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9,10,11,13 - economia

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CAPITULO 09
Contabilidade Social: Medição dos agregados econômicos = um registro contábil de atividades produtivas de um país.
 Diferença entre a Macroeconomia e Contabilidade Social:
- A contabilidade social procura definir e medir os principais agregados a partir de valores já realizados ou efetivados (ex post, a posteriori) – após ocorridos
- Macroeconomia antecipa ou prevê o que pode ocorrer e trabalha com valores teóricos, previstos, planejados (ex ante, a priori) – antes de ocorrerem
Exemplo: Poupança agregada na contabilidade social – refere-se a poupança já realizada e na macroeconomia seria a poupança planejada ou desejada 
Matriz de relações Inter setoriais: Inclui as transações intermediarias, permite também analisar relações econômicas entre os vários setores de atividade. Oferece informações mais completas, mas geralmente acontece de 5 em 5 anos;
Sistema de Contas Nacionais: Utiliza o método tradicional, das partidas dobradas, discrimina as ações dos grandes agentes (família, empresa, governo e setor externo), mede apenas as transações com bens de serviços finais (SEMPRE BEM FINAL E NÃO O PROCESSO).
Princípios Básicos:
 Registram-se apenas transações com bens e serviços finais, e não as transações com insumos e bens intermediários, referem-se apenas aos fatores de produção (salários, juros, alugueis e lucros).
 Mede-se apenas a produção concorrente do próprio período, não é levado em conta o valor de transações com bens produzidos em períodos anteriores (automóveis, maquinas, imóveis usados).
 As transações referem-se a um fluxo, são definidos ao longo de certo período de tempo (geralmente anual, mais no brasil é trimestral).
 A moeda é neutra, é apenas um instrumento de troca.
 Não são considerados os valores de transações financeiras, não representam diretamente acréscimos do produto real (depósito, empréstimos, bolsa de valores).
 As taxas de juros, e a taxa de cambio também não são apresentadas no sistema contábil.
Economia a dois setores: Consideramos apenas dois agentes econômicos (família e empresa) (2 setores), serão introduzidas as variáveis do setor publico (3 setores), agrega-se o setor externo (4 setores). A analise da macroeconomia trata da formação e distribuição do produto e da venda gerados pela atividade econômica entre os agentes (família, empresas, governo e setor externo.) O resultado pode ser medido de 2 formas: Lado da produção e venda de bem e serviços finais (ÓTICA DO PRODUTO E ÓTICA DAS DESPESAS). (São medidas do mercado de bens e serviços, Pela renda gerada no processo de produção (ÓTICA DA RENDA) (são medidas do mercado de fatores).
A (trigo) –> B (farinha) –> C (pão).
Despesas: despesas necessárias para produção de tal bem. Lucro: remuneração da capacidade empresarial, o lucro é uma parcela das despesas que remuneram seus proprietários.
Produto Nacional –> valor de todo bem e serviço final (ÓTICA DE QUEM PRODUZ- PRODUÇÃO)
PN = C.
Despesa Nacional –> valor idêntico ao PN, mas medido pela ótica de quem compra (ÓTICA DA DESPESA).
DN =C Formula mais correta –> DN = C+I+G+ (X-M)
C = despesas da família. G= despesas do governo. I= Despesas da família com investimento. G=despesas do governo. X-M= despesas liquidas do setor externo (X= exportações / M= importações).
Renda Nacional à é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção.
RN = salario + juros+ alugueis + lucros
Todas as formulas trarão ao mesmo resultado, então RN=PN=DN = 390,00. Isso ocorre por que como os bens intermediários aso excluídos tudo o que recebe e (PN=DN) ela gasta na remuneração aos fatores de produção (RN). Valor Adicionado à Valor que adiciona ao produto em cada estagio da produção.
VALOR ADICIONADO OU AGREGADO = É o valor que adiciona ao produto em cada estágio de produção. É A RENDA ADICIONADA POR CADA SETOR PRODUTIVO.
Valor adicionado = Valor bruto da produção (receita de vendas) – Compra de bens e serviços intermediários
POUPANÇA AGREGADA = PARTE DA RENDA (RN) QUE NÃO É GASTA EM CONSUMO
S = -a + (1b) y
 S = RN – C 
S = POUPANÇA 
-a= CONSUMO MÍNIMO DA COLETIVIDADE 
(1+b) = POUPANÇA MARGINAL DE CONSUMO
Y = RENDA
RN – RENDA NACIONAL 
C –CONSUMO
 
INVESTIMENTO AGREGADO - GASTO COM OS BENS QUE FORAM PRODUZIDOS MAS NÃO CONSUMIDOS NO PERIODO, AUMENTANDO A CAPACIDADE PRODUTIVA NO PRÓXIMO MÊS. 
Composto pelo investimento em bens de capital (máquinas e imóveis) e pela variação de estoques. 
Investimento total = investimento em bens de capital + Variação de estoques 
Pn = C + I 
PN = PRODUTO NACIONAL
I = BENS DE CAPITAL 
C = CONSUMO
DEPRECIAÇÃO = DESGASTE DO EQUIPAMENTO DE CAPITAL DA ECONOMIA NUM DADO PERÍODO.
Precisam ser repostos
Investimento liquido = Investimento bruto – Depreciação
Investimento bruto =aumento do estoque de capital
Produto Nacional Liquido – Produto Nacional Bruto - Depreciação 
PNL = PNB – DEPREC
ECONOMIA RELACIONADA AO SETOR PÚBLICO
RECEITA FISCAL DO GOVERNO: 
É constituída por :
Impostos indiretos: transações com bens e serviços. Ex: IPI, ICMS. (Art 153, IV; Art 155, II)
Impostos diretos: pessoas físicas e jurídicas. Ex: imposto de renda. (Art 153, III)
Contribuições à previdência social: de empregados e empregadores. (Art 201)
Outras receitas: taxas, multas pedágios, alugueis.
