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Relatório Clinico Final

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CENSUPEG – CENTRO SUL-BRASILEIRO DE PESQUISA, 
EXTENSÃO E PÓS GRADUAÇÃO 
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU 
Especialização em Neuropsicopedagogia Clínica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Garcia dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília 
2016 
 
 
Estágio Curricular Supervisionado em 
Neuropsicopedagogia Clínica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados do Estagiário 
 
Nome: Renata Garcia dos Santos 
 
Registro Acadêmico: 833898 
 
Período do Curso: out/ 2014 - out/ 2016 
 
 
 
 
Dados do Local de Estágio 
 
Clínica: Escola Classe 06 do Guará 
 
Orientador(a) de estágio: Profª Drª Rita M.T.Russo 
 
 
 
 
Período de Estágio 
 
 
Início: 19/03/16 Término: 09/07/16 
 
 
Total de horas de estágio: 135 horas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília 
2016 
 
CENSUPEG – Centro Sul Brasileiro de Pesquisa 
Extensão e Pós Graduação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório Clínico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Relatório apresentado ao CENSUPEG - Centro Sul 
 Brasileiro de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, 
 como um dos requisitos para a Conclusão do Curso 
 de Especialização em Neuropsicopedagogia Clínica, 
 sob a supervisão da Profª Drª Rita M.T.Russo. 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Renata Garcia dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília 
 2016 
 
 
1.-Introdução 01 
 
1.1 – Fatores que determinaram a escolha do paciente e do “setting” 
 terapêutico 02 
1.2 – Dados biográficos relevantes 02 
1.3 – Queixa principal 03 
1.4 – Histórico do paciente 03 
1.5 – Histórico e características da queixa principal e problemas 
 periféricos 03 
1.6 – Relato do atendimento feito à paciente 09 
1.7 – Relato da Avaliação Neuropsicopedagógica 10 
1.8 – Resultado da Avaliação Neuropsicopedagógica 11 
 
2. Relato de Intervenção 12 
 
2.1 – Planejamento de Intervenção 12 
 2.1.1 - Instrumentos lúdicos para intervenção 12 
2.2 – Condução da Intervenção 13 
2.2.1 – Processo Clínico 13 
 2.2.2 – Avaliação Objetiva 13 
2.2.3 – Exemplos de Intervenção 14 
 
3. Considerações finais 14 
 
3.1 – Ganhos da paciente durante a intervenção 14 
3.2 – Avaliação final 14 
 3.2.1 – Reavaliação da Hipótese Inicial 14 
3.3 – Relato subjetivo da experiência 15 
3.4 – Correlação entre o estágio prático e os conhecimentos teóricos 
 adquiridos nas disciplinas do curso 15 
 
4. Referência bibliográfica 16 
 
5. Anexos 17 
 
5.1 – Da avaliação 18 
Anexo I – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 19 
 
Anexo II – Formulário de Comprovação de Horas de Atendimento Clínico 
 Supervisionado 20 
Anexo III – Controle de Atendimento 21 
Anexo IV – Anamnese 22 
Anexo V – Relatório de Avaliação Neuropsicopedagógica 28 
 
5.2 – Da Intervenção 36 
Anexo VI – Formulário de Comprovação de Horas de Atendimento Clínico 
 Supervisionado 37 
Anexo VII - Controle de Atendimento 38 
Anexo VIII –Notas de Sessão 39 
Anexo IX – Material utilizado para a avaliação e intervenção 49 
 
5.3 – Das atividades-treino 50 
Anexo X – Atividades-treino 51 
Anexo XI - Anamnese 52 
Anexo XII –- Levantamento do material a ser utilizado na Avaliação 
 Neuropsicopedagógica 70 
 
1 
RELATÓRIO CLÍNICO 
I – Introdução 
 
O aluno do Curso de Especialização do CENSUPEG – Centro Sul Brasileiro de 
Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, para obter o título de Especialista em 
Neuropsicopedagogia Clínica, tem como um dos requisitos a entrega de um relatório 
clínico. 
 O atendimento a pacientes é voltado para os processos de ensino-
aprendizagem, processos esses que integram avaliação e intervenção em situações de 
dificuldades no desenvolvimento global do indivíduo, buscando recursos para 
análise e compreensão dos sujeitos com dificuldades e transtornos de 
aprendizagem. 
Neste sentido, este relatório, que faz parte das exigências do curso e do 
treinamento a que o aluno deve cumprir, descreve um caso clínico dentro dos moldes da 
avaliação e da intervenção neuropsicopedagógica. 
Na introdução fizemos uma descrição dos critérios utilizados na escolha da 
paciente, visando à avaliação, à hipótese diagnóstica e à intervenção em 
neuropsicopedagogia clínica. Em seguida, apresentamos os dados da paciente, obtidos 
durante a avaliação inicial, sua queixa principal e as primeiras hipóteses a respeito das 
dificuldades cognitivas que vem apresentando, além da sua história de vida e dos dados 
relevantes que originaram ou contribuíram para o problema atual. 
Apresentamos o relato de atendimento, que tem como objetivo apontar como foi 
conduzida a Avaliação Neuropsicopedagógica, a devolutiva oral à paciente, a sua 
família e à escola, bem como o seu progresso clínico apresentado até a última sessão de 
intervenção. 
No relato de intervenção descrevemos o Planejamento de Intervenção e 
destacamos como se deu a condução deste processo, demonstrando como o atendimento 
neuropsicopedagógico ocorreu. Utilizamos o desempenho das atividades realizadas nos 
atendimentos clínicos e relatório escolar para descrever a evolução da paciente. 
Finalizamos com o relato da interrupção do caso em função da entrega do 
relatório clínico do estágio supervisionado. 
 2 
1.1 – Fatores que determinaram a escolha da paciente e do “setting” terapêutico 
 A paciente foi encaminhada por sua professora regente, com a anuência dos pais, 
em função do baixo rendimento acadêmico ao qual a estudante vem apresentando, além 
do comportamento inquieto com indicadores de TDAH (Transtorno de Déficits de 
Atenção e Hiperatividade). Na conclusão da avaliação neuropsicopedagógica foi 
recomendado investigação neurológica para constatação ou não do TDAH ou outros 
transtornos sugestionados (Transtorno do Espectro Autista ou Deficiência Intelectual), 
assim como avaliação específica com profissional da área de psicomotricidade para 
aquisição, desenvolvimento e especialização das praxias, além do acompanhamento 
pedagógico visando à melhoria do desempenho acadêmico. As atividades de 
intervenção foram realizadas em 10 sessões e possivelmente darão continuidade após 
conclusão do curso de especialização. 
 A escolha da paciente por parte da aluna- estagiária ocorreu após análise da 
demanda escolar e pelo fato dela não apresentar Transtorno de personalidade. Sua 
provável hipótese diagnóstica seria dificuldades no entendimento do sistema de escritaalfabético (SEA), assim como déficits na área da memória para as quais a intervenção 
neuropsicopedagógica tem sido considerada adequada. 
 O atendimento foi feito em sala de atendimento especializado (AEE) na escola 
onde a estudante é matriculada. A sala contém duas mesas grandes com 7 cadeiras, 2 
armários e uma pequena estante com jogos. 
 Os responsáveis da estudante foram informados sobre o atendimento voltado 
para o treinamento em curso de especialização. O sigilo foi assegurado e, nesse sentido 
utilizamos, em lugar do nome da paciente, suas iniciais. 
 
