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RECURSOS - PROCESSO CIVIL - Rodrigo da Cunha Freire

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RECURSOS – PROCESSO CIVIL 
Professor Rodrigo da Cunha Lima Freire – Chefe da Cadeira de Processo das FMU
Autor do CPC pra Concursos
Twitter: rodrigocunhacpc 
Facebook: Rodrigo Cunha Lima Freire (seguir) – Posta novas decisões do STJ, debate sobre o tema (Juiz Babá – protege você de você mesmo), questões de concurso.
Facebook: Rodrigo Cunha Lima 2 – Não fala sobre o direito nessa página.
07 – 08 – 2013
1. Apresentação
Entrevista no Terra para o Professor Luis Flávio Gomes
2. Metodologia de Aula
3. Programa:
3.1 Teoria Geral dos Recursos: conceito, natureza jurídica, admissibilidade e mérito, efeitos, recurso adesivo;
3.2 Recursos em Espécie: apelação, agravos, embargos de declaração, embargos infringentes, recurso especial e extraordinário.
4. Avaliações
Av. Continuada: atividade, fez a atividade tem um ponto.
Av. Regimental (serve para o Exame e também para a Segunda Chamada): 3 questões aproximadamente: duas questões problemas (descreve um problema, qual é o recurso cabível?); uma questão discorra sobre, por exemplo, discorra sobre o efeito devolutivo. Em geral, por 1 ponto não fica nem de exame e nem de DP direto. A questões serão com base naquilo que foi dito em sala de aula.
5. Bibliografia
- Código de Processo Atualizado; Em 2.013 houve a inclusão de um artigo no CPC 285-B;
- Pode ter um Código Comentado do Professor ou do Nelson Nery;
- Doutrina – se já estava acompanhando com um Manual ou Curso pode continuar utilizando;
- Livro do Professor da Coleção Saberes do Direito – Saraiva – Processo Civil Volume 3 – Recursos – Esse livro é como se fosse uma aula escrita;
- Manual de Direito Processual Civil – Daniel Assunção Neves – Volume Único;
- Marcus Vinícius Rios Gonçalves;
14 – 08 – 2013
TEORIA GERAL DOS RECUROS
Recurso quer dizer reintroduzir no curso.
1. Conceito
Recurso é o meio que a lei põe à disposição da parte vencida, do Ministério Público e do terceiro prejudicado para reformar, anular, esclarecer ou integrar uma decisão judicial dentro do processo em que foi proferida. 
Só é a lei quem cria, somente lei federal porque é competência da União.
Legitimidade recursal: a parte vencida, o MP e o terceiro prejudicado.
Objetivo: anular, reformar, esclarecer, integrar.
2. Natureza Jurídica
O recurso é um prolongamento do direito de ação. 
O recurso é, também, um ônus processual, não se trata de um dever. (quando não se cumpre o dever há uma sanção, no caso do recurso, é uma faculdade, um ônus).
No novo CPC haverá sucumbência recursal – onde há condenação honorária do recurso. Ou seja, sempre que recorrer haverá o risco de sofrer uma condenação à sucumbência recursal.
3. Admissibilidade e mérito
O Juízo de Admissibilidade, no caso da ação, é uma espécie de filtro que o juiz faz verificando os pressupostos processuais e as condições da ação. No caso da ação, os pressupostos processuais correspondem ao Juízo de Admissibilidade e o Mérito (é o pedido do autor) corresponde ao Juízo de Mérito.
O mérito da causa é o pedido do autor.
Primeiro são examinados os pressupostos recursais. Em seguida é examinado o mérito recursal. 
Os pressupostos recursais correspondem ao Juízo de Admissibilidade e após é examinado o mérito recursal. Por exemplo: para facilitar a aceitação do recurso, iniciar a petição do recurso da tempestividade do recurso. 
Juízo de Admissibilidade: as palavras utilizadas são conhecer do recurso ou não conhecer do recurso.
Juízo de mérito: as palavras utilizadas são dar provimento ou negar provimento ao recurso.
3.1 Juízo de Admissibilidade:
É formado pelos pressupostos recursais, que são:
1) Cabimento.
2) Legitimidade Recursal.
3) Interesse Recursal.
4) Tempestividade.
5) Regularidade Formal.
6) Preparo.
7) Ausência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer.
CABIMENTO
Diz respeito à recorribilidade do pronunciamento jurisdicional e a escolha da via recursal adequada. 
Devem ser vistos sob dois aspectos:
1- aquele ato do juiz é recorrível? A princípio, não se pode recorrer se for despacho;
2- o recurso escolhido está correto? Não se deve apresentar um agravo para recorrer de sentença porque de sentença cabe apelação.
 
Pronunciamentos Jurisdicionais e Recursos Correlatos
Pronunciamentos Jurisdicionais: o juiz pratica diversos atos no processo e os pronunciamentos jurisdicionais são os mais importantes. Os pronunciamentos jurisdicionais são: 
- Despachos: é o ato do juiz que serve apenas para dar andamento, põe o processo em movimento, é um ato de pouca complexidade, é quase mecânico, é o que mais tem no processo. O despacho não possui caráter decisório e, por isso, não causa prejuízo. Sendo assim, de despacho não cabe recurso. Os despachos são irrecorríveis.
- Decisões Interlocutórias: é o ato do juiz que resolve uma questão incidente. Não é a questão principal. Decisão Interlocutória quer dizer dentro da locução. Ela pode ter qualquer conteúdo, exceto as situações dos arts. 267 e 269.
Por possuir caráter decisório pode causar prejuízo, portanto, cabe recurso de agravo. Além do agravo, a Jurisprudência e a Doutrina também admitem a interposição de Embargos de Declaração de decisão interlocutória. (Embargos de Declaração: pedido que se faz ao juiz ou tribunal para que esclareçam dubiedades, contradição, obscuridades e omissões contidas na sentença, referindo-se o pedido apenas a sua forma.)
Exemplos de decisão interlocutória: antecipação da tutela, exceção de incompetência, quando o juiz indefere a produção de prova.
- Sentenças: é o ato do juiz que tem como conteúdo uma das situações do art. 267 ou do art. 269. A sentença gera a extinção do procedimento. 
A sentença possui caráter decisório, por isso, pode causar prejuízo logo, da sentença cabe recurso. Há dois recursos cabíveis em relação às sentenças:
- Recurso de Apelação;
- Embargos de Declaração.
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial;
Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
VII -pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação;
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu;
XI - nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e III, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas.
§ 2o No caso do parágrafo anterior, quanto ao no II, as partes pagarão proporcionalmente as custas e, quanto ao no III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado (art. 28).
§ 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que lhe caiba § 4o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
Art. 269. Haverá resolução de mérito
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido
III - quando as partes transigirem; 
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; 
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação,
Os pronunciamentos dos Tribunais são chamados de acórdão. Acórdão é uma decisão de um órgão colegiado pertencente a um Tribunal. Sendo decisão monocráticanão pode ser chamada de acórdão.
Possui caráter decisório, portanto, pode causar prejuízo, assim é cabível recurso. Os recursos cabíveis no caso dos acórdãos são:
- Embargos de Declaração;
- Embargos Infringentes;
- Recurso Ordinário;
- Recurso Especial;
- Recurso Extraordinário;
- Embargos de Divergência.
Princípios relacionados ao Cabimento
Há 3 princípios que estão relacionados ao cabimento:
1 – Princípio da Taxatividade: significa dizer que todo recurso deve ser previsto em lei como tal. Todo recurso é criado por lei porque somente a União pode legislar sobre processo e o faz por meio de lei. 
Art. 22, I da CF: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
Não são recursos, por exemplo, o reexame necessário, a reclamação constitucional e o pedido de reconsideração. Essas são figuras que se parecem muito com recursos, mas não são porque recurso somente é criado por lei. Por isso, quando feito o pedido de reconsideração continua correndo o prazo. 
2. Princípio da Singularidade, da Unicidade ou da Unirrecorribilidade: significa que para cada decisão judicial cabe apenas um tipo de recurso. 
Há várias exceções dentro desse princípio, por exemplo: se um acórdão violar, ao mesmo tempo, uma lei federal e a CF? Nesse caso, violando Lei Federal cabe Recurso Especial e na violação da CF cabe Recurso Extraordinário. 
3. Princípio da Fungibilidade: é o princípio que admite a substituição do recurso inadequado pelo recurso adequado ou, o recebimento do recurso inadequado com se fosse o recurso adequado. Haveria uma espécie de troca, o Tribunal receberia o recurso errado como se fosse correto. O requisito para admissibilidade desse princípio é a dúvida objetiva = significa a divergência na Doutrina ou na Jurisprudência acerca do recurso cabível. Esse princípio pode ser aplicado ex oficio ou a requerimento da parte. 
Há quem fale que há outros requisitos para aplicação da dúvida objetiva, é o caso da ausência de erro grosseiro e ausência de má fé (constitui o erro intencional). Tempestividade: deve ser interposto o recurso errado no prazo do certo. Na prática quando houver dúvida sobre qual é o recurso, é melhor interpor no menor prazo. No novo CPC os prazos para interposição dos recursos será igualado.
