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QUI1769 – LABORATÓRIO DE BIOQUIMICA PRÁTICA: Cinética Enzimática: Efeitos da Temperatura e do pH na Atividade Enzimática 1) Objetivo Observar o efeito de diferentes temperaturas e diferentes pH do meio reacional sobre a atividade enzimática da enzima invertase. Analisar e discutir sobre a temperatura ótima da reação, pH ótimo da enzima, temperatura e pH de maior estabilidade. 2) Resultados e Discussões Efeito da temperatura na atividade enzimática Tubo Temperatura (°C) Abs (540 nm) Fator (µmol/mL) Produto (µmol/mL) Tempo (min) Velocidade (µmol/mL.min) 1 0,0 0,1240 7,984 0,9900 5 0,1980 2 22,0 0,501 7,984 4,0000 5 0,8000 3 55,0 0,942 7,984 7,5209 5 1,5042 4 100,0 0,032 7,984 0,2555 5 0,0511 Tabela 1: Dados experimentais do efeito da temperatura em meio reacional de pH = 4,6. Tubo Temperatura (°C) Abs (540 nm) Fator (µmol/mL) Produto (µmol/mL) Tempo (min) Velocidade (µmol/mL.min) 1 0,0 0,1759 9,25 1,6271 5 0,3254 2 22,0 0,3427 9,25 3,1700 5 0,6340 3 55,0 0,5728 9,25 5,2984 5 1,0597 4 100,0 1,5675 9,25 14,4994 5 2,8999 Tabela 2: Dados experimentais do efeito da temperatura em meio reacional de pH = 2,6. Através das tabelas acima, foi possível o construir o seguinte gráfico: Gráfico 1: Efeito da temperatura na atividade enzimática em meio reacional de pH = 4,6 e pH = 2,6. Inicialmente, o aumento da temperatura aumenta a velocidade de reação. No entanto, a partir de um determinado valor de temperatura a proteína enzimática começa a desnaturar, diminuindo a sua atividade enzimática. Logo, é verificado que existe uma temperatura ótima para qual a reação apresenta velocidade máxima (pico do gráfico) e corresponde a região entre a temperatura que favorece a reação e a temperatura de desnaturação da enzima. Analisando o gráfico 1 acima, foi possível observar que com o aumento da temperatura, houve o aumento da atividade enzimática em ambos os valores de pH. Porém, enquanto para o pH 2,6 o crescimento da atividade enzimática se manteve contínuo, para o pH 4,6 esse crescimento se deu até a temperatura de 55°C e depois começou a decair até a temperatura de 100°C, na qual sua atividade é quase nula. Um dos fatores que influenciam na desnaturação enzimática é a temperatura. Esse processo pode ocasionar a perda, reversível ou não, de sua atividade. Sendo assim, podemos concluir que a enzima invertase em pH 4,6 a 100°C desnaturou, possuindo um valor de absorbância de 0,032 e uma velocidade de 0,0511, muito próxima de zero. Ainda analisando o gráfico 1, observou-se que a temperatura ótima para a reação em pH 4,6 é de 55°C e para a reação em pH 2,6 é de 100°C, pois nessas temperaturas a enzima apresenta maior velocidade. Efeito da temperatura na estabilidade da enzima Tubo Temperatura (°C) Abs (540 nm) Fator (µmol/mL) Produto (µmol/mL) Tempo (min) Velocidade (µmol/mL.min) 1 55,0 0,608 8,7 5,2896 15 1,0579 2 55,0 0,556 8,7 4,8372 10 0,9674 3 55,0 0,593 8,7 5,1591 5 1,0318 4 55,0 0,627 8,7 5,4549 1 1,0910 Tabela 3: Dados experimentais do efeito da temperatura (55°C) na estabilidade da enzima em pH = 4,6. Tubo Temperatura (°C) Abs (540 nm) Fator (µmol/mL) Produto (µmol/mL) Tempo (min) Velocidade (µmol/mL.min) 1 100,0 0,008 9,69 0,0775 15 0,0155 2 100,0 0,008 9,69 0,0775 10 0,0155 3 100,0 0,008 9,69 0,0775 5 0,0155 4 100,0 0,008 9,69 0,0775 1 0,0155 Tabela 4: Dados experimentais do efeito da temperatura (100°C) na estabilidade da enzima em pH = 4,6. Através das tabelas acima, foi possível o construir o seguinte gráfico: Gráfico 2: Efeito da temperatura (55°C e 100°C) na estabilidade da enzima em pH = 4,6. Analisando o gráfico 2, é possível observar que a enzima apresentou maior estabilidade na temperatura de 55°C, pois foi a temperatura em que a atividade se mante constante. O resultado obtido do comportamento da enzima para a temperatura de 100°C ocorreu como o esperado. Como visto anteriormente, a enzima invertase em pH 4,6 a 100°C, sofre desnaturação. Assim, possui valores de absorbância e de velocidade muito próximos