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Pessoa Jurídica - Resumo Maria Helena Diniz

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THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
CONCEITO 
Unidade de pessoas naturais ou de patrimônios, que 
visa à consecução de certos fins, reconhecida pela 
ordem jurídica como direitos e obrigações. 
Cunha Gonçalves 
Associações ou instituições formadas para realização 
de um fim e reconhecidas pela ordem jurídica como 
sujeito de direito. 
Silvio Rodrigues 
Entidades a que a lei empresta personalidade. Isto é, 
seres que atuam na vida jurídica, com personalidade 
diversa da dos indivíduos que os compõem, capazes 
de serem sujeitos de direitos e obrigações na ordem 
civil. 
REQUISITOS 
1. Organização de pessoas ou de bens; 
2. Licitude de propósitos ou afins; 
3. Capacidade jurídica reconhecida por norma; 
Pessoa jurídica é uma realidade jurídica. 
CLASSIFICAÇÃO 
Nacionalidade 
Nacional ou Estrangeira, tendo em vista a 
articulação á ordem jurídica que lhe deu 
personalidade, sem se ater a nacionalidade dos 
membros que a compõe e á origem do controle 
financeiro. 
* Nacional 
 Organizada conforme a lei brasileira; 
 Tem no País a sede de sua administração; 
(Arts. 1.126 a 1.133 CC) 
* Estrangeira 
 Deve ser autorizada pelo poder executivo do 
País, independente de seu objeto; 
 Salvo, se for acionista de sociedade anônima 
brasileira; 
 Se autorizada, será sujeita as leis e tribunais 
brasileiros, quanto aos atos aqui praticados; 
 Deverá ter representante no Brasil e poderá 
nacionalizar-se, tendo sede aqui. (Arts. 1.134 
a 1.141 CC) 
 
Estrutura Interna 
* Universitas Personarum 
É a corporação, um conjunto de pessoas, que apenas 
coletivamente goza de direitos e deveres por meio 
de uma vontade única. 
P. ex. Associações e Sociedades. 
Associações e Sociedades 
 Têm um patrimônio, que é um meio para a 
consecução dos fins perseguidos pelos 
sócios; 
 Tem órgãos dominantes que visam atingir 
fins internos e comuns. 
* Universitas Bonorum 
É um patrimônio personalizado destinado a um fim 
que lhe da unidade. 
P. ex. Fundações 
Fundações 
 Patrimônio é o elemento primordial, junto 
com o objetivo a que se destina; 
 Tem órgãos servientes (servem), miram em 
fins externos e alheios, estabelecidos pelo 
fundador. 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno 
ou externo, e de direito privado. 
DIREITO PÚBLICO 
EXTERNO 
 Regulamentada pelo direito internacional; 
 Abrange nações estrangeiras, santa sé, 
uniões aduaneiras, que tem por escopo 
facilitar comercio exterior; E organismos 
internacionais (ONU, INTERPOL) 
Estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas 
pelo direito internacional público. 
INTERNO 
* Administração Direta 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
 Legalmente constituídos. 
 
THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
* Administração Indireta 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
IV - as autarquias, inclusive as associações 
públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas 
por lei. 
Órgãos descentralizados, criados por lei, com 
personalidade jurídica própria para o exercício de 
atividades de interesse público. 
 Autarquias (Sum. STF 33, 73, 74, 79, 501, 583 
e 620; STJ 497) 
Que tem capacidade de auto-administração, 
sistema que pode tornar-se independente do 
meio ambiente e existir por contra própria, 
criada mediante lei para fins específicos. 
INSS, INCRA , JUCESP, etc. 
 
 Associações Públicas (Lei 11.107/2005, art. 
1) 
São consórcios públicos com personalidade 
jurídica de direito publico, pois conjugam 
esforços de entidades publicas, afirmam 
acordos para a execução de um objeto de 
finalidade publica, mediante lei. 
Consórcio COPATI, formado por municípios 
cortados pelo rio Tibagi, no Estado do Paraná, 
com objetivo de preservar esse rio. 
 
 Fundações Públicas (Art. 41, parg. Único CC) 
São fiscalizadas pelo Tribunal de Contas e 
indiretamente pelo MP, constitui um 
patrimônio voltado à consecução de fins de 
interesse público. 
Fundação da Biblioteca Nacional 
Surgem quando a lei individualiza um 
patrimônio a partir de bens pertencentes a 
uma pessoa jurídica de direito público, 
realizando um fim administrativo e dotando-
o de organização adequada. 
 