 
1.2 – Dados biográficos relevantes 
 L. L., é mulher, 08 anos. Atualmente estuda no 1º ano do ensino fundamental. 
Filha única, reside com seus pais em um lote divido com a residência de seus avós 
paternos. O ambiente segundo a família é de harmonia e união entre os familiares. L. L, 
por ser primeira e única filha e neta é tratada de maneira superprotegida por todos. A 
estudante recebe tudo na mão e ganha tudo o que quer sem ter esforço algum. 
 3 
 Não há relatos de doenças de base neurológica na família. 
 
 
1.3 – Queixa principal 
 Professora relata que a estudante não retêm conteúdo apresentado. Esquece -se 
das informações minutos após terem sido ensinadas. Não consegue registrar no caderno 
o que copia do quadro, nem se situar nas folhas de atividades. Sua letra persiste em 
tamanho grande e escreve espelhado. Irrita- se quando necessita corrigir as tarefas e não 
gosta de ser auxiliada. É muito dispersa, levanta toda hora e anda por toda a sala. 
Conversa muito, e por várias vezes se perde em suas falas desconexas. 
 
 
1.4 – Histórico da paciente 
 M. mãe de L. relata única gravidez, tranquila e sem intercorrências, 
acompanhada por cuidados médicos em todo o tempo. A criança nasceu no período 
esperado, pesando 2,340 Kg, 42 cm. Apgar não mencionado. L. foi um bebê saudável , 
com sono e alimentação dentro do padrão. Foi amamentada até 1 (um) ano de idade, 
complementado por papinhas e frutas, 
 Segundo a genitora, não teve atrasos no desenvolvimento motor (sentou, 
engatinhou e andou antes de completar 1 ano). Porém foi atendida por psicomotricista 
durante 1 ano, quando tinha de 4 anos, encaminhada pela escola que frequentava, pelo 
motiva de apresentar macha equina. Na fala, ainda apresenta trocas fonêmicas, mesmo 
que submetida à terapia fonoaudiológica aos 4 anos de idade. Sem histórico de dores e 
infecções de ouvido, febre alta ou convulsões. Sem problemas respiratórios. 
 Em relação à vida escolar, L. estudou por 2 anos em uma mesma escola 
(educação infantil) e segundo registros, embora se esforçasse para realizar as atividades, 
já demonstrava dificuldades motoras e inquietude corporal. 
 
 
1.5 – Histórico e características da queixa principal e problemas periféricos 
 As informações obtidas pela família e professora na queixa inicial, em relação ao 
comportamento e desempenho acadêmico da paciente, sugestionavam um possível 
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. De fato os critérios eram 
preenchidos, devido as características mencionadas por ambas as partes (falta de 
 4 
atenção e foco, parece não escutar, falta de organização, evita tarefas que demandam 
esforço, não espera sua vez, interrompe com frequência, entre outras). Mas ao longo das 
observações, aplicações de testes específicos e análise de todo o contexto e informações 
obtidas, a aluna estagiária formulou outras hipóteses que se encaixavam melhor no 
perfil da estudante. 
 Déficits nas habilidades básicas para a alfabetização, assim como déficits nas 
habilidades que exigem coordenação motora se revelaram muito fortes durante a 
avaliação neuropsicopedagógica. 
 Para que pudéssemos selecionar o planejamento de intervenção, foi necessário 
análise minuciosa dos resultados dos testes, assim como estudo sobre os déficits 
encontrados. Ficando no aguardo de um parecer neurológico e psicomotor sobre o 
quadro de saúde da paciente. 
 Iniciamos pela pesquisa da relação da educação psicomotora e do processo de 
alfabetização, que caminha paralelamente com a teoria da importância do momento de 
preparação que antecipa a alfabetização, tomando como base os escritos de Sérgio 
Antonio da Silva Leite, autor também do teste (IAR) que serviu de base para o processo 
de avaliação e condutor do planejamento de intervenção. 
 Os estudos nos mostram que não podemos menosprezar a influência de um bom 
desenvolvimento psicomotor, limitando a importância do corpo e recairmos em uma 
atitude apenas intelectualista. Como já aponta o autor Vitor Fonseca: 
A mente humana não pode ser independente do corpo e do cérebro, sendo 
consequentemente impossível separar o mental do neuronal e o psíquico do 
motor, o que pressupõe compreender o desenvolvimento pessoal e social dum 
indivíduo, normal ou portador de disfunções psicomotoras, como o resultado 
de uma múltipla integração e interação entre o corpo (periferia) e o 
cérebro (centro) e os diversos ecossistemas que constituem o contexto sócio-
histórico onde ele se insere e integra. (FONSECA, 1987, p.54) 
 
