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APOSTILA: VITAMINAS E MINERAIS

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1
As vitaminas são uma classe de compostos orgânicos
complexos encontrada em pequenas quantidades na
maioria dos alimentos. São essenciais para o bom
funcionamento do corpo e possuem funções de coenzima
e antioxidante.
Com base no fato da deficiência afetar ou não a saúde, vai
depender da magnitude, onde tem-se os seguintes
estágios de deficiência :
1) Preliminar: quantidade insuficiente na dieta, afetada
pela biodisponiblidade ou aumento das necessidades;
2) Deficiência bioquímica: redução do conjunto de
vitaminas. Detectado por exames bioquímicos;
3) Deficiência fisiológica: aparecimento de sintomas não
específicos, como perda de peso, fraqueza e fadiga;
4) Deficiência clinicamente manifesta: associada a
sintomas específicos, como anemia.
Os três primeiros estágios são conhecidos como
deficiência latente ou marginal de vitamina ou desnutrição
subclínica.
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
A) VITAMINA A
Foi denominada retinol devido sua função específica na
retina do olho. È um álcool insaturado e sua estrutura
permite a formação de 16 isômeros, mas apenas dois têm
importância biológica: trans-retinol (forma biologicamente
mais ativa) e o cis-retinol, com ação biológica na retina e
ciclo visual (síntese de rodopsina).
KRAUSE: O retinal é componente de um pigmento visual
dos cones (iodopsina) e bastonetes (rodopsina) da retina,
sendo essencial na fotorrecepção.
Pode reagir com AG, formando ésteres de retinol e oxidar-
se em aldeído (retinal) ou ácido retinóico.
Pode ser derivada de carotenóides: alfa, beta e gama-
carotenos, além da criptoxantina.
Características biológicas importantes:
- Insolúvel em água;
- Degradados pela luz, estáveis no calor e à cocção.
A atividade de vitamina A em mamíferos é dada pelo
retinol e pelos carotenóides (PP o betacaroteno).
KRAUSE: Medida de ingestão dietética de referência
O teor de vitamina A dos alimentos é medido em
equivalentes de retinol.
1 equivalente de retinol = 1mcg de retinol
ou
12mcg de betacaroteno
ou
3,33UI de atividade de vitamina A
Os retinil ésteres devem ser hidrolisados pela enzima
retinil éster hidrolase na borda em escova, reesterificados
no enterócito, transportado via quilomícrons, via linfática,
para rins, músculo e fígado. Do retinol absorvido, 80 a 90%
ficam depositados nas células de Kupfer no fígado, na
forma de éster de retinil.
No fígado, o retinil é mobilizado para atender as
necessidades fisiológicas, sendo hidrolisado a retinol na
circulação. O retinol é mobilizado no fígado pela PTN
fixadora de retinol (PFR), dependente de PTN e zinco.
Fígado e rins possuem enzimas para converter retinol em
ácido retinóico, que é importante para células epiteliais.
Fig. 1: Metabolismo de vitamina A
VITAMINAS Prof. José Aroldo Filho
goncalvesfilho@nutmed.com.br
2
Funções: crescimento, visão, integridade estrutural e
funcional de tecido epitelial, reprodução e formação de
dentes e ossos. Atua ainda na síntese protéica e de
membranas celulares, além de proteção de barreira
mucosa (ácido retinóico).
Visão: fotorrecepção em bastonetes (visão noturna) e
reações cromóforas nos cones (sentido da cor à luz
brilhante).
Nos processos de desintegração da rodopsina e
isomerização do retinol, ocorre liberação de energia que
ativa o nervo óptico, promovendo excitação nervosa que
propicia a visão.
Deficiência: quando há diminuição do retinol circulante
(<0,35mcmol/L), a reconstituição da rodopsina torna-se
mais lenta, ocasionando cegueira noturna (nictalopia), que
é a forma mais precoce da hipovitaminose A.
A deficiência também causa falha na síntese protéica e na
diferenciação de células ósseas.
A deficiência de ácido retinóico promove diminuição da
diferenciação das células epiteliais basais em células
produtoras de muco, deste modo, a carência de vitamina A
provoca queratinização das mucosas do TGI e urinário,
diminuindo a barreira contra infecções.
Estágios de deficiência (COZZOLINO & COMINETTI
2013):
Fontes: fígado, leite, ovos, queijo, manteiga, frutas
(carotenóides), abóbora, cenoura, pimentão, tomate,
alface, banana-comprida, manga, mamão, dentre
outros.Dos alimentos regionais brasileiros, os mais ricos
são pupunha, tucumã e umari (~1500ER/100g).
Toxicidade: Ocorre quando uma grande dose
(9000mcg/dia) é ingerida por períodos prolongados.
Em humanos (WAITZBERG, 2009): irritabilidade, anorexia,
cefaléia, diplopia, alopecia, ressecamento de mucosas,
descamação, dores ósseas e musculares, alterações
hepáticas e hemorragias.
VITOLO (2014): perda mineral óssea em animais. Em
humanos existe risco de alteração de densidade óssea e
de fraturas de quadril quando em alta ingestão de vitamina
A pré-formada (>1,5mg/dia).
KRAUSE: Os sinais de toxicidade envolvem:
- dor e fragilidade óssea;
- hidrocefalia/espinha bífida e vômitos em crianças e
adolescentes;
- pele seca e fissurada;
- unhas quebradiças e queda de cabelo;
- gengivite e glossite;
- anorexia;
- irritabilidade e fadiga;
- função hepática anormal e hepatomegalia;
- ascite e hipertensão portal.
Os sinais de toxicidade são observados quando os níveis
de Vitamina A séricos (Retinol sérico) do de 75 – 2000UI
RE/100mL.
Sinais de hipercarotenemia incluem o depósito de
carotenóides nas superfícies mucosas e palmares e
plantares (hipercarotenodermia).
B) VITAMINA D
Entre as várias formas de vitamina D, encontra-se a
vitamina D2, ou ergocalciferol, que é formada a partir de
alimentos de origem vegetal, e a vitamina D3 ou calciferol,
que é sintetizada pelo próprio organismo a partir do
colesterol.
Precursores naturais: ergosterol e o 7-desidrocolesterol
(esteróides).
Características biológicas importantes:
- Insolúvel em água;
- As vitaminas D2 e D3 são destruídas rapidamente pela
luz, oxigênio e ácidos. Compostos cristalizados são
relativamente estáveis.
A vitamina D circulante é proveniente dos alimentos
ingeridos, mas também pode ser sintetizada pela pele a
partir da ação dos raios UV a partir do 7-desidrocolesterol
(presente nas glândulas sebáceas).
Tanto vitamina D absorvida pelos alimentos quanto a
produzida pela pele são transportadas no plasma pela
ação da PTN de ligação de vitamina D (PLD), até o fígado,
no qual é transportada em vitamina D ativa. Locais de
armazenamento de vitamina D e de suas formas ativas:
fígado, pele, cérebro, ossos e outros tecidos.
A maior parte da vitamina D é estocada no fígado como
25-hidroxicolecalciferol [25-OH-D3], que é transportada
para os rins para tornar-se BIOLOGICAMENTE ATIVA,
chamada 1,25 diidroxicolecalciferol [1,25-(OH)2-D3] ou
CALCITRIOL.
Fig 2: Metabolismo da Vitamina D.
O calcitriol pode ser considerado um hormônio, tendo
como tecidos alvo o intestino delgado e os ossos.
Papel na homeostase de cálcio: quando os níveis de cálcio
caem, as glândulas da paratireóide são estimuladas a
secretar PTH (paratormônio), o qual estimula a síntese de
vitamina D ativa (calcitriol). Quando os níveis de cálcio
aumentam, há inibição da mobilização de cálcio pela
3
calcitonina. Esse mecanismo é fundamental para manter a
homeostase do cálcio.
KRAUSE: Medida de ingestão dietética de referência
As unidades preferidas para quantificação de vitamina D
são os microgramas (mcg) de vitamina D3. As unidades
internacionais (UI) são utilizadas para quantificar a
vitamina D total.
1mcg Vitamina D3 = 40UI vitamina D3
As DRIs para a vitamina D são estabelecidas para atingir
as necessidades corporais quando uma pessoa possui
exposição solar inadequada.
Supõe-se que o adulto normal obtenha vitamina D
suficiente pela exposição solar e ingestão eventual em
pequenas quantidades nos alimentos.
Funções: mineralização óssea, auxílio na absorção de
cálcio (lembrando que a absorção de cálcio também está
relacionada ao conteúdo do mineral na dieta).
- estimula a absorção ativa de cálcio (estímulo da PTN de
ligação do cálcio –PLCa) na borda em escova; a fosfatase
alcalina também pode sofrer ação da vitamina D;
- estimula o sistema de transporte ativo de fosfato no TGI;
- associado ao PTH, regula os níveis de cálcio séricos;
- Age na reabsorção renal de cálcio;
- Provável papel na regulação das células beta-
pancreáticas e secreção de insulina.
WAITZBERG (2009)  Casos de deficiência podem
desencadear raquitismo e má formação esqueléticas em
crianças e osteomalácia em adultos, fraqueza muscular,
redução de cálcio e fósforo séricos e aumento de fosfatase
alcalina.
É considerado deficiente aquele com concentrações
<20ng/mL.
Causas de deficiência: baixa exposição à luz solar e, em
idosos, alteração de metabolismo renal.
