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Direito Processual civil toda a matéria - Recursos

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Fundamento de recursos.
-Busca-se sempre a maior eficiência do processo, há duas balizas: a segurança e a
celeridade.
-A ideia de um recurso é garantir a segurança, seja por necessitar de um maior debate, pois
no segundo grau as decisões são colegiadas(nos tribunais há o princípio da colegialidade).
-Princípio do duplo grau de jurisdição.
Conceito de recursos
-O recurso não muda a causa de pedir, ou seja, não se pode no recurso pedir algo a mais
ou pedir uma reconvenção, logo não se trata de nova ação, e sim um direito inerente a ação
primária.
-Se busca no recurso três coisas: uma reformar, anular ou integrar uma decisão judicial,
podendo ser o próprio órgão ou aquele superior.
-Princípio da voluntariedade.
O recurso é voluntário, não pode então ser feito de ofício, alguns
doutrinadores chegaram a entender que a remessa necessária seria um
recurso, porém em visão majoritária entende que a remessa necessária é
uma condição da eficácia da sentença.
A parte é quem deve demonstrar a vontade de recorrer.
-Princípio da dialeticidade.
Comporta uma discussão, ou seja, a questão quando é relativa ao direito
comporta uma discussão, logo tudo aquilo que for alegado deve ser provado,
ou seja, em um recurso o erro do juiz ou do órgão jurisdicional, gerando
diversas consequências, um erro in judicando se busca a reforma da decisão,
e no erro in procedendo se busca a anulação da decisão.
Aquele recurso deve ser fundamento, sob pena de não garantir contraditório,
ampla defesa, pois se não tiver demonstrado tudo aquilo que foi suscitado no
recurso, iria atrapalhar a outra parte se defender, e ainda a ideia da
congruência do código.
A decisão deve ser portanto uma resposta ao que está na petição.
-Princípio da consumação
Uma vez interposto o recurso, o ato está devidamente consumado, acabado,
logo não poderá ser passível de modificação, claro que tal princípio com o
novo CPC de 2015 sofreu algumas modificações, pois foi flexibilizado nos
aspectos formais, por exemplo no agravo de instrumento, há a necessidade
de se juntar peças neste agravo de instrumento, no código antigo, o recurso
nem conhecido seria, porém o atual fala de uma forma expressa no parágrafo
único do art 932, onde o juiz deve dar 5 dias para a juntada das peças.
Temos então a noção de que uma vez interposto o recurso, será gerado uma
preclusão.
A preclusão consumativa, ou seja, a consequência do ato impede que se faça
outro idêntico.
Pressupostos e requisitos dos recursos.
-Cabimento (ou adequação)
Para que ele exista, deve ser cabível, imaginemos por exemplo estarmos
diante de um ato que não se enquadre como decisão, logo não seria possível
recorrer deste ato.
-Legitimidade.
Está intimamente ligada à noção de afetação, legítimo será quem for afetado
pela decisão, não se fala de interesse, mas sim sentir os impactos, logo quem terá
sempre legitimidade para recorrer serão as partes, pois sempre será afetada,
positivamente ou negativamente.
Além das partes, temos ainda o ministério público, não pode ser em todo e
qualquer caso, ele deve atuar como parte ou custus legis, sempre que haver direito
difuso, coletivo, indisponíveis, individuais homogêneos, ou alguns hipossuficientes,
ou pessoas em situação de vulnerabilidade reconhecido pela constituição federal.
O terceiro, caso será quando este será afetado pela decisão, quando aquela
vier a afetar outra relação jurídica, com alguma das partes e este terceiro afetado.
-Interesse recursal.
Só haverá esta figura quando esta for útil, muitas vezes ele pode não ser
sequer necessário.
Se imaginar a hipótese em que a parte ganha, neste caso não há
necessidade de recorrer, claro que pode se pedir que aperfeiçoe a decisão,
mas caso tudo o que foi pedido foi considerado procedente, não há o que se
falar em aperfeiçoamento.
-Tempestividade.
Deve ser interposto dentro do prazo, mesmo existindo o dies a quo, se conta
esse prazo recursal em dias, logo sempre em dias úteis, e não corridos, para
que se garanta a isonomia das partes.
Houve no código a regra para se unificar os prazos em 15 dias, porém há
exceções, a exemplo os embargos de declaração, que tem o prazo de 5 dias
úteis.
O dies a quo não é a partir da decisão, e sim da intimação, ou seja, ela pode
interpor recurso antes mesmo da do começo da contagem do prazo.
Se o primeiro ou último dia não tiver expediente integral, ele será pretaido
para o dia imediatamente posterior.
Teoria geral dos recursos.
Princípio do duplo grau de jurisdição
Inerente ao processo civil, constitucional implícito pois a ideia geral que a
decisão cabe o recurso, não está expresso no texto constitucional, porém se
encontra a partir do processo legal, ampla defesa e contraditório.
Se ressalta que o STF entende que o duplo grau não tem natureza
constitucional, logo não há para todos os casos, pois existem muitas decisões onde
não são cabíveis os recursos, logo não há o duplo grau de jurisdição, então significa
que seja infraconstitucional.
O duplo grau é expresso no pacto de são josé da costa rica, onde se
encontra como norma supralegal.
O STF teve a oportunidade a força de tal pacto, onde no caso se assentou
que o dispositivo a ser analisado tem força supra legal (Habeas corpus no caso), a
consequência de ser supra legal, é que todas as normas devem obedecer na lei
devem respeitar tal princípio, porém quando a competência se dá na constituição
não se submetem a tal princípio.
Na justiça do trabalho, em ação rescisória não cabe remessa necessária
nesta ação, contudo não há est previsão no âmbito da justiça do trabalho.
Porém no TST há tal previsão, pois se remete a lei, e não na constituição,
logo se respeitará tal princípio.
Em síntese o principio significa a possibilidade de se enviar a matéria para
um duplo julgamento, a exceção é quando a competência de um tribunal de
submete ao texto constitucional
Princípio da taxatividade.
Significa que somente irá haver a possibilidade de casos previstos em lei, ela que
estabelece a hipótese de recurso.
As normas que eram constitucionais na época da constituição anterior, e tem
compatibilidade material frente a constituição de 1988 é recepcionada.
Alguns recursos que pela constituição antiga poderiam estar previstos em um
regimento interno, e posteriormente o recurso era compatível com a constituição, e
foi recepcionado pela nova com status de lei.
Somente vão ser possíveis os recursos previstos em lei, a exceção aqueles
previstos em regimento e que foram recepcionados pela constituição.
Princípio da singularidade ou unirrecorribilidade.
Para cada decisão há apenas um único recurso cabível, porém tal singularidade
comporta exceções, no artigo 1022 do CPC, é explicado que contra qualquer
decisão cabem embargos de declaração, pois no caso é um recurso com o objetivo
principal suprir uma omissão ou erro, ou seja, aperfeiçoar a decisão.
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em
incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º .
Outra exceção se dá aos recursos de natureza excepcional, pois aqui a
competência é dividida, se a matéria for constitucional a análise cabe ao STF, e no
caso do STJ a competência está para lei ou tratado internacional, na realidade há
uma competência para tratado e lei federal, falando de forma simplificada.
A regra é que apenas cabe um recurso para cada decisão, salva estas duas
exceções.
Princípio da fungibilidade.
Fungibilidade é a possibilidade de troca, no caso do recurso, a parte o interpõe de
forma equivocada, porém não é todo e qualquer recurso que se possa aproveitar um
pelo outro, no caso de erro grosseiro não caberiao princípio, ou seja, se a lei
expressamente disser qual o recurso cabível este recurso não é aplicado, apenas
quando existir dúvida.
Outro requisito é a necessidade de que o recurso seja interposto dentro do prazo do
recurso correto, e não dentro do recurso que ele interpôs. A doutrina critica, pois se
há dúvidas entre ambos, o prazo deveria valer para aquele que foi colocado, pois há
dúvidas.
Principio da proibição da reformatio in pejus.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art489%C2%A71
O recurso não pode valer para prejudicar o recorrente, sempre melhorar.
A exceção é o fato que a matéria caso seja de ordem pública, o tribunal pode e deve
conhecer esta matéria, a consequência lógica disso é a piora da situação do
recorrente.
Tempestividade.
Prazos especiais carecem de justificativa para que se evite uma
inconstitucionalidade.