 Segundo Negrine (apud AMARAL, 2009, p. 5) "muitos estudos revelam a forte 
relação entre as atividades escolares e o seu desempenho neuromuscular dada a 
importância da psicomotricidade no processo de ensino-aprendizagem. Este 
desenvolvimento neuromuscular é adquirido através da experiência em atividades 
físicas [...]”. 
 O que para as crianças se caracteriza como brincadeiras de correr, chutar, pular, 
pegar e arremessar são consideradas pela área da psicomotricidade como movimentos 
neuromusculares que servirão de base para que a criança aprenda segurar o lápis, 
 5 
folhear o caderno, definir sua lateralidade, delimitar espaços, diferenciar as formas das 
letras, etc. 
 Le Boulche (1987), Oliveira (2008) entre outros autores citados, listam 
habilidades psicomotoras estritamente ligadas à aprendizagem escolar: coordenação 
motora ampla e fina, coordenação óculo-manual, esquema corporal, lateralidade, 
percepção espacial e temporal, discriminação visual e auditiva. 
 1. Coordenação motora ampla: diz respeito à atividade dos grandes músculos, 
que dependem da capacidade de equilíbrio postural do indivíduo ( andar, correr, rolar, 
pular,etc). Crianças que praticam essas atividades em casa, quando chegam à escola já 
possuem certa coordenação global. 
 2- Coordenação motora fina: diz respeito à habilidade e destreza manual É a 
coordenação dos trabalhos mais finos, que podem ser executados com a ajuda das mãos 
e dos dedos. Brandão apud Oliveira (2008) afirma que a mão é um instrumento de ação 
a serviço da inteligência 
 3- Coordenação óculo-manual: é a ligação entre o campo visual e a 
motricidade fina das mãos e dos dedos. Para Ajuriaguerra apud Oliveira (2008), o 
desenvolvimento da escrita depende de diversos fatores: tonicidade, coordenação dos 
movimentos e desenvolvimento da motricidade fina. 
 4- Esquema corporal: é quando se aprende os conceitos e as palavras 
correspondentes aos diferentes segmentos e às diferentes regiões do corpo bem como 
suas funções. Um esquema corporal organizado, permite a criança se sentir bem na 
medida que seu corpo lhe obedece e que pode utilizá-lo para alcançar um maior poder 
cognitivo. 
 5- Lateralidade: é a propensão que o ser humano possui de utilizar 
preferencialmente mais um lado do corpo do o outro em três níveis: mão, olho e pé. 
Uma criança que já tenha a lateralidade definida e que esteja consciente dos lados 
direito e esquerdo esta apta para identificar esses conceitos no outro e no espaço que a 
cerca. 
 6- Percepção espacial: é a tomada de consciência do seu próprio corpo e das 
situações da coisasentre si, trazendo a possibilidade do indivíduo se organizar perante o 
 6 
mundo que o cerca. A criança que tem percepção espacial desenvolvida, reconhece a 
organização das páginas escritas, assim como sabe organizar os objetos combinando-os 
de várias maneiras, adquirindo as noções de distância e direção. 
 7 - Percepção temporal: Piaget apud Oliveira (2008) diz que "o tempo é a 
coordenação dos movimentos: quer se trate dos deslocamentos físicos ou movimentos 
no espaço, quer se trate destes movimentos internos que são as ações simplesmente 
esboçada, antecipadas ou reconstituídas pela memória mas cujo desfecho e objetivo 
final é também espacial". A criança com a percepção temporal desenvolvida não terá 
dificuldades em associar as formas à um som, sincronizando a leitura com o movimento 
dos olhos, coordenar a linguagem interior à respiração pra leitura. 
 8- Discriminação visual: é a capacidade de ver e diferenciar objetos 
apresentados no seu campo visual com significado e precisão. Uma criança que possua 
discriminação visual pobre pode apresentar uma maior incidência na confusão de letras 
simétricas, por exemplo, na forma das letras d e b, n e u, p e q, diz Oliveira (2008) 
 9- Discriminação auditiva: é a capacidade de sintetizar os sons básicos da 
linguagem, a habilidade de perceber a diferença existente entre dois ou mais estímulos 
sonoros. 
Corroborando com a tese, o autor Sérgio Leite diz que: 
Nas últimas décadas, foram realizados inúmeros estudos cujos resultados 
demonstram que o ambiente (portanto a história de vida, condições 
socioeconômicas, etc.) tem um papel fundamental no desenvolvimento de 
novos comportamentos. Assim, as chamas habilidades básicas para a 
alfabetização não surgem automaticamente, como um passe de mágica; ao 
contrário, dependem das experiências de aprendizagem anteriores, surgidas 
em função da constante interação do indivíduo com o seu meio ambiente. 
Não basta, portanto a mera passagem do tempo, é necessário que, durante 
este tempo, o indivíduo tenha vivenciado experiências que propiciem a 
aprendizagem de comportamentos significativos, no caso, para o processo de 
alfabetização. (Leite, 1946) 
 
