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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo PQI 3404 – Fundamentos de Bioprocessos Atividade Prática 2 - Influência de fatores e meios Amanda Garcia Leal NUSP: 10685532 Gustavo Vieira Schick NUSP: 10773947 João Henrique de Lima Noronha NUSP: 9900487 Mariana Barbosa Tavares NUSP: 10770840 Paula Lobo de Camargo Pereira NUSP: 10770923 1. A curva tem o formato desenhado pois a atividade microbiana (a depender da espécie, logicamente) varia de acordo com a temperatura de forma a atingir um nível ótimo, em que o calor necessário para fornecer a energia de ativação para os processos celulares e o calor suficiente para provocar desnaturação de proteínas fundamentais às reações metabólicas estão em equilíbrio. Em qualquer temperatura diferente dessa temperatura ótima, a atividade microbiana difere dessa atividade máxima. 2. Quando um microrganismo permanece muito tempo em uma temperatura muito abaixo da temperatura ótima, ocorre a gelificação da membrana. Ou seja, os processos de transportes estão tão lentos que não permitem o crescimento da célula. Já para uma temperatura muito acima da temperatura ótima, ocorre a desnaturação proteica e enzimática, resultando no colapso da membrana citoplasmática e lise térmica. Quando a temperatura está muito abaixo da ideal e em seguida a temperatura ótima é restabelecida, a taxa de crescimento normaliza-se. Entretanto, quando a temperatura ótima é muito ultrapassada, a estrutura terciária das proteínas é permanentemente danificada. 3. A atividade microbiana comporta-se de forma semelhante entre o pH e a temperatura. Cada proteína tem um pH ótimo de atuação (por exemplo, no estômago o pH ótimo é ácido). Para pHs extremos fora do nível ótimo de atuação das proteínas, estas podem sofrer hidrólise e desnaturação. 4. Dois outros fatores físico-químicos que podem influenciar a atividade microbiana são o teor de oxigênio disponível no meio e a atividade da água livre no meio. ] 5. A temperatura correspondente à formação de etanol mais rápida é a de 35°C, já que apresenta o maior valor de densidade relativa em 24h (tempo final). A temperatura em que a cinética de formação de etanol foi mais lenta é a de 5 °C, como esperado. A temperatura ótima para a atividade metabólica de S. cerevisiae é de aproximadamente 35 °C, na qual foram registradas as maiores velocidades de cinética de formação de etanol nesse experimento. 6. Em conformidade com as análises feitas na questão 5, as densidades relativas do meio M1 tanto para t = 8h como para t = 24h tem seus picos registrados em T = 35°C, corroborando a observação de que essa é a temperatura ótima para o metabolismo de S. cerevisiae. 7. O meio que levou à formação mais rápida de etanol foi o meio M3, no qual a densidade relativa foi a maior ao fim do experimento (e durante grande parte dele). Isso se justifica pela complexidade de nutrientes presentes no meio de cultura 3, que contava com substâncias como ureia (importante fonte de nitrogênio), sulfato de magnésio e extrato de levedura, que contém importantíssimos fatores de crescimento para essa espécie. Quando comparado ao meio M1, bastante semelhante (diferindo apenas na forma como a glicose é veiculada), nota-se que o M3 apresentou taxa de crescimento bem comparável. Entretanto, quando comparado a meios pobres, como o meio M5, que carece de fontes de nitrogênio e micronutrientes, o meio M3 apresentou uma cinética metabólica bem maior. 8. O etanol é um metabólito primário da levedura estudada. Assim, quando é produzido ATP, este é usado na síntese do álcool etílico. Logo, a velocidade de produção do etanol é diretamente proporcional ao crescimento da célula e é possível acompanhá-lo através dessa correlação. Para um metabólito secundário, como a penicilina, a mesma analogia não seria válida. 9. A principal fonte de erro é a leitura do valor da densidade pelo densímetro, constituído de marcas pouco visiveis a olho nu e cuja visualização é prejudicada por bolhas de CO2 que eventualmente se formam. Além dessa fonte de erro, podem-se citar: erros nas medições e quantificações dos nutrientes em cada meio preparado e atrasos nos momentos programados para coleta de resultados.
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