GASTOS DO GOVERNO – DESPESAS
Diferencia-se 3 tipos de gastos:
Gastos dos ministérios e autarquias: receitas provem de dotações orçamentárias. O governo não possui preço de venda de mercado. Por isso, o produto gerado por ele é medido por suas despesas correntes ou de custeio. Como por exemplo, os salários, compras de matérias para suas manutenções e despesas de capital, sendo a aquisição de equipamentos, construção de estradas, hospitais, escolas e prisões.
Gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista (Art 173, parágrafo 1): Suas receitas advindo da venda de bens e serviços, são consideradas dentro do setor de produção, junto com as empresas privadas e não como governo. Por exemplo, a Petrobrás, universidades públicas, Eletrobrás. 
Gastos com transferências e subsídios: Não são computados como parte da renda nacional, representando apenas uma transferência financeira do setor público ao setor privado não ocorrendo qualquer aumento da produção. Por exemplo, aposentadorias, bolsas de estudo, doações e pensões. 
SUPERÁVIT OU DÉFICT PÚBLICO
Superávit: Total de arrecadação SUPERA os gastos públicos
 Déficit: Total de arrecadação MENOR do que os gastos públicos
Primário ou fiscal: Excluindo os juros da dívida pública, interna ou externa
Total ou nominal: São incluídos os juros nominais sobre a dívida
Operacional: Considerando os juros reais,ou seja, exclui-se a taxa de inflação e a variação cambial
RENDA NACIONAL A CUSTO DE FATORES E PRODUTO NACIONAL A PREÇO DE MERCADO
Preço nacional do produto é acima do valor remunerado aos fatores de produção utilizados => devido aos impostos indiretos colocado pelo governo
Custo de fatores => O que a empresa paga aos fatores de produção, salários, juros, alugueis e lucros.
Preço de mercado => Preço final pago na venda, adiciona ao custo de fatores de produção os impostos indiretos subtraindo o s subsídios.
PNL preço de mercado (PM) = RNL a custo de fatores (cf) + Impostos indiretos – Subsídios
RENDA PESSOAL DISPONÍVEL
Quanto da renda gerada no processo econômico fica em poder da família. 
Renda pessoal disponível = RNLcf (soma dos salários, juros aluguéis, lucros) descontada a depreciação – Lucros retidos(não distribuídos) – Impostos diretos – Contribuição previdenciárias (pagas pelas famílias e empresas ao governo) – Outras receitas correntes do governo + Transferência do governo às famílias (aposentadorias, bolsas). 
CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA E LÍQUIDA
É o total da arrecadação fiscal do governo (impostos diretose indiretos e também outras receitas como taxas, multas e alugueis). Parte desses tributos retorna ao setor privado na forma de subsídios.
Carga tributária líquida = carga tributária bruta – transferências e subsídios do governo ao setor privado
ECONOMIA A QUATRO SETORES: AGREGADOS RELACIONADOS AO SETOR EXTERNO
Exportação e importação: Exportação: representa as compras, pelos estrangeiros de mercadorias produzidas pelas empresas pertencentes ao nosso país. A importação representa as despesas que nós fazemos com produtos estrangeiros.
PRODUTO INTERNO BRUTO, PRODUTO NACIONAL BRUTO E RENDA LÍQUIDA DO EXTERIOR
Produto interno bruto (PIB) é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos, dentro do território nacional num dado período, valorizados a preço de mercado, sem levar em consideração se os fatores de produção são de propriedade de residentes ou não. 
- Para produzir o PIB, utiliza-se os fatores de produção que pertencem aos não residentes, cuja remuneração é remetida a seus proprietários no exterior, na forma de juros, lucros e royalties (pagamento pela utilização da tecnologia estrangeira)
- Somando o PIB com a renda recebida do exterior subtraindo a renda enviada ao exterior, tem –se o PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) que é a renda pertencente aos residentes do país.
PNB = PIB + renda recebida do exterior – renda enviada ao exterior 
A diferença entre a renda recebida e a renda enviada ao exterior é chamada de RENDA LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR (RLE):
PNB = PIB + RLE
NO BRASIL, O PIB > PNB ( UTILIZA-SE MAIS OS SERVIÇOS DOS FATORES DE PRODUÇÃO ESTRANFGEIROS DO QUE ELES UTLIZAM OS NOSSOS.
PIB REAL OU MONETÁRIO
Medido a preços concorrentes, do próprio ano. Não se sabe diferenciar qual parcela deve-se ao Aumento de preços (p) e a Quantidade física (q)
 PIB REAL
Pib medido a preços constantes de um dado ano qualquer, chamado de ano-base. Os preços fixam-se nesse ano, como se a inflação fosse zerada a partir de então. 
O comparando, temos o crescimento real, ou da produção física de serviços .
PIB COMO MEDIDA DO BEM-ESTAR
Não registra a economia informal
Não considera os custos sociais derivados do crescimento econômico, tais como poluição, congestionamento, piora doambiente.
Não considera diferenças na distribuição de renda entre os vários grupos da sociedade
INDICIE DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 
- Indicie de expectativa de vida (anos de esperança de vida ao nascer) e indicie de educação (média de anos de estudo da população adulta e anos de escolaridade esperada).
*É UMA MEDIDA ARITMÉTICA E VARIA DE 0 A 1
Mais próximo de 1, maior padrão de desenvolvimento humano do pais.
