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PROVA III – PATOLOGIA ESPECIAL VETERINÁRIA SISTEMA TEGUMENTAR Pele hersuta: com pelos Pele glabra: sem pelos Alterações epidérmicas: Hiperqueratose – aumento da espessura do estrato córneo Hipoqueratose – diminuição da espessura do estrato córneo Acantose – hiperplasia da epiderme (aumento da espessura devido ao aumento de células) Acantólise – perda da coesão entre os queratinócitos Crosta – massa ressecada formada por queratina, soro, restos celulares, etc Lesões primárias: Pápula: elevação sólida, circunscrita e medindo menos que 1cm (alergia, inflamação ou edema) Mácula: mancha plana, circunscrita e medindo até 1cm (eritema ou hemorragia) Nódulo: elevação sólida, circunscrita, estende-se até a derme e é maior que 1cm (inflamação ou neoplasma) Vesícula: estrutura elevada, circunscrita, contém líquido e rompe facilmente; degeneração e necrose de queratinócitos (viral, autoimune ou dermatite irritante) Pústula: igual a vesícula, porém com exsudato purulento (infecção bacteriana, autoimune ou cinomose – secundário) Distúrbios da Pigmentação: Leucoderma: despigmentação da pele Leucotriquia: despigmentação do pelo Hipopigmentação: Adquirida – vitiligo, deficiência de cobre, equinos após trauma Congênita – albinismo, alopecia, hipotricose (número reduzido de pelos), displasia do colágeno (pele extremamente extensível e frágil), epiteliogênese imperfeita (epitélio escamoso não se desenvolve) Hiperpigmentação: Adquirida – doenças endócrinas, dermopatias crônicas Distúrbios Físicos e Químicos: Fricção/pressão Umidade Eletricidade Temperaturas altas ou baixas Ergotismo gangrenoso (vasoconstrição periférica + lesão endotelial + trombose) Doenças Actínicas – exposição intensa à radiação UV solar: Fotossensibilização primária – ingestão direta de agentes fotodinâmicos Hepatógenas – plantas tóxicas Neoplasmas – CCE Doenças Nutricionais: Paraqueratose dos cães – deficiência de zinco e excesso de cálcio; escamas e crostas Paraqueratose dos suínos – deficiência de zinco; leitões de 2 a 4 meses Deficiência de cobre Dermatopatias Endócrinas: Hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperadrenocorticismo, etc Macro: alopecia ou hipotricose bilateral e simétrica, hiperpigmentação Micro: hiperqueratose, folículos sem pelo, folículos em tetógeno (repouso), atrofia dérmica (pele fina), atrofia de glândulas sebáceas Pelagem: áspera, quebradiça e de crescimento lento Liquenificação é indicativo de dermopatia crônica Dermatopatias Alérgicas: Atopia – início de 6 meses a 3 anos, mediada por IgE (alérgenos); prurido intenso e eritema Dermatite alérgica de contato Dermatite alérgica a picada de pulga (DAP) – hipersensibilidade (I e IV) à antígenos presentes na saliva da pulga; eritema, prurido intenso, pápulas, crostas, lesões bilaterais e simétricas Hipersensibilidade à picada de Culicoides sp. – cavalos e ovinos Urticária e angioedema – alérgenos, drogas, picadas (local “inchado” por picada de abelha), plantas e vacinas; hipersensibilidade tipo I e III Dermatopatias Imunomediadas: Pênfigo, pênfigo bolhoso, lúpus Produção exagerada de anticorpos, patologias afetam os desmossomos [parede de tijolos: queratinócitos (tijolos) e desmossomos (cimento)] Dermatopatias Bacterianas: Piodermites superficiais – atingem epiderme e porção superficial do folículo piloso: Dermatite pustulosa superficial (impetigo) – Staphylococcus sp.; filhotes, ambientes sujos; pústulas abdominais Foliculite superficial – Staphylococcus sp.; eritema, alopecia, pápulas, pústulas, crostas, colarete epidérmico; Piodermite exsudativa dos suínos (doença do porco gorduroso) – Staphylococcus hyicus; exsudato com material gorduroso e odor rançoso; em neonatos é aguda, animais adultos mais leve e crônico Dermatofilose – Dermatophylus congolensis; regiões quentes e com ectoparasitas, animais com pelagem úmida, formação de pápulas, pústulas e crostas, exsudato purulento na base das lesões Piodermites profundas – atingem epiderme, folículo piloso, derme e tecido subcutâneo; pode atingir linfonodos regionais Foliculite (pápula ou pústula centrada em um