Grupos de risco: pacientes em uso de terapia antiepiléptica
(fenitoína e fenobarbital).
Deficiência (KRAUSE)
A deficiência se manifesta como raquitismo nas crianças e
animais em crescimento e osteomalácia nos adultos.
- Raquitismo:
Doença que envolve mineralização prejudicada dos
ossos em crescimento. Pode ocorrer não apenas da
privação de vitamina D, mas também da deficiência de
fósforo e cálcio.
Caracteriza-se por anormalidades estruturais dos ossos
que sustentam o peso (tíbia, costelas, úmero, rádio e ulna)
e está associada a dor óssea, sensibilidade muscular e
tetania hipocalcêmica.
Os ossos frágeis não suportam os esforços, formando
pernas arqueadas, costelas com contas (rosário raquítico),
peito de pombo e protuberância frontal do crânio.
Tratamento: concentrados de óleo de peixe (4mL de
óleo de fígado de bacalhau = 360Ui de vitamina D).
- Osteomalácia:
Se desenvolve em adultos cujos espaços epifisários
tornam aquela porção do osso resistente à deficiência de
vitamina D. A doença envolve reduções generalizadas na
densidade óssea e a presença de pseudofraturas,
especialmente na coluna vertebral, fêmur e úmero.
Prevenção: banho de sol de 10 a 15 minutos, duas a três
vezes por semana.
Tratamento: doses de 25 – 125mcg/dia. Naqueles com
má absorção de lipídeos utiliza-se 1250mcg/d.
- Osteoporose:
Envolve massa óssea diminuída, mas com aparência
histológica normal. Está associada com o envelhecimento
e provavelmente a metabolismo alterado de vitamina D.
Toxicidade (KRAUSE) – níveis superiores a 150ng/dl.
Sinais de toxicidade incluem:
- calcificação excessiva do osso;
- cálculos renais;
- calcificação metastática de tecidos moles (rins,
coração, pulmão e membrana timpânica);
- hipercalcemia;
- cefaléia;
- fraqueza;
- náusea e vômitos;
- constipação.
- poliúria e polidipsia.
C) VITAMINA E
Foram identificadas inicialmente cinco formas de vitamina
E: alfa, beta, gama e delta tocoferóis e os tocotrienóis. São
insolúveis em água.
O acetato de alfa-tocoferol é mais estável no ar, umidade e
presença de ácidos e bases fortes. É estável ao calor, mas
instável à luz.
Os tocoferóis, juntamente com as vitaminas A, C e os
carotenóides, possuem ação sinérgica em mecanismo de
proteção celular.
Principal propriedade química: antioxidante.
Possui processo de digestão semelhante às outras
vitaminas lipossolúveis. É transportada nas lipoproteínas e
distribuídas nelas, deste modo, é fundamental para
proteção das lipoproteínas, em função de estresse
oxidativo presente.
Possui importante efeito antioxidante sobre a vitamina A e
sobre os PUFAS, em especial o alfa-linolênico. Esta
função antioxidante, em especial inativando peróxidos,
preserva as funções de comunicação celular (intra e
intercelular), de receptores e de mensageiros de sinais
celulares como o AMPc.
Quando associada à vitamina C, possui efeito antioxidante
ainda mais estável (pois possuem características de
solubilidade diferentes).
O armazenamento é maior em tecido adiposo que no
hepático, diferindo das demais vitaminas lipossolúveis. As
glândulas adrenal e hipófise (pituitária) possuem
reservatório desta vitamina.
Defesa endógena antioxidante: vitamina E, selênio e AA
sulfurados (cisteína e cistina). A vitamina E também pode
inibir a enzima ciclooxigenase, responsável pela síntese de
prostaglandinas e, deste modo, modular o processo
inflamatório.
4
Fontes: óleos vegetais (obtidos da soja, milho e gérmen de
trigo, principalmente), manteiga, ovos, oleaginosas e
algumas hortaliças.
KRAUSE: Medida de ingestão dietética de referência
É quantificada em termos de equivalentes de tocoferol
(alfa-TE) e suas ingestões estão associadas ao consumo
de ácidos graxos polinsaturados, sendo então definidos
para a população americana 0,4mg de alfa-TE/mg de
AGPI.
Deficiência: hemólise e anemia em RNPT, em adultos,
alterações em tecido muscular, coordenação, reflexo, visão
e fala (sinais de neuropatia periférica).
Deficiência: agregação plaquetária, anemia hemolítica,
degeneração neuronal e redução da creatinina sérica.
Depleção prolongada  lesões musculares e esqueléticas
e alterações hepáticas.
Toxicidade: alterações nos mecanismos de coagulação.
D) VITAMINA K
Esta vitamina existe na natureza em duas séries:
filoquinona (K1) – presentes nos vegetais verdes - e
menaquinona (K2) – produzida pelas bactérias do cólon.
As menadionas (K3) são compostos sintéticos que
possuem atividade biológica superior a K1 e K2 (3 a 20
vezes superior que as vitaminas K1 e K2) e sua absorção
não depende dos sais biliares e normalmente é trabalhada
na ração animal.
Fig. 3: Metabolismo de vitamina K
É sensível à luz e lentamente destruída pelo oxigênio,
relativamente estável ao calor e é decomposta por alcoóis.
Função: coagulação. È um fator essencial a carboxilases
que convertem resíduos de ácido glutâmico de PTN em
novos AA, o ácido alfa-carboxiglutâmico das PTNs
completas, o que demonstra sua atuação no metabolismo
ósseo.
Fatores de coagulação dependentes de vitamina K:
protrombina (fator II) e os fatores VII, IX e X. Lembrando
que a coagulação ocorre em três etapas: vasoconstricção
(diminui a afluência do sangue), aglutinação de plaquetas
e formação de trombina. Existem outros fatores
nutricionais envolvidos: PUFAs, vitamina E e o mineral
cálcio.
Os fatores de coagulação dependentes de vitamina K e o
fator X circulam na corrente sanguínea em sua forma
inativa, passando à sua forma ativa após atividade
extrínseca (combinação de lipoproteínas do tecido lesado
com um componente das plaquetas sanguíneas – mediado
pelo fator VII) ou após atividade intrínseca (mediante
contato das plaquetas com o colágeno exposto – mediado
pelo fator IX). O fator X converte a protrombina em
trombina. Outra função da vitamina K é, após interagir com
as vitaminas do complexo B, poder participar da cadeia
respiratória.
Fontes: repolho, brócolis, couve, nabo, alface. Fontes
variáveis queijo, gema de ovo e fígado.
Deficiência: ocorre em casos de disbiose, uso crônico de
antibióticos e carência dietética. Pode ser avaliada
bioquimicamente pelo tempo de protrombina.
Toxicidade - WAITZBERG (2009)  doença hepática,
anemia hemolítica e hiperbilirrubinemia em recém-
nascidos, com tratamento com doses 5 – 10 vezes
superior à DRI.
Especificidades da Vitamina K – VITOLO, 2014:
Possui função coagulante que pode eliminar o efeito de
drogas anticoagulantes cumarínicas (warfarina). Após
estabelecimento da dosagem de warfarina, o paciente
deve manter seu padrão alimentar constante, e mudanças
no uso de suplementos ou alterações
alimentares/alimentos enriquecidos em vitamina K devem
ser comunicadas à equipe.
VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
A) TIAMINA (B1)
A tiamina (ou aneurina) age principalmente como tiamina
pirofosfato (TPP), envolvida da ação das enzimas piruvato
desidrogenase (glicólise e oxidação do piruvato), da alfa-
cetoglutarato desidrogenase (Ciclo de Krebs) e na
transcetolase (via das pentoses). É destruída em alta
temperatura, a menos que o pH seja inferior a 5. pH > 7 
perda de atividade biológica. É denominada vitamina
antineurítica (ação no SNC).A presença da enzima tiaminase (presente em peixes e
frutos do mar crus) provoca perda de até 50% do teor de
tiamina do alimento. Chás, café, farelo de arroz, mirtilo e
morangos podem disponibilizar fatores antitiamina
(polifenóis e antagonistas de tiamina). Calor  destruição
dos fatores antinutricionais.
A absorção de tiamina depende de transporte ativo
específico em intestino delgado proximal. Após ser
absorvida no intestino delgado e transformada em
coenzima ativa, o que ocorre principalmente em fígado.
Sua desfosforilação ocorre principalmente no tecido renal,
onde é excretada.
Função: metabolismo energético. É importante no
desdobramento do ácido pirúvico e respiração tecidual. Ela
combina-se com o fósforo para formar a coenzima TPP.
A TPP é necessária para a conversão do piruvato em
Acetil-CoA e também na descarboxilação de alfa-
cetoácidos, como o ácido alfa-cetoglutarato e dos
5
cetoácidos do metabolismo da metionina, leucina,
isoleucina e valina. A TPP também é coenzima da via das
pentoses fosfato. Nas células nervosas, a tiamina é
necessária para deslocar os íons sódio na membrana.
Parece regular ainda a neurotransmissão colinérgica.
Deficiência: beribéri, que pode se apresentar na forma
seca, úmida, aguda ou mista. Manifestação: insuficiência
cardíaca e nervosa, com neurite.
Nutrizes com consumo insuficiente  leite materno
deficiente lactente com beribéri.