-Ministério público e advocacia pública.
Ambos têm prazo em dobro, pois precisam de um acesso a informações para se recorrer., ao
contrário de advogado particular, onde até por telefone pode saber de informação, no caso
do MP e advocacia pública há uma burocracia, pois qualquer informação deve ser buscada
por meio de um ofício, para que em momento posterior possa se manifestar.
-Defensoria pública
O art 186 fala da possibilidade da defensoria gozar deste prazo em dobro, onde a justificativa
é diversa, a constitucionalidade advém de uma inconstitucionalidade em trânsito, ou seja,
atualmente é constitucional, porém pode se tornar inconstitucional, e a justificativa é a pouca
infraestrutura do órgão, porém onde um dia pode ser boa.
-Listisconsortes com procuradores distintos, vinculados a escritórios distintos.
Gozam de prazo em dobro também, pela ideia de ter acesso aos autos, pois ambos devem
ter, e quando o processo é físico, pode haver ainda a petição conjunta para o polo. Caso o
processo seja eletrônico não haverá o prazo em dobro.
Regularidade formal.
Como toda petição tem de ser lógica, e tem uma regularidade formal, a começar por
expor quem é o órgão a petição ser dirigida, muitas vezes será um juízo a quo,
outras vezes pode se dirigir ao relator (como um agravo interno ou embargos de
declaração) ou quando for para mudar de órgão julgador (embargos de divergência)
se direciona ao presidente pela necessidade de distribuição, de toda a sorte é
necessário a indicação ao juízo consequentemente.
Necessita o nome e qualificação das partes, em regra já se sabe quem é o
recorrente e recorrido de forma mais extensa, logo basta colocar o nome seguido de
“já qualificado nos autos”, o que justifica um recurso é o erro do judiciário, logo
precisa demonstrar e fundamentar tal equívoco, e ainda identificar o erro de
procedimento, neste caso teremos um fundamento de fato e direito, o que leva até o
pedido.
Preparo
É o pagamento das custas e do porte de remessa de retorno, os valores
necessários para o julgamento, a primeira parte são as custas, um valor fixo de todo
e qualquer recurso tem, que serve para o caminhar do processo, o recurso goza de
despesas, tais como oficial de justiça, a publicação no diário oficial, etc… A segunda
parte é o porte de remessa e retorno, que se dá com base no deslocamento físico
do processo. Há uma tabela indicando uma relação entre distância e número de
folhas do processo, assim se identifica o valor.
Todos os que vão interpor recursos devem pagar o preparo, porem são isentos:
-Ministério público e pessoas jurídicas de direito público.
Pois são eles que mantém o estado, logo seria uma confusão de valores
apenas.
-Beneficiários de justiça gratuita.
Eles caso venham a perder poder ser condenados a indenizar ao valor,
porém não são obrigados a pagar, a menos que mudem de vida no prazo de
5 anos.
Não precisam adiantar o valor, basta demonstrar que são beneficiários da
justiça gratuita, ou seja, não ter condições de arcar com aquele valor sem
prejudicar sua subsistência.
Prazo para a realização do preparo.
No ato da interposição do recurso haverá o pagamento do preparo, logo o
prazo é o próprio ato, com exceção de juizados especiais, depois de
interposto o recurso, há 48h para se demonstrar a realização do preparo.
O justo impedimento é um fato alheio a vontade da parte que lhe impeça de
pagar o preparo.
-Contraditório.
A constituição estabelece o contraditório e a ampla defesa, junto com o processo
legal está inserido a ampla defesa e contraditório.
A ampla defesa diz respeito aos instrumentos, e o contraditório diz acerca do
momento da parte se pronunciar, logo, quando nos recursos há um elemento novo,
deve ser resguardado tal direito.
Há de se verificar que o recurso tem um prazo, logo o contraditório também tem o
prazo em dobro para as contrarrazões frente a aqueles que tem o direito de recurso
com prazo prolongado.
Os juízos dos recursos são: o de conhecimento se verifica se ali estão presentes
todos os pressupostos e requisitos a um recurso, e o segundo é o de provimento, ou
seja, se analisará o mérito do recurso em si.
O juízo de admissibilidade é feito na instância ad quem, ou seja, naquela em que já
está julgando, porém alguns podem ser feitos na instância a quo, ou seja, um duplo
sentido de admissibilidade, são interpostos na instância de origem, terá dois juízos
de admissibilidade, posteriormente será colocado o juízo de admissibilidade.
Via de regra, o relator será o julgador do do juízo de admissibilidade.
O relator pode sozinho julgar o recurso quando já houver precedentes.
-Efeitos dos recursos.
-Devolutivos.
Ao se falar nisso, se trata da devolução ao tribunal a possibilidade de
julgamento, o mais importante é o judiciário rever a decisão por um outro
órgão, é dividido em duas partes, a primeira é sobre o que pode ser ou não
revisto, tratado, e de outro lado há a questão da profundidade, ou seja, quais
os instrumentos poderão ser utilizados para analisar determinada matéria.
-Suspensivo.
Diz respeito à possibilidade de uma decisão ficar ineficaz até o julgamento do
recurso, tal decisão é válida e existente, porém não há a produção de efeitos,
via de regra o próprio recurso terá efeito suspensivo irá decorrer da lei, ou o
código pode estabelecer o julgamento do juízo para isso (Ope judicis).
-Ativo (Tutela provisória recursal)
De um lado, o efeito suspensivo pressupõe a suspensão de uma decisão
favorável.
Deve necessariamente ser uma decisão Ope judicis, a lei então não pode
definir o efeito ativo, e sim deve ser julgada por um magistrado.
-Translativo.
A noção de que aquela decisão ultrapassa o limite daquilo que foi pedido, ao
se tratar de matéria de ordem pública, o magistrado pode e deve analisar a questão
em campos que não foram ainda nem pedidos, mesmo que prejudique ou melhore a
situação do recorrente.
-Efeito regressivo.
Essa possibilidade se dá pela possibilidade de o órgão rever a sua decisão,
ou seja, se retratar, o tribunal ou o juiz (logo não é corte superior, ad quem)
diante da interposição recursal ou de um precedente.
Não são todos os recursos com estes efeitos, por questões de política
jurisdicional, pois em alguns casos esses recursos podem também atrasar o
processo.
Há um efeito regressivo que decorre da formação de um precedente, onde o
tribunal irá rever essa decisão com base em precedentes, porém sempre que
possível o mérito deverá ser analisado.
Ao se tratar de demanda de massa, decorre da formação do precedente.7
-Efeito substitutivo.
Se dá pela substituição na parte em que foi objeto de julgamento, ou seja, de
vários temas (pedidos), não se recorre de tudo, por consequência então o
tribunal quando julgar, a solução dada irá substituir o trecho da sentença em
questão (na parte em que o recurso foi reconhecido).
-Efeito integrativo.
Não há uma substituição, e sim um aperfeiçoamento da decisão anterior.
Logo a primeira decisão continua integra, seu sentido não muda, porém há
alguma omissão que deve ser suprida.
-Efeito expansivo.
Significa que a decisão vai se expandir, logo irá valer para mais do que o
recorrente.
Particularidadesde um recursos em litisconsórcio.
No litisconsórcio unitário haverá o efeito expansivo, terá em algumas situação o
prazo em dobro, quando haver procuradores distintos, e vinculados a escritórios
diferentes, quando o processo for físico haverá o direito ao prazo em dobro.
Particularidades de recursos em caso de terceiro.
As partes sempre serão legitimadas, ou terceiros, quando este for juridicamente
afetado, este poderá recorrer.
Logo se o processo irá afetar um contrato, ou outra relação jurídica, pode-se
recorrer.
Ao recorrer se defende o interesse da parte, logo no caso não se fala do contrato ou
processo alheio, e sim entra no mérito do processo em si, ou se pode ainda oferecer
embargos de terceiros.
O recurso de terceiros pressupõe a defesa do interesse da parte, porém se houver
um choque de interesses, haverá o prevalecimento do interesse da parte.
Recursos de natureza ordinária
O objetivo é rever na realidade todo o processo, fazer então um duplo grau de
jurisdição.
Recursos de natureza excepcional
Os recursos excepcionais o objetivo é garantir uma decisão sistemica, logo ela deve
servir até mesmo de orientação aos demais.
