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6 - IMTEMPERISMO Eng. Agrônoma Pâmela Cristine Definição : Alterações que ocorrem sobre os constituintes da rocha (material de origem) em condições normais do ambiente (física, química e biológica). CONCEITO Ação dos elementos climáticos desintegrando os minerais. Alteração do tamanho dos minerais: sem haver mudança na composição. 1 - Intemperismo Físico 3 a) Ação da temperatura : Variação da TºC diária e durante as estações do ano. Diária é mais significativa que a anual (dilatação e contração brusca). Exemplo: BA Rochas claras (53ºC / 23ºC) e rochas escuras (63ºC / 23ºC). Granulação das rochas:Grosseira Aparecimento de trincas. Fina Aparecimento externo maior que o interno 1- Intemperismo Físico b) Ação do gelo : Menor volume da água está a 4ºC, abaixo desta aumenta o volume de água. Preenchimento das trincas das rochas com água em regiões mais frias: Congelamento: Pressão para rompimento ( 1 décimo). Exemplo: Experimento em Freezer a – 20ºC : 1 - Intemperismo Físico Figura 1. Fragmentação por ação do gelo. A água líquida ocupa as fissuras da rocha (a), sendo posteriormente congelada, expandindo e exercendo pressão nas paredes (b). a b Congelamento da Água Figura 2. Bloco de gnaisse fraturado pela ação do gelo nas fissuras (Antártica). Foto: Michael Hambrey. c) Ação do Vento : Partículas em suspensão transferem energia pela ação do impacto (efeito abrasivo). Grande importância em regiões áridas e semi-áridas (deposição do arenito Botucatu Basalto Arenito Bauru). 1 - Intemperismo Físico d) Ação mecânica da água : Processo erosivo: Energia produzida pelo impacto da gota d’água durante a chuva. Gota de 5,0mm de diâmetro : Velocidade máxima terminal da gota é alcançada à 8,0 m do solo. Ação mecânica da água pode causar desintegração de rochas : Principalmente as sedimentares. 1 - Intemperismo Físico e) Alívio de pressão : Degradação de massa rochosa por diminuição de pressão de camadas superiores: Erosão da crosta rochosa de parte mais alta para parte mais baixa (relevo tem papel importante). Processos físicos de maneira geral, facilitam a ação do ataque químico do material de origem. 1 - Intemperismo Físico Desintegração física : Ação mecânica das raízes que crescem nas trincas das rochas. Decomposição química : Através da liberação de ácidos orgânicos e CO2 pelas raízes e material em decomposição Baixo pH. H2O + CO2 Ácido Carbônico (H2CO3) 2 - Intemperismo biológico Figura 2. Ação do crescimento de raízes, alargando as fissuras e contribuindo para a fragmentação das rochas. Foto: Alain Ruellan. Decomposição através da transformação de um composto químico em outro. Ação da H2O + CO2 H2CO3 Ácidos orgânicos: formados pela decomposição de resíduos vegetais. 3 - Intemperismo químico Os processos químicos compreendem 2 fases: Aparecimento de certos minerais secundários (in situ); Aparecimento de outros produtos por precipitação de soluções: produtos solúveis ao intemperismo (in situ ou transportado pela água); 3 - Intemperismo quimico Temperatura (ºC ) 0 10 18 34 50 Grau de dissociação da água 1 1,7 2,4 4,5 8,0 Minerais (silicatos: felsdspatos) em contato com água, os silicatos sofrem a hidrólise, resultando numa reação alacalina, pelo fato de o H4SiO4 estar praticamente indissociado e as bases muito dissosciadas (bases fortes). 3 - Intemperismo químico Hidrólise: Dissociação parcial da água Carbonatação: Ação do chamado ácido carbônico Oxidação : Envolve a perda de elétrons. d) Redução : Envolve o ganho de elétrons. e) Hidratação e Desidratação : Ganho ou perda de água na estrutura cristalina do mineral. f) Solubilização: Ação de organismos presentes sobre as rochas e que liberam compostos orgânicos e CO2 que acidificam o meio. Insolúvel Solúvel 3 - Intemperismo químico Olivina: (Mg, Fe)2 SiO4 Serpentina: (Mg, Fe)3 Si2O5(OH)4) Fatores Ambientais : a) Clima: Precipitação : Chuvas (quantidade e distribuição). Temperatura (intensidade). Interfere nas profundidades atingidas para intemperismo das rochas (quanto mais chuva mais alta TºC Mais profundo age). Hidrólise : Não ocorre quando não existe água no meio e TºC abaixo de 0ºC. 4 - Fatores que afetam o intemperismo b) Relevo : LATOSSOLOS ARGISSOLOS GLEISSOLOS Nível Hidrostático (lençol freático) Chuvas Infiltração : Hidrólise + lixiviação Alta intemperização (solos profundos e mais desenvolvidos). Encharcamento (ambiente Anaeróbico com processo de Redução e acúmulo de M.O. Menor infiltração de H 2O : Menor intemperismo e lixiviação (solos mais rasos e menos desenvolvidos). 4 - Fatores que afetam o intemperismo c) pH : Quanto mais ácido o meio : Maior a decomposição. 4 - Fatores que afetam o intemperismo Solos alcalinos : pH 9 Solos calcários : pH 7 – 8 Solos ácidos : pH 4 – 6 Água do mar : pH 8 – 9 Água da chuva : pH 7 Água de rio : pH 6 – 7 d) Tempo : Esta relacionado com a velocidade das reações químicas (dependendo das condições do meio). 4 - Fatores que afetam o intemperismo Fatores Estruturais : 4 - Fatores que afetam o intemperismo a) Condições físico-químicas de formação do mineral. Quanto mais diferentes as condições naturais de formação : Mais facilmente ocorre a decomposição. KAlSi3O8 TºCde formação (ºC) (microclima) < 700 (ortoclase) 700- 800 (sanidina) > 850 b) Substituição iônica : Quanto maior a substituição (Si por Al) : Maior a decomposição pela menor estruturação do mineral. Cria “vazios” na matéria sólida (decomposição da Malha cristalina). 4 - Fatores que afetam o intemperismo c) Clivagem : Forma como o mineral se rompe. Quebra Fratura Clivagem Rompimento em planos pela ação de uma força. Quanto maior a capacidade de clivagem : Maior o aparecimento da decomposição química (entrada de água pelas trincas). 4 - Fatores que afetam o intemperismo d) Granulação : Tamanho dos grânulos. Quanto menor a granulação maior a superfície específica : Maior a decomposição. 4 - Fatores que afetam o intemperismo referencias Eng. Agrônoma Prof. Dra. – Alexandra sanae maeda Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003) e mestrado (2005) e doutorado (2009) em Agronomia pela mesma instituição. Atualmente é docente da Universidade Católica Dom Boso-UCDB, unidade Campo Grande-MS, atuando na área de Solos. Tem experiência na área de Agronomia, com especialidade em Sistemas de Produção, atuando principalmente nos seguintes temas: nutrição de plantas, fertilidade do solo, adubação nitrogenada e potássica, adubação foliar (B e Zn), cultura do trigo, cultura do abacaxi, cultura da cana-de-açúcar e solo de cerrado. OBRIGADA!
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