de caixa livre é o custo médio ponderado de capital (CMPC); Caso se utilize o fluxo de caixa do acionista (proprietário), a taxa de desconto mais apropriada seria o custo do capital próprio. jul-17 194 Custo de Capital Custo de Capital média ponderada das taxas de juros de todas as fontes de financiamento da empresa. Custo de Capital parâmetro que mede a atratividade de diferentes alternativas de investimentos. Custo de Capital instrumento utilizado para trazer os fluxos de caixas a valor presente. • Reflete o risco do negócio! jul-17 195 Custo de Capital PERIGO x OPORTUNIDADE • Taxa de desconto; • Preço do “aluguel” do capital; • Taxa de retorno mínima exigida; • Retorno mínimo exigido de projeto; • Taxa de retorno esperada no mercado de capitais para ativos de igual risco; • Custo de oportunidade capital; • Taxa de troca entre Fluxo de Caixa corrente e Fluxo de Caixa futuro. jul-17 196 Custo de Capital Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) ou WACC • Como os investimentos são financiados por capital próprio e capital de terceiros, a quantidade de cada um na estrutura de capital terá um impacto relevante no valor da empresa. • O modelo mais utilizado e de grande aceitação no mercado, que considera a contribuição de cada uma dessas fontes na estrutura de capitais da empresa, é o custo médio ponderado de capital (CMPC) ou Weighted Average Cost of Capital (WACC). jul-17 197 Custo de Capital Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) ou WACC Fontes de Financiamentos: • Recursos Acionistas (PL) – Capital Próprio • Recursos Terceiros (Dívidas) – Capital Terceiros • Custo do Capital Próprio + Custo do Capital Terceiros Média ponderada = Custo Médio Ponderado de Capital jul-17 198 Custo de Capital jul-17 199 Custo de Capital jul-17 200 Custo de Capital Variação das contas componentes do grupo: Intangível O significado segue o raciocínio das demais contas: • >0 representam investimentos (saída de caixa). Lançados com sinal negativo no FCL. • <0 representam desinvestimentos (vendas de ativos). Lançados com sinal positivo no FCL. jul-17 201 Variação dos Outros Itens Ativo Permanente • Desconto de dividendos • Desconto de lucros excedentes (lucro econômico) • Múltiplos jul-17 202 Outros Métodos de Avaliação • Cia XPTO – No início do ano 1 a Cia XPTO aplicou $60, correspondente a 100% do capital inicial na compra de um ativo. O lucro operacional antes da depreciação (recebido integralmente em caixa) é igual ao valor do dividendo, e seu valor esperado é de $ 40 no ano1, $50 no ano 2 e $60 no ano 3, quando o empreendimento termina. A XPTO não paga impostos. O custo de capital é de 10%. 203 Exemplo Base 1 )1(t t t r dps VE gr dps VE r dps VE 204 Dividendo cresce a uma taxa constante Dividendo é uma perpetuidade 1) Desconto de Dividendos • Valor do equity = PV de dividendos futuros • Exemplo Cia. XPTO: Dividendos 205 Ano Dividendo Fator VP VP Dividendo 1 40 0,9091 36,4 2 50 0,8264 41,3 3 60 0,7513 45,1 Valor do equity 122,8 1) Desconto de Dividendos
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