Tab 1: Deficiência de TIAMINA – resumo segundo
KRAUSE:
Tipo de deficiência Características
Estágio inicial da
carência
 anorexia;
 indigestão e constipação;
 peso e fraqueza nas pernas;
 hipersensibilidade muscular em
MMIIs;
 entorpecimento em pernas;
 anestesia da pele (tíbia
principalmente);
 velocidade de pulsão aumentada e
palpitações.
Beribéri úmido  edema nas pernas, face e tronco;
 tensão nos músculos das panturrilhas;
 pulso acelerado;
 distensão das veias do pescoço;
 PA elevada;
 Volume urinário diminuído.
Beribéri seco  Agravamento da polineurite inicial;
 Dificuldade para andar;
 Síndrome de Wernicke-Korsakoff –
encefalopatia (confusão leve a coma).
Beribéri infantil
(2 – 5 meses)
 Agudo:
- débito urinário diminuído;
- choro excessivo, gemido fraco e
queixoso;
- insuficiência cardíaca.
 Crônico:
- constipação e vômitos;
- irritabilidade;
- músculos sem tônus;
- palidez da pele com cianose.
Fontes: carne de porco magra, germe de trigo (principais
fontes), vísceras, carnes magras, feijões, ervilhas, gema
de ovo e peixes.
Toxicidade - WAITZBERG (2009)  rara.
Hipersensibilidade e reações anafiláticas são possíveis
quando a tiamina é dada em doses excessivas,
repetidamente, via parenteral.
B) RIBOFLAVINA (B2)
Atua como as coenzimas flavina-adenina-dinucleotídeo
(FAD) e flavina-mononucleotídeo (FMN), utilizadas em
reações de oxidação e redução.
Utilizada na cadeia de transportes de eletros e na ação da
P-450 hidroxilase.
É um pigmento de cor amarela, isolada primeiramente em
tecidos animais, leite e ovos.
É estável ao calor e oxidada em meio ácido. Possui baixa
solubilidade em água e pode ser perdida adicionando
bicarbonato na cocção ou exposta ao UV.
É fosforilada na absorção e estocada no fígado, baço, rins
e músculo cardíaco.
Sua absorção aumenta na presença de alimentos (60% de
eficiência) e, quando administrada isoladamente, apenas
15% é absorvido eficientemente.
Função: coenzima da oxidação de intermediários de
metabolismo de CHO e LIP. É importante para ativação da
B6 e na preservação do folato.
Participa da gliconeogênese, produção de
corticoesteróides e formação de hemácias.
Fontes: leite, queijo, ovos, carnes e hortaliças verdes.
Deficiência: inflamação e quebra tissular, alterações
visuais (perda da acuidade), fotofobia e lacrimejamento.
KRAUSE: Os sintomas mais avançados incluem glossite e
queilose (fissura nos lábios), estomatite angular
(rachaduras na pele e cantos da boca), língua roxa e
inchada, crescimento excessivo de capilar em torno da
córnea e neuropatia periférica, além de anemia
normocítica normocrômica.
A fototerapia em lactentes com hiperbilirrubinemia (icterícia
mononuclear) pode levar a deficiência de riboflavina.
C) NIACINA (ÁCIDO NICOTÍNICO – B3 OU PP)
É uma das principais coenzimas de metabolismo
energético, pois participa de reações de oxidação e
redução. A niacina é um ácido facilmente convertido em
nicotinamida (composto biologicamente ativo). A niacina
possui alta solubilidade e ponto de fusão alto (236°C).
A niacina é absorvida no intestino, a qual é convertida em
nicotinamida-adenina dinucleotídeo (NAD) e nicotinamida-
adenina dinucleotídeo fosfato (NADP) no fígado
Aproximadamente 60% do NAD formado pode ser
encontrado no interior das células.
Funções: As desidrogenases que participam das reações
de glicólise, oxidação de cetoácidos, AG e AA dependem
dos co-fatores NAD e NADP.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  O ácido nicotínico
tem sido utilizado em megadoses (100 a 200 vezes a
RDA) como agente hipolipidemiante (reduz colesterol),
pela atuação como inibidor de síntese e secreção de
VLDL, redução de LpA, aumento de HDL e inibição de
lipólise de tecido adiposo.
Deficiência: Foram inicialmente denominada “mal da
rosa”, que depois foi denominada pelagra. Os sinais
iniciais incluíam eritema, despigmentação em membros
inferiores (MMIIs) e superiores (MMSSs), conhecidos como
luvas de pelagra.
Na mucosa gástrica provoca acloridria, gastrite, estomatite,
glossite, interferindo diretamente no processo digestivo e
absortivo desse órgãos, exibindo sinais clínicos como
vômitos, alternâncias entre constipação e diarréia.
No sistema nervoso causa cefaléia, tremores até demência
profunda.
OBS.: caso o consumo de álcool esteja associado,
aumenta a necessidade da niacina podendo causar
doença mental.
KRAUSE: Os sintomas iniciais são fraqueza muscular,
anorexia, indigestão e erupções cutâneas. A deficiência
6
grave leva à pelagra, caracterizam como síndrome 3D
(demência, dermatite e diarréia), tremores e língua
sensível (ou língua carnosa). As alterações dermatológicas
são as mais proeminentes. A pele exposta ao sol
desenvolve dermatite rachada, pigmentada e descamativa.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  Casos raros são
observado em pacientes em uso de isoniazida ou
azatioprina, pois são medicamentos que interferem no
metabolismo do triptofano.
Fontes: carnes, aves, peixes e oleaginosas (amendoim).
Nozes e grãos integrais também são boas fontes. Leite e
derivados são boas fontes de triptofano (precursor de
niacina 60mg de triptofano = 1mg de niacina).
Toxicidade: WAITZBERG (2009)  hepatite, arritmia,
náuseas, vômitos, diarréia, ulcera péptica, hiperuricemia,
intolerância à glicose, miopatia. Há possibilidade de
flushing (rubor em face e liberação de histamina).
D) ÁCIDO PANTOTÊNICO (B5)
É razoavelmente estável na cocção e armazenamento,
mas perdido no refino.
Está amplamente distribuído nos alimentos (vegetais e
animais).
Função: faz parte da CoA, que atua nos processo de
acetilação, em reações bioquímicas, essencial no
metabolismo dos macronutrientes. Atua ainda como
coenzima da proteína acil carreadora (ACP), responsável
pela síntese de AG.
Deficiência: rara. Sintomas associados: dores de cabeça,
fadiga, redução da coordenação motora, câimbras
musculares e distúrbios GI.
Fontes: leveduras e vísceras, ovos, leite, vegetais,
legumes e cereais integrais.
E) PIRIDOXINA (B6)
A piridoxina é uma vitamina que envolve preferencialmente
o metabolismo de AA, como transaminação,
descarboxilação, oxidação do grupo amina e desaminação.
É o grupo prostético de transaminases, que removem o
grupo alfa-amino de alanina, arginina, asparagina, ácido
aspártico, cisteína, isoleucina, lisina, fenilalanina,
triptofano, tirosina e valina.
É um conjunto de três fatores: piridoxina e seus derivados
piridoxamina e piridoxal.É estável ao calor em meio ácido,
relativamente instável em meio alcalino e muito instável na
presença de luz. Congelamento  perdas de até 20% no
teor.
Absorvida por difusão simples e quanto menor o pH,
melhor a retenção e absorção.
Função: papel no SNC. A vitamina B6 é cofator para
síntese de neurotrasnimssores dopamina, serotonina e
GABA.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  Parece ter efeito
benéfico no estresse oxidativo, por neutralizar o
radical livre oxigênio singlet; possui atividade
neurológica e de apoio em algumas doenças como na
epilepsia sensível à piridoxina; auxiliar no controle da
êmese, em especial a hiperêmese gravídica (doses de
10 a 50mg/dia) e redução do risco de litíase renal por
áicod oxálico (reduz a hiperoxalúria, em doses de 50 a
100mg/dia).
Atua no metabolismo de lipídeos, na estrutura da
fosforilase e no transporte de AA através da membrana
celular.
Há diminuição do teor de ácido araquidônico nas
membranas plasmáticas, em especial em hepatócitos,
quando há deficiência de piridoxina.
Atenção: excesso de leucina pode aumentar as
necessidades de piridoxina. Caso não aconteça pode levar
a deficiência de niacina também (e desenvolvimento de
pelagra).
- contraceptivos orais e álcool  predispõe à deficiência
de B6.
Fontes: germe de trigo, levedura e produtos cárneos
(carne de porco e frango), vísceras (pp fígado), cereais
integrais, legumes, batatas, bananas e aveia.
KRAUSE: Medida de ingestão dietética de referência
O estado adequado da vitamina B6 é mantido quando a
ingestão for de 0,016mg vitamina B6/g de proteína.
Deficiência (KRAUSE)
Se manifesta por alterações dermatológicas e
neurológicas, que incluem:
- fraqueza;
- insônia;
- neuropatia periférica;
- queilose, glossite e estomatite;
Deficiência - WAITZBERG (2009): anemia microcítica,
distúrbios de SNC (irritabilidade, depressão e demência),
estomatite, glossite e seborréia nasolabial.
Os casos de deficiência estão associados principalmente
nas reações com drogas, por exemplo:
- reação com tuberculostáticos (isoniazida): interfere no
metabolismo da B6;
- reação com anti-parkinsonianos (levodopa):diminuem a
concentração sérica da B6.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  O consumo de
medicamentos que objetivam aumentar o pH de
estômago, como os inibidores de bomba de prótons,
como o omeprazol, pode prejudicar a
biodisponibilidade desta vitamina (a B6 depende do
meio ácido para dissociar-se e ficar solúvel para
absorção intestinal).