21 – 08 – 2013
LEGITIMIDADE RECURSAL
Quem pode recursar? Tem legitimidade recursal a parte vencida, o MP e o terceiro prejudicado.
Observações em relação à parte vencida:
1. Estão incluídos no conceito de parte o litisconsorte, o assistente litisconsorcial (é um litisconsorte que ingressa posteriormente), o opoente, o nomeado à autoria, o chamado ao processo e o denunciado à lide entre outros. Todas essas pessoas, na verdade, se tornam partes e, portanto, também podem recorrer;
2. O recurso interposto por um litisconsorte a todos aproveita (todos se aproveitarão desse recurso), salvo se distintos ou opostos os seus interesses; Litisconsórcio unitário (decisão igual para todos).
Litisconsórcio Simples (a decisão pode ser diferente).
Segundo o entendimento que prevalece, tal regra só se aplica ao litisconsórcio unitário.
Art. 509 caput: O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
Ministério Público
O MP tem legitimidade recursal atuando como parte ou como fiscal da lei, ainda que a parte não recorra. 
Terceiro Prejudicado
É aquele que não é parte mas, possui uma relação jurídica atingida direta ou reflexamente por uma decisão judicial. Ex.: locador, locatário e sublocatário: sendo decretado o despejo, o sublocatário poderá recorrer na condição de terceiro prejudicado. O advogado quanto os honorários advocatícios: se o juiz condenar a parte ao pagamento de honorários, o advogado pode recorrer em nome próprio em face dessa decisão (tanto a parte pode recorrer quanto o advogado em nome próprio). O terceiro prejudicado pode optar por impetrar mandado de segurança e não apresentar recurso (obs.: a parte pode recorrer mas, mediante o recurso previsto).
INTERESSE RECURSAL
Significa a utilidade do recurso, vale dizer, o recurso deve ser apto a conferir alguma vantagem ou benefício jurídico. Sendo o recurso provido trará alguma vantagem? 
Ex. 1: o juiz julga o pedido improcedente (sentença de mérito) poderia o réu apelar para pedir a extinção do processo sem resolução do mérito (art. 267)? Isso seria um absurdo porque o réu estaria apelando para receber algo que é muito mais desvantajoso do que já foi proferido. 
Ex. 2: processo extinto sem resolução do mérito (art. 269), poderia o réu apelar para pedir a improcedência? Não é comum mas, o réu pode apelar porque o recurso pode trazer uma situação mais vantajosa do que a que já foi obtida. 
TEMPESTIVIDADE
Significa a interposição do recurso no prazo legal. 
Em geral os recursos devem ser interpostos no prazo de 15 dias.
Os agravos, em média, 10 dias. 
No entanto, o agravo interno ou regimental tem prazo de 5 dias. 
Os embargos de declaração também tem prazo de 5 dias. 
Novo CPC: proposta de unificar tudo em 15 dias e deixar somente os embargos de declaração como 5 dias.
Recurso Prematuro
É o recurso interposto antes da abertura do prazo. Existem duas formas de demonstração da abertura do prazo: a data da disponibilização da informação e a data da publicação.
O prazo começa a correr um dia após a publicação. Na prática há um adiantamento e o recurso é interposto antes de iniciar a contagem do prazo. 
O recuso prematuro é permitido? Atualmente há uma divergência sobre sua admissão:
- Em regra, o STJ admite o recurso prematuro com a ressalva da Súmula 418. 
- Já o STF, em regra, não admite o recurso prematuro. O STF costuma chamar esse recurso de extemporâneo (fora do tempo). 
Súmula 418 do STF: É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação.
Os Embargos de Declaração interrompem o prazo para os demais recursos. Ocorrendo embargos de declaração e, antes da publicação desse acórdão for interposto um recurso especial – o recurso é prematuro – esse recurso só será admitido se for ratificado. Assim, há a necessidade de se entrar com uma nova petição ratificando esse recurso porque ele é prematuro. Na prática, nunca interponha um recurso antes do prazo.
Novo CPC: vai acabar com isso. A idéia do novo CPC é impedir a Jurisprudência defensiva. 
Os embargos de declaração interrompem o prazo dos demais recursos. O prazo será restituído por inteiro. Nos Juizados Especiais os embargos de declaração suspendem o prazo do Recurso Inominado (corresponde à Apelação). 
Prazos Especiais:
- Fazenda Pública, o MP: em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar.
- Defensor Público e os litisconsortes com procuradores diferentes: prazo em dobro para todos os atos processuais (é claro que inclui os recursos). 
* (STJ) Mesmo se os litisconsortes forem casados e constituírem advogados diferentes o prazo é dobrado;
* (STJ) Tornando-se diferentes os advogados no curso do prazo só dobra o prazo restante.
* 5 litisconsortes com advogados diferentes, e somente um deles é condenado: o prazo não será dobrado nesse caso por conta da Súmula 641 do STF: não se conta o dobro o prazo para recorrer quando apenas um dos litisconsortes sucumbiu. 
11 – 09 – 2013
Regularidade Formal
Todo recurso deve apresentar uma forma que o torne apto a alcançar seus objetivos. 
A forma legal mínima pressupõe a presença das razões (causa de pedir) e do pedido. Esse é o mínimo que se exige para todos os recursos.
Obs.: as razões devem ser compreensíveis e devem atacar os fundamentos da decisão recorrida.
Razões: geralmente, quem recorre repete a exordial ou a contestação. Na prática os Tribunais também fazem o copie e cole. 
Dica prática: para atacar os argumentos, não é necessário de repeti-los. É possível dizer o contráriosem a necessidade da repetição. É possível impugnar sem repetir o que foi dito. É como se aquilo que você não quer que apareça, apareça duas vezes quando. Não é preciso dizer novamente o que já consta nos autos. Na repetição há um reforço do que já foi dito e não é isso o que se quer evidenciar. Já coloque diretamente aquilo que se quer. 
Preparo
É um tributo da espécie taxa cujo recolhimento deve ser comprovado para o exame do mérito recursal. Preparo = custas recursais.
Além do preparo é possível a exigência do porte de remessa e de retorno: que é uma despesa pelo transporte dos autos.
Alguns autores compreendem que o preparo é o todo: taxa + porte de remessa e de retorno.
No entanto, quando há os dois, ambos deverão ser pagos.
Preparo: tem haver com valor da causa;
Porte de remessa e de retorno: tem haver com a quantidade de volumes, folhas.
A falta do preparo acarreta a deserção (recurso julgado deserto) e o recurso não será admitido. Por outro lado, se o preparo for insuficiente, o recorrente terá um prazo para complementá-lo (normalmente esse prazo é de 5 dias).
O professor defende que o recurso deve ser aceito mesmo sem o preparo, é só dar um prazo para que a pessoa o efetue preparo (Art. 515, §4º do CPC). 
(Artigo do Professor: Ausência de Preparo e o §4º do art. 515 do CPC)
O preparo deve ser comprovado no momento da interposição do recurso, esse é o sistema adotado pelo CPC. 
Prevalece o entendimento de que o preparo não pode ser efetuado após a interposição do recurso, ainda que dentro do prazo. ocorre a preclusão consumativa – o ato já se consumou não se pode complementar aquele recurso.
Não é a posição do Professor, mas é a que prevalece.
Exceção:
Súmula 484 do STJ: “Admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia útil subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer após o encerramento do expediente bancário.” 
O preparo pode ser efetuado no primeiro dia útil seguinte quando o recurso foi interposto após o encerramento do expediente bancário. Assim, é cabível mesmo que tenha sido feito no último dia do prazo.
Nessa petição é bom já explicar o motivo do preparo não ter sido juntado ao recurso.
Existem recursos que não exigem o preparo, como por exemplo, os embargos de declaração e o agravo retido.
A exigência do preparo não é exigida para todos os recursos.
Há pessoas que são dispensadas do preparo, por exemplo, o beneficiário de justiça gratuita, a fazenda pública e o MP.
Novo CPC
Traz duas alterações:
1. Quando há erro no preenchimento da guia do preparo o Tribunal julga o recurso deserto: no novo CPC haverá um dispositivo específico dizendo que o erro não é caso de inadmissibilidade do recurso.
2. Haverá a figura da sucumbência recursal: perdeu o recurso será condenado em honorários. Será condenado novamente: na Primeira e na Segunda Instância. Terá que pensar 3 X antes de recorrer: tem o preparo – a litigância de má fé – a sucumbência recursal. É possível pagar 3 X pelo recurso.
Errando no preenchimento da guia o valor é retido e temos que entrar com agravo ou embargos de declaração.
Ausência de Fato Impeditivo ou Extintivo do Poder de Recorrer
Os fatos são os seguintes:
- Renúncia ao Recurso;
- Desistência do Recurso;
- Aquiescência (concordância) à decisão;
- Desistência da Ação;
- Transação;
- Reconhecimento Jurídico do Pedido;
- Renúncia ao Direito.