O mesmo autor, chama a atenção para a ausência de determinadas habilidades 
(não apreendidas) que podem impossibilitar ou dificultar a aprendizagem de outras 
habilidades no processo de alfabetização (p.27). E diante de estudos, conseguiu listar as 
habilidades consideradas básicas para o processo de alfabetização. São elas: esquema 
corporal, lateralidade, posição, direção, espaço, tamanho, quantidade, forma, 
 7 
discriminação visual, discriminação auditiva, verbalização, análise e síntese, 
coordenação motora fina. 
Percebe-se a semelhança com a lista da educação psicomotora, acrescentado de 
habilidades voltadas para a articulação fonológica e análise e síntese, descritas abaixo: 
1- Verbalização: o objetivo é verificar se o estudante é capaz de verbalizar 
(articular corretamente) todos os sons da língua portuguesa. Para tanto, selecionaram-se 
palavras correspondentes a nomes e objetos conhecidos envolvendo exemplos de todos 
os sons da língua. 
2 - Análise e síntese: tem por objetivo verificar se o aluno é capaz de identificar 
corretamente as partes correspondentes de um todo e vice-versa, o todo correspondente 
à união de determinados elementos. Verificar também se o estudante é capaz de 
verbalizar palavras dividindo-as em sílabas (analise auditiva). 
Baseados neste referencial teórico, nos resultados dos testes aplicados, nos 
comportamentos apresentados pela paciente e nos critérios do DMS -V, em relação ao 
Transtorno de Desenvolvimento da Coordenação, podemos concluir que as dificuldades 
acadêmicas de L. podem de fato decorrerem de um possível Transtorno de 
Desenvolvimento da Coordenação . 
 Para tal levantamento de hipótese, consultamos o DMS-V - Manual Diagnóstico 
e Estatístico de Transtornos Mentais (2014: 74-77), que traz como critérios de 
diagnósticos, rendimento substancialmente abaixo do esperado em relação à aquisição e 
a execução de habilidades motoras coordenadas, manifestado por falta de jeito bem 
como por lentidão e imprecisão no desempenho destas, causando impacto na 
produtividade escolar, no lazer e nas brincadeiras 
 O diagnóstico de Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação é feito por 
meio de pesquisa clínica, do exame físico, de relatórios escolares 
ou profissionais e da avaliação individual utilizando-se testes padronizados. É também 
levado em conta se o prejuízo nas habilidades motoras interfere significativamente no 
desempenho ou na participação nas atividades diárias da vida familiar, social, escolar ou 
comunitária. Exemplos de tais atividades incluem vestir-se, fazer as refeições com 
utensílios adequados à idade e sem sujeira, envolver-se em jogos físicos com outros, 
usar materiais específicos em aula, como réguas e tesouras, e 
participar de atividades físicas em equipe na escola. 
 8 
 Consequências deste transtorno incluem participação reduzida em brincadeiras e 
esportes de equipe; autoestima e sentimento de valor próprio baixos; problemas 
emocionais e comportamentais; prejuízo no desempenho acadêmico; baixa aptidão 
física; atividade física reduzida, e obesidade 
 Os transtornos que comumente são comórbidos com o transtorno do 
desenvolvimento da coordenação incluem transtorno da fala e da linguagem; transtorno 
específico da aprendizagem (em especial na leitura e na escrita); problemas de 
desatenção, incluindo TDAH; transtorno do espectro autista; problemas 
comportamentais disruptivos e emocionais; e síndrome da hipermobilidade articular. 
Em relação ao caso específico avaliado, lembramos que a educação psicomotora 
traz de volta o equilíbrio corporal à criança. Mas este trabalho deve ser realizado no 
ambiente familiar inicialmente. Fato não observado ao longo das conversas informais e 
durante anamnese. A família erroneamente não permitiu esse aprendizado por parte da 
criança. Consta nos relatos, que a família, ao perceber as dificuldades da criança na 
realização das atividades de vida diárias (AVD), passou então a dar comida na boca, 
pentear seus cabelos, despir e a vesti- la, amarrar seus cadarços, pintar suas tarefas e 
super proteger a criança, não deixando brincar na rua, somente em casa. Portanto neste 
caso, o trabalho de intervenção deverá ser primeiro o de orientação aos pais da 
importância da parceria entre a família e aluna estagiária e todos os outros profissionais 
envolvidos da reabilitação da paciente, no que tange o cumprimento das orientações 
dadas por cada profissional. 
 Embora a situação descrita acima, possa deixar dúvidas em relação à um 
diagnóstico de transtorno, outras características comportamentais trazem indicação de 
sintomas mais proeminentes que devem ser avaliados por especialistas. 
 Não se pode descartar o TDAH, uma vez que o DSM-V o traz como a condição 
comórbida mais frequente, com cerca de 50% de concomitância. A presença de outros 
transtornos não exclui o transtorno do desenvolvimento da coordenação, mas pode 
dificultar mais a testagem e, de forma independente, interferir na execução de atividades 
da vida diária, de modo a exigir do examinador julgamento na atribuição do prejuízo de 
habilidades motoras. (DMS-V, 2014) 
 9 
 Porém é importante registrar que quando um estudante não se sente acolhido 
pela demanda da sala de aula, no caso as tarefas solicitadas, porque não dá conta de 
realizá-las devido às suas dificuldades individuais, o comportamento gerado é de fato 
uma movimentação à procura do que se pode ou se dá conta de fazer. Entender a 
questão do ponto de vista educacional, significa entre outras coisas reconhecera 
necessidade de replanejar os objetivos e prática pedagógicas (Leite, p 51) 
 