Pelo fato da B6 estar associada À ação de múltiplos
sistemas, sua deficiência pode se manifestar por uma
gama de sintomas e pode estar até relacionada a
algumas doenças, como síndrome do túnel do carpo,
TPM e distúrbios cognitivos.
Toxicidade (KRAUSE)
A toxicidade é muito rara e está relacionada a sinais de
neuropatia sensorial.
Toxicidade - WAITZBERG (2009): neurotoxicidade e
fotossensibilidade com doses >500mg/dia (500 – 1000mg).
7
F) ÁCIDO FÓLICO (B9)
A folacina ou ácido fólico é um precursor do
tetrahidrofolato (THF), doador de carbonos em reações
biológicas.
THF  formação de purinas e consequentemente DNA e
RNA.
Folacina e B12 são necessários em células de alta
atividade celular, ou seja, de alto poder de replicação,
como células de medula óssea.
Assim, tanto a deficiência de folacina quanto de B12
podem ocasionar anemia megaloblástica.
O ácido fólico é a forma mais simples dos folatos. A
ativação é dependente de niacina.
Problemas de absorção, como doença celíaca e o excesso
de consumo de álcool podem afetar diretamente a
retenção desta vitamina e sua biodisponibilidade.
O ácido fólico está presente na forma poliglutamato, e
deve ser quebrado por enzimas pancreáticas e de mucosa,
formando compostos na forma monoglutamato, assim, a
folacina pode ser absorvida pela mucosa por transporte
ativo, dependente de glicose ou por difusão.
Deficiência: Observa-se quando os níveis de folato em
soro são inferiores a 7nmol/L. Tem-se anemia
megaloblástica e alterações em TGI.
Podem ser observadas alterações no metabolismo do
DNA, resultando em conseqüências morfológicas múltiplas
em células, envolvendo células de medula, enterócitos,
vagina e colo uterino.
WAITZBERG (2009): alcoólatras, pacientes em uso de
drogas (anticonvulsivantes, antituberculose e
contraceptivos orais), portadores de queimaduras,
hepatopatias, câncer, anemia hemolítica crônica e doença
inflamatória intestinal são grupos de risco para deficiência
de B6.
Fontes: feijões, fígado e vegetais folhosos verdes frescos,
carne magra, cereais integrais e grãos secos.
KRAUSE: Medida de ingestão dietética de referência
DRI para folato são expressas como equivalentes de folato
da dieta (DFE).
1 DFE = 1mcg folato alimentar = 0,6mcg de folato
consumido com o alimento ou 0,5mcg de folato na
forma de suplemento ingerido com o estômago vazio –
é 100% biodisponível.
O excesso de ingestão de ácido fólico pode exacerbar os
prejuízos de deficiência de B12 (progressões de
complicações neurológicas de indivíduos com deficiência
de B12 que recebiam suplemento de ácido fólico).
COZZOLINO & COMINETTI (2013) toxicidade: embora
baixa, doses superiores a 800 a 1000mcg representam
risco de efeitos adversos.
G) CIANOCOBALAMINA (B12)
É fator extrínseco contra anemia perniciosa.
É uma coenzima de reações de reorganização e metilação.
O parâmetro bioquímico para verificar deficiência de B12 é
o acúmulo de ácido metilmalônico.
Outro fator é a elevação de homocisteína no plasma, mas
que pode ser decorrente de deficiência de B12, folato ou
ambos.
A deficiência de Fator Intrínseco (FI), por produção de
anticorpos contra esta glicoproteína, observado pelo Teste
de Schiling também pode levar a deficiência de B12.
A B12 pode ser absorvida por dois mecanismos:
- baixa absorção no intestino delgado, dependendo apenas
dos níveis da dieta;
- por meio de mecanismo específico (transporte ativo) que
envolve FI (Fator Intrínseco secretado pelas células
gástricas), dependente de cálcio, na região de íleo (em pH
acima de 6).
Uma vez absorvida, ela se desliga do FI e se liga a duas
proteínas transcobalamina 1 e 2, direcionando ao fígado.
Fontes: alimentos protéicos, vísceras, leite, ovos, peixe e
queijo.
Segundo VITOLO, considera-se que 10 a 30% das
pessoas de mais de 50 anos apresentam absorção
diminuída de B12 (em razão da gastrite atrófica) e
aproximadamente 1 a 2% apresentam ausência de FI
(anemia perniciosa).
Altas doses são efetivas mesmo na anemia perniciosa
(ausência de FI), porque 1% da B12 é absorvido
passivamente sem necessidade de FI.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  A deficiência de
cobalamina é verificada quando os níveis séricos são
inferiores a 200pg/ml. As causas são por redução da
capacidade absortiva, aumento das necessidades e
consumo insuficiente.
H) BIOTINA
É uma coenzima de carboxilases. Transporta CO2 ativado.
É facilmente absorvida no TGI, para sofrer hidrólise na
parede intestinal. Pode ser armazenada em pequenas
concentrações no fígado e rins, podendo ser excretada em
fezes e urina.
Deficiência: alterações cutâneas (dermatite seborréia e
alopecia em crianças menores de seis meses). Anorexia,
náuseas, vômitos, depressão mental, perda de memória,
dor muscular, queda de cabelo e hipercolesterolemia.
Pode ser por não ingestão ou ingestão do fator
antinutricional avidina, presente na clara do ovo crua.
Fontes: vísceras, fígado, gema de ovo, leite, frutas,
hortaliças e cereais integrais.
I) VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO)
É um composto facilmente oxidado quanto exposto à luz e
calor. Ocorre maior preservação na cocção rápida, em
vapor ou em utensílios tampados.
Congelamento rápido e resfriamento ajudam a reter a
vitamina.
8
Funções: destaca-se a função antioxidante e na conversão
da prolina do colágeno em hidroxiprolina (ligação cruzada).
Demais funções incluem:
- produçãoe manutenção do colágeno;
- reduz a suscetibilidade de infecções;
- participa do processo de cicatrização;
- essencial pára oxidação da fenilalanina em tirosina;
- participa da conversão da folacina em THF;
- redução do ferro férrico em ferroso;
- síntese de serotonina;
- hidroxilação de certos esteróides sintetizados pela supra-
renal. Estresse metabólico  altas perdas de vitamina C;
- ação antioxidante, sinérgica à vitamina E e carotenóides;
- efeito sobre doenças respiratórias e reações alérgicas
(diminuição da síntese de histamina), mas ainda sem
conclusão e recomendação precisa;
- em fumantes, pelo excesso de radicais livres (RL) não
apresentam resposta da vitamina como não fumantes.
Fontes: frutas e hortaliças frescas. Teor depende da forma
de cultivo, colheita, forma de maturação e condições de
armazenamento. Consegue manter estabilidade em sucos
e polpas concentradas, pela interação com compostos
fenólicos e carotenóides.
Deficiência - WAITZBERG (2009): anorexia, fadiga, dor
muscular e suscetibilidade a infecções.
Escorbuto (distúrbios psicológicos, depressão, histeria,
manifestações hemorrágicas, petequias e equimoses,
anemia, prejuízo de cicatrização, edemas, eritemas e
queratinização folicular).
Toxicidade: elevação do risco de litíase renal por urato,
cistina e oxalato. Doses além do recomendado podem
levar a teste falso positivo para glicosúria.
Especificidades da Vitamina C – VITOLO 2014:
A quantidade adicional que uma pessoa tabagista precisa
é de 35mg/dia a mais que a RDA. Não há evidências que
a vitamina C seja cancerígena ou teratogênica.
Além disso, altas doses possuem baixa toxicidade, foram
observados efeitos adversos com doses superiores a
3g/dia (diarréia, distúrbios TGI, aumento da excreção de
oxalato e urato, risco de cálculo renal, efeitos de
abstinência, efeitos pró-oxidativos).
FATORES SEMELHANTES A VITAMINAS
COLINA
Componente rico em metil e essencial para os tecidos
animais. Ë estrutural para lecitina dos fosfolipídios de
membrana plasmática e para síntese de acetilcolina
(neurotrasnmissor). Pode ser sintetizada a partir da
etanolamina. Fontes incluem soja, ovos, fígado, caqrne
bovina, leite e amendoins.
Em adultos, a suplementação de colina tem sido utilizada
para melhorar memória de curto prazo (como no
tratamento de Alzheimer e na Doença de Huntington), em
doses de até 20g/dia UL é de 3,5g/dia.
CARNITINA
Auxilia no transporte mitocondrial de AGCC e oxidação. É
sintetizada a partir de lisina, em processo dependente de
vitamina C.
A depleção tecidual foi observado em adultos submetidos
à hemodiálise, pacientes com doença hepática e
prematuros. Parece ser efetiva em DCV e DM.
MIOINOSITOL
Serve como âncora de proteínas em mebrana plasmática,
fornecendo suporte estrutural. Como fosfatidilinositol é
considerado fonte importante de sianis celulares
secundários em resposta à estímulos hormonais. Obtido
de frutas, grãos, vegetais, nbozes, leguminosas e vísceras.
UBIQUINONAS (Coenzima Q10)
Componentes essenciais de cadeia respiratória e oxidação
de compostos. Possui capacidade antioxidante importante,
semelhante à vitamina E. Sua suplementação é útil no
tratamento de ICC e cardiomoipatias. É encontrada em
óleos, nozes, peixes e carnes.