Renúncia e Desistência do Recurso:
Renúncia: é anterior à interposição;
Desistência: é posterior à interposição.
A renúncia e a desistência do recurso não exigem a concordância da parte contrária ou de litisconsorte nem homologação judicial.
Na prática, sempre se faz a homologação embora sempre ocorra.
Aquiescência à Decisão
Há uma concordância com a decisão. Pode ser expressa ou tácita. 
Aquiescência Tácita consiste na prática de um ato incompatível com o recurso. Ex.: o juiz condena o réu a pagar 100 mil reais. Esse réu tem direito a interposição de apelação com duplo efeito (devolutivo e suspensivo: a sentença ainda não vai produzir seus efeitos – é possível recorrer sem cumprir essa decisão). No prazo da apelação o réu paga. Como ele já pagou, não pode apelar porque praticou um ato incompatível com o recurso. Cumprindo é o mesmo que concordar com a decisão. É uma preclusão lógica: pratica um ato incompatível com um outro que pretenda praticar.
Desistência da Ação
Art. 267 do CPC: Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
Casos de sentença processual, extinção sem resolução do mérito.
Após o prazo da resposta a desistência da ação exige a concordância do réu. 
Transação, Reconhecimento Jurídico do Pedido, Renúncia ao Direito.
Art. 269. Haverá resolução de mérito: 
Atenção aos termos utilizados pois um faz coisa julgada material e outro faz coisa julgada formal. A primeira não pode ser reproposta, a segunda sim.
JUIZO DE MÉRITO
O mérito recursal significa o pedido do recorrente.
ADMISSIBILIDADE E MÉRITO
Quem julga os dois? 
Órgão a quo: é aquele que proferiu a decisão recorrida. O órgão a quo pode ser o próprio Tribunal em certos casos.
Órgão ad quem: é aquele que julgará o recurso.
Competência: 
Compete ao órgão ad quem fazer o juízo de admissibilidade e o juízo de mérito. É ele quem faz os dois.
Primeiro faz o juízo de admissibilidade: conhecer ou não conhecer do recurso.
Depois faz o juízo de mérito: dar provimento ou negar provimento ao recurso.
Quando o recurso for dirigido ao órgão a quo este terá competência para fazer um juízo de admissibilidade provisório. Expressões: dar seguimento (juízo positivo) ou negar seguimento (juízo negativo).
Esse juízo é provisório pelo seguinte:
- Sendo positivo deverá ser repetido pelo órgão ad quem. Tem que repetir o juízo de admissibilidade;
- Sendo negativo caberá agravo. 
No fundo, a palavra final será sempre do órgão ad quem. 
Ex.: 
Apelação – juiz – juízo de admissibilidade positivo – tribunal – novo juízo de admissibilidade.
Apelação – juiz – juízo de admissibilidade negativo – agravo – para o Tribunal.
Na prática seria mais fácil mandar diretamente ao órgão ad quem. Isso também está no novo CPC.
Nas hipóteses do art. 557 do CPC o relator do recurso poderá fazer juízo de admissibilidade provisório ou juízo de mérito provisório monocraticamente.
Da decisão do relator caberá agravo no prazo de 5 dias.
Esse dispositivo prevê situações que o relator poderá votar sozinho o recurso. Cabe um agravo ao colegiado ao qual ele pertence. A decisão dele é sempre provisória. 
Art. 557. O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior.
No STJ e STF – existe muito Ministro julgando monocraticamente com base nesse artigo. O relator pode interpretar que toda causa pode ser julgada monocraticamente. E muitas vezes não se recorre principalmente pela intimidação – pois entendem que o recurso é protelatório e aplicam a litigância de má fé. Isso tudo pelo volume, grande quantidade de processo – não se tem Justiça.
Além de estar no CPC, alguns regimentos também prevêem essas mesmas determinações.
Avaliação Continuada – Trabalho Simples – Entrega dia 18/09/13
Trazer um resumo de até duas páginas, MANUSCRITO, sobre o cabimento do agravo: 
- Quando cabe agravo de instrumento?
- Quando cabe agravo de retido? 
No mesmo site tem um artigo sobre o cabimento do agravo.
18 – 09 – 2013
EFEITOS
Devolutivo
O recurso admitido devolve (envia, transfere) ao órgão ad quem a matéria impugnada. 
É um efeito da essência do recurso, todo recurso tem esse feito porque todo recurso leva a matéria impugnada ao órgão ad quem.
O efeito devolutivo é assim denominado por conta de um sentido histórico. No passado o Poder era do Soberano e ele delegava esse poder aos juízos. Os juízes eram delegados do soberano. No início não existia recurso, até que foicriado. Assim, era devolvido ao Soberano esse recurso, porque o recurso devolvia ao Soberano o poder de julgar. 
Suspensivo
O efeito suspensivo é uma qualidade que impede a produção dos efeitos da decisão recorrida. 
Não é da essência do recurso ter efeito suspensivo, é uma escolha do legislador. Este pode escolher atribuir ou não o efeito suspensivo.
Novo CPC: a tendência atualmente é eliminar o efeito suspensivo, todos os outros recursos não terão efeito suspensivo, exceto a Apelação. Comprovando a fumaça do bom direito e o perigo na demora pode ser solicitado pelo requerente o efeito suspensivo.
Toda vez que um recurso não tem efeito suspensivo permite a execução provisória, permite que a decisão seja executada de imediato.
O efeito suspensivo tem início com a simples possibilidade de recorrer (com a abertura do prazo) e termina com a preclusão para interposição do recurso ou com a intimação da decisão do recurso.
Quando se publica a decisão ela já não produz efeitos. 
Ele impede os efeitos da decisão.
Quando não tem efeito suspensivo, foi recebido só no devolutivo.
Quanto tem efeito devolutivo, foi recebido com efeitos devolutivo e suspensivo. 
Novo CPC: com suspensivo, sem suspensivo porque o devolutivo está sempre presente.
Expansivo
Pode ser objetivo ou subjetivo:
Expansivo Objetivo: o julgamento do recurso enseja uma decisão mais abrangente que a matéria impugnada. 
Ex.: juiz indeferiu uma prova – interpõe o agravo retido: fica parado nos autos, quando houver a apelação esse agravo vai subir com a apelação, o Tribunal antes de julgar a apelação deve julgar o agravo – juiz sentencia e julga o pedido improcedente – contra a sentença cabe apelação. Com a apelação sobe o agravo. Julga o agravo e dá provimento, assim o agravo retorna para produzir a prova. Assim, a sentença é anulada. A decisão desse agravo vai anular a sentença, vai se expandir para alcançar a sentença. Apesar de o agravo ser contra uma decisão interlocutória vai alcançar a sentença.
Atinge a matéria
Expansivo Subjetivo:
Art. 509 do CPC: O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
O recurso vai atingir pessoas que não recorreram. Atinge as pessoas.
Translativo
As matérias de ordem pública, como por exemplo falta de condição da ação ou de pressuposto processual, podem ser conhecidas de ofício pelo órgão ad quem. 
O Tribunal quando julgar recurso pode conhecer de ofício as matérias de ordem pública. 
É uma exceção ao efeito devolutivo.
Os artigos abaixo autorizam essa conduta. 
Art. 267, § 3º: O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
Art. 301, §4º: Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste artigo.
Substitutivo
A decisão de mérito do recurso substitui a decisão recorrida. 
Art. 512: O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a sentença ou a decisão recorrida no que tiver sido objeto de recurso.
O recurso deve ser conhecido para que tenha efeito substitutivo, não sendo conhecido, não há efeito substitutivo.
Sendo conhecido o Tribunal pode negar provimento ou dar provimento.
Mesmo que o Tribunal negue provimento haverá efeito substitutivo. 
Quando negar provimento tem efeito substitutivo.
Quando o Tribunal der provimento haverá ou não efeito substitutivo. Depende de erro in procedendo ou do erro in judicando.
Toda vez que há recurso estará alegando erro in procedendo ou do erro in judicando.
erro in procedendo: a decisão é ilegal. Há um erro no procedimento do juiz, por exemplo, falta de fundamentação. A decisão ilegal será anulada, haverá a anulação. Assim, o Tribunal anula e devolve ao órgão a quo para proferir uma nova decisão;
erro in judicando: a decisão é injusta. Não há erro no proceder, há apenas uma discordância. O Tribunal reforma a decisão proferindo outra no lugar daquela. Essa decisão substituirá a decisão anterior.
Sendo provido o recurso só tem efeito substitutivo no erro in judicando.
RECURSO ADESIVO
É uma forma de se interpor apelação, embargos infringentes, recurso especial ou recurso extraordinário no prazo das contrarrazões (resposta ao recurso) sempre que ocorrer sucumbência recíproca. 
Só cabe esses 4 recursos na forma adesiva.
Está sendo interposto um desses 4 recursos na forma adesiva, não é uma forma a mais de recurso.