 Agências Reguladoras 
Autarquias federais especiais incumbidas de 
normatizar, disciplinar e normatizar, 
disciplinar e fiscalizar a prestação de certos 
bem o serviços de grande interesse publico 
por agentes econômicos públicos e privados, 
dotados de poder regulador e de dever, para 
atuarem administrativamente dentro dos 
estritos limites autorizados por lei, são órgãos 
democráticos com estrutura colegiada, 
realizam obrigatoriamente consultas e 
audiência públicas, canalizando conflitos 
existente entre as agências econômicas e os 
usuários, atendendo a um dever de oficio ao 
elaborar texto que receberão criticas e 
sugestões da sociedade naquelas consultas 
ou audiência publicas, exercem competências 
legais próprias, tendo autonomia de poder 
público, monitora a intervenção da 
administração no domínio econômico, 
funciona como instancia decisória dos 
conflitos entre concessionarias e usuários e 
fiscaliza a execução de serviços públicos. 
ANEEL, ANATEL, ANVISA, ANS. 
 
 Agências Executivas 
Têm natureza especial e são autarquias ou 
fundações públicas dotadas pelo regime 
especial, qualificadas pelo Poder Executivo, 
desde que cumpram os requisitos: 
a) Ter plano estratégico de 
reestruturação e de desenvolvimento 
institucional em andamento; 
b) Celebrado contrato de gestão com o 
respectivo Ministério supervisor. 
As agências tem maior autonomia de 
gestão do que as autarquias e fundações 
públicas comuns. Ampla é a sua 
autonomia gerencial, orçamentaria e 
financeira e devem firmar contrato de 
gestão com a adm central, 
comprometendo-se a efetuar as metas 
de desempenho que lhes foram 
atribuídas. 
 
Art. 41, Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, 
as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha 
dado estrutura de direito privado, regem-se, no que 
couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste 
Código. 
As fundações públicas são dotadas de personalidade 
jurídicas de direito público, porém sua estrutura é de 
direito privado, tem regime jurídico regido por 
forme especial e funcionamento, como a sua 
criação, modificação ou extinção que deve ser 
THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
autorizadas por lei, e não será lhes aplicado o art. 69 
do CC. 
As entidades que prestam serviços públicos, 
empresas públicas e as sociedades de economia 
mista, apesar de dotadas de personalidade jurídica 
de direito privado, estão disciplinadas por normas 
administrativas tributarias e trabalhistas e seu 
funcionamento, pelas normas do CC, de natureza 
cível ou empresarial, salvo disposição legal em 
contrario. (arts. 173 parg. 1 a 5, 41 parg. Único e 99 
parg. Único) 
Enunciado 141 CJF 
A remissão do art. 41, parágrafo único, do Código Civil às 
pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado 
estrutura de direito privado, diz respeito às fundações 
públicas e aos entes de fiscalização do exercício 
profissional. 
DIREITO PRIVADO 
Instituído por iniciativas de particulares. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresasindividuais de responsabilidade 
limitada. 
FUNDAÇÕES 
Universalidade de bens, personalizadas pela ordem 
jurídica, com fim estipulado pelo fundador, sendo 
que este objetivo é imutável e seus órgãos 
servientes (servidores), todas as resoluções estão 
limitadas pelo fundador. PUCSP, FAFIMAN 
Recebe da lei a capacidade jurídica para realizar as 
finalidades pretendidas pelo seu instituidor, em 
atenção ao seu estatuto, conforme art. 62 desde 
que tenham fim de: 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, 
por escritura pública ou testamento, dotação especial de 
bens livres, especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se 
para fins de: 
I – assistência social; 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico 
e artístico; 
III – educação; 
IV – saúde; 
 V – segurança alimentar e nutricional; 
 VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente 
e promoção do desenvolvimento sustentável; 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias 
alternativas, modernização de sistemas de gestão, 
produção e divulgação de informações e conhecimentos 
técnicos e científicos; 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e 
dos direitos humanos 
IX – atividades religiosas; 
 