CAPITULO 10
ECONOMIA (10- 10.5)
Hipóteses do modelo básico: O modelo Keysiano supõe a existência de desemprego, ou seja, que a economia esteja em equilíbrio abaixo do pleno emprego, produzindo abaixo de seu potencial: as empresas estão com capacidade ociosa e uma parcela da força de trabalho esta desempregada. 
Nível geral de preços constantes: devido a economia está em desemprego, não há razoes para que as empresas elevem os preços de seus produtos. As empresas quando estimuladas por um aumento de demanda por seus produtos, elas irão procurar elevar sua produção e não os preços, porque estão com capacidade ociosa, e existem muitos trabalhadores disponíveis, a custos relativamente baixos. Variáveis monetárias são, ao mesmo tempo, variáveis reais, pois os preços estão fixados.
Curto prazo: é definido como período em que pelo menos um fator de produção permanece constante. O modelo básico analisa a teoria de determinação da renda, ou seja, analisa o papel das políticas macroeconômicas na estabilização do nível de atividade e emprego e do nível de preços a curto prazo. Temos um exemplo de curto prazo: supõe que estoque de fatores de produtos, não se altera no curto prazo, o que se modifica é apenas o grau de utilização desse estoque.
Oferta agregada potencial fixada a curto prazo: oferta agregada de bens e serviços, é o valor total da produção de bens e serviços finais colocados à disposição da coletividade num dado período. É o próprio produto real ou PIB. Esta varia em função da disponibilidade de fatores de produção, como por exemplo, mão de obra. 
Oferta agregada potencial refere-se à produção máxima de economia, quando os fatores de produção estão plenamente empregados (toda a população economicamente ativa esta empregada, não há capacidade ociosa, a tecnologia disponível está sendo plenamente utilizada). Esta permanece constante no curto prazo, só vai se alterar se houver alterações na quantidade física de fatores de produção ou nível de tecnologia. 
Oferta agregada efetiva refere-se à produção que está sendo efetivamente colocada no mercado, o que pode ocorrer sem que os fatores de produção estejam sendo plenamente empregados. Ou seja, a produção pode atender à demanda desejada pelo mercado, mesmo apresentando capacidade ociosa, desemprego de mão de obra. Oferta agregada efetiva será igual à potencial quando os recursos estiverem plenamente empregados. Esta pode estar abaixo do pleno emprego e pode ser alterada em função de mudanças na demanda do mercado. 
Principio da demanda efetiva: a demanda de bens e serviços (DA) é a soma dos gastos planejados dos quatro agentes econômicos: despesas das famílias com bens de consumo (C), gastos das empresas com investimentos (I), gastos do governo (G) e despesas liquidas do setor externo (X-M), isto é: 
	 DA= C+ I + G + (X-M)
Lembrando que X são exportações e M, as importações.
Na oferta agregada potencial não se altera no curto prazo, dado os estoques de fatores de produção, as alterações do nível de equilíbrio da renda e do produto nacional devem-se exclusivamente às variações da demanda agregada de bens e serviços, ou seja, as flutuações da demanda agregada são as responsáveis pela variações do produto e da renda nacional no curto prazo. Esse é o chamado principio de demanda efetiva. Em situação de desemprego de recursos, a política econômica deve procurar elevar a demanda agregada, o que permitiria às empresas recuperar sua produção potencial e restabelecer os níveis de renda e emprego. Keynes enfatiza o papel dos gastos do governo para que a economia saísse mais rapidamente da crise do desemprego. A demanda agregada (global) é realmente mais sensível e responde mais rapidamente aos instrumentos de política econômica. Já a oferta (produção) agregada é mais lenta, pois depende da disponibilidade de recursos, da infraestrutura, do ambiente de negócios. 
O equilíbrio macroeconômico: renda de pleno emprego ocorre quando todos os recursos produtivos disponíveis estão empregados e a economia está produzindo com plena capacidade. Renda de equilíbrio ou renda efetiva é determinada quando a oferta agregada iguala a demanda agregada de bens e serviços. Isso pode ocorrer abaixo do pleno emprego, significando que a produção agregada, apesar de abaixo de sua capacidade potencial, atende às necessidades da demanda. É uma situação tipicamente Keysiana. O objetivo da política econômica, keysiana, é encontrar o equilíbrio a pleno emprego, ou seja, fazer o equilíbrio entre oferta e demanda agregadas coincidir com a renda ou produto do pleno emprego. A política econômica deve se concentrar em elevar a demanda agregada, por meio de instrumentos que proporcionem aumento dos gastos em consumo, investimentos e etc. 
Comportamento dos agregados macroeconômicos no mercado de bens e serviços: para a atuação eficaz das políticas macroeconômicas, torna-se necessário tentar estabelecer relações funcionais, de causa e efeito, entre os grandes agregados, isto é, que os fatores afetam seu comportamento. Essas relações entre as variáveis devem ser estáveis e regulares, ser validas tanto na expansão como na recessão econômica, de forma a permitir às autoridades maior margem de previsibilidade para seu comportamento.Consumo agregado: consumo global pode ser influenciado por uma serie de fatores como renda nacional, taxas de juros de mercado, estoque de riqueza entre outras. As decisões de consumo da coletividade são influenciadas fundamentalmente pela renda nacional disponível, que é a parcela da renda que os consumidores podem gastar (ou poupar) livremente. Há uma relação diretamente proporcional entre a renda disponível e o consumo da coletividade.