Recursos em litisconsórcio.
Unitário, quando a decisão tem que ser a mesma para todos, do contrário o simples
onde há a decisão individual.
Quando unitário haverá um efeito expansivo, ou seja, aproveita a todos, ao contrário
do simples.
O recurso quando litisconsortes distintos e procuradores também distintos gozarão
de prazo em dobro.
Extinção anômala das vias recursais.
-Deserção
Quando um recurso acaba não sendo reconhecido por conta da ausência do
preparo, atualmente essa modalidade está mitigada, pois há uma
consequência lógica da intimação para a realização deste ato.
Em alguns recursos, não comportam tal intimação.
-Desistência e renúncia
Desistência é a manifestação pela qual o recorrente não quer o julgamento
de seu recurso, esta pode ocorrer de forma expressa, ou pode ainda ser
tácita, quando há prática de ato incompatível com a vontade de recorrer.
A renúncia se dá pelo recorrente na manifestação da vontade de não
recorrer, logo a principal diferença é que a desistência é posterior à
interposição do recurso, já a desistência se dá de forma anterior.
Recurso adesivo.
Se dá pela possibilidade daquele que não recorreu, acabar interpondo um
recurso.
Não se trata de recurso próprio, e sim de forma especial de interposição.
Remessa necessária.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará
a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1º, o tribunal julgará a remessa necessária.
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico
obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito
público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas
autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e
fundações de direito público.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção
de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do
próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Não irá ocorrer quando houver precedente ou súmula do STF, pois se evita a
oneração da administração pública.
Não haverá quando no caso da união for de 1000 salários mínimos, se no caso dos
estados for de 500 salários mínimos, e municípios em 100 salários mínimos.
Para os tribunais superiores, de acordo com a doutrina e jurisprudência, não haverá
tal possibilidade, pois a competência destes tribunais está estabelecida na
constituição federal, e não em lei.
Direito intertemporal.
Há uma regra que é a autonomia da independência dos atos, vale a norma em que
estava editada no momento do ato praticado, ou seja sempre que se tratar de direito
a recurso, neste caso a aplicação será da lei vigente no momento em que a lei foi
editada.
Com relação a procedimento, cada ato será praticado sob égide da norma vigente
no momento, ou seja, o recurso pode começar a ser julgado quando determinada lei
estiver em vigor.
Reclamação.
Há de sempre ter em mente a teoria dos direitos implícitos, se fala que sempre que
a constituição de competência a um órgão traz também poderes para tornar tal
competência efetiva.
Surgiu no regimento interno, para tornar efetiva a competência efetiva.
Sua natureza jurídica é de direito de ação, e aparentemente é a posição adotada
pelo código, tanto que quando proposta, ela pode ser contestada, e o direito de
ação é passível justamente de contestação.
Ou pode ser considerada direito de petição.
-Quando houver usurpação de competência.
Ou seja, usado para preservar a competência de determinado órgão, tanto
porque às vezes esta não está em forma clara.
Reclamação
A primeira hipótese de cabimento seria a preservação da competência do tribunal
que for.
A segunda hipótese é para garantir a autoridade das decisões, deve-se ater ao fato
de decisões diferentes terem os mais diversos efeitos, porém a regra é que a
eficácia seja em relação a parte.
Há a possibilidade de ações no controle concentrado e súmula vinculante, por
exemplo ações do controle concentrado de constitucionalidade (ADI,ou ainda a ação
declaratória de constitucionalidade, arguição de descumprimento de preceito
fundamental) essas ações previstas na CF, e na lei 9868 e 9882, gozam de efeito
vinculante e eficácia erga omnes, valem para todos os casos e seu efeito vinculante
é para todos os órgãos menos o STF, e também a administração pública, logo se
tiver atividade administrativa haverá a necessidade de observância de quaisquer
que sejam os poderes.
Há dois novos institutos criados no CPC, incidentes de resolução e demandas
repetitivas, e o incidente de assunção de demandas competentes, estes visam
uniformizar a demanda das ações de massas, se visa também a correta aplicação
do precedente.
A reclamação é a garantia da competência e autoridade da decisão, ou por fim se
pode tratar no âmbito do recurso especial repetitivo e extraordinário repetitivo, neste
somente é possível a reclamação se não houver outro meio no âmbito ordinário.
-Requisitos.
O primeiro é a tempestividade, não há prazo para reclamação, porém há a previsão
expressa que já é inclusive a jurisprudência, de que não se pode propor reclamação
após o trânsito em julgado.
O segundo é a regularidade formal, deve-se dirigir ao juízo que tem sua
competência usurpada, no caso normalmente ao presidente do tribunal, pois ele
quem é competente ao juntar, além disso há o reclamante e o reclamado (No caso o
reclamado é quem está de fato usurpando a competência, logo pode ser um juiz), e
uma terceira pessoa, que é quem foi beneficiado por isso, no caso é um terceiro
interessado, não um reclamante ou reclamado.
Deve-se haver os fundamentos de fato e direito, ou seja, demonstrar que aquele
caso gera usurpação de competência ou desrespeito a autoridade de decisão, deve
ainda haver o pedido, no caso da usurpação de competência será a remessa dos
autos ao tribunal correto.A reclamação tem natureza jurídica de direito de ação, por isso carece de valor de
causa, e recentemente o STF trouxe tal necessidade para a fixação de honorários
-Quem pode propor reclamação
Parte interessada, quem é parte ou terceiro naquele processo, desde que afetado
juridicamente pela decisão, ou o ministério público, mesmo quando não for parte,
porém quando deve intervir na decisão. O procedimento adotado nessa reclamação
se verifica se é caso ou não de tutela provisória, além disso deve-se pedir
informações a autoridade que veio a usurpação da competência ou desrespeitar a
autoridade da decisão para que no prazo de 10 dias se manifeste e justifique,
manda intimar o beneficiário da decisão impugnada, para que se possibilite a
contestação no prazo de 15 dias (conforme expresso no CPC), sempre o ministério
público deverá ser ouvido em 5 dias e após isso o efetivo julgamento da
reclamação.
Correição parcial ou reclamação correicional.
Serve para impugnar erro in procedendo do juiz, a ideia é justamente impedir um
erro de procedimento que não caberia recurso.
requisitos
-In procedendo (Não na aplicação do direito, e sim de procedimento)
-Não pode ser cabível recurso, logo é subsidiária.
-A necessidade que venha causar tumulto no processo.
Mandado de segurança contra decisão judicial.
O mandado de segurança é estabelecido na constituição federal, para proteger
direito líquido, que não seja possível outras medidas (habeas corpus e habeas
data), e certo contra ameaça de lesão ou lesão.
Logo é medida subsidiária, feita para proteger direito líquido e certo. A liquidez é
direcionada ao limite da dívida, e a certeza é a real existência do direito (líquido e
certo), logo não há a necessidade de dilação probatória.
Pode ser impetrado contra decisão judicial, não é regra, mas por entendimento
jurisprudencial há a flexibilização do texto de súmulas, é cabível em duas hipóteses:
-Quando daquela decisão não cabe recurso.
-Mesmo que caiba recurso,não haja efeito suspensivo a esse recurso. (Essa
segunda hipótese não ocorre, pois o efeito suspensivo é ope iudicis, ou seja, para
todo e qualquer recurso há a possibilidade do relator dar a possibilidade de efeito
suspensivo diante do caso concreto.)
O mandado de segurança tem um prazo, fixado por lei e jurisprudência, esse prazo
é de 120 dias, e julgado constitucional pelo STF, é um prazo decadencial, pois
envolve direito potestativo, se o último dia cair em dia não útil, este irá se prorrogar
para o primeiro dia útil subsequente.
Necessita de regularidade formal, é direcionado caso for contra decisão judicial,
caso no tribunal, será ele mesmo, e se for contra juiz de primeira instância, será
julgado no tribunal vinculado a ele. Porém no âmbito de um tribunal, será julgado
sempre nele mesmo.
Será direcionada sempre ao presidente do tribunal.
O ato que teremos na regularidade formal, deve-se indicar o juízo competente,
nome das partes, fundamentos de fato e direito, e o pedido em si.
A suspensão de liminar, muitas vezes uma determinada decisão em um primeiro
momento esteja aparentemente correta, pode causar grave lesão à ordem,
economia ou saúde pública, neste caso o presidente do tribunal o qual couber o
recurso poderá suspender essa decisão até o trânsito em julgado de determinada
decisão.