 
1.6 – Relato do atendimento feito à paciente 
a) 23/03/16 - (2h) Entrevista com a mãe. Explicação do trabalho de estágio e anamnese. 
Após anamnese, a aluna estagiária fez estudo teórico do quadro de saúde da paciente e 
selecionou o material padronizado e qualitativo. 
 
b) 29/03/16 - Observação em sala de aula. Explicado à professora e paciente o objetivo 
da aluna estagiária estar presente em sala: avaliar a interação estudante- professor e 
vínculo da estudante com a aprendizagem escolar. 
 
c) 01/04/16 - Atendimento: hora lúdica e Apreciação de documentos pedagógicos 
anteriores. A paciente foi informada que poderia escolher qualquer atividade/ material 
do que lhe foi oferecido. Investigação do modelo de aprendizagem. Leitura do histórico 
escolar da paciente. 
 
d) 04/04/16 - Atendimento: Aplicação do instrumento IAR. Manuseio de letras e 
números, Investigação do conhecimento de letras e numerais, assim como quantidades, 
cores, classificação. 
 
e) 06/04/16 - Atendimento: Forma trabalhados atividades e jogos com objetivo à 
investigação das habilidades de memória e sequência lógica 
 
f) 11/04/16 - Atendimento: Aplicação do instrumento POP, que avalia as habilidades 
motoras 
 
 10
g) 13/04/16 - Atendimento: Aplicação dos instrumentos que avaliam Atenção e 
Funções Executivas. Também foram usados atividades e jogos que avaliaram 
percepção, analise e síntese, raciocínio lógico. 
 
h) 27/04/16 - Atendimento: Foram aplicadas provas qualitativas que avaliaram as 
percepções e memória auditiva e visual 
 
i) 29/04/16 - Atendimento: Foram aplicadas as Provas piagetianas e manipulação da 
prancha visomotora 
 
j) 09/05/16 - Atendimento: Devolutiva aos pais e à professora 
 
 
1.7 – Relato da Avaliação Neuropsicopedagógica 
 A avaliação neuropsicopedagógica foi realizada em dez sessões, sendo duas 
sessões de anamnese, e oito para realização de testes padronizados, hora lúdica, 
atividades investigativas das habilidades acadêmicas e material qualitativo. utilizamos 
uma sessão a mais para dar a devolutiva aos pais da paciente. A aluna estagiária 
apresentou o relatório de avaliação com as sugestões à professora a fim de que possa 
ajudar no manejo com a estudante em sua rotina pedagógica. 
 Foram utilizados na avaliação testes padronizados destinados a psicopedagogos 
e fonoaudiólogos com o objetivo de identificar alterações funcionais e descrever o perfil 
cognitivo da paciente, assim com materiais qualitativos. Seguem descritos abaixo: 
 
a) Material escolar da paciente e outros instrumentos que avaliaram o desempenho da 
paciente em habilidades acadêmicas 
b) Teste da Psicogênese - Emília Ferreiro 
c) Provas Piagetianas - Jean Piaget 
d) CONFIAS - Sônia Moojem 
e) Atenção e Funções executivas - Seabra e Dias 
f) POP (Protocolo de Observação Psicomotora) - Borghi e Pantano 
g) IAR (Instrumento para a avaliação do repertório básico para a alfabetização) - Silva 
Leite 
 11
h) Memória de Frases - Regina Morizot 
i) Jogos pedagógicos: quebra cabeça, alinhavos, alfabeto móvel, blocos lógicos e 
memória) 
j) Atividades de verificação de leitura, linguagem expressiva, conceitos temporais, 
reconhecimento de números e quantidades 
 Foram avaliada as seguintes funções: linguagem, escrita, leitura, cálculo, 
atenção, memória, visual, motora. 
 
 
1.8 – Resultado da Avaliação Neuropsicopedagógica 
 Em avaliação neuropsicopedagógica observamos prejuízos cognitivos 
relacionados à memória. L. não se beneficiou das repetidas exposições dos estímulos 
verbais ou visuais. a memória episódica de evocação imediata, tardia e reconhecimento 
verbal e visual apresentaram- se com prejuízos. 
 Tratando -se da oralidade, evidenciam-se muitas trocas, omissões e adições de 
fonemas. As capacidades fonológicas mostram-se abaixo do esperado em todas as 
provas. 
 Em relação à leitura e escrita, a estudante encontra-se no nível pré- silábico (usa 
qualquer letra aleatória). Demonstrando muita dificuldade em identificar as letras do 
alfabeto assim como seus respectivos sons. Seu vocabulário é restrito e ainda apresenta 
instabilidade em seu raciocínio, perdendo- se em sua fala. 
 Nos cálculos não demonstra ter autoconfiança e autonomia de pensamento e 
decisão. Não identifica números e tem dificuldades na contagem termo a termo. Nas 
situações problemas, não consegue estruturar as informações a fim de resolvê-las. 
 O desempenho obtido nos testes que avaliaram as habilidades de atenção, é 
classificado como baixo. L. Manteve foco por curtos períodos de tempo, necessitando 
de intervenções e suportes externos para manter-se atenta. 
 A paciente também apresentou prejuízo na aprendizagem e execução de algumas 
habilidades motoras. Apresenta hipertonia nos membros, revelada da dificuldade em 
escrever, no movimento da pinça. Apresenta também marcha equina e desequilíbrio. 
 12
 As habilidades básicas para a alfabetização, avaliadas principalmente pelo teste 
padronizado IAR, também apresentam resultados inferiores aos esperados. O que pode 
também justificar as dificuldades em seu processo inicial de alfabetização. 
 