I Jornada de Direito Civil, promovida pelo Centro de 
Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal. 
Enunciado 8 – Art. 62, parágrafo único: a constituição de 
fundação para fins científicos, educacionais ou de 
promoção do meio ambiente está compreendida no CC, 
art. 62, parágrafo único. 
 Enunciado 9 – Art. 62, parágrafo único: o art. 62, 
parágrafo único, deve ser interpretado de modo a excluir 
apenas as fundações com fins lucrativos. 
A fundação deve almejar consecução de fins nobres, 
para: 
* Proporcionar a adaptação à vida social; 
* Obtenção de cultura; 
* Desenvolvimento intelectual; 
* Respeito aos valores ambientais, espirituais, 
artísticos, materiais ou científicos. 
Esses fins não podem ser violados, p. ex. para 
satisfazer interesses pessoais do fundador. 
* Bens 
Sua natureza consiste nas disposições de bens, em 
vista de determinados fins especiais. 
 Não são alienáveis 
Porque asseguram a concretização dos 
objetivos traçados pelo fundador. 
Salvo, comprovada a necessidade de venda 
(Arts. 66 e 69 CC) 
 Se forem insuficientes 
Serão doados ou incorporados a outra 
fundação com fim igual ou semelhante 
(Art. 63 CC) 
THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
Associações 
Conjunto de pessoas que colimam fins ou interesses 
não econômicos. 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de 
pessoas que se organizem para fins não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e 
obrigações recíprocos. 
 Podem ser alterados, pois seus membros 
deliberam livremente, já que seus órgãos 
são dirigentes; 
 Não há fim lucrativo ou intenção de dividir 
o resultado; 
 Seu patrimônio é formado por 
contribuições de seus membros para a 
obtenção de fins culturais, educacionais, 
esportivos, religiosos, beneficentes, 
recreativo, morais, etc. 
 Pode realizar negócios para manter seu 
patrimônio, sem proporcionar ganho para 
os associados, p. ex. vender aos seus 
membros uniformes, bolas, etc. 
Enunciado 534 CJF 
As associações podem desenvolver atividade econômica, 
desde que não haja finalidade lucrativa. 
Contrato pelo qual certo numero de pessoas ao se 
congregar, coloca, em comum, serviços, atividades, 
conhecimentos em prol de um mesmo ideal, com o 
objetivo em consumar determinado fim não 
econômico ou econômico, com ou sem capital, sem 
intuitos lucrativos. 
* Finalidades 
 Altruísticas 
Associação beneficente 
 Egoísticas 
Associação literária, esportiva ou 
recreativa 
 Econômica não lucrativa 
Associação de socorro mútuo 
* Ato constitutivo 
Conjunto de cláusulas contratuais vinculantes, 
ligando seus fundadores e novos associados que 
nela ingressam. Nele deverão estar, sob pena de 
nulidade: 
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações 
conterá: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos 
associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
para evitar lavagem e delitos disfarçados por atos 
beneficentes. 
V – o modo de constituição e de funcionamento dos 
órgãos deliberativos; 
VI - as condições para a alteração das disposições 
estatutárias e para a dissolução. 
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das 
respectivas contas. 
 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado com a inscrição do ato constitutivo no 
respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-
se no registro todas as alterações por que passar o ato 
constitutivo. 
Plena é a liberdade de associação para fins lícitos. 
* É vedada a formação de: 
 Associações com fins ilícitos 
Proibidas por lei, tendo atividades 
atentatórias à moral, aos bons costumes e à 
ordem pública. 
 Societas Criminis 
Conluio entre duas ou mais pessoas para a 
prática de determinado crime. 
 Societas Sceleris 
Associação que tem por finalidade reunir 
malfeitoras para prática de crimes, organizar 
quadrilhas (CP art. 288) 
 Associação política paramilitar 
Busca realização de objetivos políticos com 
organizações de caráter militar. 
A sociedade é uma modalidade de agrupamentos, 
dotada de personalidade jurídica, sendo pessoa 
jurídica de direito privado, voltada a realização de 
finalidades culturais, sociais, pias, religiosas, 
recreativas, etc., cuja existência legal surge com o 
assento de seu estatuto, em forma pública ou 
particular, no registro competente, desde que 
satisfeitos os requisitos legais, tendo ela objetivo 