Suspensão.
Muitas vezes mesmo em uma análise superficial, a decisão correta, esta pode
causar grave lesão à ordem pública, de tal sorte que há a necessidade de uma
suspensão desta decisão até o trânsito em julgado, ou até a análise de tal matéria
pelo colegiado, então é uma forma de atacar o plano da eficácia, e não da
existência ou validade da decisão.
Não se confunde com o efeito suspensivo do recurso, este é buscado junto ao
relator, e no presente caso é uma medida própria buscada perante o presidente do
tribunal que irá julgar o recurso, logo o pedido pode ser feito até mesmo de forma
direta.
É portanto uma medida que busca suspender a eficácia de uma decisão diante uma
possível grave lesão à ordem, economias, saúde e segurança pública, a ser
direcionada ao presidente do tribunal competente para o julgamento do recurso.
Pode propor a suspensão, será em primeiro lugar o ministério público, após ele, as
pessoas jurídicas de direito pública (união, estados, DF, municípios, autarquias e
fundações públicas) porém a jurisprudência alarga essa legitimidade pois temos
hoje uma forma diferente de atuação do serviço público, então uma pessoa de
direito privado que presta serviço ao setor público, pode pedir tal suspensão. Ex:
uma estrada com concessão, ela pode suspender a decisão do não pagamento do
pedágio, caso exista.
Em termos de procedimento é feita de maneira simples, o presidente pode conceder
a liminar ouvindo ou não a outra parte, e dessa cabe um agravo interno, porém no
segundo grau caso a suspensão seja negada, haverá a possibilidade de uma nova
suspensão de competência do STF ou STJ
Prazo da suspensão
Não há este prazo, porém se a pessoa alega que existe a possibilidade de grave
lesão, então não pode haver uma grande demora, tornaria difícil então provar tal
consequência em uma decisão muito antiga, logo não sendo preestabelecido, a
demora prejudica a análise do impacto da decisão a ser impugnada.
Recursos em espécie
-Apelação
Busca impugnar uma sentença, com o CPC de 2015, não precisa tratar
apenas do conteúdo da sentença, pode também ser devolvidas decisões
interlocutórias que não foram possíveis seu agravo de instrumento.
É um recurso de natureza ordinária que trata de qualquer assunto do
processo que não esteja ainda precluso, a ideia é a impugnação da sentença.
A regra é que de toda sentença cabe apelação, porém há exceções que não
a admitem, um exemplo é a lei de juizados especiais, que fala sobre o
recurso inominado (semelhante a apelação, porém seu prazo é de 10, e não
15 dias como na apelação), é próprio para juizado especial, outra exceção
está inclusive na constituição estabelece o recurso ordinário em decisões de
tribunais federais, no caso de pessoa residente e domiciliada no Brasil de um
lado, e de outro o Estado estrangeiro ou organismo internacional.
Há uma hipótese do artigo 34 da lei 6830:
“Art. 34 - Das sentenças de primeira instância proferidas em execuções de valor
igual ou inferior a 50 (cinqüenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional -
ORTN, só se admitirão embargos infringentes e de declaração.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo considerar-se-á o valor da dívida monetariamente
atualizado e acrescido de multa e juros de mora e de mais encargos legais, na data
da distribuição.
§ 2º - Os embargos infringentes, instruídos, ou não, com documentos novos, serão
deduzidos, no prazo de 10 (dez) dias perante o mesmo Juízo, em petição
fundamentada.
§ 3º - Ouvido o embargado, no prazo de 10 (dez) dias, serão os autos conclusos ao
Juiz, que, dentro de 20 (vinte) dias, os rejeitará ou reformará a sentença.”
-Requisitos da apelação.
A tempestividade do prazo é de 15 dias e exclui o dies a quo e se inclui o
dies ad quem, (entre dia 20 de dezembro e 20 de janeiro se suspende), há o
preparo que deve ser realizado no ato de interposição do recurso, e por ser
de cognição ampla não tem grandes requisitos adicionais, será direcionado
ao juiz de primeiro grau de jurisdição (se ressalta que não há previsão de
qualquer tipo de juízo por parte do juiz de primeiro grau, tendo apenas uma
função procedimental, e depois remeterá os autos ao tribunal federal), se
evita o juízo de admissibilidade na instância de origem.
Em termos de regularidade formal é dirigido ao juizo de primeira instancia, se
identifica recorrido e recorrente, então temos que a qualificação das partes
não precisa ser de forma inteira (salvo terceiro quenão havia qualificado no
processo), deve também se demonstrar a violação do juiz, seja in
procedendo ou in judicando, em ambos os casos haverá a necessidade da
demonstração do equivoco do magistrado.
Há a necessidade que haja o pedido de uma nova decisão, ou declaração de
nulidade, e etc...
-Procedimento da apelaçãoO recurso será interposto perante o juízo a quo (primeiro grau de jurisdição)
que irá abrir vistas a contra razões (sendo vetado seu juízo de qualquer tipo)
há a possibilidade de caso houver sucumbencia parcial ou reciproca, aquele
que o deve pode interpor recurso adesivo, e uma vez feita será dada vistas a
esse recurso, feito isso se encerra a atividade deste juízo, que irá remeter
para o tribunal de justiça ou federal, para a melhor análise da questão,
utilizando o princípio da colegialidade (não pode ser decisão monocrática
então), porém se faltar requisitos o próprio relator poderá analisar. (Se o
recurso for inadmissível, ou seja, faltar recursos, ou ele estar prejudicado, ou
ainda quando não tenha atacado todos os elementos suficientes para reverter
a decisão)
O relator poderá julgar monocraticamente quando houver um precedente,
seja em súmula ou recurso especial repetitivo, ou incidente de resolução de
demandas repetitivas, por exemplo, pode-se negar ou dar provimento ao
recurso.
Haverá em regra o julgamento de 3 desembargadores, caso a decisão não
seja unânime, se for por maioria deve-se se suspender o julgamento e
chamar tantos magistrados quanto for suficientes para pode reverter a
decisão, e com eles uma nova sustentação oral, onde neste caso os novos
magistrados terão a chance de ouvir-la e haverá a continuidade do
julgamento, se proclamando o resultado ao fim.
-Efeitos do recurso de apelação
Há o efeito devolutivo, onde no âmbito de teoria geral de recursos, pode ser
dividido em extensão (diz respeito a qual matéria que pode ser objeto de
análise por parte do tribunal) e a profundidade (diz respeito aos poderes que
o juiz terá para analisar dentro da matéria).
No caso de recurso de apelação o objeto de análise é tudo aquilo que há na
sentença, porém não se restringe a isso, no parágrafo 1 do artigo 1009 diz
que é possível de análise de matéria interlocutória das quais não cabia
agravo de instrumento.
Recurso de apelação
Continuando o efeito devolutivo
-Profundidade diz respeito os poderes que o juiz terá, ou seja, como que ele poderá
analisar aquela matéria (prevista no artigo 1013 no CPC):
“Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões
suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que
relativas ao capítulo impugnado.
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um
deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir
desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485 ;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou
da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se
possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do
processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é
impugnável na apelação.”
O juiz deve analisar todas as matérias e fundamentos suficientes para resolver tal
questão, não sendo obrigado porém a analisar todos.
Muitas vezes após a sentença ou a interposição da apelação, ocorre um fato novo,
este que será devolvido ao tribunal.
-Efeito suspensivo.
Vimos no âmbito de teoria geral de recursos, que a regra é de ope judicis, ou seja,
não tem efeito automático, porém pode ser concedido diante do perigo de dano
irreparavel ou de difícil reparação, contudo tem alguns casos onde tal efeito é regra
(ope legis) na apelação e no recurso especial e extraordinário decorrente do IRDR,
logo a apelação via de regra terá efeito suspensivo (artigo 1012), porém há
exceções previstas no parágrafo primeiro (será então ope judicis, poderá ser feito
então um pedido direto ao tribunal)
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente
após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório
depois de publicada a sentença.
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser
formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição,
ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art485
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o
apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
-Efeito translativo
Quando de ofício o tribunal deve conhecer uma matéria de ordem pública, e todo e
qualquer recurso de natureza ordinária goza deste efeito.