2. Relato de Intervenção 
 Os pais da paciente decidiram pelo acompanhamento neuropsicopedagógico 
com a aluna estagiária logo que receberam os resultados. 
 Frente a isso estabelecemos duplas sessões semanais de 
acompanhamento neuropsicopedagógico, visando à melhoria acadêmica. Iniciamos os 
atendimentos em 06/06/16 e o interrompemos 04/07 em virtude da entrega do relatório 
clínico do estágio supervisionado, deixando em aberto à possibilidade de continuação 
de atendimento após conclusão do curso. 
 
2.1 – Planejamento de Intervenção 
 
 Em função dos resultados das dificuldades cognitivas da paciente, destacamos 
abaixo as metas para o Planejamento de Intervenção. 
1- Explicar à paciente e aos pais o porquê dela estar participando dos atendimentos e a 
importância da participação de todos nesse processo. Quais as funções e 
responsabilidades para a obtenção do êxito. 
2- Usar exercícios de linguagem variados, visando à ampliação do vocabulário, e 
sequênciação de ideias 
3- Exercícios de repetição e memorização com objetivo de treinar memória 
4 - Executar atividades de aprendizagem de estratégias visuais que terão como objetivo 
o aumento da memória auditiva ou verbal por meio de processos de associação 
 
2.1.1 - Instrumentos lúdicos para intervenção 
a) Memória - jogos da memória com variação de tema 
b) Atenção - Lince, trilhas, lig 4, pega varetas 
c) Percepção visual - Figurix, labirintos, quebra cabeça, calendário, objetos variados 
(coleções), 
d) Planejamento cognitivo: blocos lógicos, lig 4, Comprando certo, 
 13
 
 
2.2 – Condução da Intervenção 
2.2.1 – Processo Clínico 
 Iniciamos o atendimento clinico neuropsicopedagógico em 06/06/16 com as 
explicações citadas acima e estabelecemos a prioridades das metas (iniciais, 
intermediárias e finais) a serem alcançadas. 
 Foi explicado à família os déficits encontrados e quais os danos que trazem ao 
processo de aprendizagem da paciente e como a neuropsicopedagogia poderá auxiliar 
enquanto intervenção, que visará estabelecer estratégias para um melhor desempenho 
acadêmico. Para esta fase determinou-se trabalhar as habilidades de atenção e 
percepção visual e auditiva. 
 Na fase intermediária, serão trabalhadas outras habilidades necessárias para o 
processo de alfabetização com consciência fonológica, posições de comparação, 
esquema corporal, coordenação motora. 
 Na fase final, serão identificados os ganhosdo tratamento neuropsicopedagógico 
e se fará um levantamento de alternativas para a manutenção destes. 
 
 
2.2.2 – Avaliação Objetiva 
 Não chegamos a refazer a avaliação objetiva com os instrumentos de avaliação 
neuropsicopedagógica pelo fato de as sessões terem sido interrompidas em virtude da 
entrega do relatório clínico do estágio supervisionado. 
 Caso não tivesse ocorrido a interrupção do tratamento, a avaliação objetiva 
ocorreria após seis meses de atuação interventiva e usaríamos os mesmos instrumentos 
da avaliação neuropsicopedagógica inicial, visando ao destaque dos progressos da 
paciente e/ou elaborando novo plano de intervenção. 
 Nesse momento, faríamos a reavaliação do tratamento e procederíamos à alta da 
paciente e/ou prorrogação do trabalho neuropsicopedagógico por mais seis meses. 
Verificaríamos a confirmação ou não da hipótese diagnóstica inicial e, também se o 
Planejamento de Intervenção foi eficaz para os ganhos cognitivos da paciente. 
2.2.3 – Exemplos de Intervenção 
 
 14
 Os exemplos de intervenções encontram-se no item 2.1 - Planejamento de 
Intervenção - e até o momento da interrupção do atendimento havíamos trabalhado 
habilidades de base para o processo de alfabetização, baseando-se no instrumento 
padronizado IAR. 
 Nas notas de sessão (Anexo V) há alguns exemplos de intervenções. 
 
 
3. Considerações finais 
 Suspendemos o trabalho neuropsicopedagógico na décima sessão em função da 
entrega do relatório clínico do estágio supervisionado, mas há perspectiva de 
continuidade do trabalho logo após a conclusão do curso por parte da aluna estagiária, 
pois a família se identificou com o plano de trabalho sugerido no Planejamento de 
Metas e Intervenção. E a aluna estagiária se prontificou a dar continuidade ao trabalho 
já iniciado. Nesse período, a família se comprometeu a providenciar acompanhamento 
neurológico e avaliação com especialista da área de psicomotricidade. 
 
 
3.1 – Ganhos da paciente durante a intervenção 
 Com uma avaliação mais detalhada, demonstrando a situação de cada função 
neurológica da estudante, os pais e professora puderam entender como auxiliar a 
estudante em suas dificuldades. O ensino maciço da junção de sílabas e cópias sem 
sentido foi alterado por atividades que as leve a trabalhar com as habilidades assim 
chamadas de pré- requisitos. 
 Embora ainda não alfabetizada, já começa a identificar as letras de seu nome, já 
se interessa pelas atividades propostas, não se movimenta na proporção anterior. 
3.2 – Avaliação final 
3.2.1 – Reavaliação da Hipótese Inicial 
 
 A hipótese inicial (falta de pré requisitos para a alfabetização e Transtorno de 
Desenvolvimento da Coordenação) foi confirmada parcialmente. Durante a aplicação 
dos testes padronizados, qualitativos e também durante o período de intervenção. Os 
estudos realizados sobre determinadas habilidades desenvolvidas como pré requisito, de 
fato mostraram que são imprescindíveis para tal processo. Foi possível identificar 
 15
através da análise dos comportamentos em relação à realização das atividades 
propriamente ditas de leitura e escrita a falta de repertório não aprendido. 
 Em relação à hipótese do Transtorno de Desenvolvimento da Coordenação, esta 
necessita de aprofundamento de investigação especializada para sua confirmação ou 
descarte. Fato não ocorrido até a interrupção dos atendimentos. 
 