de zero. Efeito do pH sobre a atividade enzimática: Tubo pH Abs (540 nm) Fator (µmol/mL) Produto (µmol/mL) Tempo (min) Velocidade (µmol/mL.min) 1 2,6 0,233 9,2000 2,1436 5 0,4287 2 3,6 0,29 9,2000 2,6680 5 0,5336 3 4,6 0,33 9,2000 3,0360 5 0,6072 4 5,6 0,42 9,2000 3,8640 5 0,7728 5 7,0 0,098 9,2000 0,9016 5 0,1803 Tabela 5: Dados experimentais do efeito do pH sobre a atividade enzimática em T =26°C Tubo pH Abs (540 nm) Fator (µmol/mL) Produto (µmol/mL) Tempo (min) Velocidade (µmol/mL.min) 1 2,6 0,1941 8,5733 1,6641 5 0,3328 2 3,6 0,5757 8,5733 4,9356 5 0,9871 3 4,6 0,509 8,5733 4,3638 5 0,8728 4 5,6 0,2394 8,5733 2,0524 5 0,4105 5 7,0 0,0579 8,5733 0,4964 5 0,0993 Tabela 6: Dados experimentais do efeito do pH sobre a atividade enzimática em T =55°C A partir dos dados obtidos experimentalmente foi possível construir o gráfico velocidade versus pH nas temperaturas 26°C e 55°C. Gráfico 3: Efeito do pH na atividade enzimática nas temperaturas 26°C e 55°C O pH é um fator que influencia diretamente a reação enzimática. Logo, valores de ph extremos modificam irreversivelmente a estrutura da enzima, desnaturando-a. A mudança de pH pode também influenciar modificando ligações e também o estado de ionização dos substratos e dos aminoácidos O valor de pH correspondente à maior atividade é chamado de ph ótimo. Valores afastados do ph ótimo podem modificar a estrutura da enzima indicando a desnaturação. A partir do gráfico 3 acima, foi encontrado para a enzima invertase o valor de ph ótimo aproximadamente 3,6 na temperatura de 55°C e o valor de pH ótimo aproximadamente 5,6 para a temperatura de 26°C. Estabilidade do pH: Tubo pH Abs (540nm) Fator Produto (µmol/ml) Tempo (min) Velocidade (µmol/mL.min) 1 4,6 0,2303 8,19 1,8862 20 0,3772 2 4,6 0,1977 8,19 1,6192 15 0,3238 3 4,6 0,2542 8,19 2,0819 10 0,4164 4 4,6 0,2871 8,19 2,3513 5 0,4703 5 4,6 0,334 8,19 2,7355 1 0,5471 Tabela 7: Dados experimentais da estabilidade do ph com tampão 4,6 em T=27°C Tubo pH Abs (540nm) Fator Produto (µmol/ml) Tempo (min) Velocidade (µmol/ml.min) 1 2,6 0,11 10,72 1,1792 20 0,2358 2 2,6 0,194 10,72 2,0797 15 0,4159 3 2,6 0,19 10,72 2,0368 10 0,4074 4 2,6 0,176 10,72 1,8867 5 0,3773 5 2,6 0,312 10,72 3,3446 1 0,6689 Tabela 8: Dados experimentais da estabilidade do ph com tampão 2,6 em T=27°C A partir dos dados obtidos nas tabelas 7 e 8 foi possível construir os gráficos velocidade versus tempo. Gráfico 4: Estabilidade do pH na atividade enzimática nos ph 4,6 e 2,6 A estabilidade ao pH é um parâmetro essencial, pois é fundamental que as enzimas apresentem a habilidade de manter sua capacidade catalítica e também a sua conformação estrutural em diferentes condições de reação ao longo do tempo. A partir do gráfico 4, foi identificado que a enzima invertase apresenta maior estabilidade em ph 4,6, pois neste pH a variação da atividade enzimática apresentou-se menor em relação ao pH 2,6. 3) Conclusão A velocidade da reação enzimática é condicionada por diversos fatores, entre os quais o ph e a temperatura do meio onde ocorre a reação. Através da prática realizada, observou-se que as enzimas podem sofrer modificações tanto estruturais quanto iônicas em decorrênciada variação do ph e temperatura do meio aonde se encontram. Logo, a partir dos gráficos obtidos foi possível observar a temperatura ótima e o ph ótimo da invertase nas condições analisadas, ou seja, a região aonde a atividade enzimática apresentou-se máxima. A temperatura ótima para a reação em pH 4,6 é de 55°C e para a reação em pH 2,6 é de 100°C. Em T=26°C foi identificado o ph ótimo de aproximadamente 3,6 e para T=55°C foi encontrado o ph ótimo de 5,6. A estabilidade da temperatura e do ph também foram analisados. A temperatura onde a invertase apresentou-se mais estável foi de 55°C e o ph de 4,6. É importante considerar que em valores afastados do ph e temperatura ótimos podem levar a desnaturação da enzima, pois longe destes valores a atividade enzimática é menor, podendo ser nula.
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