-Efeito regressivo
Se dá pela possibilidade de retratação pelo órgão que proferiu a decisão, no caso a
apelação é um dos recursos que gozam deste efeito, porém via de regra esse efeito
não é utilizado, ele é usado em 3 casos: O indeferimento da petição inicial,
precedente de pedido liminar onde já exista precedente qualificado, sentenças sem
julgamento de mérito.
Recursos nos juizados especiais (inominado)
Deve-se ter em mente a serventia dos juizados especiais, na época de sua criação
algumas demandas que sequer eram levadas ao poder judiciário, normalmente por
motivos de a demanda não ter o valor suficiente para compensar pagar advogado e
todos os custos processuais.
O recurso interposto contra a sentença é julgado não por um colegiado formado por
desembargadores, mas sim por uma turma composta por juízes de primeira
instância, feito isso tenha em mente que nos juizados especiais há maior
simplicidade.
Os requisitos.
-Prazo
Ao contrário da apelação, é de 10 dias, a lei 9099 não estabelecia a contagem do
prazo, e o CPC de 2015 que é a norma subsidiária, o prazo é contado em dias úteis,
atualmente há uma lei expressando isso, suprindo essa carência.
-Preparo
Há uma regra específica na lei 9099, de tal forma que não se aplica a ideia geral do
CPC, neste caso, nas 48h seguintes à interposição do recurso o preparo deve ser
demonstrado antes do ato, caso não seja feito nestas horas, será de plano
considerada deserta.
-Regularidade formal.
Se tem notadamente o direcionamento ao juízo competente, nome e qualificação
das partes, fundamento de fato e direito apontando o equívoco do juiz e o pedido.
Em termos de procedimento, se direciona ao juiz a quo, que irá abrir vistas à
contrarrazões (com o prazo de 10 dias) (no âmbito dos juizados especiais não há
possibilidade de recursos adesivos).
Não é possível a reconvenção, apenas o pedido contraposto, até mesmo por
questão de celeridade processual.
Chegando na turma recursal o relator pode julgar monocraticamente, não admitindo
o recurso, porém dar provimento quando fundado em súmula ou precedente de
tribunal próprio ou superior, como ocorre com a apelação, se não houver precedente
irá levar ao colegiado, que este irá conhecer da matéria.
Na apelação, se for conhecido pela maioria e não por unanimidade, se utilizava o
colegiado expandido, porém no juizado especial basta a maioria decidir, sem a
necessidade de aumentar o colegiado.
Efeitos.
-Efeito devolutivo.
A extensão do efeito devolutivo, há o civil estadual,não há qualquer tipo de recursos
com decisões interlocutórias, onde sempre poderá tratar de recursos de decisões
interlocutórias, nos federais e especiais, somente quando houver liminar poderá se
interpor recursos de decisões interlocutórias.
A profundidade do efeito devolutivo, será como na apelação, de forma muito
idêntica.
-Efeito suspensivo.
Nos juizados especiais será sempre ope judicis, porém pode o juiz conceder o efeito
suspensivo
-Efeito ativo.
A antecipação da tutela recursal também sempre ope judicis.
-Efeito translativo.
Temos justamente a possibilidade da turma recursal conhecer de oficio matéria de
ordem pública.
-Efeito regressivo
Será apenas em alguns casos, logo, assim como na apelação não é a regra, no
caso de indeferimento da petição inicial.
Recursos Ordinários.
Consiste em um recurso que tem cognição ampla (logo reexamina fatos, provas,
tem uma grande amplitude), semelhante ao recurso de apelação, porém sua
principal diferença é o órgão competente para julgar.
Leva ao superior tribunal de justiça ou supremo tribunal federal, conforme o caso, a
análise da matéria que tenha sido julgada por tribunal regional ou superior, nas
hipóteses da constituição da república.
Hipóteses.
No caso do supremo tribunal federal, no artigo 102 da CF, as hipóteses do inciso II:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus , o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político;
São ações constitucionais que servem para garantir a tutela constitucional das
liberdades.
Se a decisão for denegatória, é necessário que o supremo venha a reanalisar essa
matéria, diferente do caso da concessão, onde não será cabível o recurso ordinário.
No código de processo civil, essas hipóteses são citadas porém o habeas corpus é
excluído, isso decorre do fato de o habeas corpus ter uma índole penal, por isso não
é citado no processo civil, ainda que eventualmente possa existir no processo civil
O superior tribunal de justiça é previsto no artigo 105, inciso II, da CF:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória
a decisão;
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um
lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal
Procedimento.
Temos que ele será também interposto na instância de origem, ou seja a quo,
podendo ser o primeiro grau (estado estrangeiro contra pessoa física), ou tribunal
(neste caso se dirige ao presidente do tribunal conforme estabelecido no regimento
interno)
Não há recurso adesivo no âmbito do procedimento ordinário, afinal apenas uma
parte poderia interpor-lo, nunca ambas as partes, porém em tese no caso de estado
estrangeiro poderia, mas carece de previsão legal,
Na instância ad quem o recurso é distribuído para a turma, onde o relator quando
para não reconhecer o recurso, ou quando não atacar os fundamentos para a
decisão, o relator poderá julgar monocraticamente.
Do contrário irá para o colegiado, composto por cinco ministros (No STF tem 5
ministros em duas turmas e um presidente, e no STJ por se tratar de mais temas há
uma maior divisão ), não se aplica a previsão do artigo 942 do CPC, onde a decisão
por maioria enseja a convocação de novos magistrados em número suficiente para
reverter a decisão, aqui em recurso ordinário não há previsão de colegial estendido.
Efeitos
-Devolutivo.
Aquilo que será devolvido, no caso para o STF, a sua extensão (matéria a ser
analisada) será apenas aquilo que o devolente quis ir contra, e estará ligada apenas
as hipótese de cabimento, ou seja, apenas de decisão do colegiado, logo não cabe
contra liminar, não cabe também decisões interlocutória.
Ao se tratar de estado estrangeiro ou organismo internacional, caberá nas
hipóteses estabelecidas no artigo 1.015 do CPC.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
A profundidade (diz respeito aos poderes do juiz) como é um recurso de
cognição ampla, poderá assim ser analisada por inteira apenas no recurso, não há
problema, da mesma forma o fato novo ou que não pode ser utilizado por força
maior ou caso fortuito, a grande discussão é a aplicação ou não da teoria da causa
madura, pois o código expressamente prevê a sua aplicação, no caso o artigo 1.013
do CPC, porém por jurisprudência do STF e julgamento anterior ao CPC 2015, há o
julgado de não ser cabível em mandado de segurança a teoria da causa madura.
-Suspensivo.
Será sempre ope judicis (diferença frente a apelação que é ope legis), será
pedido direto para o relator caso já distribuído, ou para o tribunal respectivo quando
não, se tiver questão de admissibilidade, será na instância de origem.
-Translativo
O tribunal poderá conhecer de ofício matéria de ordem pública.
-Regressivo
Se dá pela possibilidade de um juízo de retratação, em um tribunal o órgão
julgador foi um colegiado, porém deve dirigir tal recurso ao presidente ou vice
presidente do tribunal, logo será diverso aquele que proferiu a decisão logo não
haverá o juízo de retratação tipico, apesar que pode ocorrer na hipóteses de
precedente.
Em caso de estado estrangeiro, ou organismo internacional contra pessoa
fisica, o processo sera priemiramente julgado em juizo de primeiro grau, porém após
essa decisão irá para o superior tribunal, logo será possivel a apelação, então será
sim possivel o efeito regressivo.
Agravo de instrumento.
Serve para impugnar uma decisão interruptória, o código de processo civil
estabelece a desnecessidade de se impugnar a decisão interlocutória em momento
posterior, quando ocorre as contrarrazões da apelação, ou seja, aquelas urgentes
são objeto de agravo de instrumento, porém em hipóteses de dano imediato, não se
fala em agravo de instrumento, ou recurso imediato em geral.
Deve-se estabelecer as hipóteses pois os momentos são diferentes, desde o CPC
de 2015, o momento em que se deve interpor um recurso a uma decisão que causa
dano imediato é de 15 dias, ou seja, requer uma celeridade.
Se a parte achasse que o dano era mediato, e apenas opusesse recurso de forma
posterior, o tribunal caso entendesse como dano imediato, iria tratar como perda de
prazo, isso devido ao fato de não ter sido apresentado um agravo de instrumento,
por tal motivo é previsto também as hipóteses de cabimento de tal recurso.