 
3.3 – Relato subjetivo da experiência 
 Embora já trabalhe na área de dificuldades de aprendizagem, auxiliando 
estudantes às vencerem, a perspectiva da neuropsicopedagogia abre um leque de 
informações que são vitais para o entendimento correto das causas e intervenções 
diretas às dificuldades de aprendizagem. 
 A pesquisa torna-se essencial e o direcionamento de profissionais já habilitados 
são preciosos. A cada informação dada, mais fascínio pelo tão complexo cérebro e seu 
funcionamento. 
 Pesquisar e encontrar pistas substanciais que as levarão ao caminho do êxito em 
relação ao auxílio prestado à paciente e família torna o exaustivo exercício de leituras e 
produção de esquemas gratificantes. 
 
 
3.4 – Correlação entre o estágio prático e os conhecimentos teóricos adquiridos nas 
disciplinas do curso 
 Entendo o estágio prático não como o momento de levar os conhecimentos 
teóricos à prática, mas o momento importantíssimo de compreendê-los e resignificá-los, 
pensando na realidade a ser vivida. 
 Durante todo o curso, me prendi na ideia de não desvincular os conhecimentos 
teóricos à prática. Embora tenha sentido falta de alguns encaminhamentos de alguns 
professores para tal prática. Uma vez intitulada como "Fundamentos e prática em 
equipe multiprofissional", esperava-se que o sentido do conhecimento desenvolvido em 
sala de aula seria teórico-prático, na medida em que o professor estabelecesse as 
relações necessárias dos conceitos previstos. 
 16
 Em busca do conhecimento e aperfeiçoamento, esforcei-me no sentido de 
buscar informações não oportunizadas para que o estágio cumprisse o seu papel de um 
momento de observação, pesquisa, planejamento, execução e avaliação da prática da 
Neuropsicopedagogia Clínica. 
 Os instrumentos teóricos e práticos foram imprescindíveis à execução das 
atividades, embora já houvesse a prática de avaliação de estudantes no âmbito 
psicopedagógico. E pode-se constatar alguns conceitos e teorias totalmente aplicáveis à 
prática. 
 
 
4. Referência bibliográfica 
AMARAL,Telma Cristian, BARBOSA, Angela Maria. Psicomotricidade e 
Alfabetização: as contribuições do movimento na Lectoescrita. IX Congresso de 
Educação EDUCERE. São Paulo, 2009 
DMS V - Manual Diagnóstico e Estatístico e Transtornos Mentais. Porto Alegre: 
Artmed, 2004 
FONSECA, Vitor; Mendes, Nelson. Escola, escola, quem és tu? Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1987 
LE BOULCHE, Jean. Educação Psicomotora: psicocinética na idade escolar. Porto 
Alegre: Artmed, 1987 
 
LEITE, Sérgio Antônio da Silva. Preparando a alfabetização. São Paulo: Edicon, 
2015 
 
MORAES, Sonia; MALUF, Maria Fernanda de Matos. Psicomotricidade no contexto 
da neuroaprendizagem: contribuições à ação psicopedagógica. Rev. 
psicopedagógica., São Paulo, v.32, n.97, p.84-92, 2015. Disponível em 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010384862015000100009
&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 31 out. 2016. 
 
OLIVEIRA, Gislane de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação num 
enfoque psicopedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. 
 
 
 
 17
 
 
 
 
 
 
5. Anexos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18
 
 
 
 
 
 
 
5.1 – Da avaliação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19
Anexo I – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
 
 20
 21
Anexo II – Formulário de Comprovação de Horas de Atendimento Clínico 
Supervisionado 
 
 
 
 
 
 
 22
Anexo III – Controle de Atendimento 
 
 
 
 
 
 23
Anexo IV - Anamnese 
 
 
 24
 
 25
 26
 
 27
 
 28
 
 29
Anexo V – Relatório de Avaliação Neuropsicopedagógica 
 
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA 
 
Brasília, 26 de junho de 2016. 
I – IDENTIFICAÇÃO 
 
Nome:Lettícia Leite Fonseca da Silva 
Data do nascimento: 07/07/2008 Idade: 7 anos e 11 meses 
Escolaridade: 1ºano do Ensino Fundamental 
Escola: Escola Classe 06 do Guará 
Dominância manual: Direita 
Filiação: 
Mãe:Micheli Leite Barbosa 
Pai: Aderson Fonseca da Silva 
Faz uso de medicamento: não 
 
II – QUEIXA 
 
Encaminhada pela professora regente, como principal queixa o comportamento 
hiperativoe fraco desempenho acadêmico. Mãe relata que filha é muito preguiçosa, 
mas é uma criança muito inteligente. 
 