	 C= f (RND)
C= Consumo agregado;
RND= Renda nacional disponível (Rn – Total de impostos)
Propensão marginal a consumir, é a variação esperada no consumo decorrente de uma variação na renda disponível. Ou seja, é a propensão que a coletividade tem ao consumo, dada uma variação da renda:
	Propensão marginal a consumir = Variação no consumo agregado = ∆C
 Variação na renda n acional disponível ∆RND
Exemplo: uma propensão marginal a consumir igual a 0,8 indica que, dado um aumento na renda nacional disponível de $ 100 milhões, o consumo aumentara em 0,8 de $ 100 milhões, isto é, $ 80 milhões.
Poupança agregada: poupança é a parte residual da renda nacional disponível, ou seja, a parcela da renda nacional que não é gasta em bens de consumo. Ela pode ser expressa: 
	S= f (RND)
S= poupança agregada;
RND= renda nacional disponível;
Propensão marginal a poupar, é a relação entre a variação da poupança e a variação da renda disponível. Ela tem uma relação diretamente proporcional com a variação da renda nacional disponível. Exemplo: a propensão marginal a poupar é igual a 0,2 significando que, de cada acréscimo de renda, as famílias no agregado destinam 20% à poupança e 80% ao consumo. Países mais pobres apresentam propensão marginal a poupar menor (e propensão marginal a consumir maior) que os países desenvolvidos. 
Investimento agregado: é o acréscimo ao estoque de capital que leva ao crescimento da capacidade produtiva. Ela pode ser interpretado a curto prazo e a longo prazo. No curto prazo, o investimento é visto pelo lado dos gastos necessários para a ampliação da capacidade produtiva. Já a produção ou oferta agregada serão afetadas somente no longo prazo, uma vez que sempre decorre certo período de tempo entre os gastos incorridos para ampliação de capacidade produtiva e o aumento efetivo da quantidade produzida, isto é, até a maturação do investimento). Ou seja, no curto prazo o investimento afeta apenas a demanda agregada. O investimento agregado é determinado por dois fatores básicos: a taxa de rentabilidade esperada e a taxa de juros de mercado. A taxa de rentabilidade é calculada a partir da estimativa do retorno liquido esperado pela aquisição do bem de capital. Também é chamada de eficiência marginal do capital. Quanto maior a rentabilidade esperada dos projetos, maiores serão as inversões das empresas na ampliação da capacidade produtiva. O investimento tem uma relação inversamente proporcional com as taxas de juros de mercado. A demanda de investimento também pode ser afetada pela disponibilidade de fundos de longo prazo, o que depende, em ultima analise, do desenvolvimento do mercado financeiro e de capitais do pais. 
Vazamento e injeções de renda nacional: fluxo básico de renda é o que se estabelece entre famílias (proprietários dos fatores de produção) e empresas (unidade produtoras), o nível de renda nacional dependerá de vazamentos e injeções nesse fluxo. Ocorrem vazamentos de renda quando parcela da renda recebida pelas famílias não é gasta com as empresas nacionais. É o que acontece com a poupança agregada, os impostos pagos ao governo e as importações: 
	Vazamentos= Poupança agregada + Total de impostos + Importações
As injeções de renda são todos os recursos que são injetados no fluxo básico e que não são originados da venda de bens de consumo às famílias no período. É o caso dos novos investimentos, gastos públicos e exportações: 
	Injeções = Investimento agregado + Gastos públicos + Exportações
Portanto: Injeções > Vazamentos -> a renda nacional está crescendo
Injeções < Vazamentos -> a renda nacional está em queda
Injeções = Vazamentos -> a renda nacional está em equilíbrio;
10.6 O multiplicador keynesiano de gastos
-Mostra que se uma economia estiver com recursos desempregados, a demanda agregada provocará um aumento da renda nacional mais que proporcional ao aumento da demanda. Isso acontece porque em uma economia de desemprego, qualquer injecão de despesa provoca um efeito multiplicador em vários setores da economia.
-Aumento da renda de um setor significará que os assalariados e empresários desse setor gastarão sua renda em outros setores e assim sucessivamente.
-Essa multiplicação dependerá das propensões marginais a consumir e a poupar (quanto maior a propensão a consumir da coletividade, maiores os gastoscom bens e serviços, em cada etapa, e maior o efeito multiplicador.
- k= variação de renda nacional 
 variação da demanda agregada
 
- k= variação da renda nacional
 variação dos gastos de investimento
- k= variação da renda nacional
 variação dos gastos do governo
10.7 Política fiscal, inflação e desemprego
-Política fiscal pura: aplicação de políticas tributárias ou de gastos públicos independente de políticas monetárias. 
10.7.1 Economia com desemprego de recursos
-Hiato recessivo: insuficieência da demanda agregada em relação à produção de pleno emprego
- A política econômica deve recair sobre os elementos da demanda agregada, que precisará ser elevada, para que todo o produto potencial da economia possa ser comprado, para isso:
a)aumentar gastos públicos
b)diminuir a carga tributária
c)criar subsídios e estímulos às exportações
d)criar tarifas e barreiras às importações
-Teorema do orçamento equilibrado: em uma situação de desemprego, se os gastos públicos forem elevados no mesmo montante da arrecadação fiscal, a renda nacional aumentará nesse mesmo montante.
-Aumento de gastos públicos= aumento de tributação= aumento da renda nacional
10.7.2 Economia com inflação
-Hiato inflacionário: ocorre quando a demanda agregada de bens e serviços supera a capacidade produtiva de economia. Neste caso, os instrumentos de política fiscal seriam:
a) diminuição de gastos públicos
b) elevação da carga tributária sobre bens de consumo, desestimulando os gastos em consumo
c) elevação das importações pela redução de tarifas e barreiras
-O aumento da carga tributária deve sempre preservar, na medida do possível, os investimentos e as exportações, mesmo numa conjuntura inflacionária, sob o risco de comprometer a produção futura e de perder mercados já conquistados.
