Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Integrantes: Henrique Sued Blanco Silva Matheus de Castro Fiusa Turma: PS4B Prof. Luiz Otávio Fagundes Amaral 29 de Maio de 2018/1 Experiência 7/8 Introdução A eletroquímica é o campo de estudos das reações que envolvem transferência de elétrons, ocorrendo, frequentemente, a transformação de energia química em energia elétrica e vice-versa. Os processos estudados na eletroquímica são nomeados reações de oxirredução e sua relevância concentra-se no fato de ser ser a base do funcionamento de dispositivos como as pilhas, que funciona a partir de reações espontâneas, sendo o processo inverso também é possível. Desse modo, somos capazes de forçar reações químicas não espontâneas aplicando-se uma corrente elétrica, o processo é conhecido por eletrólise. As reações de oxirredução ocorrerão de forma espontânea quando o Δεo (ddp) e ΔG (Energia livre de Gibbs) forem negativos. Caso contrário, a reação ocorrerá somente se for submetida uma corrente elétrica ao sistema. Objetivo ● Avaliar, por meio dos experimentos, se as reações observadas são espontâneas ou não; ● montagem da pilha de Daniell; ● executar, reconhecer os produtos e caracterizá-los para a reação de eletrólise; Materiais ● Fontes de energia; ● eletrodos de grafite; ● multímetro; ● eletrodos de zinco e cobre; ● ponte salina; ● tubo em U para eletrólise; ● condutores metálicos; ● solução de KI 0,5 mol/L; ● fenolftaleína; ● soluções de ZnSO4 e CuSO4 à 1,0 mol/L; ● solução saturada de KCl; ● prego; ● lâminas metálicas de cobre e zinco Procedimentos ● Verificação qualitativa da tabela de potencial de oxidação - Em tubo de ensaio, adicionou-se pequena quantidade da solução de cobre (II). Em seguida, mergulhou-se um prego nessa solução atentando-se à indícios de ocorrência de reação; - Em um béquer preenchido com solução de Zn (II), mergulhou-se uma lâmina de cobre e, atentando-se à indícios de reação anotou-se os resultados; ● Montagem da pilha de Daniell - Em um béquer, adicionou-se 25 mL da solução de sulfato de cobre (II) e também, em outro béquer, a mesma quantidade da solução de sulfato de zinco (II); - Ligou-se um eletrodo de zinco ao terminal negativo do multímetro e mergulhou-lhe na solução de ZnSO4, ligou-se também um eletrodo de cobre ao terminal positivo do multímetro e mergulhou-lhe na solução de CuSO4 - Conectou-se os béqueres com uma ponte salina; - Leu-se a diferença de potencial no multímetro; - Calculou-se a diferença de potencial da pilha por meio de valores tabelados para os potenciais de redução; ● Eletrólise - O experimento da eletrólise foi executado por toda a turma em conjunto, a montagem e manipulação foram realizadas pelo professor; - Procedeu-se a ligação entre os pólos da fonte de energia e os eletrodos de grafite imersos em solução de KI e aguardou-se por 2 a 3 minutos para que a eletrólise se processasse; - Observou-se e anotou-se os resultados; - À um dos lados do tubo (catodo) adicionou-se 1 gota de fenolftaleína, observou-se e anotou-se os resultados; - Ao outro lado do tubo (anodo), adicionou-se 1 gota de dispersão de amido, observou-se e anotou-se os resultados; Verificação das áreas anódicas e catódicas -1 gota de solução de NaCl contendo K3[Fe(CN)6] (indicador ferroxílico) e fenolftaleína foi adicionada à uma lâmina de Fe limpa. - Observou-se e anotou-se os resultados Discussão dos Resultados 1. O experimento 1 avaliou a tabela de potencial padrão de redução de forma qualitativa. Observou-se que, ao mergulhar o prego em solução de Cu(II), a superfície do prego cobriu-se de uma camada de Cobre sólido de forma espontânea, o que se justifica pelo potencial padrão de redução do ferro, que é menor que do cobre. Concluindo, o ferro tem maior tendência a se oxidar que o cobre, o que foi verificado com a ocorrência da reação. Ao adicionarmos uma placa de Cu à solução de Zn (II) não ocorreu reação, o que comprova os dados da tabela, onde o valor para o potencial padrão de redução do cobre é bem maior que o do zinco. 2. No segundo procedimento, executou-se a montagem da de pilha de Daniell. Nesse experimento, era esperado que o voltímetro informasse uma voltagem de aproximadamente +1,10V, no entanto, observou-se um valor de aproximadamente +1,07V. A pequena diferença observada ocorre, muito provavelmente, em virtude de perdas na concentração das soluções. Zn^2+ (aq) + 2e- → Zn (s) Ɛº = - 0,76 V Cu (s) → Cu^2+ (aq) + 2e- Ɛº = - 0,34 V Total Ɛº = - 1,10 V Tabela 1 - Voltímetro 3. No terceiro procedimento, executou-se uma eletrólise do KI. No anodo, ocorre a formação de iodo sólido pois seu potencial de oxidação é maior que o da água. Já não anodo, ocorre formação de OH- por ter maior potencial de redução. Assim, a reação global da eletrólise é: 2I-(aq) → I2(aq) + 2e- - 0,83 V Anodo 2H2O(L)+2e- → H2(g) + 2 OH- - 0,54 V Catodo 2I-+ 2H2O → H2 + 2OH-+ I2 - 1,37 V Tabela 2 - Eletrólise Observou-se que d e um dos lados do tubo em U a solução se tornava amarelada e, ao adicionar-se dispersão de amido a essa solução ela adquiriu coloração azul, em virtude da interação do amido com o iodo. Na outra ponta, ao adicionar-se fenolftaleína, o tubo adquiriu coloração rosa, em virtude da presença de íons OH- como produto da redução e formação de gás hidrogênio. Conclusão Com o experimento, pudemos comprovar a natureza elétrica de algumas reações e, desse modo, constatar o principio dos fenômenos que tornam possível o deslocamento de cargas promovendo trabalho elétro dentro de aparelhos como smartphones e relógios de pulso. Foi possível entender a previsibilidade das reações redox, ou seja, supor se determinada reação será ou não espontânea e que a concentração dos reagentes determina a diferença de potencial produzida no sistema. A relevância da ponte salina também pode ser constatada e seu papel mantenedor do equilíbrio, fechando o circuito nas pilhas. Assim, essa prática foi de grande importância para o nosso entendimento da eletroquímica, já que provou vários conceitos teóricos já conhecidos pelos alunos. Referência Apostila de Química Geral (2016)
Compartilhar