O recurso adesivo não será admitido se o recurso principal não for admitido. 
Se por qualquer motivo o principal não for admitido, o adesivo não será admitido.
Não está aderindo ao recurso da outra parte. 
25 – 09 – 2013
APELAÇÃO
1. Cabimento
É o recurso cabível das sentenças. Qualquer tipo de sentença ou processual ou de mérito.
2. Requisitos
Tem 3 requisitos próprios:
- Nomes e as qualificações do apelante e do apelado; na prática as qualificações são dispensadas porque é interposto nos próprios autos, já consta lá, não há necessidade de se qualificar novamente (devidamente qualificado, já qualificado); OAB: não precisa fazer a qualificação, seguir a prática;
- As razões;
- Pedido.
3. Efeitos da Apelação
Devolutivo
Conceito: significa que a apelação admitida devolve ao Tribunal a matéria impugnada. Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
Desdobra-se em:
Extensão: constitui a conseqüência do efeito devolutivo.
Existem 3 consequências do efeito devolutivo:
1. O Tribunal não pode julgar matéria estranha ao recurso; não pode apreciar aquilo que não foi objeto da apelação; tatum devolutum quantum apelatum. 
2. O Tribunal não pode agravar (piorar) a situação do recorrente; apenas um agravando não pode piorar: Princípio da Proibição da reformatio in pejus; ninguém pede uma reforma para pior;
3. O Tribunal não pode conhecer de fatos não alegados e de provas não produzidas em Primeira Instância. Aquilo que o Tribunal tem para analisar são os fatos e provas que já existem, não pode trabalhar com fatos nem provas novas, em regra. A apelação não é uma nova ação, é um prolongamento da mesma ação. Novo CPC: autorizará o Tribunal a produzir provas – isso pode ser bom ou ruim por conta do tempo;
Profundidade: são as exceções à regra do efeito devolutivo.
Os mais importantes dispositivos que tratam da profundidade são:
Art. 515, §§ 1 ao 4:
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.
Ex.: autor faz um pedido sucessivo:
Pediu A, não acolhendo A, que acolha o B. Pede anulação, mas se não tiver direito pede o divórcio.
O pedido A é uma questão de mérito e B também. 
O juiz acolhe o pedido A (principal), assim não precisa julgar o B.
O réu apela, foi para o Tribunal. O Tribunal diz que o autor não tem direito ao A, pode acolher o pedido B? Teria o Tribunal que devolver os autos ao juiz? O Código autoriza o Tribunal a julgar o pedido B. Aqui pode ocorrer um único grau de Jurisdição porque julgará o mérito da questão B pela primeira vez. 
Havendo a necessidade de produção de provas tem que devolver ao juiz. 
Novo CPC: esse problema não existirá porque o Tribunal será autorizado a produzir provas.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
Trata dos fundamentos. 
Ex.: o réu alega prescrição e pagamento. Já prescreveu e eu já paguei – tem 2 fundamentos. O juiz acolhe somente a prescrição. Não precisa apreciar o pagamento porque está prescrito. O autor apela alegando o não pagamento. O Tribunal diz que não houve prescrição, assim ele poderá apreciar o pagamento. 
§ 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamentodo mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento.
É chamado de julgamento do mérito per saltum: pula-se uma instância.
O Tribunal julgará o mérito pela primeira vez. 
Para que isso aconteça o Código exige 2 coisas:
1. Questão exclusivamente de direito (não haver necessidade de produção de prova). Se precisar produzir provas tem que devolver para o juiz. 
2. Condições de Imediato Julgamento (conhecido como causa madura). O Tribunal só pode julgar o mérito se o juiz poderia julgar. Por exemplo: falta de citação. 
Cabe recurso dessa decisão que o Tribunal está julgando pela primeira vez? Alguns acórdãos que admitem os embargos infringentes. Cabe o recurso no STF. 
Art. 516. Ficam também submetidas ao tribunal as questões anteriores à sentença, ainda não decididas. 
O juiz pode acabar pulando uma questão. O Tribunal pode apreciar a questão que ficou em aberto. Ex.: o autor pediu para produzir uma prova, o juiz não deferiu nem indeferiu e sentenciou. Sentenciando sem a matéria da prova, quando houver a apelação o Tribunal poderá apreciar. Tem que indicar, na prática, para que o Tribunal aprecie. 
Não cabe embargos de declaração (porque exigem uma omissão dentro de um contexto comissivo), não houve uma omissão dentro da sentença, é uma omissão anterior à sentença. 
Vale para qualquer questão antes da sentença. 
 Art. 517. As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
É uma exceção à regra que o Tribunal não pode apreciar fatos novos.
Autoriza o Tribunal a fazer o julgamento por fatos de motivo de força maior. Ex.: pagamento feito por terceiro, a parte não alegou porque não sabia. Quando ocorrer a apelação e sabendo desse fato pode alegar. O sucessor não sabia que o sucedido tinha feito o pagamento.
Art. 462: Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento da lide, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a sentença.
É uma exceção à regra que o Tribunal não pode apreciar fatos novos.
Trata do fato superveniente, ocorreu depois por isso não foi alegado na Primeira Instância. Ex.: a absolvição no juízo criminal. Um processo civil e criminal correndo paralelamente. O processo está em fase de recurso e nessa fase é absolvido no juízo criminal, assim, pode ser alegado no juízo cível. 
É voltado para a Primeira Instância, mas a interpretação do STJ é que é aplicável aos recursos. 
Art. 267, §3º c/c Art. 301, §4º:
Art. 267, § 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento.
Art. 301, § 4o Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste artigo.
Os artigos tratam de matéria de Ordem Pública, é o efeito translativo. O Tribunal pode conhecer de ofício.
Suspensivo
Conceito: é uma qualidade que impede a produção dos efeitos da sentença. 
Com relação à apelação:
No silêncio da lei a apelação terá efeito suspensivo.
Excepcionalmente a lei prevê casos de apelação apenas com efeito devolutivo. 
Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que:
I - homologar a divisão ou a demarcação
II - condenar à prestação de alimentos; 
Cabe apelação apenas com efeito devolutivo
III – Revogado;
IV - decidir o processo cautelar
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; 
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem. 
VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.
Só tem efeito devolutivo.
Se a apelação só tem o efeito devolutivo, o apelante pode pedir o efeito suspensivo.
Art. 558. O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea e em outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o pronunciamento definitivo da turma ou câmara.
Parágrafo único. Aplicar-se-á o disposto neste artigo as hipóteses do art. 520. 
 
Os requisitos para a obtenção do efeito suspensivo são:
1. fummus boni iuris;
2. periculum in mora.
4. Súmula Impeditiva de Recurso
A apelação não será admitida quando a sentença se fundar em súmula do STF ou do STJ.
Art. 518, §1º: O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal.
O juiz recebe a apelação, abre prazo para a parte contrária apresentar as contrarrazões. Fará um juízo de admissibilidade e estipulará se será recebida nos efeitos devolutivo ou suspensivo.
02 – 10 – 2013
AGRAVOS
Não é algo tão diferente da apelação visto que na origem tudo era apelação.
O agravo só existe no Brasil e em Portugal.
1. Cabimento
O agravo é o recurso cabível das decisões interlocutórias.
Não cabe nunca agravo de decisão colegiada. 
Excepcionalmente, cabe em face de sentença: da sentença que decreta falência cabe agravo.
2. Espécies de Agravo
Existem 4 tipos de agravo:
Agravo Interno (também chamado de Agravo Regimental, Agravo Inominado ou Agravinho): cabível das decisões monocráticas dos integrantes de Tribunais. Ex.: desembargador/ministro proferiu uma decisão monocrática. Seu prazo é de 5 dias. Novo CPC: se chamará agravo interno.
Agravo do Art. 544 (também chamado de Agravo de Despacho Denegatório. STJ: Agravo em Recurso Especial. STF: Recurso Extraordinário com Agravo): cabível contra as decisões denegatórias de seguimento de Recurso Especial ou de Recurso Extraordinário. É um agravo para fazer subir o Recurso Especial ou o Recurso Extraordinário.
Novo CPC: se chamará Agravo de Admissão. 
Art. 544.  Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, caberá agravo nos próprios autos, no prazo de 10 (dez) dias. 
Recurso Especial: Resp
Recurso Extraordinário: Re
São remetidos ao Presidente ou Vice Presidente do Tribunal a quo. Farão o juízo de admissibilidade.
Na prática, normalmente negam seguimento. Assim, tem que fazer o recurso e já deixar o agravo pronto.
É um agravo interposto dentro dos próprios autos (não necessita de instrumento), também são remetidos para o Presidente ou Vice do Tribunal a quo. Assim, eles o remetem à Brasília. A esse agravo eles não podem negar seguimento, assim, eles não podem fazer o juízo de admissibilidade desse agravo. Assim, na prática, sendo admitido o agravo, já é julgado também o recurso especial ou extraordinário. Não dando provimento ao agravo, é julgado monocraticamente. Dessa decisão cabe agravo regimental. 