-Inflação de custos: significa que a produção está abaixo do pleno emprego, pois deve-se ao aumento de custos de produção, que retrai a produção agregada
Apêndice 
Glossário:
Oferta agregada= OA
Demanda agregada de serviços= DA
Renda nacional= RN
Despesa com bens de consumo= C
Gastos das empresas com investimentos= I
Gastos do governo= G
Exportações= X
Importações agregadas= M
Poupança agregada= S
Renda nacional disponível= RND
Fórmulas:
OA= DA
OA= RN
DA= C+ I+ G+ (X-M)
RN= C+ I+ G+ (X-M)
S= RND - C
RND= RN - I
CAPÍTULO 11
11.1 Conceito de moeda
-Moeda: instrumento ou objeto aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento de bens e serviços. Tem curso forçado (aceitação obrigatória por lei).
-Antigamente, transações eram feitas por troca, e era necessária dupla coincidência de desejos (um querer o do outro para trocar).
-Moeda mercadoria: produtos que eram aceitos como instrumentos mediatórios para transações (faziam o papel do dinheiro), como o sal.
11.2 Funções e tipos de moeda
-Funções da moeda sao fundamentalmente:
a) Instrumento de trocas: intermediar fluxo de bens,serviçoes e fatores de produção da economia.
b) Denominador monetário: possibilita que sejam expressos em unidades monetárias os valores de todos os bens e serviços produzidos pelo sistema econômico (é padrão de medida.
c) Reserva de valor: pode ser acumulada para a aquisição de um bem ou serviço no futuro.
11.2.1 Tipos de moeda
1) Moedas metálicas: emitidas pelo BACEN, constituem pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor e/ou como unidade monetária fracionada
2) Papel-moeda: emitido pelo BACEN, representa parcela sugnificativa da quantidade de dinheiro em poder público.
3) Moeda escritural ou bancária: representada por depósitos à vista nos bancos comerciais
-Moeda manual: papel-moeda e as moedas metálicas em poder do público (famílias e empresas) 
Funções e tipos de moeda.
São fundamentais devido às seguintes funções:
l       instrumento ou meio de trocas: é o intermédio do fluxo de bens, serviços e fatores de produção da economia
l       denominador comum monetário: é possível expressar em unidades monetárias os valores de tudo o que é produzido no sistema econômico
l       reserva de valor: possuir  moeda representa liquidez para um a possui. Esse acúmulo permite adquirir um bem ou serviço futuramente. Para isso é necessário que ela tenha estabilidade diante dos preços, pois  inflação destrói o poder de compra da moeda.
Existem 3 tipos de moedas:
l       metálicas: são emitidas pelo banco central, constituem e que na parcela da oferta monetária e procuram facilitar operações de pequenos valores e/ou como troco
l       papel-moeda: emitido pelo banco central, represente quantidade significativa de dinheiro.
l       moeda escritural ou bancária: são os depósitos à vista (conta corrente) nos bancos comerciais.
* o papel moeda e as moedas metálicas quando utilizadas em poder público (famílias e empresas) são denominados moedas manuais.
Oferta de moeda.
A moeda tem seu preço e quantidade determinados pela oferta e demanda. Ela pode ser ofertada pelas autoridades monetárias e pela bancos centrais.
Oferta da moeda pode ser chamada de meios de pagamento. Constituem o total de moeda à disposição do setor privado não bancário, sendo assim pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações.
Liquidez da moeda significa a capacidade que ela tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as diversas transações.
Os meios de pagamento se dão através das somas da moeda manual e moeda escritural. Não rendem juros.
Meios de pagamento= moeda em poder do público + deposito à vista nos bancos comerciais
O conceito econômico de moeda é representado apenas pela moeda que está com o setor privado não bancário. O dinheiro que pertence aos bancos são seus encaixes e suas reservas, o resto pertence ao público não bancário.
Poupança e depósitos a prazo em contas comerciais, não são considerados meios de pagamentos, por duas razoes: não são de liquidez imediata e remunerados, rendem juros.
Meios de pagamento (sem juros) são chamados na literatura mais específica de M1, haveres monetários. Para alguns objetivos é utilizado a quase-moeda,  haveres não monetários,  (rende juros) quando envolve assuntos relacionados à poupança, depósitos a prazo, etc...
Desmonetização: diminuição da quantidade de moeda sobre o total de ativos financeiro, devido ao fato de as pessoas procurarem defender se da inflação com aplicações financeiras que rendem juros.
Monetização: com a inflação baixa, as pessoas mantêm mais moedas que não rendem juros em relação aos demais ativos financeiros.
Pode ser definido pela razão M1/M4.
Quando M1 maior que M4, há Monetização. M1 menor que M4, há Desmonetização.
Criação da moeda: ocorre quando há aumento do volume de meios de pagamento. Ex: aumento de empréstimos ao setor privado aumenta o volume, pois os bancos comerciais tiram de suas reservas a moeda e a emprestam para o público.
Destruição da moeda: ocorre quando há uma redução dos meio de pagamento. Ex: resgate de um empréstimo no banco reduz  os meios de pagamento, já que saem do público e retornam ao caixa dos bancos.
* com saque de um cheque no balcão não há criação nem destruição, pois ocorreu somente uma transferência de depósito à vista.