-Hipóteses de cabimento.
No artigo 1015 do código de processo civil há a previsão destas 11 hipóteses:
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documentoou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo
de execução e no processo de inventário.
Há porém hipóteses fora deste artigo, como por exemplo nos casos de falência.
A corte especial do STJ especificamente no âmbito deste recurso repetitivo disse
que a taxatividade é mitigada, ou seja, há este rol do artigo acima, porém não é
exaustivo, logo o dano imediato, mesmo que não previsto em tal rol, poderá sim ser
tema de agravo de instrumento, um exemplo é o caso da incompetência absoluta.
-Tutelas provisórias
Neste caso, o código divide em tutela de urgência e evidência (quando o
direito é flagrante), já ocasionam um efeito imediato, logo se houver um recurso.
-Quando a decisão interlocutória julgar mérito.
Pode julgar em duas hipóteses: no julgamento antecipado do mérito em
parcela incontroversa, logo definitivamente já pode haver um julgamento, a outra
hipótese é quando uma parte da matéria precisa de instrução e a outra já pode ser
julgada pelo estado do processo.
-Quando há rejeição da convenção de arbitragem
O tribunal poderá julgar aquela matéria, ou seja, é algo incidental que desafia
um agravo de instrumento, pois os autos estarão no primeiro grau para serem
julgados.
-Incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art373%C2%A71
A personalidade jurídica e a pessoa física ainda que do administrador e
sócios são pessoas distintas, porém a primeira pode ser utilizadas para se
performar fraudes.
-Rejeição do pedido de gratuidade da justiça, ou acolhimento do pedido e sua
revogação.
São apenas essas duas hipóteses, a concessão da gratuidade da justiça não
causa então dano imediato à outra parte, porém sua rejeição é de dano imediato,
justamente por obrigar a parte a realizar o preparo, que em tese ela não teria
condições para tal.
-Posse de documento ou coisa.
Neste caso uma vez demonstrado já causa dano imediato.
-Se tratar de litisconsórcio.
Se o numero for excessivo, pode-se limitar mediante a decisão do juiz, e
dessa decisão irá caber agravo de instrumento.
-Tratar de admissão ou inadmissão de terceiro.
Como ele pode ser prejudicado da não participação no processo.
-Concessão, modificação ou revogação de efeito suspensivo de embargos à
execução.
Trata-se por óbvio de execução de título extrajudicial.
-Redistribuição do ônus da prova.
Temos a noção de sua distribuição dinâmica, onde o autor terá ao fato
constitutivo do direito, e do réu ao evento modificativo, impeditivo e suspensivo do
direito, pode porém haver a redistribuição deste ônus, a pr´própria lei estabelece de
forma específica, logo o juiz poderá dinamicamente redistribuir o onus da prova, um
exemplo é a justiça do trabalho, onde o empregador tem amplos documentos em
mãos.
-A lei poderá estabelecer outros casos de agravo de instrumento.
Requisitos do agravo de instrumento.
-Prazo
15 dias úteis.
-Preparo
Há sim a necessidade deste para o agravo, porém ele já é interposto no
tribunal, logo quanto ao porte de remessa e retorno não será cobrado, justamente
por tal interposição no tribunal, diferentemente do recurso de apelação que é
interposto na instância de origem.
Pode até ser cobrado o porte de retorno, pois ao ser julgado ele irá retornar e
o cumprimento da decisão será no primeiro grau da decisão, porém nunca o porte
de remessa.
-Regularidade formal
Terá que ser dirigido ao presidente do tribunal, até porque não teve ainda a
redistribuição, deve ter nome e qualificação das partes, fundamento de fato e direito,
deve-se demonstrar o erro do juiz e ainda que é caso de agravo de instrumento, e
por fim deve haver um pedido, seja a reforma ou anulação da decisão.
Deve haver nome e endereço completo do advogado e das partes, isso por
conta da necessidade de intimação das partes.
Embargos de declaração.
Serve para impugnar qualquer tipo de decisão, serve para aperfeiçoar, ou suprir
alguma obscuridade de uma decisão, logo nem sempre terá o objetivo de alterar o
resultado do julgamento
Mesmo que a parte tenha ganho, poderá haver a necessidade destes embargos: Ex
em uma causa extremamente alta, onde o pedido foi de 10 milhões de reais, e o juiz
considerou procedente, porém não condena o pagamento de honorários, logo não
se quer anular essa decisão, e tão somente se busca suprir a omissão dos
honorários.
Toda e qualquer decisão poderá ser objeto de embargos de declaração desde que
sirva para:
-Contradição é na mesma decisão há elementos antagônicos (deve
necessariamente ser na mesma decisão)
-Obscuridade é quando a decisão não está clara o suficiente, isso não se confunde
com a dúvida, pois a obscuridade concerne objetivamente na decisão, a duvida diz
respeito a um critério subjetivo do leitor, e neste não cabem os embargos de
declaração.
-Omissão será outra situação onde será cabível os embargos de declaração.
-Erro material: é aquele evidente porém que não altera a essência da decisão.
-Erro de premissa, neste caso será também cabível, tais embargos.
Requisitos.
-Prazos: neste caso é de 15 dias úteis para todos os recursos, porém pela
simplicidade e aplicação deste recurso, os embargos de declaração tem seu prazo
de 5 dias apenas, contados em dias úteis, ressaltando que aqueles que já gozavam
de prazo em dobro, terão também este direito aqui.
-Preparo: Não há necessidade de se realizar o preparo, como disposto no CPP, e
porte de remessa e retorno será inviável, pois o mesmo órgão que proferiu a
decisão irá analisar a demanda do embargo de declaração.
Contraditório.
Se dá pela possibilidade pela outra parte se manifestar sempre que houver um fato
novo, entretanto, aqui nos embargos de declaração, como regra não acarretará em
alteração do julgamento, não irá necessitar do contraditório, porém caso se ataque a
decisão e modifique qualquer área de sua essência, ou seja, a modificação do
resultado, será sim necessário que seja disponibilizado o contraditório.
Procedimento.
Se houver pedido de efeito modificativo, haverá necessidade do contraditório,
chamando o embargado para se pronunciar acerca deste.
Não há aqui a previsão de sustentação oral.
Efeitos.
O efeito suspensivo não é expresso no código, porém pode um relator o aplicar, se
trata então de ope judicis, desde que podendo haver dano grave ou de difícil
reparação, estes embargos, uma vez interpostos, interrompem os prazos.
Embargos de declaração
Se forem opostos a outro recursos, e não tiverem alterem o resultado deste outro
recurso, não haverá a necessidade de ratificação deste.
Quando eles forem protelatórios, por exemplo na omissão de um juiz, porém ao
sanar este defeito ele é obscuro, se opõe mais uma vez os embargos do embargos,
logo isso poderá ocorrer quantas vezes necessárias, desde que não seja feita para
atrasar a jurisdição, logo o CPC em caso de recurso protelatório haverá a imposição
de multa, sendo a primeira até 2% do valor da causa.
Caso a parte repita estes embargos declaratórios, a segunda multa será de até 10%
e será vetada a possibilidade de novos embargos para aquela parte.
Embargos de declaração para fins de prequestionamento.
Se a parte suscitar a matéria, porém ainda não houve a analise do mérito, não será
aceito o prequestionamento, logo se necessita de embargos de declaração, o STJ
entende que deve-se ainda demonstrar a omissão, obscuridade, ou contradição,
logo se demonstra também violação ao artigo 1.022 do CPC.
Agravo interno.
A ideia central é levar ao colegiado a matéria que tenha sido julgada
monocraticamente.
Em algunscasos, porém, um relator pode julgar monocraticamente, desde que em
situações predeterminadas no artigo 932.
Em caso de precedente, apenas se pode falar da distinção ou da superação
daquele precedente.
O prazo será de 15 dias o prazo previsto para o agravo de qualquer natureza, se for
contra decisão de relator ou unipessoal proferida em tribunal, ainda que previsto em
legislação extravagante ou regimento interno.
Não há necessidade do porte de remessa e retorno, afinal irá se levar ao colegiado
matéria decidida monocraticamente, porém não é completamente isenta de preparo,
neste caso a critério do tribunal podem ser estabelecidas as custas.