BIOFLAVONÓIDES
Não possuem função metabólica imediata. Sugere-se que
possam reduzir a fragilidade capilar e potencializar a
atividade antiescorbuto da vitamina C, por quelar metais
divalentes (cobre e ferro).
ESTABILIDADE, INTERAÇÕES E APLICAÇÕES GERAIS
DAS VITAMINAS
A adequação da dieta para atingir esse conceito deve
considerar três fatores:
 Concentração das vitaminas a serem consumidas;
 Várias estruturas e formas das vitaminas;
 Biodisponibilidade dessas formas de vitaminas que se
apresentam nos alimentos e refeições a serem
consumidas.
Porém, podem acontecer fatores que podem interferir
nessa biodisponibilidade de vitaminas, que incluem:
 Composição da dieta, a qual poderá interferir no
tempo de trânsito intestinal, viscosidade,
características de emulsão e pH;
 Forma da vitamina (formas que podem apresentar
caminhos e extensões distintas de absorção para
conversão na sua forma ativa (coenzima);
 Interações entre as vitaminas e os componentes da
dieta que podem interferir na absorção intestinal
destas;
 Efeitos do processamento e armazenamento de
vitaminas.
CATEGORIA NUTRIENTE NOAEL
Não tóxicos (>20
vezes a DRI)
Vitamina K 313
Ácido pantotênico 167
Tiamina 143
Riboflavina 125
Piridoxina 100
Vitamina E 80
Toxicidade baixa
(10 – 20 vezes a
DRI)
Vitamina C 17
Biotina 17
Potencialmente
tóxico (5 – 10
vezes a DRI)
Folato 5
Tabela 2: NOAEL: nível máximo de segurança de
ingestão.
9
RESUMO DAS VITAMINAS (KRAUSE, 2013)
10
11
MACROMINERAIS
São essenciais para os seres humanos adultos em
quantidades de >100mg/dia.
Com exceção do enxofre, esses minerais são encontrados
tipicamente no estado iônico como componentes
inorgânicos no corpo.
CÁLCIO
Constitui cerca de 1,5 – 2% do peso corporal e 39% dos
minerais do corpo humano. Aproximadamente 99% está
presente nos ossos e dentes, sendo o cálcio dos dentes
não-permutável.
O 1% restante está no sangue e nos fluidos extracelulares
e dentro das células de todos os tecidos, o qual regula
funções metabólicas importantes.
O cálcio é absorvido por todas as partes do intestino
delgado, porém a absorção mais rápida ocorre no duodeno
em meio ácido. A absorção é mais lenta em meio alcalino,
no restante do intestino delgado, onde a quantidade
absorvida é também maior.
O cálcio é absorvido por dois mecanismos:
1) transporte ativo (em baixas concentrações intraluminais
de cálcio); que é saturável, ocorre no duodeno e no jejuno
e é controlado pela vitamina D.
2) transporte passivo (em altas concentrações).
O cálcio sérico total consiste em três frações:
a) ionizado – 47,6%;
b) complexos entre cálcio e ânions – 6,4%;
c) ligado à albumina – 46%.
A concentração de cálcio sérico ionizado é regulado
principalmente pelo PTH. Os valores de cálcio sério
situam-se entre 8,8 e 10,8mg/dL, na qual as concentrações
do cálcio ionizado variam de 4,4 a 5,2mg/dL.
O cálcio ósseo está em equilíbrio com o cálcio sérico.
Quando o cálcio sérico cai, ocorre estímulo à secreção do
PTH e reabsorção óssea, reabsorção tubular renal de
cálcio e estímulo à absorção entérica via vitamina D.
Outros mecanismos hormonais de regulação da
homeostase do cálcio:
- glicorticóides em excesso promovem perda óssea;
- os hormônios tireoidianos promovem reabsorção óssea e
condições hipertireoidianas promovem perda de massa
óssea;
- o declínio da concentração de estrógenos na menopausa
promove perda óssea;
- a testosterona promove inibição da reabsorção óssea.
Funções
As funções incluem:
- formação de massa óssea e dentária;
- influencia as funções de transporte de membrana e
estabilidade;
- transporte de íons através de organelas celulares;
- liberação de neurotransmissores nas ligações sinápticas;
- liberação ou ativação de enzimas intra e extracelulares;
- é necessário na transmissão nervosa e regulação da
função cardíaca;
- são co-fatores necessários nas reações enzimáticas,
incluindo a formação de trombina, polimerização do
fibrinogênio em fibrina e coagulação.
Fontes
As hortaliças de folhas verdes escuras (couve, folhas de
mostarda e brócolis), sardinha, salmão enlatado, moluscos
e ostras são boas fontes de cálcio. A soja e o tofu também.
O ácido oxálico limita a disponibilidade de espinafre,
acelga e folhas de beterraba.
Os suplementos de cálcio, como o carbonato de cálcio e o
citrato de cálcio constituem boas fontes.
As fontes mais comuns da dieta são leite e derivados.
Tab. 1: Taxa de absorção e biodisponibilidade em relação ao leite - COZZOLINO & COMINETTI (2013).
Alimentos Porção (g) Ca (mg) Absorção (%) Porções necessárias para equivalênciaao leite
Leite 260 300 32,1 1
Feijão 177 50 15,6 12,3
Brócolis 71 35 61,3 4,5
Couve 65 47 58,8 3,5
Espinafre 90 122 5,1 15,5
Deficiência
O desenvolvimento de massa óssea máxima necessita de
quantidades adequadas de cálcio e fósforo, vitamina D e
outros nutrientes. Demonstrou-se que uma ingestão
inadequada de cálcio juntamente com a de vitamina D,
contribui para a osteomalacia. Uma baixa ingestão de
cálcio pode ser um fator importante em várias doenças
crônicas, tais como no câncer de cólon e hipertensão.
DAN WAITZBERG, 2009: A deficiência de cálcio,
hipocalcemia, é definida quando os valores de cálcio sérico
total são inferiores a 8,6mg/dL.
Sinais clínicos: hipotensão com alterações
cardiovasculares, alterações neuromusculares, parestesia
de extremidades, diarréia, perda de peso, edema papilar.
Toxicidade
DAN WAITZBERG, 2009: Uma ingestão muito alta de
cálcio (>2000mg/dia) especialmente em pessoas com alta
ingestão de vitamina D é uma causa potencial de
hipercalcemia.
Hipercalcemia é definida com níveis superiores a 10,2
mg/dL.Tal toxicidade pode levar a calcificação de tecidos
moles, especialmente os rins. Sintomas: fadiga, náuseas e
vômitos, anorexia, arritmias cardíacas, coma e morte.
FUNÇÃO FISIOLÓGICA E DEFICIÊNCIA DE
MINERAIS
Prof. José Aroldo Filho
goncalvesfilho@nutmed.com.br
12
Altas ingestões de cálcio podem interferir na absorção de
ferro, zinco e magnésio.
Um outro adverso da toxicidade é a constipação, comum
entre mulheres idosas que utilizam suplementos de cálcio.
ESPECIFICIDADES DO CÁLCIO (VITOLO, 2014)
A biodisponibilidade de cálcio depende de vários fatores
dietéticos, como presença de oxalatos e fitatos nos
alimentos e se a fonte de cálcio é derivada ou não de
alimentos lácteos.
É mais factível ingerir 250mg de cálcio presente em 200mL
de leite que de origem vegetal.
A eficiência de absorção de cálcio de suplementos é maior
quando o cálcio é dado em doses de até 500mg. A cafeína
induz aumento da excreção urinária de cálcio, em especial
quando a ingestão diária de cálcio for inferior a 800mg.
FÓSFORO
Os sais de fosfato também estão presentes de forma
abundante no organismo. A taxa de absorção varia de 55 –
90%, de acordo com a idade, e o estado nutricional do
indivíduo.
Cerca de 85% presente na massa óssea e dental, os 15%
restantes existem em um pool metabolicamente ativo.
Os níveis de fósforo sérico inorgânico varia de 3 a 4mg/dL
em adultos e são regulados pelo PTH. Em geral, cerca de
60 a 70% do fósforo da dieta é absorvido.
Funções
Como fosfato, o fósforo participa de várias funções
essenciais do corpo. O DNA e o RNA são baseados no
fosfato.
A principal forma de energia (o ATP) contém ligações
fosfato, assim como a fosfocreatina e o fosfoenolpiruvato.
É componente de segundo mensageiro de sinais celulares,
o AMPc. Está presente nos fosfolipídios das membranas
celulares.
Além disso, o fosfato auxilia na regulação da homeostase
sérica, como tampão fosfato, auxiliando na excreção do
íon hidrogênio.
Por fim, os íons fosfato se ligam as sais de cálcio,
formando a hidroxiapatita, a principal molécula inorgânica
da massa óssea e dental.
Fontes
Em geral, as boas fontes de proteína são boas fontes de
fósforo e incluem carnes, aves, peixes e ovos. Leite e
derivados, cereais, leguminosas e grãos também são boas
fontes.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  Feijões, nozes e
cereais possuem ácido fítico, uma forma de estocagem
de fósforo não biodisponível para mamíferos (ausência
da enzima fitase).
Deficiência
A deficiência não é freqüente, mas poderia desenvolver
caso um indivíduo ingerisse medicamentos denominados
quelantes de fósforo. Entretanto, entre idosos ela pode se
desenvolver.