Sendo indeferido os dois, será necessário fazer dois agravos. 
Não há preparo para este agravo.
3. Agravo Retido e Agravo de Instrumento
Os agravos retido e de instrumento são cabíveis contra as decisões interlocutórias de primeira instância.
Agravo Retido
É interposto nos próprios autos e sobe para o Tribunal com a apelação. Ficará retido, parado nos autos. Antes de julgar a apelação, o agravo é julgado. É interposto para que um dia a matéria seja apreciada pelo Tribunal. É um agravo sem custo, não tem despesa, não tem preparo, não precisa tirar cópia de nada pois é interposto nos próprios autos. É um agravo barato. O ruim é que leva muito tempo para ser julgado, tendo pressa ou urgência “esquece esse agravo”.
Agravo de Instrumento
Forma novos autos e é interposto diretamente no Tribunal. É julgado independentemente dos autos principais que ficam na primeirainstância.
É julgado mais rapidamente que o agravo retido. Tem um custo que é caro. Está submetido à preparo, e por formar novos autos, é necessário cópias que, muitas vezes, são capa à capa. Para a parte que agrava, em geral, é um agravo interessante.
Antes a parte podia optar entre interpor um ou outro.
Atualmente o agravo será retido, exceto em 5 situações:
Urgência ou Periculum in mora. (Agravo de Instrumento). É como coração de mãe, cabe tudo;
Decisão de Inadmissibilidade da Apelação. (Agravo de Instrumento);
Decisão quanto aos efeitos da Apelação. (Agravo de Instrumento);
Tratam de cumprimento de sentença: decisão da liquidação de sentença. (Agravo de Instrumento). O juiz condena mas não liquida o valor da sentença. Termina com uma decisão e dessa decisão cabe agravo de instrumento;
Tratam de cumprimento de sentença: decisão da impugnação ao cumprimento de sentença quando não houver extinção da execução. O executado pode se opor ao cumprimento por meio da impugnação, é uma defesa no cumprimento de sentença, essa impugnação é julgada ao final, gerando a extinção cabe apelação, não gerando a extinção cabe agravo de instrumento. (Agravo de Instrumento).
Não sendo um desses 5 casos, trata-se de agravo retido.
Aspectos importantes:
1. Das decisões interlocutórias em audiência de instrução e julgamento cabe agravo retido oral e imediato. O juiz proferindo uma decisão somente na audiência de instrução de julgamento (é aquela que produz a prova) o agravo além de ser retido tem que ser oral e imediato;
2. O relator converterá o agravo de instrumento em agravo retido quando aquele não for adequado. O relator entendendo que o agravo de instrumento não é adequado, converte em agravo retido. Nem sempre isso acontece, há muito relator que não realiza a conversão, isso porque ele já parou para ler e acaba proferindo a decisão.
Na prática, vale interpor o agravo de instrumento. 
Novo CPC: deixará de existir o agravo retido, em troca dele haverá o protesto. O protesto é para garantir que quando houver recurso ordinário aquela matéria subirá junto. Aqui está trocando 6 por meia dúzia e esquecendo que o processo civil é diferente do processo trabalho.
No agravo de instrumento haverá 13 hipóteses, hoje temos 5, só a primeira cabe diversas coisas, assim não há muita diferença.
Requisitos do Agravo Retido e do Agravo de Instrumento
Agravo Retido:
- Razões;
- Pedido;
- Requerimento formulado nas razões ou nas contrarrazões de apelação reiterando o recurso. Avisar o Tribunal que existe um agravo retido e pedindo sua apreciação, não fazendo ele não será reconhecido. 
Agravo de Instrumento:
- Exposição do fato e do direito. Trata-se de um histórico para lembrar que o agravo de instrumento forma novos autos, é bom situar o tribunal sobre o que ocorreu no processo;
- Os nomes e os endereços dos advogados. No entanto, a petição é peça que deve compor o agravo e lá já se encontra os dados dos advogados, então, essa exigência se faz desnecessária;
- As razões e o pedido.
Além desses requisitos, necessário se faz tirar cópia dos autos.
Há 3 tipos de peças:
1. Peças Obrigatórias: deve constar;
2. Peças Necessárias: deve constar;
3. Peças Facultativas: peças que se quer juntar.
09 – 10 – 2013
As peças do Agravo de Instrumento são:
Peças Obrigatórias:
1. Cópia da Decisão Agravada;
2. Cópias das Procurações;
3. Cópia da Certidão de Intimação: para aferir a tempestividade.
Faltando qualquer uma delas o recurso não será conhecido, não há possibilidade de se juntar depois. Os Tribunais comumente se a cópia da certidão de intimação não ficar legível não reconhece o recurso.
Peças Necessárias:
1. Documentos Indispensáveis à compreensão da controvérsia, depende de cada caso, é muito subjetivo. O juiz indeferiu uma tutela antecipada, o documento indispensável é a cópia da petição inicial pois não dá para aferir se o autor tem ou não direito à tutela antecipada; 
Na dúvida, cópia integral para não correr o risco do recurso ser indeferido.
Há um julgado do STJ autorizando ser juntado posteriormente as peças necessárias.
Facultativas:
São quaisquer outras que o agravante queira juntar. Junta tudo, o que não for obrigatória ou necessária entra como facultativa.
Novo CPC: qualquer peça poderá ser juntada depois, será concedido um prazo.
ART. 526
Art. 526. O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá juntada, aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso. 
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo, desde que argüido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo.
O agravante tem o prazo de 3 dias para comunicar ao juiz a interposição do agravo (tem a finalidade de justamente abrir a possibilidade de o juiz se retratar) se não houver o cumprimento dessa regra o recurso não será conhecido desde que o agravado alegue e prove.
O Tribunal não pode, de ofício, não reconhecer o recurso.
Qual é o prazo para o agravado alegar e provar? não há nada na lei, mas há quem diga que é o mesmo prazo das contrarrazões.
EFEITOS DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
O agravo de instrumento tem apenas o efeito devolutivo mas, o agravante pode requerer o efeito suspensivo ou o efeito ativo (antecipação da tutela recursal). 
Art. 527, III: poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso (art. 558), ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
Art. 558: O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea e em outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o pronunciamento definitivo da turma ou câmara. 
O efeito ativo é conhecido como antecipação da tutela recursal.
Atualmente, quase todos os agravos tem o pedido de efeito suspensivo ou de efeito ativo. É algo mais simples de se obter.
PROIBIÇÃO DE AGRAVO INTERNO
Cabível nas decisões monocráticas, como regra. 
No entanto, há 2 casos de proibição de agravo interno:
1. Decisão do relator convertendo o agravo de instrumento em agravo retido;
2. Decisão do relator quanto aos efeitos do agravo de instrumento.
É possível fazer um pedido de reconsideração, vai para o mesmo relator.
Além de ser possível interposição do mandado de segurança, este é cabível quando não há possibilidade de interposição de recurso.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Cabimento
É muito utilizado na prática. Os juízes não gostam porque se sentem muito criticados. 
Os embargos de declaração estão previstos no art. 535.
Art. 535: Cabem embargos de declaração quando: 
I - houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição;
A jurisprudência já pacificou o entendimento de que é cabível em face de decisão interlocutória. Em relação ao despacho há divergências.
Também há quem admita em relação à decisão monocrática.
Omissão significa uma ausência de decisão quanto a uma alegação relevante, quanto a um pedido ou quanto a uma matéria de ordem pública;
Ex.: foi pedido dano moral e material, o juiz apreciou somente o dano moral, falta apreciar o dano material;
Obscuridade se dá quando o pronunciamento jurisdicional é ininteligível, vale dizer, a falta de clareza compromete a sua compreensão. Em síntese, não se é possível compreender o que o juiz disse. Se qualquer pessoa não consegue compreender o que o juiz escreveu, serve para esclarecer. 
Contradição se dá quando o pronunciamento jurisdicional contém afirmações incompatíveis, excludentes. Ex.: a fundamentação diz uma coisa e o dispositivo diz outra; o juiz julga o pedido do autor procedente e condena o próprio autor a pagar honorários.
Nos embargos é importante deixar claro o que se está alegando, recurso de fundamentação vinculada: omissão,obscuridade ou contradição.
A Jurisprudência vem admitindo os embargos de declaração em outros 2 casos:
1. Erro Material é algo que não precisaria de embargos, podem ser corrigidos a qualquer tempo e, inclusive de ofício. Ex.: erro de digitação, erro de cálculo, até mesmo após o trânsito em julgado.
2. Equívoco Manifesto. Ex.: o desembargador não viu a guia do preparo e julgou o recurso deserto. A guia do preparo estava lá. A parte embargou de declaração dizendo que havia um equívoco manifesto. O desembargador levou para a sessão e admitiram os embargos de declaração. Esse desembargador era processualista e publicou esse caso. Assim, passaram a ser aceito os embargos de declaração por equívoco manifesto.
Novo CPC: ele adotará todas essas outras posições, ampliará o rol desse artigo.