O banco central é o órgão responsável pela política monetária e cambial do país. Ele procura manter a liquidez da economia. Funções do banco central:
l       Controle da oferta de moeda e crédito
l       emitir moeda
l       banco de bancos
l       recebe depósitos do governo e lhe concede créditos
l       regula a moeda e crédito do sistema econômico.
l       controla as operações com moeda estrangeira e capitais financeiros externos
l       fiscalização das instituições financeiras
Instrumentos de políticas monetárias:
l       controle de emissões: banco central controla o volume de moeda manual da economia.
l       depósitos compulsórios um reservas obrigatórias: os bancos comerciais são obrigados a depositar no banco central um percentual determinado por esse sobre os depósitos à vista
l       operação com mercado aberto: compra  venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo.
l       operações de redesconto: engloba a liberação de recursos pelo banco central aos bancos comerciais, podem ser empréstimos ou redes contos de títulos. Existe redesconto de liquidez que são empréstimos para bancos comerciais cobrirem débitos na compensação de cheques e redes contos especiais que são empréstimos autorizados pelo banco central visando beneficiar setores específicos.
* os bancos comerciais podem também aumentar os meios de pagamento com a multiplicação da moeda escritura ou depósito à vista. Apenas os bancos comerciais podem criar oferta de moeda.
O efeito multiplicador da moeda escritural é dado por uma progressão geométrica decrescente: m = 1/r em que m: efeito multiplicador monetário; r: taxa ou porcentagem de reserva dos bancos comerciais sobre os depósitos à vista.
A base monetária é a soma da moeda em poder do público e das reservas bancárias.
P= saldo da moeda em poder do público
R= total das reservas bancárias
D= saldo dos depósitos à vista
M= saldo dos meios de pagamento = P+D
B= saldo da base monetária= P+R
Sabendo que os meios de pagamento são um múltiplo da base monetária tem-se: M=mB.
Multiplicador monetário se refere ao mecanismo de multiplicação de moeda.
Demanda de moeda.
Demanda pela coletividade corresponde à quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém.
Três razões pelas as quais se retém moeda:
l       demanda de moeda para transações: pessoas e empresas precisam de dinheiro para as transações do dia a dia
l       demanda de moeda por precaução: o público e as empresas precisam ter certa reserva monetária para fazer face a pagamentos imprevistos ou atrasos
l       demanda de moeda por especulação: os investidores devem deixar uma "cesta" para a moeda , observando o comportamento da rentabilidade dos vários títulos, para fazer algum novo negócio.
O papel das taxas de juros.
A taxa de juros tem um papel estratégico nas decisões dos mais variados agentes econômicos.
Taxas de juros nominal: constituem um pagamento expresso em porcentagem, mensal, trimestral, anual que um tomador de empréstimo faz ao emprestador em troca do uso de determinada quantia de dinheiro. Se não houver inflação no período, a taxa de juros nominal será igual à taxa de juros real desse mesmo período .
Taxa de juros real: mede o retorno de uma aplicação em termos de quantidades se bens, isto é, já descontada a taxa de inflação.
A relação entre a taxa nominal de juros, a taxa real e a inflação é dada pela equação de fisher: (1+i)=(1+r)(1+pi)
i= taxa nominal de juros
r= taxa real de juros
pi= taxa de inflação esperada
Moeda, nível de atividade e inflação: interligação entre o lado real e o lado monetário da economia
Existe uma relação direta entre o volume de moeda no sistema econômico e o lado real da economia.
Velocidade renda da moeda é o número de vezes que o estoquede moeda passa de mão em mão, em certo período, gerando produção e renda. V= PIB nominal/saldo dos meios de pagamento (M)
Teoria quantitativa da moeda: MV=
M=quantidade de moeda na economia
V= velocidade renda da moeda
P= nível geral de preços
Y= nível de renda nacional real
A política monetária expansionista eleva o nível de atividade e de emprego da economia no curto prazo. Parra ser feito utiliza de alguns instrumentos:
l       reduzir a taxa de juros básica
l       aumentar as emissões de moeda, na exata medida das necessidades dos agentes econômicos, para não gerar inflação
l       diminuir a taxa do compulsório, diminuindo o percentual dos depósitos que os bancos comerciais devem rever à éden d banco central, o que permitirá elevar o crédito bancário
l       recomprar títulospúblicos no mercado, o que elevará a quantidade de moeda disponível no mercado
l       diminuir a regulamentação no mercado de crédito, principalmente nos limites impostos aos prazos de empréstimos, ou no montante do crédito direto ao consumidor
* a elasticidade dos investimentos em relação às taxas de juros é a sensibilidade ou resposta dos investimentos das empresas em relação a taxa de juros de mercado para verificar qual o impacto final sobre a demanda agregada e sobre o nível de atividade e emprego
Quanto maior a sensibilidade dos investimentos em relação a taxa de juro maior a eficácia da política monetária
Quanto maior a sensibilidade da demanda especulativa relativamente à taxa de juros, menor a eficáciada política monetária.
Quanto maior o valor do multiplicador Keynes ia no de gastos,  maior a eficácia da política fiscal.
O sistema financeiro
mercado monetário:  são realizadas as operações de curtíssimo prazo com a finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos agentes econômicos,  entre os quais se incluem as instituições financeiras.
Mercado de crédito: são atendidas necessidades de recursos de curto, de médio e de longo prazos, principalmente oriundas da demanda de crédito para aquisição de bens de consumo duráveis e da demanda de capital de giro das empresas.
mercado de capitais: supre exigências de recursos de médio e de longo prazos, principalmente com vistas a realização de investimentos em capital.
Mercado cambial: são realizadas as compras e vendas de moeda estrangeira, para atender a diversas finalidades, como a compra de câmbio, para a importação; a venda, por parte dos exportadores e venda/compra para viagens e turismo.