licito e estando regularmente organizada. Salvo, 
THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
casos em que pode ser exigida para sua constituição 
previa autorização governamental, que será federal. 
* Registro 
 Trás personalidade jurídica para a 
associação; 
 Sem ele, torna-se uma associação 
irregular, não personificada, sem 
personalidade jurídica, será uma mera 
relação contratual disciplinada pelo seu 
estatuto; 
 Mesmo irregular, será representada pela 
pessoa que a administrar (CPC, art. 74 IX) 
* Direitos e Deveres 
 Com a sua personificação terá aptidão 
para ser sujeito de direitos e deveres; 
 Capacidade patrimonial, constituindo seu 
patrimônio sem relação com os 
associados, adquirindo vida própria e 
autônoma, não se confundindo com seus 
membros, é uma nova entidade orgânica; 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, 
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, 
ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, que os efeitos de certas e determinadas 
relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares dos administradores ou sócios da pessoa 
jurídica. 
 Cada um dos associados constituirá uma 
individualidade e a associação uma outra, 
tendo cada um seus direito e deveres 
apesar de não serem recíprocos. 
Art. 53. Parágrafo único. Não há, entre os associados, 
direitos e obrigações recíprocos. 
* Existência Legal 
 Poderá existir “no papel”, sendo 
juridicamente reconhecida; Condição: somente no momento em que 
todos os cargos estiverem preenchidos, 
para suprir os interesses e fins de sua 
constituição. 
* Terceiro 
 Há um liame obrigacional entre associação 
e terceiro em razão de atos negociais, p. 
ex. locação de prédio para sua sede, 
aquisição de materiais, etc.; 
Associações Beneficentes 
 Finalidades caritativas, p. ex. casas de 
misericórdia, creches, APAE, FEPA, 
Alcoólicos Anônimos. 
 Registrado no Conselho Nacional de 
Serviço Social; 
 Suas rendas apuradas são destinadas ao 
atendimento gratuito das suas finalidades, 
seus direitos e associados não recebem 
nenhuma remuneração pelos serviços 
prestados; 
Associações de Assistência Sociais 
 Hospitais beneficentes, hospícios, creches, 
asilos, orfanatos, etc.; 
 Sem fins lucrativos; 
 Atendem pessoas enfermas, carentes, 
abandonadas, marginalizadas, etc.; 
 Com objetivo de socorre-las, auxilia-las ou 
integra-as na vida econômico-social, 
procurando ampara-las, orienta-las, 
higieniza-las, reeduca-las, para que 
premiadas pela necessidade, não se torne 
antissociais, indo pelo caminho da 
criminalidade e da improdutividade. 
Associações de Utilidade Pública 
 Prestam serviços sociais e educacionais, 
gratuitamente; 
 Recebem subsídios ou auxílios financeiros 
governamentais; 
 Deve haver declaração de sua utilidade 
pública federal, estadual ou municipal; 
 Sujeitas ao controle e à continua 
fiscalização da administração pública; (Leis 
n. 91/35, 6.639/79, 9.637/98 e 9.790/99) 
Associações ou Organizações Religiosas 
 Organizadas de conformidade com as 
normas de direito comum; 
* Confrarias ou Irmandades 
 Associação de leigos; 
 Prestam obediência às leis civis; 
 Embora seus deveres estejam em seus 
regulamentos, sofrem intervenção de atos 
episcopais (do bispo) na sua administração no 
THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
sentido de conduzi-la à fiel efetivação de suas 
finalidades; 
 Sob autoridade e inspeção do bispo, destinadas 
a manutenção do culto, auxilio espiritual de seu 
membros, ao exercício de obras de piedade; 
 Confrarias não se confundem com as devoções, 
estas constituem meras congregações de fato, 
não regidas por normas estatutárias; 
* Fábricas Paroquiais 
 Conselhos constituídos por pessoas que 
administram bens e rendas paroquias 
destinadas à conservação da igreja e dos 
cultos, sob a fiscalização da autoridade 
eclesiástica; 
* Ordem Monástica 
 Compostas por pessoas cuja vida individual 
ficará absorvida na coletiva, fazem votos de 
pobreza, obediência e castidade; 
* Os cabidos 
 Associações de Cônegos (religioso que 
participa de um colegiado), conselheiros do 
bispo; 
 Tem direitos e deveres, patrimônios, 
representação jurídica ativa e passiva, selo 
para expandir os atos capitulares, abrangem 
as corporações de clérigos para prover em 
serviço do culto; 
Art. 44, § 1o São livres a criação, a organização, a 