Caráter Infringente ou Efeito Modificativo
Se dá quando a decisão dos embargos modifica o conteúdo da decisão embargada.
O caráter infringente deve ser admitido apenas como decorrência lógica e natural do provimento do recurso mas, não pode ser o objeto do recurso.
Não pode utilizar os embargos de declaração para suprir a necessidade de outro recurso.
É proibido o caráter infringente puro.
Efeitos dos Embargos de Declaração
Interrompe o prazo dos outros recursos.
Há muita divergência:
Efeito Devolutivo e Efeito Suspensivo: há quem entenda que existe e quem entende que não existe. 
Novo CPC: constará expressamente que não haverá efeito suspensivo.
Quando a lei não diz nada, é porque tem o efeito suspensivo. 
Prazo de 5 dias e é interposto pelo mesmo julgador.
16 – 10 – 2013
EMBARGOS INFRINGENTES
Cabimento
São admitidos na seguinte situação:
1. Acórdão não unânime que, em apelação, reforme uma sentença de mérito; Confirmando na apelação, não cabe porque não há o que desempatar visto que temos a sentença procedente para o autor e, também, no Tribunal o acórdão foi confirmado. Quando temos essa confirmação a sentença e o acórdão estão no mesmo sentido. Quando há uma reforma a sentença e o acórdão estão em sentido diferente. O legislador não quer o que se chama de dupla conformidade;
2. Ação Rescisória (ação para derrubar a coisa julgada nas hipóteses do art. 485 do CPC) julgue o pedido procedente. Sendo julgado improcedente não cabe porque quem propõe uma ação rescisória já está em desvantagem visto que já inicia perdendo, a sentença já foi desfavorável para este.
O julgamento é feito pelo mesmo Tribunal. O regimento interno é que determina qual é o órgão julgador. 
Novo CPC: não vão desaparecer, mas deixarão de ser um recurso. Se o acórdão for não unânime o Tribunal complementará o julgamento com outros julgadores. Assim quando não for unânime não se acaba o julgamento, necessitará de um complemento. Isso evita todo o desgaste da admissibilidade do recurso.
Questões que envolvem os embargos infringentes
Decisão de Reexame necessário cabe embargos infringentes? Nos casos de sentença contra a Fazenda Pública, não cabe os embargos infringentes por conta de Súmula 390 do STJ: prevê que não cabe embargos infringentes contra reexame. Assim, não é apelação não cabe embargos infringentes.
Decisão de Agravo? Em princípio não cabe visto que somente são cabíveis em ação rescisória e apelação. No entanto, é possível admitir em alguns casos:
1. Agravo contra sentença que decreta falência: curiosamente a lei de falência diz que cabe agravo. A falência é decretada por meio de uma sentença, assim, esse agravo por maioria de votos pode reformar uma sentença de mérito, por isso, cabe embargos infringentes porque temos uma sentença.
2. ocorrendo decisão por conta do mérito, sendo um agravo e não apelação, assim, os embargos infringentes são admitidos. Súmula 255 do STJ: admite embargos infringentes contra decisão de agravo se a matéria for de mérito.
O interesse geral é se a matéria for de mérito, no fundo, pouco importando qual é o recurso, o que interessa mesmo é se a matéria for de mérito.
Art. 515, §3º, cabe embargos infringentes? é o caso em que o Tribunal julga o mérito pela primeira vez. O Tribunal não está reformando uma sentença de mérito e o julgando pela primeira vez. O STJ tem algumas decisões admitindo os embargos nesse caso, sendo mérito. Não há previsão legal. Como dessa decisão não cabe nenhum recurso, é plausível o cabimento dos embargos infringentes. 
Mandado de Segurança é cabível embargos infringentes? Não cabe porque a lei do mandado de segurança proíbe sua interposição.
Prazo:
15 dias.
Não há nada na lei que dispense as custas.
RECURSO ORDINÁRIO – TAMBÉM CONHECIDO COMO ROC – RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
Existe tanto no processo civil quanto no processo penal.
Cabimento
É cabível par ao STF e o STJ.
STF – cabimento:
1. Decisão Denegatória em mandado de segurança, mandado de injunção ou habeas data de competência originária de Tribunal Superior. 
Impetrando diretamente num Tribunal Superior e a decisão for denegatória (decisão denegatória: desfavorável ao impetrante) cabe o recurso ordinário para o Supremo.
STJ – cabimento:
Há dois casos de recurso ordinário:
1. Decisão Denegatória em Mandado de Segurança de competência originária de Tribunal Local.
Sendo impetrado diretamente num tribunal local, sendo decisão denegatória é cabível o Recurso Ordinário para o STJ. Sendo decisão concessiva não é cabível o recurso Ordinário. Somente é cabível em decisão denegatória.
2. Sentença Proferida numa causa em que atuem, de um lado Estado Estrangeiro ou Organismo Internacional e, do outro, Município ou Pessoa residente ou domiciliada no Brasil.
A competência para julgar essa causa é o juiz federal, dessa sentença cabe recurso para o STJ. Quem julga o recurso é o STJ. Esse recurso ordinário funciona como uma apelação.
Os processos desse tipo tem relação com o Consulado e o Imposto Municipal.
Havendo decisão interlocutória o agravo também irá para o STJ.
É chamado de constitucional porque está previsto na CF e no CPC está previsto no art. 539.
23 – 10 – 2013
RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Os recursos especial e extraordinário são considerados extraordinários; os demais recursos são ordinários.
RECURSO ESPECIAL (REsp): encontra-se no art. 105, III, a, b, e c, CF – COMPETÊNCIA DO STJ:
Art. 105, CF: Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
O dispositivo deste recurso demonstra possibilidade de se decompor em pressupostos:
1. pressupostos gerais do cabimento, que se encontram basicamente no inciso III; 
2. pressupostos específicos, que se encontram basicamente nas alíneas.
Pressupostos gerais
Estão no inc. III e refere como pressupostos: 
- o prequestionamento, ou seja, a matéria federal controvertida deve ser decidida previamente pelo tribunal a quo; 
- decisão final em única ou última instância, ou seja, a parte deve ter esgotado todos os recursos ordinários; 
- o órgão a quo deve ser um tribunal local (basicamente significa TRF ou TJ); 
- matéria de direito.
Pressupostos Específicos
Encontram-se enumerados nas alíneas.
Para a propositura do RESp se faz necessária a existência de todos estes pressupostos: algum dos pressupostos gerais + um dos específicos.
Pressuposto Geral – Inc. III: 
Prequestionamento (causas já decididas) há divergências, mas o que prevalece é a decisão do tribunal a quo, ou seja, não pode ser nova. 
Por exemplo: violação do art. 47 do CPC que trata do litisconsórcio necessário, sendo que para alegar isso no REsp se faz necessário que o tribunal a quo tenha decidido isso antes. Por outrolado, se o tribunal a quo nunca tratou deste assunto, não se pode levar para o outro tribunal por REsp.
Atenção: não se trata de alegação prévia do advogado e sim decisão prévia do tribunal a quo; se o tribunal a quo não for omisso, é preciso embargar de declaração prequestionador (para suprir a omissão). Não é embargar de declaração sempre, é somente se o tribunal a quo tiver sido omisso, portanto, não cabe embargos se a matéria já toda foi questionada (este embargo prequestionador, segundo a súmula 98 do STJ, não são protelatórios – nunca). Este é um assunto dos mais exigidos em relação aos embargos, ou seja, a ausência do prequestionamento.
Decisão final: causas decididas em única ou última instância, ou seja, se ainda cabe embargos infringentes, recurso ordinário, agravo etc, não cabe recurso especial.
Tribunal local: devem ser recorridos nos TRF ou TJ, são tribunais locais. Se for decisão de juiz, não caberá REsp porque na CF refere claramente que deve ser por tribunal. Da decisão do Juizado Especial também não cabe por não ter tribunal. Decisão de Tribunal Superior também não cabe. 
Matéria de direito: em REsp só se julga matéria de direito, não se examina fato, ou seja, é legal ou ilegal. O fato é analisado até a segunda instancia; a partir do momento que for para o STJ, será analisada somente a matéria de direito. Existe a súmula 7 do STJ que diz que no REsp não pode haver reexame de prova, ou seja, a prova se dá sobre o fato. Observar que nem tudo sobre prova é fato, portanto, é preciso analisar se é matéria de direito. Assim, no STJ não se julga o conteúdo da prova (fato), mas é permitido analisar se a prova é ilegal ou não. Um exemplo é poder examinar se aquela prova é de direito da parte. É por meio deste REsp. que o STJ interpretará a lei federal. O STJ define os paradigmas, os padrões para que o resto do país utilize esta interpretação, apesar de não ser obrigatório.
Novo CPC: será fixado o padrão pelo STJ, todos serão obrigados a seguir sua decisão, como se fosse uma súmula vinculante.