O procedimento será a interposição deste, haverá a necessidade de contraditório,
demonstrar que o recurso é incabível, ou o precedente é superado ou seu caso é
diferente daquele utilizado.
Recurso especial.
Hipóteses de cabimento: O artigo 105 inciso terceiro é dividido em três alíneas.
Alínea A: Violar a lei federal, dar prevalência a ato do governo local em face a lei
federal, e interpretação diversa de lei federal.
-Violar ou negar vigência de lei federal:
Neste caso há a necessidade de recurso especial, a negativa de vigência
cabe a tratado ou lei federal, o tratado temos justamente que o tratado
internacional é uma norma nascida no estrangeiro, e para que venha a existir
no Brasil haverá procedimento e fase para se entrar em vigor no país,
necessita de uma assinatura de um pleno potenciario (Presidente,
embaixador, chanceler, ou alguém designado especificamente para isso),
essa assinatura não dá ainda a vigência do Brasil, será necessário passar
pelo congresso nacional que editará um decreto legislativo, e para ser
incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro quando este chegar ao
presidente da república incorporando ao nosso sistema jurídico.
A regra geral é que o tratado internacional tenha força de lei, porém é
diferenciado quando versar sobre direitos humanos, quando aprovados por 2
turnos em tres quintos do pleito, terá força de emenda constitucional, os que
não forem aprovados desta forma, terão força supralegal.
O conceito de lei no caso da violação de lei federal, será considerada lei todo
ato constitutivo primário, (Art 59 CF), inclusive uma violação a emenda
constitucional não será passível de recurso especial, pois deve ser analisada
pelo STF por adentrar a competência constitucional.
A segunda alínea fala de dar prevalência a ato de governo local contestado
em face a lei federal, neste caso em prática é uma violação à lei federal
(Porém quando se tratar de divergência a lei federal e lei local, será matéria
de direito constitucional) pois no caso será divisão de competências, já que
não há hierarquia entre leis, e sim diferenças de competências entre
municípios, estados e federação.
Quando se tratar de atos de governo federal em face de ato estadual, será
matéria do STJ, pois no caso em maioria das vezes deverá se seguir a norma
de âmbito federal.
A terceira alínea a interpretação diversa a lei federal em face à distinto
tribunal, ou seja, se fosse no mesmo tribunal seria uma mera mudança de
jurisprudência, e deveria ser modificada de forma interna naquele tribunal.
Essa divergência jurisprudencial se trata do exato mesmo caso, porém com
distintas soluções, porém apenas a distinta solução não ensejará
jurisprudências diferentes, é necessário também que o caso seja igual para
se consolidar a diferença jurisprudencial.
A demonstração se dá na juntada do acórdão visto como paradigma, e
demonstra a divergência de solução.
A divergência jurisprudencial não será ad eternum, logo poderá o STJ
pacificar a matéria no mesmo sentido da decisão impugnada, ele irá pacificar
a matéria quando a corte especial decidir, ou ainda quando a sessão que
julga a matéria de forma pacificada.
Procedimento
Ao recurso especial comum, se interpõe direcionado ao presidente ou vice
presidente do tribunal de origem, este irá abrir vistas a contrarazões, e haverá juizo
de admissibilidade no tribunal de origem,ou seja, este presidente ou vice, irá
verificar a existência do preenchimento de requisitos e pressupostos.
Recurso especial repetitivo.
Uma vez interposto abre vista as contrarrazões e haverá um juízo de
admissibilidade na instância de origem, esta irá verificar os requisitos específicos e
gerais do recurso
Uma vez admitido o recurso, este irá ao STJ.
Porém há um recurso especial repetitivo, que é tratado como um precedente, devido
ao grande número de processos com o mesmo tema, se preferir no lugar de julgar
processo a processo, simplesmente ter a força de um precedente.
Logo se predomina a ideia de apenas um julgamento, havendo duas formas de se
encarar essa ideia, a primeira forma é o processo piloto, onde o primeiro é julgado
de certa forma e outros serão julgados de maneira parecida, a outra hipótese é o
processo modelo, onde se julga de forma mais abstrata.
A ideia é julgar uma causa e criar um efeito difusor para outros processos, estes
ficarão suspensos aguardando o julgamento do primeiro.
Uma vez havendo este recurso, será o relator que irá determinar a suspensão de
outros processos, e quem irá julgar se o processo em questão tem o mesmo tema
dos demais, será o juiz da causa.
Se o caso for diverso, deverá ser feito um requerimento que demonstra a distinção
do processo a aquilo que será julgado pelo STJ, será dirigido ao juiz ou relator, no
caso há possibilidade de agravo interno.
-Sobrestamento
Após o relator decidir o sobrestamento de todos os processos que estejam
tramitando, e o juiz da causa verificará se o caso é idêntico, caso haja divergência
da parte, ela irá fazer um requerimento demonstrando a distinção de casos, se for
em primeira instância cabe agravo de instrumento, e se for o relator, caberá o
agravo interno.
O STJ irá julgar, e poderá existir o amicus curiae (amigo da corte), ele atuará neste
caso específico, dando ao tribunal maior conforto para analisar a demanda,
posteriormente esta decisão valerá para todos os outros processos.
Caso a matéria não tenha sido analisada pelo juiz, ai se utilizará a decisão já
proferida pelo STJ.
Caso a material tenha sido julgada pelo juiz, e houve o sobrestamento, então o STJ
irá julgar o caso, e se for idênticas as posições, o recurso não merece sequer ter
segmento, porém se a posição for diversa, os tribunais deverão se adequar ao
posicionamento do STJ e rever suas decisões, logo o tribunal de origem poderá
rever seu posicionamento.
Deve se verificar seus efeitos:
-Devolutivo
A extensão e profundidade são restritas, pois devem ser matéria exclusivamente de
direito infraconstitucional federal, deve também ter sido anteriormente analisada
-Suspensivo.
Não há efeito suspensivo de regra, porém há a possibilidade em caso ope judicis,
desde que haja plausibilidade e risco de dano iminente, a grande questão é saber
qual órgão que irá conceder tal efeito, no âmbito da apelação e recurso ordinário,
por não ter juízo de admissibilidade na instância de origem, será o juízo ad quem,
porém ao se tratar de recurso especial temos um juízo de admissibilidade do
presidente ou vice do tribunal na instância de origem, logo ele poderá analisar e
conceder ou não o efeito suspensivo.
Após a admissibilidade, a competência passa a ser do STJ, que será o órgão que
irá julgar tal recurso.
-Translativo.
Estre se dá pela possibilidade de um tribunal conhecer uma matéria de ofício, ele
somente não poderá o fazer após o trânsito em julgado, porém como neste caso
não o haverá, parte da doutrina entende que a matéria do recurso especial e
extraordinário como qualquer outro gozam deste efeito, porém outra parte defende
que o tribunal no âmbito de recursos excepcionais não podem conhecer de ofício
matéria de ordem pública, pois o objetivo deste recurso é garantir a segurança
sistêmica.
-Regressivo
Haverá a possibilidade quando houver decisão do tribunal de origem quando for
contrária ao precedente, este efeito decorre não da interposição do recurso, mas
sim da formação do precedente.
Recurso extraordinárioDiferente do recurso especial, aqui temos que a matéria deve ser constitucional, se
trata também de um recurso excepcional.
Requisitos gerais
-Interesse recursal
O recurso deve ser útil, e muitas vezes há matérias onde o acórdão teve
matéria constitucional e infraconstitucional, logo se houver a necessidade de
atacar todos os fundamentos, o recurso especial para os ifrs constitucionalis
será julgado antes, e caso não seja provido não será necessário julgar o
recurso extraordinário, pois tal fundamento não será suficiente para a
reversão da decisão.
Se o recurso especial foi provido anteriormente o recurso extraordinário
perde seu objeto, do contrário ele ainda será útil, isso em caso de dois
fundamentos diferentes, sendo um infraconstitucional, e outro constitucional.
-O prazo
15 dias úteis
-Regularidade formal
Será direcionado ao presidente ou vice do tribunal de origem, da mesma
forma do recurso especial.
-Preparo
Se consubstancia em custas e porte de remessa e retorno, neste caso não
será exigido em autos eletrônicos.