estruturação interna e o funcionamento das organizações 
religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes 
reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e 
necessários ao seu funcionamento. 
Com isso fica garantido a liberdade e autonomia dos 
cultos. 
Enunciado 143 CJF 
A liberdade de funcionamento das organizações religiosas 
não afasta o controle de legalidade e legitimidade 
constitucional de seu registro, nem a possibilidade de 
reexame, pelo Judiciário, da compatibilidade de seus atos 
com a lei e com seus estatutos. 
Associações Espiritualistas 
 Centros espiritas, tendas de umbanda, entidades 
com praticas relativas à teosofia ou a divulgação 
da doutrina esotérica ou kardecista; 
Associações Secretas 
 Tem fins lícitos (humanitários, educativos, 
filosóficos, morais, religiosas, científicos) 
 Seu fim é revelado aos iniciados ou 
filiados; 
 Só serão pessoa jurídica de direito privado 
se registrado seus atos constitutivos; 
 P. ex. Maçonaria, Fraternidade, etc. 
Associações formuladas para manutenção de 
escolas livres ou de extensão cultural 
 Universidades populares e institutos 
educacionais particulares; 
 Formados por grupos de professores. 
Associações Culturais 
 Científicas, literárias, musicas ou artísticas; 
 Dentre elas, as que se destacam são: As 
associações de titulares de direitos de 
autor e dos que lhe são conexos, as 
academias de letras, os observatório 
astronômicos, as associações de geologia 
e geografia, as associações culturais de 
intercambio internacional e as comissões 
organizadoras de exposições ou os 
comitês promotores. 
Associação de Profissionais Liberais 
 Profissionais que exercem a mesma 
atividade; 
 P.ex. Associações dos Advogados, 
atendem a defesa dos interesses da classe 
e o aprimoramento da profissão, 
mediante cursos, publicação de trabalhos, 
formação de biblioteca, manutenção de 
fichário de jurisprudência, etc. 
Associações Desportivas 
 Autonomia resguardada pela CF, quanto a 
sua organização e funcionamento (art. 217 
I); 
 Entidades básicas que buscam organizar, 
ensinar e fomentar a pratica dos 
desportos; 
 P. ex. aeroclube, clube de caça e de tira ao 
alvo; 
Associações Recreativas 
 Visam o entretenimento ou o 
divertimento de seus associados; 
THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
 Como clubes sociais, intercâmbios, 
promovem festas, reúnem em federações. 
Associações de Amigos de Bairro 
 Se reúnem não só para a proteção de 
seus imóveis contra dano eventual, mas 
também para a defesa do bairro, obtendo 
melhorias e evitando atos lesivos ao meio 
ambiente; 
Caixas de Socorro 
 Formados por empregados de companhia, 
fabricas, usinas, etc.; 
 Buscam obtenção de subsídios, inclusive 
pensões, aos associados e familiares, 
mediante contribuição de cada 
empregado componente. 
Sindicatos 
 Profissionais que representam uma 
categoria profissional idêntica, similar ou 
conexa, formados pela livre adesão de 
assalariados de uma empresa (CLT art. 511 
e ss); 
 Para fins de estudo, coordenação e defesa 
de interesses profissionais e econômicos, 
coletivos ou individuais, participam nas 
negociações coletivas do trabalho; 
 Sem necessidade de autorização estatal 
para sua fundação, ressalvado o registro 
no órgão competente, vedando-se a 
interferência do poder público na 
organização sindical; 
 P. ex. sindicato dos metalúrgicos, sindicato 
agrícola ou rural, etc.; 
Associação Garimpagem 
 Para o exercício da garimpagem nas áreas 
e nas condições estabelecidas pela União; 
 Estado poderá favorecer a sua 
organização em cooperativa, levando em 
conta a proteção do meio ambiente e a 
promoção econômico-social dos 
garimpeiros; 
 Terá prioridade na autorização ou 
concessão para pesquisa e lavra dos 
recursos e jazidas minerais garimpáveis, 
na sua área de atuação fixada pelo 
governo. 
Cooperativas 
 Associações sob forma de sociedade, 
numero aberto de membros; 
 Objetivo de estimular a poupança, a 
aquisição e a economia de seus 
associados, mediante atividade econômica 
comum, para atingir um fim econômico 
não lucrativo, em prol de seus 
integrantes, agindo juntamente com eles 
ou com terceiros; 
 Constituem-se por contrato, reunindo 
cooperação de pessoas físicas e 
excepcionalmente de pessoas jurídicas; 
 Formada em razão de qualidades pessoais 
de seus associados (Art. 1.093 a 1.096 CC); 
 Tem princípio da adesão livre, pois seus 