Pressupostos específicos
Basta a existência de um deles para o cabimento do REsp:
Alínea “a”: contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhes vigência; 
Contrariar ou negar é violar tratado ou lei federal. Toda vez que a decisão violar a lei federal, caberá REsp. O tratado só vale no Brasil quando aprovado no Congresso que será equiparado à uma lei federal. Portanto, se o tratado for equiparado, não precisa menciona-lo, basta dizer lei federal. Negar vigência significa que se aplica outra norma em detrimento daquela, ou ainda, quando não aplica a norma, nega-se a vigência, portanto, é uma violação à lei federal. Tem que ser lei federal porque o STJ é quem dará a última palavra. Exceção é a lei federal do DF.
Alínea “b”: ato de lei local em detrimento de lei federal; 
Ato de governo local X lei federal: exemplo, prefeito (lei local) que edita ato administrativo que contraria a lei federal, promove-se uma ação, neste caso o TJ julga válido o ato do prefeito em detrimento da lei federal; caberá o REsp porque, ao julgar válido o ato em detrimento da lei federal, o TJ está negando vigência à lei federal, assim, violando.
Alínea “c”: der a lei federal interpretação divergente de que lhe haja atribuído outro tribunal (dissídio jurisprudencial).
Dissídio jurisprudencial. Exemplo, solteiro com uma casa (bem de família) e há uma penhora; o Judiciário refere que é bem de família e não cabe para o caso deste que é solteiro; a questão está em interpretar o “bem de família”; o TJ-SP refere que o fato de ser “solteiro” não caracteriza o bem como de família, direito “lei de bem de família não se aplica à penhora do bem de solteiro”. Neste caso, faz-se uma pesquisa jurisprudencial, localizada a decisão em consonância com que aquilo que está sendo pleiteado, por exemplo, em outro Tribunal – TJ-RN – onde corrobora que mesmo sendo solteiro o bem seria “de família”.
Para o mesmo fato há uma decisões diferentes. Interpõe-se um REsp pelo dissídio comparando os dois acórdãos, referindo que o TJ-SP negou, mas para o TJRN entendeu e decidiu que a lei refere que bem de família se aplica ao solteiro - TJRN (paradigma) disse diferente, pedindo no recurso que aplique o que o TJRN decidiu. Sempre que se comparar acórdãos, deve-se atentar que os fatos são iguais e as soluções jurídicas são diversas (acórdão recorrido X acórdão paradigma; fato X fato; direito X direito). Uma única jurisprudência já seria suficiente, mas pode-se utilizar mais. Utilizando acórdão do próprio STJ é o melhor paradigma utilizado.
Atenção: sempre que interpor pela alínea b ou c, somar a alínea a, ou seja, sempre interpor com alínea a.
RECURSO ESPECIAL (RE) – art. 102, III alíneas a à d, § 3º, CF – COMPETÊNCIA DO STF:
Art. 102. Compete ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.  
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
Nestes dispositivos observa-se que é possível separar o cabimento também em pressupostos gerais e específicos, sendo que os gerais estão basicamente no inciso e no § 3º e os específicos estão nas alíneas.
Pressupostos Gerais
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
Prequestionamento, ou seja, a matéria constitucional controvertida deve ser decidida previamente pelo tribunal a quo; a decisão final deve esgotar todos os recursos ordinários; o órgão a quo pode ser qualquer um; matéria deve ser de direito.
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
Prequestionamento: conceito praticamente igual ao REsp, mas se refere à matéria constitucional. Querendo levar uma matéria constitucional ao Supremo, é preciso que o tribunal a quo já tenha decidido. Se não foi julgado, embarga de declaração, mas lembrando, daquilo que já foi alegado e o tribunal omitiu.
Decisão final: o recorrente deve ter esgotado todos os recursos ordinários na mesma condição do REsp.
Órgão a quo pode ser qualquer um: neste caso, a CF não refere nada, portanto, qualquer um pode proferir, ou seja, Juizado, Juiz de primeira instância (se única ou última instância), tribunal superior etc. Distintamente ao caso do REsp. Os embargos infringentes é um recurso da decisão do juiz e quem julga é o próprio juiz e em última instância, esgotados todos os recursos, poderá interpor.
Matéria de direito: identicamente ao REsp, ou seja, aprecia se é ou não constitucional. A súmula para este caso é o 279 do STF que refere não poder ter reexame de prova.
Repercussão Geral: é composta por dois elementos: transcendência e relevância. Transcendência significa que a matéria constitucional deve ultrapassar os interesses subjetivos da causa. Relevância significa que a matéria constitucional deve ser importante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico.
§ 3º: repercussão geral, que foi introduzida pela EC 45, diz basicamente que se exigirá dois requisitos, ou seja, se dá pelos elementos de transcendência e a relevância.
Transcendência significa que a matéria constitucional deve refletir em outros casos, ou seja, se interessa somente aquelaspartes, não há transcendência e se o Supremo não entender que há transcendência, não julgará o recurso apesar de os pressupostos serem subjetivos. 
Relevância: o Supremo deve entender relevância nos pontos de vista econômico (p.ex. tributo), político (p. ex. territórios), social (p. ex., direito à moradia) ou jurídico (p. ex. direito adquirido). 
Se dois terços do Supremo entender que não há relevância, não será apreciado. Se faltar qualquer requisito (transcendência ou relevância), o supremo não julgará o recurso.
Ao interpor RE, procurar o item “repercussão geral” onde tem os vários casos julgados pelo Supremo para verificar se consta a matéria, assim constando é o que prevalecerá em sua maioria, para admissão do recurso pelo Supremo.
Pressupostos Específicos
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
Violação à Constituição.
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
Declarou inconstitucionalidade (controle difuso, qualquer juiz pode fazer isso), caberá o RE alegando que não há inconstitucionalidade.
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
Tem uma norma local X CF, o órgão a quo julga válida a norma local em detrimento da CF, caberá RE porque no fundo está negando vigência à CF.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
Lei local X lei federal e o órgão a quo juga válida a lei local em detrimento da lei federal (aparentemente REsp, o que ocorria antigamente, mas modificado pela EC 45), ou seja o REsp julga válido ato de governo local em detrimento de lei federal, já no RE é lei local em detrimento de lei federal. Isto porque a previsão da competência legislativa, assim, considerou-se que a lei local X lei federal está se violando a norma de competência legislativa, portanto, violando a CF. Lei local X lei federal = violação à CF, cabendo RE.
Sempre que interpor RE, deve ser violação direta à CF e não violação reflexa (violou o princípio da legalidade, p. ex., ou violou o CPC, referindo devido processo legal – não pode, tem que ser diretamente).
23 – 10 – 2013
RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Os recursos especial e extraordinário são considerados extraordinários; os demais recursos são ordinários.
RECURSO ESPECIAL (REsp)
Art. 105, III, a, b, e c, CF – COMPETÊNCIA DO STJ:
Art. 105, CF: Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
O dispositivo acima é decomposto em pressupostos:
1. pressupostos gerais do cabimento, que se encontram basicamente no inciso III:
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
2. pressupostos específicos, que se encontram basicamente nas alíneas.
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Pressupostos Gerais – inc. III
Estão no inc. III, são pressupostos: 
- prequestionamento (extraído das causas já decididas), ou seja, a matéria federal controvertida deve ser decidida previamente pelo tribunal a quo, o órgão a quo deve ser um tribunal local (basicamente significa TRF ou TJ); 
- decisão final em única ou última instância, ou seja, a parte deve ter esgotado todos os recursos ordinários; 
- matéria de direito;
Exemplo: violação do art. 47 do CPC que trata do litisconsórcio necessário, sendo que para alegar isso no REsp se faz necessário que o tribunal a quo já tenha decidido isso antes. 
Embargos de Declaração Prequestionadores: não se trata de alegação prévia do advogado e sim decisão prévia do tribunal a quo; se o tribunal a quo for omisso, é preciso embargar de declaração prequestionador (para suprir a omissão). Não é embargar de declaração sempre, somente quando tribunal a quo tiver sido omisso, portanto, não cabe embargos se a matéria já foi questionada. Os embargos de declaração prequestionadores não são considerados protelatórios por conta da Súmula 98 do STJ: Embargos de Declaração manifestados com notório propósito de prequestionamento não tem caráter protelatório.
Se a matéria não foi decidida pelo tribunal a quo, são cabíveis os embargos de declaração prequestionatórios.
Decisão final: está na expressão “em única ou última instância” – significa que a parte deve ter esgotado todos os recursos ordinários. Assim, se couber recurso ordinário, agravo ou qualquer outro recurso que não seja o especial e extraordinário, não caberá recurso especial.
O órgão a quo deve ser um tribunal local: basicamente é o TJ ou TRF.
Não é uma decisão de juiz, nem de juizado especial, pois não tem tribunal. Deve ser somente de decisão proferida por um tribunal.
Não cabe de decisão de tribunal superior, pois tem que ser tribunal local.
Matéria de direito: só se julga matéria de direito, não examinam fatos, somente se violou ou não a lei (é legal ou ilegal?).
O fato será analisado até a segunda instancia, assim, quando sobe ao STJ somente matéria de direito é analisada.