Os sintomas resultam primariamente da síntese diminuída
de ATP e de outras moléculas orgânicas de fosfato.
Ocorrem anormalidades neurológicas, musculares,
esqueléticas, hematológicas e renais.
Tab. 2: Sinais clínicos causados pela deficiência de
fósforo - COZZOLINO & COMINETTI (2013).
Neurais Musculoesqueleticas Hematológicas
Tremor
Ataxia
Parestesia
Confusão
mental
Convulsão
Coma
Fraqueza
Rigidez articular
Dores ósseas
Osteomalacia
Anemia
hemolítica
Problemas de
coagulação
Hemorragias
Disfunção de
células brancas
A hipofosfatemia é definida quando concentrações séricas
são menores do que 2,7mg/dL.
Toxicidade
Uma elevação de PTH crônica pode estar associada ao
consumo crônico de dietas de baixo teor de cálcio e ricas
em fosfato, podendo ocorrer fraturas por fragilidade devido
a reabsorção excessiva e afinamento das lâminas
trabeculares em pontos dos ossos ao longo do esqueleto.
A hiperfosfatemia é definida com níveis superiores a
4,5mg/dL, com parestesias de extremidades, confusão
mental, sensação de peso nas pernas, hipertensão arterial,
arritmia e parada cardíaca.
Além disso, os níveis persistentemente elevados de PTH
contribui tanto para a mineralização óssea limitada no
crescimento e perda de massa óssea em adultos.
MAGNÉSIO
Cerca de 60% do magnésio está presente nos ossos, 26%
nos músculos e o restante em fluidos e tecidos moles. Os
níveis séricos normais variam de 1,5 a 2,1mEq/L.
Funções
A principal função do magnésio é estabilizar a estrutura do
ATP nas reações enzimáticas dependentes de ATP.
O magnésio é co-fator enzimático no metabolismo de
componentes alimentares e na síntese de muitos produtos.
Entre as reações que necessitam de magnésio estão a
síntese de ácidos graxos e proteínas, a fosforilação de
glicose e seus derivados na via glicolítica e nas reações da
transcetolase.
É importante na formação do AMPc, desempenha função
na transmissão e atividade neuromuscular.
Atua como relaxante muscular, efeito oposto aos do cálcio
e potássio e parece ainda ser um bloqueador do canal de
cálcio “natural”, o que poderia impedir a aterogênese e uso
no tratamento da ICC.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  para que ocorra a
fosforilação do receptor de insulina e ativação da via
de captação de glicose, é necessária a presença de
magnésio, deste modo, a deficiência de magnésio
poderia está relacionada a prejuízo de controle
glicêmico.
13
Fontes
Boas fontes são as sementes, nozes, leguminosas e
cereais integrais moídos, assim como as hortaliças de
folhas verde-escuras (o magnésio é constituinte da
clorofila).
O magnésio presente em cereais é perdido no refinamento
e altas ingestões de cálcio, vitamina D, álcool e proteínas
aumentam as necessidades de magnésio.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  A absorção do
magnésio ocorre em jejuno e íleo, sendo que o cólon
também participa desse processo em situações especiais.
Cerca de 90% do magnésio é absorvido por via
paracelular, mecanismo de absorção passiva dependente
do gradiente de concentração do elemento. Em condições
de baixa ingestão, o transporte é ativo, realizado por
transportadores de membrana do tipo melastatina.
Deficiência
Apesar de muito rara, são sinais de deficiência de
magnésio tremores, espasmos musculares, mudanças de
personalidade, anorexia, náuseas e vômitos.
A hipomagnesemia é definida quando concentrações
séricas são menores do que 1,8mg/dL.
A tetania, movimentos abruptos, convulsões e coma
também forma relatados em indivíduos com deficiência de
magnésio.
ATENÇÃO - COZZOLINO & COMINETTI (2013)
Os déficits de magnésio podem também ser um fator
na osteoporose. Na deficiência de magnésio, o
aumento da produção de substância P esquelética
estimula a redução do número de osteoblastos em
contraposição com aumento de osteoclastos, o que
promoveria declínio e perda de massa óssea.
O aumento de substância P predispõe à resposta
neurogênica, tendo-se estímulo à produção de
citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e IL-1),
desencadeando desequilíbrio no balanço oxidativo,
que predispõe ao desenvolvimento de DM2, síndrome
metabólica e DCV.
Toxicidade
Apesardo excesso de magnésio poder inibir a calcificação
óssea, os excessos de magnésio por fontes alimentares,
inclusive suplementos, é muito improvável que resulte em
toxicidade.
A hipermagnesemia é definida com níveis superiores a
2,3mg/dL. Os sintomas incluem náuseas, vômitos,
sensação de calor, dor muscular, hipotensão, bradicardia,
intervalos prolongados de P-R, QRS e onda T elevada ao
ECG.
ENXOFRE
O enxofre é encontrado como constituinte de três
aminoácidos: cistina, cisteína e metionina. È constituinte
de enzimas, da insulina e outras proteínas.
Os grupos sulfidril das proteínas também participam de
várias reações celulares, dentre eles, na fotossíntese,
fixação de nitrogênio e fosforilação oxidativa.
A glutationa atua como doador de equivalentes redutores
de peróxido de hidrogênio e peróxidos orgânicos.
È componente da heparina e da condroitina (ossos e
cartilagens). È componente essencial de três vitaminas:
tiamina, biotina e ácido pantotênico.
As fontes alimentares de enxofre englobam carne, aves,
peixes, ovos, feijões secos, brócolis e couve-flor. A
deficiência e toxicidade é improvável.
MICROMINERAIS (ELEMENTOS TRAÇO)
Necessidade <15mg/dia. Existem tipicamente em duas
formas:
1.como íons carregados; ou
2. ligados a proteínas ou complexados nas moléculas.
FERRO
O corpo humano contém ferro em dois pools principais:
1) ferro funcional na hemoglobina, mioglobina e enzimas;
2) ferro armazenado na ferritina, transferrina e
hemossiderina.
Duas considerações a respeito do estado nutricional de
ferro: a incidência de anemia por conta de sua deficiência
e o papel da ingestão excessiva na doença cardíaca
coronária e no câncer.
Em razão da fortificação de alimento (no Brasil, as farinhas
de milho e trigo) por homens e mulheres pós-menopausa
podem contribuir para o risco destas doenças. O ferro da
dieta está presente em duas formas químicas: heme e
não-heme.
Funções
As funções do ferro se relacionam à sua habilidade de
participar de reações de oxidação e redução.
Quimicamente, é altamente reativo às espécies de
oxigênio. Por suas atividades em reações de redox, o ferro
possui importante papel no transporte de gases no sangue.
È um componente dos citocromos envolvidos no processo
de respiração celular e geração de ATP. Parece estar
envolvido nas reações imunológicas e no desempenho
cognitivo.
È componente da hemoglobina e da mioglobina, sendo
esta última um reservatório de oxigênio das células
musculares.
Fontes
A melhor fonte de ferro é o fígado, órgão de
armazenamento, seguida por frutos do mar, rim, coração,
carne magra e aves.
Os feijões secos e as hortaliças verdes são as melhores
fontes vegetais. Alguns outros alimentos que fornecem
ferro são ovos (gema), frutas secas, melaço escuro, pães
de grão integral e enriquecidos, vinhos e cereais.
As antigas caçarolas de ferro usadas para cocção
fornecem ferro adicional.
O ferro alimentar pode ser de dois tipos, heme (10% -
proveniente de alimentos protéicos ricos em hemoglobina)
e não-heme (90% - demais alimentos).
O ferro heme é absorvido na forma intacta no enterócito
sendo hidrolisado para a forma ferrosa (Fe+2). O ferro não-
heme liberado pelos alimentos na forma férrica (Fe+3)
sofre solubilização e redução pelo suco gástrico. A
14
presença da enzima ferriredutase (Dcytb) o reduz para o
estado ferroso (Fe+2) – esse processo é mantido pela
vitamina C, ácido málico, cisteína e presença de açúcares,
carne e peixe (fator MFP).
A presença de oxalato, fitato, tanino, fibras, soja, café, chá,
chocolate, cálcio, zinco e manganês estão associados à
redução da absorção de ferro.
Fig 1: Absorção de Ferro – Fe3+: ferro não heme ou
férrico; Fe2+: ferro ferroso; HCP1: proteína carreadora
do heme; DMT1: transportador de metal divalente 1.
Fig 2: Turnover de ferro sistêmico, processos e locais
de utilização, armazenamento e excreção.
Deficiência
A deficiência de ferro, precursora da anemia por
deficiência de ferro, é a mais comum das deficiências
nutricionais. Os estágios finais da deficiência de ferro
englobam anemia microcítica hipocrômica, que pode ser
corrigida com suplementos na forma de sulfato ferroso.
A deficiência de ferro pode ser causada por lesão,
hemorragia ou enfermidade (enteroparasitoses, má
absorção) e pode ser agravada por uma dieta
desbalanceada, contendo baixas quantidades de ferro,
folato, proteína e vitamina C.
Toxicidade
A principal causa de sobrecarga de ferro é a
hemocromatose hereditária. Outras incluem talassemia
maior e anemia falciforme, uma vez que em seu
tratamento estão incluídas sessões de hemotransfusão.
São sintomas de hemocromatose: acúmulo anormal de
ferro no fígado, níveis de ferritina tecidual excessivos,
níveis de transferrina séricos elevadas, oxidação do LDL
colesterol e complicações cardiovasculares.