associados podem entrar e sair quando 
quiserem, salvo em exigências 
estatutárias; Não dependem de autorização para sua 
criação, sendo vedada qualquer 
interferência estatal no seu 
funcionamento (Art. 5 XVIII CF), salvo se for 
cooperativa de crédito, lei complementar 
disporá sobre seu funcionamento (Art. 192 
CF); 
Art. 192. CF O sistema financeiro nacional, estruturado de 
forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País 
e a servir aos interesses da coletividade, em todas as 
partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de 
crédito, será regulado por leis complementares que 
disporão, inclusive, sobre a participação do capital 
estrangeiro nas instituições que o integram. 
 Constituem uma forma de organização de 
atividade econômica, tendo por finalidade 
a produção (Art. 187 VI CF) agrícola ou 
industrial ou a circulação de bens ou de 
serviços; 
 Estrutura de prestação de serviços, 
voltada ao atendimento de seus 
associados, possibilitando exercício de 
uma atividade econômica comum, sem 
objetivar lucro; 
 Vendem as mercadorias por preço baixo 
apenas aos associados ou lhes conseguem 
fundos sem intuitos lucrativos; 
THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
 Regidos pelo princípio da mutualidade, 
suas decisões não obedecem à força do 
capital investido por cada um dos 
cooperadores, mas subjetivamente ao 
valor da pessoa natural ou jurídica que as 
compõe; 
Cooperativas buscam uma cooperação para a 
obtenção de um fim econômico e no a interposição 
lucrativa das sociedades. 
 O atual CC considera-as como sociedades 
simples, e não como associações (art. 982, 
parg único, 1.093 a 1.096); 
Associações de Agentes de Seguro 
 Colocam em comum suas comissões 
decorrentes de suas operações, para 
reparti-las proporcionalmente; 
* Seguros Mútuos 
 Formados por pessoas que seu unem, por 
meio de estatutos; 
 Intuito de repartir entre os associados o 
ressarcimento de dano, que 
eventualmente um deles possa vir a sofrer 
em razão de certo sinistro, p. ex. incêndio. 
* Tontinas 
 Sem intenção lucrativa, determinadas 
pessoas, mediante operação aleatória 
mercantil, colocam em comuns bens ou 
dinheiro, para que os rendimentos ou 
capitais dos que premorrerem acresçam 
aos dos associados sobreviventes. 
 Modalidade de seguro de vida, exclusão 
dos segurados originários em razão de 
sobrevivência do último deles. 
Convenção Coletiva de Consumo 
 Formado por entidades civis de consumo 
e as associações de fornecedores ou 
sindicatos econômicos; 
 Regular relações de consumo, que tenham 
por objeto não só esclarecer condições 
relativas ao preço, qualidade, quantidade, 
garantia e as características de produtos e 
serviços, bem como à reclamação e 
composição do conflito de consumo. 
Trustes ou Ententes 
 Formado entre produtores que fazem um 
acordo para evitar o envilecimento do 
preço (redução do preço), fixando o valor 
das mercadorias, pretendendo uma 
economia trustificada; 
 Com a cooperação econômica, há uma 
monopolização no mercado, eliminando 
concorrência e impondo preços. 
Associações Políticas ou Partidos Políticos 
 Pessoas com ideias comuns, com 
finalidade de conquistar o para a 
consecução de um programa; 
 Associações civis que visam assegurar, no 
interesse do regime democrático, 
autenticidade do sistema representativo e 
defender os direitos fundamentais; 
 Adquirem personalidade jurídica com o 
registro de seus estatutos mediante 
requerimento ao cartório competente do 
Registro Civil das Pessoas Jurídicas da 
capital federal e ao Tribunal Superior 
Eleitoral. 
* Partidos Políticos 
 Poderão ser livremente criados, com 
autonomia para definir sua estrutura 
interna, organização, funcionamento e 
para adotar os critérios de escolha e o 
regime de suas coligações eleitorais, sem 
obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, 
estadual, distrital ou municipal, devendo 
seu estatuto estabelecer normas de 
disciplina e fidelidade partidária; 
 Proibido receber recursos financeiros ou 
de governo estrangeiro; 
 Deve prestar contas à Justiça Eleitoral; 
 Com a criação da associação, se tem: 
a. Estruturação em normas estatutárias 
(Art. 54 I a VII CC) 
b. Interesse especial de utilidade geral, 
sem fins lucrativos, se dele desviar-se 
a entidade governamental poderá 
cessar ou pedir sua dissolução judicial; 
 
THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
c. Regulamentação uniforme e severa 
no estatuto dos direitos e deveres dos 
associados, em busca da 
impossibilidade de impedir o exercício 
do direito ou da função conferida ao 
associado, salvo em casos 
estabelecidos pelo estatuto ou pela 
lei, e também de poder exigir o 
cumprimento das obrigações; 
 
d. Natureza contratual que une o 
membro a associação, deve-se 
observar as normas estatutárias. O 
estatuto é um contrato social que 
disciplina as relações internas, logo, 
terceiros não ficarão obrigados às 
suas instruções. 
 
e. Pagamento inicial, em regra, pelos 
associados, por seu ingresso no grupo 
e de contribuições periódicas 
pecuniárias, podendo ficar 
convencionada a prestação de 
serviços pessoais; 
 
f. Não há existência de direitos e 
deveres recíprocos entre os 
associados, mas existe um liame 
obrigacional entre associados e 
terceiros (alugar sede), nas relações 
entre associação e associados exitem 
direitos e deveres apenas estatutários. 
 
g. Abster-se de atos que venham a 
ofender os fins da associação, sejam 
eles econômicos ou não; 
 
h. Invulnerabilidade de direitos 
individuais especiais p. ex. direito à 
presidência, ao voto reforçado, etc. 
Nenhum associado poderá ser 
impedido de exercer direito ou função 
que lhe tenha sido conferido, salvo 
casos previsto em lei ou no estatuto 
(Art. 58 CC). A assembleia não poderá 
efetivar todas as deliberações da 
maioria, há certos direitos essenciais 
do associados, oriundos do pacto 
social, insuscetíveis de violação. O ato 
constitutivo poderá, acatando o 
princípio da isonomia associativa, 
apesar de os associados deverem ter 
direito iguais, criar posições 
privilegiadas ou outorgar vantagens, 
direito especiais ou preferencias para 
certas categorias de membros (Art. 55 
CC); 
 
i. Seu funcionamento é por meio da 
diretoria que é baseada nas normas 
do estatuto. Ela tem o mandato para 
representar os associados e afiliados, 
judicialmente e extrajudicialmente 
(Art. 5, XXI CF); 
 
j. Manutenção de quota social à 
finalidade associativa; 
 
k. Intransmissibilidade (gratuita ou 
onerosa) inter vivos ou causa morts, 
do associado à terceiro sem o 
consenso da associação ou sem 
permissão estatutária (art. 56). Se vier 
perder tal qualidade por p. ex. morte 
ou exclusão, ninguém assumirá por 
indicação sua, exceto se no estatuto 
houver cláusula admitindo essa 
transmissibilidade ao seu sucessor; 
 
l. Não há lucro, portanto à ausência de 
repartição de lucros. 
 
m. Participação na assembleia geral com 
direito de voto (art. 55), todos os 
associados tem direito ao voto, 
garante-se a um quinto dos 
associados a convocação dos órgãos 
deliberativos, apresentando a 
diretoria requerimento por eles 
escrito (art. 60); 
 
n. Para destituição de diretoria ou 
alteração do estatuto segue-se o 
princípio da maioria simples, voto dos 
presentes, quórum estabelecido por 
estatuto, que também deve conter os 
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critérios de eleição dos 
administradores (art. 59); 
 
o. Os que discordam dasdecisões 
tomadas pela maioria, cabem 
somente o direito de retirar-se da 
entidade; 
 
p. Estipulação no estatuto da 
competência da assembleia geral. A 
alteração estatutária feita sem 
deliberação da assembleia geral será 
nula; 
 
q. Imposição de sanção disciplinar aos 
associados que infringirem as normas 
ou que praticarem atos prejudiciais ao 
grupo, que podem chegar a expulsão 
desde que haja justa causa, podendo 
o associado defender-se e impor 
recurso (art. 57); 
 
r. Pode o associado retirar-se a qualquer 
momento, mediante apresentação de 
pedido de demissão, não podendo ser 
obrigado a permanecer filiado à 
entidade (art. 5, XX CF); 
 
s. Continuidade da existência da 
associação; 
Art. 56, Parágrafo único. Se o associado for titular de 
quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a 
transferência daquela não importará, de per si, na 
atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao 
herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
t. Perda da propriedade de cada um dos 
bens conferidos à associação, no 
instante da dissolução, cada associado 
terá direito à cota de comunhão. 
 
u. Admissibilidade de acréscimo da 
quota dos bens do associado, que 
antes da dissolução da entidade, vier a 
perder sua qualidade de membro, à 
dos outros. 
 
v. Não é possível em caso de dissolução 
a partilha entre coassociados, não 
havendo disposição estatutária ou 
deliberação social relativa ao destino 
do acervo. 
Se a entidade for altruística, o que 
sobrar será designado a entidades 
com fins idênticos ou similares, se não 
existir entidade publica ou não ter as 
características necessárias será 
entregue à Fazenda Pública do Estado, 
DF ou União. 
Não sendo altruística o associado 
pode receber uma quota liquida, 
exceto se o estatuto dispuser o 
contrário. 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu 
patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as 
quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do 
art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos 
designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação 
dos associados, à instituição municipal, estadual ou 
federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por 
deliberação dos associados, podem estes, antes da 
destinação do remanescente referida neste artigo, receber 
em restituição, atualizado o respectivo valor, as 
contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da 
associação. 
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito 
Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, 
instituição nas condições indicadas neste artigo, o que 
remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do 
Estado, do Distrito Federal ou da União. 
w. Se houver empregados, para os 
efeitos exclusivos da relação 
empregatícia, está sujeito as normas 
de legislação trabalhista (art. 2, parg. 1 
CLT) 
 