Sumula 7° do STJ: a pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
A súmula preceitua que no recurso especial não pode ter reexame de provas. A prova se dá em cima do fato, por isso não é admitido discutir o fato.
A prova pode até ser examinada, para saber se a prova é legal ou não, o que não pode examinar é o conteúdo da prova.
O fato não se repete, mas a matéria de direito se repete.
O STJ define os paradigmas, os padrões para que o resto do país utilize esta interpretação, apesar de não ser obrigatório.
Novo CPC: será fixado o padrão pelo STJ, todos serão obrigados a seguir sua decisão, como se fosse uma súmula vinculante.
Tribunal local: devem ser recorridos nos TRF ou TJ, são tribunais locais. Se for decisão de juiz, não caberá REsp porque na CF refere claramente que deve ser por tribunal. Da decisão do Juizado Especial também não cabe por não ter tribunal. Decisão de Tribunal Superior também não cabe. 
Pressupostos Específicos – alíneas
Encontram-se enumerados nas alíneas.
Para a propositura do RESp se faz necessária a existência de todos estes pressupostos: todos os pressupostos gerais + um dos específicos.
Alínea “a”: contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhes vigência; 
Contrariar ou negar é violar tratado ou lei federal. Toda vez que a decisão violar a lei federal, caberá REsp. O tratado só vale no Brasil quando aprovado no Congresso que será equiparado à uma lei federal. Portanto, se o tratado for equiparado, não precisa menciona-lo, basta dizer lei federal. Negar vigência significa que se aplica outra norma em detrimento daquela, ou ainda, quando não aplica a norma, nega-se a vigência, portanto, é uma violação à lei federal. Tem que ser lei federal porque o STJ é quem dará a última palavra. Exceção é a lei federal do DF.
Alínea “b”: ato de lei local em detrimento de lei federal; 
Ato de governo local X lei federal: exemplo, prefeito (lei local) que edita ato administrativo que contraria a lei federal, promove-se uma ação, neste caso o TJ julga válido o ato do prefeito em detrimento da lei federal; caberá o REsp porque, ao julgar válido o ato em detrimento da lei federal, o TJ está negando vigência à lei federal, assim, violando.
Ato de governo local X Lei federal: 
O prefeito edita um ato administrativo, este ato contraria a lei federal. É promovida uma ação contra este ato. Neste caso, o tribunalde justiça julga valido o ato local em detrimento da lei federal. Caberá recurso especial, porque ao julga válido o ato administrativo, o tribunal está negando vigência à lei federal. 
Está previsto para evitar a corrupção entre os tribunais locais.
Alínea “c”: der a lei federal interpretação divergente de que lhe haja atribuído outro tribunal (dissídio jurisprudencial).
Dissídio jurisprudencial. Exemplo, solteiro com uma casa (bem de família) e há uma penhora; o Judiciário refere que é bem de família e não cabe para o caso deste que é solteiro; a questão está em interpretar o “bem de família”; o TJ-SP refere que o fato de ser “solteiro” não caracteriza o bem como de família, direito “lei de bem de família não se aplica à penhora do bem de solteiro”. Neste caso, faz-se uma pesquisa jurisprudencial, localizada a decisão em consonância com que aquilo que está sendo pleiteado, por exemplo, em outro Tribunal – TJ-RN – onde corrobora que mesmo sendo solteiro o bem seria “de família”.
Para o mesmo fato há uma decisões diferentes. Interpõe-se um REsp pelo dissídio comparando os dois acórdãos, referindo que o TJ-SP negou, mas para o TJRN entendeu e decidiu que a lei refere que bem de família se aplica ao solteiro - TJRN (paradigma) disse diferente, pedindo no recurso que aplique o que o TJRN decidiu. Sempre que se comparar acórdãos, deve-se atentar que os fatos são iguais e as soluções jurídicas são diversas (acórdão recorrido X acórdão paradigma; fato X fato; direito X direito). Uma única jurisprudência já seria suficiente, mas pode-se utilizar mais. Utilizando acórdão do próprio STJ é o melhor paradigma utilizado.
Atenção: sempre que interpor pela alínea b ou c, somar a alínea a, ou seja, sempre interpor com alínea a.
Dissídio jurisprudencial: mostrar que os fotos são iguais, com soluções jurídicas diferentes. Pode ser acórdão do STJ ou de qualquer TJ do Brasil.
Ex. Pessoa solteira que tem um bem de família. Não pode ser penhorado. O tribunal fala que o bem não é de família, pois, a pessoa é solteira.
A questão está em interpretar a lei do bem de família.
Chegando ao TJ-SP ele diz o seguinte: a lei de família não se aplica ao solteiro.
Em outro TJ-RN diz que a lei de família é aplicada para o solteiro.
Irá interpor recurso comparando os dois acórdãos, pedindo para ser aplicado o fato favorável a ele. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) – art. 102, III alíneas a à d, § 3º, CF – COMPETÊNCIA DO STF:
Art. 102. Compete ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.  
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
Nestes dispositivos observa-se que é possível separar o cabimento também em pressupostos gerais e específicos, sendo que os gerais estão basicamente no inciso e no § 3º e os específicos estão nas alíneas.
Pressupostos Gerais
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
Prequestionamento, ou seja, a matéria constitucional controvertida deve ser decidida previamente pelo tribunal a quo; a decisão final deve esgotar todos os recursos ordinários; o órgão a quo pode ser qualquer um; matéria deve ser de direito.
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
Prequestionamento: conceito praticamente igual ao REsp, mas se refere à matéria constitucional. Querendo levar uma matéria constitucional ao Supremo, é preciso que o tribunal a quo já tenha decidido. Se não foi julgado, embarga de declaração, mas lembrando, daquilo que já foi alegado e o tribunal omitiu.
Decisão final: o recorrente deve ter esgotado todos os recursos ordinários na mesma condição do REsp.
Órgão a quo pode ser qualquer um: neste caso, a CF não refere nada, portanto, qualquer um pode proferir, ou seja, Juizado, Juiz de primeira instância (se única ou última instância), tribunal superior etc. Distintamente ao caso do REsp. Os embargos infringentes é um recurso da decisão do juiz e quem julga é o próprio juiz e em última instância, esgotados todos os recursos, poderá interpor.
Matéria de direito: identicamente ao REsp, ou seja, aprecia se é ou não constitucional. A súmula para este caso é o 279 do STF que refere não poder ter reexame de prova.
Repercussão Geral: é composta por dois elementos: transcendência e relevância. Transcendência significa que a matéria constitucional deve ultrapassar os interesses subjetivos da causa. Relevância significa que a matéria constitucional deve ser importante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico.
§ 3º: repercussão geral, que foi introduzida pela EC 45, diz basicamente que se exigirá dois requisitos, ou seja, se dá pelos elementos de transcendência e a relevância.
Transcendência significa que a matéria constitucional deve refletir em outros casos, ou seja, se interessa somente aquelas partes, não há transcendência e se o Supremo não entender que há transcendência, não julgará o recurso apesar de os pressupostos serem subjetivos. 
Relevância: o Supremo deve entender relevância nos pontos de vista econômico (p.ex. tributo), político (p. ex. territórios), social (p. ex., direito à moradia) ou jurídico (p. ex. direito adquirido). 
Se dois terços do Supremo entender que não há relevância, não será apreciado. Se faltar qualquer requisito (transcendência ou relevância), o supremo não julgará o recurso.
Ao interpor RE, procurar o item “repercussão geral” onde tem os vários casos julgados pelo Supremo para verificar se consta a matéria, assim constando é o que prevalecerá em sua maioria, para admissão do recurso pelo Supremo.
Pressupostos Específicos
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
Violação à Constituição.
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
Declarou inconstitucionalidade (controle difuso, qualquer juiz pode fazer isso), caberá o RE alegando que não há inconstitucionalidade.
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
Tem uma norma local X CF, o órgão a quo julga válida a norma local em detrimento da CF, caberá RE porque no fundo está negando vigência à CF.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
Lei local X lei federal e o órgão a quo juga válida a lei local em detrimento da lei federal (aparentemente REsp, o que ocorria antigamente, mas modificado pela EC 45), ou seja o REsp julga válido ato de governo local em detrimento de lei federal, já no RE é lei local em detrimento de lei federal. Isto porque a previsão da competência legislativa, assim, considerou-se que a lei local X lei federal está se violando a norma de competência legislativa, portanto, violando a CF. Lei local X lei federal = violação à CF, cabendo RE.
Sempre que interpor RE, deve ser violação direta à CF e não violação reflexa (violou o princípio da legalidade, p. ex., ou violou o CPC, referindo devido processo legal – não pode, tem que ser diretamente).
Cabimento do Recurso extraordinário:
Art. 102, III, a, b, c, d e 3° CF
Pressupostos gerais: 
Prequestionamento: a matéria constitucional controvertida deve ser decidida previamente pelo tribunal “a quo”.
Não é matéria nova, para levar a matéria é preciso ser decidida pelo

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