Mercado de seguros, capitalização e previdência privada: são coletada recursos financeiros ou poupança destinados a cobertura de finalidades específicas
Mercados primários e secundarios: primarios - são realizados a primeira compra/venda de um ativo recém-emitido; secundario - negócios ativos financeiros já negociados anteriormente
Mercados a vista, futuros e opções: a vista negociam apenas ativos com preços a vista, os futuros negociam os preços esperados de certos ativos e de mercadorias para certa data futura, os de opções negociam opções de compra/venda de determinados ativos em data futura.
INFLAÇÃO – CAPÍTULO 13
INFLAÇÃO -> aumento continuo e generalizado no índice de preços, ou seja, os movimentos inflacionários, são aumentos continuo de preços, e não podem ser confundidos com alta esporádicas de preços.
O aumento de um bem ou serviço em particular NÃO constitui inflação (tem que ser generalizado).
FONTES DE INFLAÇÃO:
Tipo de estrutura de mercado (oligopolista, concorrencial,etc), que condiciona a capacidade dos vários setores de repassar aumentos de custos aos preços dos produtos; 
Grau de abertura da economia ao comércio exterior : quanto mais aberta a economia à competição externa, maior a concorrência e menores os preços dos produtos. 
Estrutura das organizações trabalhistas: quanto maior o poder de barganha dos sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários, acima dos índices de produtividade, e maior a pressão sobre os preços. 
DISTINGUIR INFLAÇÃO DE DEMANDA ( provocada pelo excesso de demanda agregada), INFLAÇÃ O DE CUSTOS (elevação de custos) e INFLAÇÃO INERCIAL (inflação devida aos mecanismos de indexação de preços). 
INFLAÇÃO DE DEMANDA
A inflação de demanda refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços. 
A probabilidade de ocorrer inflação de demanda aumenta quando a economia está produzindo próximo do pleno emprego de recursos. Nessa situação, aumentos da demanda agregada de bens e serviços, com a economia já em plena capacidade, conduzem a elevação de preços. 
Fenômeno associado a inflação de demanda é a curva de Phillips (relação inversa entre as taxas de salários e as taxas de desemprego = trade-off ), elevações da procura agregada levam as empresas a demandar mais mão-de-obra, ocasionando aumento de salários monetários (nominais) e redução das taxas de desemprego.
INFLAÇÃO DE CUSTOS
Pode ser associada a uma inflação tipicamente de oferta. O nível da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores importantes aumentam. Ocorre uma retração na produção, deslocando a curva da oferta do produto para trás, provocando um aumento dos preços de mercado.
CAUSAS:
- Aumento do custo de matérias-primas, conhecidos também como choques de oferta
- Aumentos salariais acima da produtividade, ocorre principalmente em setores que tem sindicatos com alto poder de barganha
- Estrutura de mercado: a inflação também está associada ao fato de algumas empresas, com elevado poder de monopólio ou oligopólio, terem condições de elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção, também conhecido como estagflação
INFLAÇÃO INERCIAL 
É o processo automático de realimentação de preços, ou seja, a inflação corrente decorre da inflação passada, perpetuando-se uma inercia ou memoria inflacionaria.
Provocada, fundamentalmente, pelos mecanismos de indexação formal (salário, alugueis, contratos financeiros) e indexação informal (preços em geral e impostos, preços e tarifas públicas).
Preços passados ao automática repassadas para todos os preços da economia.
EFEITOS PROVOCADOS POR TAXAS ELEVADAS DE INFLAÇÃO
Processo inflacionário intenso, em que a velocidade de aumento difere entre os vários bens e serviços, e, assim alguns segmentos são mais onerosos que outros.
Os efeitos mais perversos do processo inflacionário ocorrem no perfil da distribuição de renda, nos investimentos empresariais e crescimento econômico, no balanço de pagamentos e nas finanças publicas.
Distorçao mais séria = piora da distribuição de renda, devido a redução do poder aquisitivo da classe trabalhadora que dependem de rendimentos fixos, prazos legais e reajustes (dissídios coletivos)
Assalariados ficam com seus orçamentos cada vez mais reduzidos.
Comerciantes, industriais e o próprio governo tem condições de repassar os aumentos de custos provocados pela inflação, garantindo a manutenção de sua parcela no produto nacional.
Dentro da categoria assalariada, os que mais sofrem são os de baixa renda, como todo o salario destina-se a subsistência, não tem meios de aplicar seu dinheiro de forma a se defender da inflação (não tem condições de indexar a moeda em seu poder). Inflação é um imposto sobre o pobre.
São esses que pagam o chamado imposto inflacionário (uma taxação do Banco Central impõe a coletividade, pelo fato de deter o monopólio das emissões), o BC pode pagar dividas e obrigações simplesmente emitindo mais moedas, ou seja, ele nunca perde seu poder de compra. No entanto, as pessoas que mantem moedas que não rende juros (não indexadas) sofrem a corrosão monetária provocada pela inflação elevada. Os mais pobres são os mais atingidos.
Há também efeitos nos investimentos e consequentemente, no crescimento econômico. Particularmente, o setor empresarial é bastante sensível a influencia da inflação no que diz respeito às expectativas sobre o futuro, dadas a instabilidade e a imprevisibilidade de seus lucros. O empresário permaneceráem compasso de espera e dificilmente tomara iniciativa de aumentar seus investimentos.
Também afeta o balanço de pagamentos. Inflação em níveis superiores de preços internacionais encarecem o produto nacional relativamente ao produzido externamente, diminuindo a capacidade produtiva dos nossos produtos. Ocorrendo um estimulo as importações e desestimulo as exportações. Diminuindo o saldo da balança comercial = aumentará a dependência em relação a empréstimos externos.