x. Mandado de segurança coletivo por 
partido politico com representação no 
Congresso Nacional e por organização 
sindical, entidade de classe, ou 
associação legalmente constituída e 
em funcionamento há pelo menos um 
ano, em defesa dos interesses de seus 
THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
membros ou associados (art. 5, LXX a e 
b CF); 
 
y. Legitimidade para mover ação de 
responsabilidade civil por dano 
causado ao patrimônio artístico ou 
cultural, ao meio ambiente e ao 
consumidor. 
Sociedades 
Art. 44, § 2o As disposições concernentes às associações 
aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto 
do Livro II da Parte Especial deste Código. 
Assim aplicam-se também os Arts. 53 a 61 CC, exceto 
as sociedades limitadas, os arts. 57 e 60. 
 Se houver previsão contratual, pode-se os 
sócios deliberarem sobre a exclusão por 
justa causa, extrajudicialmente, assegurando 
o direito de defesa de acordo com o art. 
1.085; Deliberações sociais podem ser 
convocadas pela iniciativa dos sócios que 
representam 1/5 do capital social, na 
omissão do contrato. 
Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a 
maioria dos sócios, representativa de mais da metade do 
capital social, entender que um ou mais sócios estão 
pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de 
atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da 
sociedade, mediante alteração do contrato social, desde 
que prevista neste a exclusão por justa causa. 
Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser 
determinada em reunião ou assembléia especialmente 
convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo 
hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do 
direito de defesa. 
Sociedade Simples 
Art. 997 a 1.038 
Visa um fim econômico ou lucrativo, repartido entre 
os sócios, alcançado pelo exercício de uma profissão 
ou prestação de serviços técnicos. 
P. ex, sociedade imobiliária, sociedade de 
advogados, sociedade de médicos, etc. 
 Pratica eventualmente, atos peculiares ao 
exercício de uma empresa, tal fato não a 
desnatura, o que importa para a 
identificação da natureza da sociedade é a 
atividade principal por ela exercida; 
 Tem autonomia patrimonial e atua em 
nome próprio; 
 Sua existência é distinta dos sócios, seus 
débitos não são dos sócios e vice-versa. 
Sociedade Empresárias 
Visam lucro mediante atividade mercantil. 
Formas 
 Sociedade em nome coletivo; 
 Sociedade em comandita simples; 
 Sociedade em comandita por ações; 
 Sociedades limitadas; 
 Sociedade anônima ou por ações; 
Empresária Simples 
Seu objeto é o exercício 
das atividades 
econômicas organizadas 
para produção ou 
circulação de bens ou de 
serviços, sujeito a 
registro. Art. 982 CC 
Não exercer tais 
atividades, mesmo que 
adote qualquer forma 
empresarial. Art. 983 CC 
Também a empresário 
rural, constituída de 
acordo com um dos 
tipos de sociedade 
empresaria, requerido 
inscrição no Registro das 
Empresas da sua sede. 
Art. 984 CC 
Exceto se for anônima 
ou em comandita por 
ações, serão 
empresarias. Art. 982 
parg. único CC 
 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se 
empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de 
atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 
967); e, simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, 
considera-se empresária a sociedade por ações; e, 
simples, a cooperativa. 
Empresas Individuais de Responsabilidade 
Limitada 
Art. 980-A CC 
Uma pessoa é a titular da totalidade do capital 
social, não inferior a 100x o maior salario mínimo 
vigente no Brasil, regidas pelas normas da sociedade 
limitada, seu nome deve incluir Eireli. 
THAIS LAVORATTO – PESSOA JURÍDICA P. 275 a 312 
Empresa Pública 
De direito privado, tem patrimônio próprio e capital 
exclusivo da União, criada para a exploração de 
atividade que o governo seja levado a exercer por 
forca de contingencia ou de conveniência 
administrativa. 
P. ex., a Companhia de Pesquisa de Recursos 
Minerais, etc. 
Regidas por normas voltadas ao direito empresarial 
e trabalhista, com cautela do direito público, p. ex. 
licitações, porque lidam com recursos e capitais 
públicos. 
Sum. 501 STJ Compete à Justiça Ordinária Estadual o 
processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das 
causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas 
contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou 
sociedades de economia mista. 
Sociedade de Economia Mista 
De direito privado, criada para a exploração de 
atividade econômica, sob a forma de sociedade 
anônima,cuja ações pertencem a união ou a 
atividade administrativa indireta. 
Súm. 42 e 39 STJ, 8, 76, 501, 517 e 556 STF.

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