A saturação de apoferritina tecidual com ferro é seguida do
aparecimento de hemossiderina, que é similar à ferritina,
porém contém muito mais ferro e é insolúvel.
A hemossiderose é uma condição de armazenamento de
ferro que ocorre naqueles que consumem grandes
quantidades ou tem absorção excessiva deste mineral.
Se a hemossiderose for associada ao dano tecidual, é
chamada hemocromatose.
Lesões cutâneas e hepáticas estão associadas ao excesso
de ferro.
ESPECIFICIDADES DO FERRO (VITOLO, 2014)
As recomendações de ferro em adultos são de 8mg/dia
para homens e 18mg/dia para mulheres em idade fértil. A
UL de adultos sadios é de 45mg/dia.
Quando a concentração de ferritina for inferior a 12,
significa depleção dos estoques de ferro. Estimativas
clássicas indicam que 25% do ferro heme e apenas 10%
do ferro não-heme são adequadamente absorvidos.
Indivíduos vegetarianos dificilmente ingerem ferro com
adequada biodisponibilidade, deste modo o
requerimento de ferro pode ser 1,8 vezes maior.
ZINCO
Funções
Funciona em associação a 300 enzimas diferentes.
Participa de reações que envolvem síntese ou degradação
de metabólitos de carboidratos, lipídeos e proteínas.
Também funciona como um sinal intracelular nas células
cerebrais.
Está envolvido na estabilização de estruturas de proteínas
e ácidos nucléicos e na integridade de organelas
subcelulares.
A metalotioneína é a proteína mais abundante, não
enzimática, que contém zinco. Pode funcionar como um
reservatório intracelular que pode doar íons zinco para
outras proteínas, ou ter um papel que reduz o estresse
oxidativo. O zinco pode reduzir o estresse oxidativo
15
através da inibição da NADPH redutase, como cofator da
Superóxido dismutase, além da metalotioneína.
Reduz a doença degenerativa macular relacionada à
idade. Além disso, possui ação na imunidade celular, é
necessário na atividade osteoblástica adequada (formação
óssea), formação enzimática e calcificação.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  O zinco parece
melhorar a resistência à insulina. O provável mecanismo
proposto para o efeito do zinco na redução da
hiperglicemia seria por aumento da expressão da leptina
com a consequente interação desta com a insulina,
promovendo melhor sinalização de insulina. Além disso, o
zinco parece regular o apetite. A suplementação com este
mineral promove efeito orexigênico.
Fig 3: Absorção de zinco.
Quase todo o zinco da dieta é absorvido pelo
enterócito, uma vez que o zinco possui função de
redução de estresse oxidativo e divisão celular e o
enterócito possui rápida replicação.
A absorção é mediada por carreador (quando em baixa
concentração luminal) ou difusional (alta concentração
na luz intestinal).
Estando presente no enterócito, é adiconado à
metalotioneína (proteína de reserva de zinco), utilizado
na síntese de código genético ou de enzimas
estruturais ricas em zinco, necessárias ao enterócito.
Após digestão lisossomal ou esfoliação celular, parte
do zinco é excretado. O zinco é carreado no plasma
ligado à albumina, logo,pacientes desnutridos com
hipoalbuminemia possuem níveis séricos baixos de
zinco.
Fontes
As principais fontes alimentares são as carnes, peixe,
aves, cereais fortificados com zinco e leite e derivados.
Ostras e mariscos, grãos e cereais integrais e feijões
secos e nozes também são boas fontes de zinco.
Inibidores de absorção de zinco incluem cálcio, ferro e
cobre, ácido fítico, fibras e uso de álcool.
Deficiência
É definida quando a concentração sérica é menor do que
70mcg/dL.
Os sinais clínicos de deficiência de zinco incluem baixa
estatura, hipogonadismo, leve anemia e baixos níveis
plasmáticos de zinco. A anemia observada pode ser
reflexo de uma deficiência de ferro coexistente pela
mesma causa.
São sintomas adicionais a hipogeusia (perda do paladar),
demora para cura de ferimentos, alopecia e lesões de pele.
A acrodermite enteropática – deficiência de zinco causada
por má absorção e de etiologia genética – resulta em
lesões de pele eczematosas, alopecia, diarréia e infecções
fúngicas e bacterianas.
A deficiência moderada está associada a anergia e
atividade diminuída de células NK e diminuição seletiva de
linfócitos T4 helper. As baixas ingestões de zinco estão
associadas a baixas concentrações de IGF-1 (marcador de
crescimento estatural).
Toxicidade
O excesso de zinco provoca náuseas, vômitos, dores
abdominais, gosto metálico, cefaléia, deficiência de cobre
e anemia. A suplementação excessiva promove deficiência
de cobre, por diminuir a absorção deste mineral. Uma
forma principal de toxicidade é em pacientes IRC em
hemodiálise e é caracterizada por anemia, febre e
distúrbios do SNC.
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ESPECIFICIDADES DO ZINCO (VITOLO, 2014)
O processamento de grãos pode levar a perda de até 80%
do conteúdo de zinco. Segundo o IOM, dietas ricas em
cálcio não afetam significativamente a absorção de zinco,
quando este é ingerido em quantidades adequadas.
O efeito do zinco na absorção de cobre pode ser um
adjuvante na Doença de Wilson (acúmulo de cobre por
deficiência genética de ceruloplasmina).
O zinco é mais bem absorvido em dietas com PTN animal,
deste modo, vegetarianos podem ter requerimentos 50%
maiores.
O consumo de álcool está associado a menor absorção e
maior excreção de zinco. A deficiência é observada e, 30 a
50% dos usuários de álcool. A deficiência de zinco afeta o
hormônio do crescimento, podendo ser um limitante no
mecanismo de regulação do crescimento infantil.
FLÚOR
Funções
O flúor é benéfico na saúde dental (formação do esmalte),
conferindo resistência máxima contra a cárie dental. È um
agente antibacteriano na cavidade oral, servindo como
inibidor enzimático.
O flúor substitui o grupo hidroxila na estrutura de treliça da
hidroxiapatita, conferindo maior resistência.
Fontes
Basicamente água fluoretada (e alimentos preparados ou
processados como refrigerantes). Frutos do mar e peixes
de água salgada são boas fontes.
Deficiência - Desconhecida.
Toxicidade
Uma fluorose dental leve pode ocorrer com doses diárias
de 0,1mg/kg, com resultante descoloração dos dentes ou
manhcas claras. As ingestões maiores provocam lascas
nos dentes.
COBRE
Funções
O cobre é um componente de muitas enzimas e as
manifestações clínicas da deficiência de cobre são
atribuídas às falhas enzimáticas.
Fig. 3: Funções das proteínas e enzimas contendo cobre - COZZOLINO & COMINETTI (2013)
17
Fontes
Os alimentos ricos em cobre são mariscos (ostras),
vísceras (fígado e rim), carnes com músculos, chocolate,
nozes, grãos de cereais, leguminosas secas e frutas
secas.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  A água é boa fonte
de cobre. Os elementos zinco, ferro, molibdênio e
cádmio influenciam de forma negativa a absorção do
cobre dos alimentos, principalmente o zinco, que
compete pelo mesmo carreador celular. A absorção é,
em media de 50 a 75% e que esse percentual decresce
com o aumento da ingestão.
Deficiência
Caracterizada por anemia, neutropenia e anormalidades
esqueléticas, principalmente desmineralização.
Outras alterações incluem hemorragias subperiosteais,
despigmentação do cabelo e pele e formação de elastina
defeituosa.
A falha na eritropoiese, assim como a degeneração
cerebral e cerebelar, podem levar à morte.
A Síndrome de Menkes ou do cabelo pixaim é um defeito
recessivo ligado ao sexo que resulta em má absorção,
perda urinária aumentada e anormalidade do transporte
intracelular, que causa uma distribuição anormal deste
mineral.
È caracterizada por retardo do crescimento, ceratinização
e pigmentação do cabelo defeituosa, hipotermia e
anormalidades das metáfises de ossos longos.
Excesso de fibra da dieta ou dieta láctea pode diminuir a
absorção de cobre.
Toxicidade
Ocorre cirrose hepática e anormalidades na formação de
hemácias em indivíduos com altas ingestões de cobre
(ingestões tóxicas).
As concentrações séricas de cobre também são elevadas
em pacientes com infecções agudas e crônicas, doença
hepática e pelagra.
A Doença de Wilson (degeneração hepatolenticular) é
caracterizada por acúmulo de cobre em excesso nos
tecidos por deficiência genética na síntese hepática de
ceruloplasmina.
Uma dieta vegetariana pode ser benéfica no tratamento
uma vez que vegetais e frutas possuem baixo conteúdo de
cobre.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  algumas doenças
neurológicas poderiam ter seu curso evolutivo
associado com a toxicidade de cobre.
Na Doença de Alzheimer, grandes quantidades de
cobre foram encontradas nas placas belta-amilóide,
características da doença, também aumentando a
toxicidade da proteína amiloide, por estresse
oxidativo.
Na Doença de Parkinson, assim como na esclerose
lateral amiotrófica, altas concentrações de cobre livre
estão relacionadas ao aumento do estresse oxidativo e
ao pior prognóstico dos pacientes.
ELEMENTOS ULTRA-TRAÇO
IODO
Funções
O iodo é armazenado na glândula tireóide, onde é usado
na síntese de triiodotironina (T3) e tireoxina (T4). A
captação de íons iodeto pela células da tireóide pode ser
inibida por bociogênicos.