Na tentativa de recuperar o saldo comercial, pode haver as desvalorizações cambiais = moeda nacional mais barata que a estrangeira = colocação de nossos produtos no exterior e desestimulo as importações.
Entretanto as importações essenciais continuaram caras.
Efeito Tanzi = inflação tende a corroer o valor da arrecadação fiscal do governo. Maior inflação, menor arrecadação real do governo. 
A POLITICA ECONOMICA BRASILEIRA DE COMBATE A INFLAÇÃO
1950 -> déficit do governo uma das principais causas da inflação 
De um lado a necessidade de o governo fornecer infra-estrutura, como transporte, energia e saneamento para que o setor privado pudesse produzir o volume de bens e serviços desejados pela sociedade brasileira
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Do outro, a baixa produtividade dos serviços do governo e a consequente ineficiência na aplicação de seus recursos, associadas à impossibilidade de o governo aumentar a carga tributária (e por tanto sua receita), dado o baixo nível de renda per capita da população. 
Como o governo não podia aumentar os impostos, optou pela emissões de dinheiro. Com isso gerou a inflação de demanda: + dinheiro, + compras, - capacidade produtiva (não conseguia crescer a curto prazo).
1964-1973 – inflação com tendência a queda. 
1964-1966 – tratamento de choque: uma rígida politica fiscal, monetária e salarial que mudou o patamar da inflação de cerca de 100% em 1964, para perto de 30% em 1967.
1968-1973- período do milagre econômico -> com elevadas taxas de crescimento obtidas na economia brasileira. A taxa passou de 25,4% em 1968 para 15,7%, em 1973.
1973 – crise do petróleo afetou a economia brasileira, até a implantação do Plano Real em 1994.
1964-1973 -> o diagnósticos para as causas da inflação brasileira utilizava a linha de pensamento econômico ortodoxa (também chamada de neoliberal ou monetarista) que atribuía o excesso de demanda, associado ao desequilíbrio de contas publicas, a responsabilidade pelo processo inflacionário. O principal mecanismo de politica econômica de combate à inflação para essa corrente estava na redução da demanda agregada, com a redução dos gastos do governo (e a consequente redução do tamanho do Estado) com uma politica salaria restritiva e controle da oferta monetária.
1986 – Nova Republica – quadro de inflação inercial -> pressupostos: a economia brasileira se encontrava altamente indexada, ou seja, todos os negócios, contratos, eram firmadas com base num índice que procurava garantir a correção monetária dos valores envolvidos. -> Processo de realimentação da inflação.
Plano Cruzado – procurou romper com esse mecanismo de propagação da inflação, congelando os preços, os salários e o cambio (politica heterodoxa), numa tentativa de eliminar a “memória” inflacionária. 
Falhas: congelamento por um período muito longo. 
Plano Collor -> o mais ousado na pratica de inconstitucionalidade –promover um bloqueio total dos ativos mantidos pelos agentes econômicos nas instituições financeiras -> foi incapaz de promover um efetivo processo de estabilização econômica. 
1994-> Governo de Itamar Franco -> Implementou o Plano Real -> avanço em relação aos outros planos 
Reconhecimento de que as principais causas da inflação brasileira estavam no desequilíbrio do setor publico e nos mecanismos de indexação.
Primeira etapa: procurou-se equilibrar o orçamento publico por meio da criação do IPMF (Imposto sobre Movimentação Financeira) que incide sobre as transações bancarias e do Fundo Social que desvinculou as receitas federais das destinações para gastos específicos.
Segunda etapa: a quase total desindexação da economia com a mudança de moeda: 
A terceira etapa: consolidação do Plano, utilizando instrumentos econômicos como a ancora cambial e ancora monetária
Âncora cambial -> valorização da moeda nacional
Âncora monetária -> elevação de taxa de juros e da taxa de reservas compulsórias dos bancos comerciais, com o objetivo de controlar a demanda agregada.
O Plano permaneceu até o primeiro mandato de FHC 
A crise do Sudeste Asiático fez com que o Brasil precisasse recorrer ao FMI e abandonar as ancoras anteriores, adotando o cambio flutuante e o regime de metas inflacionarias. 
Metas inflacionárias = nova âncora monetária. As autoridades monetárias comprometem-se a cumprir metas de inflação estabelecidas para o ano corrente e o próximo, com tolerância de desvio de 2% para cima e para baixo.
Para o cumprimento disso tem o Copom – composto por pessoas do BC – que fixa a taxa de compra e venda de títulos públicos (taxa Selic)
A CORRENTE ESTRUTURALISTA
1950 E 1960 -> havia também a corrente estruturalista ou cepalina( inflação em países em via de desenvolvimento era essencialmente causada por pressões de custos).
Deriva de questões estruturais como:
Estrutura agrícola – oferta de alimentos não responde rapidamente aos estímulos da demanda = elevação de preços 
Estrutura do comercio internacional – obriga a politica de desvalorização cambial, provocando aumento nos custos de produção 
Estrutura oligopólica dos mercados – empresas repassam todos os aumentos de custos aos preços dos produtos finais.
Diferente dos monetaristas e neoliberais, estruturalistas supõe que as causas da inflação se localizam no comportamento do setor privado e não do setor publico. Baseada em planejamento e grande participação do Estado. -> marxista e socialista 
Estruturalistas -> causas da inflação -> conflitos distributivos que se se estabelecem na tentativa de os vários setores da sociedade buscarem manter ou elevar sua parcela na renda nacional -> os principais beneficiários são os oligopólios e os maiores são os trabalhadores. 
Governo preservado no diagnóstico estruturalista.
Combate à inflação segundo essa corrente: por meio de reformas estruturais (reforma agraria) e pelo controle de preços dos setores oligopolizados.

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