folículo piloso) / Furunculose (ruptura do folículo piloso) estafilocócica – celulite em cães e equinos por Staphylococcus sp. Celulite em equinos por Rhodococcus equi Staphylococcus intermedius é o patógeno mais importante em cães Secundárias à imunossupressão Demodiciose (sarna demodécica/negra) – Demodex sp.; proliferação dentro dos folículos e glândulas sebáceas Calos dos cotovelos, acne no queixo, sequela da foliculite superficial Piodermatites bacteriana dos ruminantes: Footrot – Dichelobacter nodosus Necrobacilose – Fusobacterium necrophurum Granulomas bacterianos – agentes introduzidos na pele e subcutâneo Actinobacillus lignieresii, Actinomyces spp, Mycobacterium spp, Mannheimia granulomatis Sistêmicas – erisipelose e salmonelose Dermatopatias Micóticas: Dermatofitose – Microsporum spp., Trichophyton spp., Epidermophyton spp.; lesões prévias ou amolecimento da camada córnea; comum em felinos; descamação, eritema, crostas, alopecia Dermatomicose – cândida, malassezia (precisa de fatores predisponentes) Esporotricose – Sporothrix schenckii; feridas contaminadas com o fungo; nódulos e úlceras Criptococose – Cryptococcus neoformans; felinos com espirros, corrimento nasal serossanguinolento a mucopurulento, lesões papulares ou nodulares na ponte nasal ou na pele de outras regiões do corpo, linfoadenomegalia, sinais neurológicos e sinais oculares Pitiose – Pythium insidiosum (pseudofungo oomiceto, organismo aquático de temperaturas altas, patógeno de plantas); infecções cutâneas, principalmente em equinos Macro: massas de tecido amplos e grosseiros, em geral ulcerados; fístulas drenam líquido serossanguinolento; massas necróticas firmes, amarelas e granulares conhecidas como “Kunkers” Micro: necrose, células inflamatórias e eosinófilos Dermatopatias Parasitárias: Dermatobiose (“berne”) Miíase (“bicheira”) Demodicose – habitante natural do folículo piloso; predisposição ou imunossupressão; alopecia, crostas, seborreia, prurido, foliculite furunculosa Sarna sacóptica – ácaros “cavam” galerias na epiderme; grave em cães, gatos e suínos; alopecia, prurido intenso, eritema, pápulas, hiperqueratose Leishmaniose – lesões de pele [dermatite esfoliativa e não pruriginosa generalizada, dermatite nodular ulcerativa, onicogrifose (crescimento das unhas), despigmentação do plano nasal e focinho; Leishmania chagasi Neoplasmas: Epiteliais: Neoplasma de células basais, neoplasma de glândulas sebáceas e neoplasma de glândulas anais CCE – exposição solar e intoxicação crônica por Pteridium aquilinum (samambaia) Micro: Ninhos de células epiteliais neoplásicas com diferenciação escamosa e deposição central concêntrica de lamelas de queratina (“pérolas córneas”) Papiloma/fibropapiloma – papilomavírus; geralmente bovinos Micro: Projeções exofíticas revestidas de epiderme hiperplásica, com acantose, hipergranulose e hiperqueratose, sustentadas por abundante estroma fibrovascular Sarcóide equino – localmente invasivo, tecido fibroso proliferado associado à epiderme hiperplásica; induzida por vírus (papilomavírus bovino), pele previamente lesada (diagnóstico diferencial – tecido de granulação exuberante e pitiose) Mesenquimais: Fibroma/fibrossarcoma – cães e gatos Sarcoma pós-vacinal – gatos Lipoma/lipossarcoma – comum em cães Histiocitoma canino e sarcoma equino Melanocíticos: Melanoma – mais comum na cavidade oral de caninos; geralmente hipopigmentado Melanocitoma – caninos e equinos Vasculares: Hemangioma/hemangiossarcoma – comum em cães SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Vulva: Freemartin – quando ocorre prenhez gemelar de macho+fêmea, esterilidade Hermafrodita – animal com tecido gonadal de ambos os sexos “ovitestis” Pseudo-hermafrodita – tecido gonadal de apenas um sexo Congestão, hemorragia e hiperemia Edema – cio, parto distócico, hiperestrogenismo, intoxicação por zearalenona em suínos Laceração e vulvite – monta, parto Vagina:Cistos na parede- hiperestrogenismo, inflamação; solitários ou múltiplos Vulvaginite ou vaginite – pós-parto, muco liberado (diferente do tampão) Vulvovaginite pustular bovina – BHV-1 (IBR) e BHV-2; inicialmente lesões