O selênio é importante no metabolismo de iodo em razão
da sua presença na única enzima responsável pela
formação de T3 ativo a partir de tireoglobulina armazenada
na tireóide.
Fontes
O iodo é encontrado nos alimentos e na água potável. A
concentração de iodo nos alimentos é variável por
conta do solo de cultivo.
Os frutos do mar, como moluscos, lagostas, ostras,
sardinhas e outros peixes de água salgada são as fontes
mais ricas de iodo. As ingestões de iodo parecem ser
adequadas a maioria da população por conta da iodação
do sal.
Deficiência
Em crianças a deficiência de iodo causa cognição precária
e a deficiência de iodo é causa mais evitável de retardo
precário no mundo.
As ingestões muito baixas de iodo estão associadas ao
desenvolvimento de bócio endêmico ou simples.
Os bociogênicos podem causar bócio por bloquear a
captação de iodo no sangue pelas células da tireóide.
Estão entre os alimentos que contém bociogênicos (ricos
em glicosinolatos) o repolho, o nabo, sementes de couve,
amendoins, mandioca, batata-doce, algas de grande porte
e soja.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  adiciona ainda
feijão, brócolis e couve-flor como fontes de
bociogêncios.
Os bociogênicos são inativados pelo cozimento.
A deficiência grave de iodo durante a gestação e o
crescimento pós-natal resulta em cretininsmo,
caracterizado por deficiência mental, surdo-mudez,
displegia espástica ou quadriplegia e disartria, pequena
estatura e hipotireoidismo.
Toxicidade
O bócio se desenvolve lentamente com a ingestão de iodo
em excesso (>1100mcg/d em adultos) a longo prazo.
SELÊNIO
Funções
O selênio é constituinte de enzimas que atuam na
inativação de espécies reativas de oxigênio, como a
glutationa peroxidase celular.
Está presente também na iodotironina 5’-desiodinase tipo I,
capaz de converter tiroxina em triiodotironina.Outra enzima antioxidante e a selenoproteína P que pode
atuar como varredora de radicais livres.
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Fontes
As concentrações de selênio depende do teor presente
no solo e na água onde foram cultivados. As principais
fontes de selênio são castanhas do Pará, frutos do mar,
rins, fígado, carne vermelha e aves. Frutas e vegetais são
fontes pobres de selênio.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  a selenocisteína é
a forma orgânica presente nos alimentos de origem
animal.
A selenometionina é a forma orgânica presente nos
alimentos de origem vegetal, animal e suplementos, ao
passo que a selênio-metilselenocisteína é o composto
orgânico presente no alho, cebola, caules e flores de
brócolis e alho-poró.
O selenito e o selenato são as forma inorgânicas
encontradas nos suplementos alimentares.
Deficiência
Em vista da ampla variedade de alimentos fonte, a
deficiência de selênio é rara.
A deficiência grave de selênio na população foi identificada
na China. A doença de Keshan, uma forma de
cardiomiopatia que afeta principalmente crianças e
mulheres.
A segunda doença de deficiência de selênio, descoberta
na Mongólia, é conhecida como doença de Kashin-Beck e
é comum em pré-adolescentes e adolescentes e envolve
rigidez simétrica, inchaço, dor nas articulações
interfalangianas dos dedos nas mãos, seguida de
osteoartrite generalizada nos cotovelos, joelhos e
tornozelos.
A doença de Kashin-Beck também pode ter a deficiência
de iodo como fator de risco.
A deficiência de selênio foi inicialmente relatada em
pacientes desnutridos que receberam NPT a longo prazo.
Além disso, pacientes com alguns tipos de câncer
apresentaram baixos níveis séricos de selênio, bem como
em pacientes com cirrose, que podem, predispô-los ao
câncer.
Toxicidade
Sinais de selenose incluem alterações cutâneas e unhas,
cárie dental e anormalidades neurológicas, além de
vômitos, alterações em esmalte de dentes e edema de
pulmão em casos mais graves.
MANGANÊS
Funções
O manganês é um componente de muitas enzimas,
inclusive glutamina sintetase, piruvato carboxilase e
superoxido dismutase mitocondrial.
Ativa muitas enzimas e está associado à formação do
tecido conjuntivo e esquelético, crescimento, reprodução e
metabolismo de carboidratos e lipídios.
Fontes
As fontes mais ricas são grãos integrais, leguminosas,
nozes e chás. São fontes moderadamente boas as frutas e
hortaliças.
Deficiência
Nenhuma evidência de deficiência em humanos. Em
animais causa problemas na reprodução.
Toxicidade
Notificado em mineradores que exalaram manganês. Seu
excesso acumula no fígado e SNC produzindo sintomas
semelhantes ao Parkinson.
A toxicidade também foi relata em indivíduos que
receberam NPT com manganês causando cefaléias,
tonturas, imagens anormais na ressonância magnética e
disfunção hepática.
CROMO
Funções
Potencializa a ação da insulina e influencia o metabolismo
energético, entretanto,o papel proposto do cromo com um
fator de tolerância à glicose é controverso.
O cromo pode regular a síntese de uma molécula que
potencializa a ação da insulina.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  O GTF (fator de
tolerância à glicose) é constituído de cromo trivalente,
glicina, glutamato, cisteína e acido nicotínico. Parece
potencializar as funções normais de insulina, incluindo
a promoção da entrada da glicose no interior das
células.
Fontes
O levedo de cerveja, ostras, fígado e batatas possuem
altas concentrações de cromo; os frutos do mar, grãos
integrais, queijos, frangos, carnes e farelos concentrações
médias.
COZZOLINO & COMINETTI (2013)  a absorção do
cromo ocorre por difusão e a forma orgânica possui
melhor absorção que a inorgânica. Após a absorção o
cromo trivalente entra na circulação por meio da
transferrina e do seu receptor, sendo então transferido
para a cromodulina, peptídeo contendo glicina,
cisteina, glutamato e aspartato.
Pelo menos 80% do cormo absorvido é excretado
pelso rins. Os mecanismos detalhadas da excreção
urinária de cromo não são conhecidos, mas situações
onde tem-se diurese excessiva predispõe a perda
urinária aumentada deste mineral.
Parece que a vitamina C, o oxalato, aminoácidos e
amido melhoram a absorção deste mineral, bem como
a niacina. Ao passo que zinco, ferro e vanádio podem
prejudicar sua absorção.
Deficiência
A deficiência resulta em resistência periférica à insulina e
anormalidades lipídicas, melhoradas com suplementação
de cromo. Entre os sinais de deficiência de cromo tem-se
crescimento prejudicado, concentrações de lipídios séricos
elevadas (colesterol e triglicerídeos), incidência aumentada
de aterosclerose, fertilidade e espermograma diminuídos.
Toxicidade
Lesões de pele foram relatadas entre levantadores de
peso e atletas que utilizavam suplementos á base de
cromo.
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ESPECIFICIDADES DO CROMO (VITOLO, 2014)
A adição de 250mcg de cromo na solução de NPT por
duas semanas melhorou a taxa de remoção de glicose.
Pacientes DM2 que receberam 200mcg tiveram a
hemoglobina glicada reduzida.
Dietas com alta concentração de CHO simples (açúcares),
35% do VET, aumentaram a taxa de excreção urinária de
cromo em adultos. A AI é de 35mcg/dia em homens e
25mcg/dia em mulheres adultos.
MOLIBDÊNIO
Funções
A xantina oxidase, aldeído oxidase e sulfito oxidase
(enzimas que catalisam reações redox) necessitam de um
grupamento prostético com molibdênio. A sulfito oxidase é
importante para degradação de metionina e cisteína e
também catalisam a formação de sulfato a partir de sulfito.
A deficiência de sulfito oxidase é fatal.
Fontes
Encontrado em leguminosas, cereais de grãos integrais,
leite e seus derivados e vegetais folhosos verdes escuros.
Deficiência
Encontrada somente em pacientes em NPT e sinais de
deficiência incluem anormalidades no metabolismo de
enxofre e purinas.
Toxicidade
Uma ingestão superior a 10 – 15mg/d sintomas de gota.
BORO
Funções
O boro está associado às membranas celulares. A
resposta à privação de boro é intensificada quando outros
nutrientes que atuam na função das membranas também
estão deficientes. A privação de boro afeta principalmente
dois órgãos: cérebros e ossos. A deficiência de boro altera
a composição e funcionamento cerebral e reduz a
composição, força e estrutura ósseas.
Fontes
Vegetais e frutas não cítricas, nozes e leguminosas são
boas fontes de boro. Incluindo vinho, cidra e cerveja.
COBALTO
Funções
O cobalto é componente da vitamina B12. Além disso, uma
enzima, a metionina aminopeptidase (regulação da
translação de DNA para RNA) possui necessidade deste
elemento ultra-traço.
Fontes - Alimentos protéicos de origem animal.
Deficiência
A deficiência ocorre somente em relação à deficiência de
B12, exibindo sinais de deficiência de B12.
Toxicidade
Uma alta ingestão de cobalto inorgânico produz hiperplasia
de medula óssea, policitemia, reticulocitose e volume
sangüíneo aumentado.
RESUMO DOS MINERAIS (KRAUSE, 2013)
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NECESSIDADES DE VITAMINAS SEGUNDO DRI 2002.
NECESSIDADES DE MINERAIS SEGUNDO DRI 2002

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