-Postagem em termos de tempestividade
Por correio, pode ser utilizado protocolo integrado ou descentralizado, desde
que o tribunal tenha delegado essa atividade ao juízo de primeiro grau de
jurisdição, o que não é obrigatório para todos os tribunais, porém é uma
faculdade.
Requisitos específicos.
-A matéria deve ser exclusivamente de direito.
Não se pode o simples reexame de fatos ou provas, deve partir do
pressuposto da situação fática colocada pelo acórdão de origem, logo aqui a
súmula 279 do STF é utilizada, semelhante a súmula 7 do STJ, aqui vale a
ideia de que é diferente o reexame de provas (situação fática)para a
revaloração fática (se que apenas dare outro contorno jurídico).
-Os requisitos estão no artigo 102 inciso 3 da CF.
II - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
-Deve ser de única ou última instância.
-A decisão não tem órgão especifico.
Logo desde que esgotado todas as instancias, pode vir de qualquer tribunal.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
-A matéria deve ser relevante.
Isso o Supremo pode afastar por 2/3 de seus membros, normalmente é
julgado pelo plenário virtual, onde o ministro tem 20 dias para determinar se é
questão constitucional, se é caso de precedente anterior, e repercussão geral
propriamente dita.
Por ser um recurso de matéria excepcional, exige uma importância
econômica, social, política ou jurídica que ultrapasse os limites subjetivos.
Deve-se abrir um tópico para falar apenas deste assunto.
Hipóteses de cabimento
-Contraria dispositivo da constituição da república.
Deve ser uma contradição direta, onde o acórdão tem interpretação da
constituição e não da lei, neste caso é cabível o recurso extraordinário.
-Pode se falar em análise de constituição pretérita.
Quando uma norma constitucional anterior tem normas recepcionadas pela
nova.
-A ideia de “tempus regit actum”
A violação de constituição anterior, no caso, se a questão for de constituição
anterior, esta será a utilizada na análise do mérito.
Envolve a constituição e tratados internacionais sobre direitos humanos,
aprovados em 2 turnos por 3/5 de cada casa, pois estes tem força de
emenda constitucional.
Hipóteses de cabimento.
-Quando houver a declaração de inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.
Neste caso deve ser observado o procedimento para a declaração desta
inconstitucionalidade, somente um tribunal pode declarar inconstitucional, de
acordo com o art 97 da CF, somente com a maioria absoluta dos votos dos
membros do respectivo órgão especial, sendo assim há a necessidade de ser
obedecida a cláusula de reserva de plenário para aplicação do recurso
extraordinário, caso não obedecido até pode ocorrer um recurso
extraordinário, porém agora pela alínea A, e não mais pela B.
A turma abrirá um incidente que apenas irá analisar acerca da
inconstitucionalidade, logo se analisa abstratamente, do ato em que se
declara inconstitucionalidade não cabe o recurso extraordinário.
Não será necessário este incidente quando já houver um precedente no
plenário do STF, logo será cabível a interposição pela alínea B do artigo 102
quando se falar de tratado ou do seu procedimento.
Para não ser obedecido o procedimento deve-se opor embargos de
declaração versando sobre o artigo 97 da CF.
-Recurso extraordinário quando a decisão deve preferência a lei ou ato do governo
local tendo prevalência da constituição da república.
-Quando houver prevalência em lei local contestada em face de lei federal.
Não há hierarquia da lei federal para estadual, porém há diferentes
competências para âmbito federal e constitucional.
Quando há competência concorrente, o estado tem competência plena na
lacuna da regulamentação federal, porém se for feita futuramente uma lei
federal, essa irá retirar eficácia da lei estadual nos assuntos que tocam.
Porém o que se deve ater é que a divergência de lei local sobre a federal, é
matéria de direito constitucional, logo cabe recurso extraordinário.
Procedimento.
Primeiramente, a demanda irá para o plenário virtual que irá julgar o teor da matéria,
se tem precedente, se a matéria é constitucional, logo este irá apenas reiterar a
jurisprudência e verificar a repercussão social, para ser recusada, dos 11 ministros
ao menos 8 devem dizer que não há repercussão geral para não se conhecer o
recurso.
Se até entender que há tal repercussão, os tribunais ficarão sobrestados, tendo
essa repercussão o supremo irá julgar a matéria, em caso de recurso repetitivo,
todos os processos do Brasil acerca dessa matéria serão suspensos,
Efeitos.
-Devolutivo
Extensão (matéria a ser analisada): Neste caso será restrito a discussão de
direito e constitucional, devendo ser uma violação frontal à constituição
Profundidade (poderes do juiz): Não se pode reexaminar fatos e provas,
ainda a matéria deve já ter sido debatida.
-Suspensivo
Temos que o recurso extraordinário não goza como regra deste efeito, logo
não é automático (apenas a apelação tem o efeito suspensivo ope legis, o
restante é ope judicis), o recurso extraordinário decorrente de incidente de
resolução de demandas suspensivas (IRDR) tem seu efeito suspensivo ope
legis (aqui se trata de uma exceção portanto).
O efeito suspensivo ope judicis, que é a regra geral, até a admissibilidade do
recurso que será feita pelo tribunal de origem, tem seu procedimento dado
pela interposição do recurso em instância a quo, que irá abrir vistas as
contrarrazões, verificar se tem ou não recurso extraordinário e assim
podendo sobrestar, analisar a sua repercussão, e após isso irá fazer um juizo
de admissibilidade o recurso irá subir para o STF.
A competência até subir para o STF será então presidente do tribunal de
origem, após isso será do Supremo Tribunal Federal.
-Translativo.
Temos a mesma discussão do recurso especial, a doutrina reconhece que
não pode o magistrado conhecer de ofício matéria pública.
O artigo 485 parágrafo terceiro do CPC, opta por dar este efeito translativo ao
recurso extraordinário até o trânsito em julgado.
“ Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
[...]
§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer
tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.”
-Regressivo.
Este se dá pela possibilidade de retratação, o órgão deveria ser o mesmo
que proferia a decisão, porém aqui a turma irá julgar o acórdão, que julga é o
colegiado, e quando se interpõe o juízo de admissibilidade será feito pelo
tribunal de origem, logo a simples interposiçãonão gera o juízo de retratação,
porém a formação de precedente pode o gerar.
A retratação então existe, porém decorre da formação do precedente no STF,
e não da mera interposição recursal.
Agravo em recurso especial ou extraordinário.
Caso o presidente ou vice do tribunal de origem não admitir o recurso especial ou
extraordinário, será necessário a manutenção de um recurso para a impugnação desta
decisão acerca do recurso especial ou extraordinário.
Logo seu objetivo é justamente fazer com que o recurso especial seja provido.
Requisitos
-Prazo
São 15 dias úteis assim como todos exceto os embargos de declaração
-Preparo
Não há necessidade do pagamento de custas ou remessas necessárias, até porque este foi
pago no primeiro recurso, no caso o que se vislumbra a admissão.
-Nome e qualificação das partes, bem como fundamentação de fato e direito.
Procedimento
Se interpõe o recurso perante o presidente ou vice presidente do tribunal de origem, que irá
abrir vistas para contrarrazões também em prazo de 15 dias, e após irá remeter o recurso
para o STJ ou STF, não há possibilidade de se recusar este recurso, pois iria precisar de um
recurso para este.
No STJ ou STF cabe ao relator verificar se todos os requisitos foram obedecidos,em caso
afirmativo, irá conhecer o agravo, neste caso pode negar provimento quando o presidente
do tribunal de origem agiu corretamente, ou quando falta um dos pressupostos de
admissibilidade, pode dar provimento ao agravo, neste caso irá conhecer o próprio recurso
especial e extraordinário, pode ainda conhecer, dar provimento ao agravo e já fazer o juízo
de provimento, o relator pode fazer isso quando já existir um precedente, por fim pode
conhecer e dar provimento ao agravo e na ausência de precedente levar o recurso para ser
analisado pelo colegiado.
Embargo de divergencia.
A ideia é fazer com que a matéria seja analisada por um colegiado maior, pois muitas vezes
será analisada por uma turma apenas, então a ideia aqui é de aumentar o colegiado.
-Prazo de 15 dias
-Não há necessidade de preparo ou porte de remessa e retorno (podem porém ser
cobrados as custas)
-Demonstração da divergência.
-Deve-se realizar o cotejo analítico, ou seja, demonstrar que há precedente diverso para
aquele caso.

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