pustulares, progredindo rapidamente para erosões Exantema coital equino – EHV-3; vesículas e erosões multifocais passageiras; transmissão pelo contato com garanhão infectado, pneumovagina é fator predisponente TVT (Tumor Venéreo Transmissível) – tumor de células redondas, atinge principalmente cavidade nasal, oral e sistema reprodutor; tende a regredir espontaneamente Carcinoma epidermóide ou CCE – região vulvar e perianal de animais claros Melanoma e melanocitoma – éguas tordilhas Leiomioma – nódulos brancacentos e firmes em cadelas, tumor benigno de células musculares lisas Mumificação fetal: sem contaminação, feto dessecado Maceração fetal: há contaminação bacteriana, gerando putrefação dos tecidos moles fetais; pode gerar feto enfisematoso Feto enfisematoso: “balão de gás” formado pela contaminação bacteriana Atrofia endometrial: animais velhos; causada por pasto com estrogênio (ovinos), folículos císticos e tumores (bovinos) e zearalenona (suínos) Hiperplasia endometrial: cadelas e gatas Endometrite e metrite: inflamação, mucosa edemaciada e com a superfície rugosa, franjas de fibrina, detritos necróticos; endometrite pode se tortar crônica Útero: Torções – animais prenhes, causa distocia, mucometra e piometra Prolapso – parto distócico prolongado, hipocalcemia (não há contração adequada), ingestão de plantas estrogênicas; pode prolapsar junto vários órgãos Hiperplasia endometrial cística (HEC) – secreção com muco, pode ser despercebida Piometra – pode ser sequela de endometrite/metrite, aguda ou crônica; acúmulo de pús no lúmen quando há cérvix fechada; principal patógeno é E.coli Tuberculose Leiomioma – em geral associado a HEC Leucose enzoótica bovina Linfossarcoma Tubas Uterinas: Salpinge/hidrossalpinge – dilatação da tuba uterina Ovários: Atrofia, hipoplasia (comum em bovinos) Cistos paraovarianos Ooforite – IBR; material purulento Lesões por alteração do ciclo: Hemorragia Folículos atrísicos Folículos de Graaf císticos Corpo lúteo cístico Neoplasias ovarianas – vacas, éguas e cadelas; células germinativas (disgerminoma e teratoma), estroma gonadal (leicoma e luteoma), epitélio de superfície (cristadenoma papilifero) Glândula mamária: Mastite – vários estágios Neoplasmas (adenoma, adenocarcinoma, sarcoma SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Testículos: Anorquidismo – ausência dos dois testículos Monorquidismo – ausência de um testículo Poliorquidismo Criptorquidismo – ausência de um ou ambos os testículos na bolsa escrotal Testículo ectópico Hipoplasia testicular – frequente no testículo esquerdo; macroscopicamente muito semelhante à degeneração testicular Orquite bacteriana – Brucelose, atravessa a barreira hematotesticular; escroto edemaciado e testículos aumentados; zoonose Orquite intracelular – granuloma espermático; células germinativas (seminoma e teratoma) e estroma gonadal (leidigoma e sertolioma) Seminoma – comum em cães criptorquidas; origem do túbulo seminífero; massas brancacentas; produzem atividade celular, porém é raro formação de metástase, não há produção de hormônios Sertolioma – cães, produção de estrogênio; alopecia bilateral; mais frequente no testículo esquerdo; massa multilobulada brancacenta ocupando o parênquima testicular Escroto: Dermatite – trauma, frio extremo, agentes químicos, Dermatophilus congolensis causando degeneração testicular etc Mastocitoma, hemangioma e melanoma Varicocele – alargamento das veias, emaranhado de vasos; mais comum em ovinos Próstata: Prostatite – hiperplasia cística, cães velhos e não castrados; causa obstrução Adenocarcinoma de próstata – menos frequente Pênis e Prepúcio: Persistência do frênulo – limita a exposição do pênis Hipospadia – má formação da abertura da uretra Fimose – incapacidade de retrair o prepúcio sobre o pênis, abertura muito estreita Parafimose – incapacidade de recolocar o prepúcio sobre o pênis; tumefação peniana Balanite – inflamação da glande Postite – inflamação do prepúcio Balanopostite – BHV-1; lesão ulcerativa TVT – cães CCE – equinos Fibropapiloma – papilomavírus bovino 1; touros jovens
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