III – HISTÓRICO DA SAÚDE 
 
Genitora relata, única gravidez, sem intercorrências, acompanhada por cuidados 
médicos em todo tempo. A criança nasceu no período esperado, pesando 2,340. Apgar 
não mencionado. Foi um bebê saudável, com sono e alimentação dentro do padrão 
esperado. Sendo amamentada até 1 (um) ano de idade, complementado por papinhas 
e frutas.Não teve atrasos significativos no desenvolvimento motor (sentou, engatinhou 
e andou antes de completar 1 ano). Na fala, embora se fizesse entender, manteve 
trocas fonêmicas. 
 30
Aos 4 anos de idade, fez terapia com fonoaudiólogo por 1 ano, devido às trocas 
fonêmicas, que ainda persistem 
Com 4 anos e meio, foi encaminhada ao neurologista sob suspeita da mesma ter 
TDAH. Submetida aos exames, detectou-se apenas pré-disposição para epilepsia. É 
medicada com fins de prevenção, pois a mesma não apresenta episódios de 
convulsões. 
 
1 – Antecedentes familiares: 
Não há registros 
 
III.2 – Jeito de ser da criança, segundo a mãe 
Em ambiente familiar, composto por Lettícia, a mãe e o pai, geralmente mantêm 
comportamento tranquilo, alterando-se quando não é atendida, demonstra certa 
irritação e insistência naquilo que deseja, necessitando muitas vezes de intervenção 
mais autoritária por parte dos pais. Prefere assistir televisão, e jogar no computador. 
Costuma brincar com o primo de 3 anos. 
 
IV – VIDA ESCOLAR 
 
Estudou por dois anos (Educação Infantil) em uma mesma escola, e segundo registros 
Lettícia demonstrava gostar da escola. Interagia de maneira respeitosa com seus 
colegas e professoras. Esforçava-se para realizar as atividades, mas já demonstrava 
dificuldades motoras e agitação corporal. 
A escola a encaminhou à neurologia sob suspeita de TDAH. 
 
V – COMPORTAMENTO DA CRIANÇA DURANTE A AVALIAÇÃO 
 
Nos períodos de avaliação, Lettícia demonstrou bastante dispersão/inquietude diante 
do proposto. Ao ter que realizar tarefas mais desafiadoras, como contagem, relacionar 
numeral à quantidade, jogo da memória, identificação de letras e também em alguns 
testes específicos (CONFIAS, Teste de Atenção e Funções Executivas), demonstrou-se 
incômoda e pouco estimulada, afirmando sempre que não sabe fazer, de forma que o 
auxílio e incentivo por parte da educadora faz-se necessário, em todo tempo, mas que 
nem sempre é recebido de bom grado. A estudante fica nervosa quando é auxiliada. 
 31
Nas atividades lúdicas, embora participasse das propostas, diante de desafios se 
negava a responder, demonstrando receio de errar. Nos momentos de escolha, 
procurava a mesma atividade (casinha com bonecos). 
VI – AVALIAÇÂO 
 
Para a avaliação neuropsicopedagógica foram utilizados testes padronizados, 
qualitativos, além da observação clínica, lúdica, do material escolar, das informações 
obtidas na escola, pela família e pela criança. 
 
VI.1 – Instrumentos: 
 
IAR - Instrumento para a avaliação do repertório básico para a alfabetização. Silva 
Leite, 1984 
 
Teste da Psicogênese – Emília Ferreiro 
 
CONFIAS -Sônia Moojem, 2003 
 
Provas Piagetianas – Jean Piaget 
 
Teste de Atenção e Funções Executivas. Montiel e Seabra, 2009 
 
POP – TT – Protocolo de Observação Psicomotora. Borghi e Pantano, 2010 
 
Atividades de verificação de leitura, linguagem expressiva, conceitos temporais, 
reconhecimento de números e quantidades 
 
Jogos pedagógicos: (quebra-cabeça; alinhavos; alfabeto móvel; blocos lógicos; 
memória) 
 
 
VI.2 – Síntese dos resultados 
 
LINGUAGEM 
Em relação à oralidade,embora apresente diálogo fluente, em sua fala evidenciam-se 
muitas trocas, omissões e adições de fonemas de maneira permanente, seja na 
linguagem espontânea ou na repetição de palavras. Lettícia omite o fonema /r/ quando 
este se encontra no meio da sílaba (preto – peto; branco – banco) ou (pronto – 
 32
pionto), troca o fonema /r/ por /l/ (tesoura – tesoula); troca o fonema /l/ por /b/ 
(balanja). 
O teste CONFIAS que avalia as capacidades fonológicas mostra que mesmo estando no 
nível pré - silábico (uso de letras aleatórias, sem valor sonoro), Lettícia demonstra 
resultados inferiores ao esperado para esta fase, apresentando o mínimo de acertos na 
parte das sílabas e nenhum acerto na parte dos fonemas (mínimo esperado – 6). 
Segmenta e sintetiza apenas no nível da sílaba; identifica com dificuldade apenas as 
sílabas, assim como palavras com a mesma sílaba ou palavras que rimem com a 
palavra alvo, não realizando no nível de fonemas. Nas tarefas de exclusão e 
transposição os resultados demonstram muita dificuldade em compreensão em ambos 
os níveis (sílaba e fonema). 
LEITURA E ESCRITA 
Encontra-se no nível pré-silábico (usa qualquer letra aleatoriamente) de acordo com a 
teoria da psicogênese da escrita de Emília Ferreiro. Não reconhece as letras do 
alfabeto, tampouco faz relação com seus respectivos sons (fonemas). Quanto à 
produção de texto em linguagem oral, embora se esforce para organizar a fala, esta se 
apresenta carente de criatividade e vocabulário adequado à idade. 
 
Na posição de ouvinte, demonstra instabilidade em relação à atenção, refletindo em 
uma interpretação pobre, que tende a ser confusa, com assuntos e falas não 
condizentes ao que foi contado. 
 
 
CÁLCULO 
Lettícia ainda não demonstra autoconfiança e autonomia de pensamento e decisão, 
dificuldades em abstrair e generalizar, refletindo na consolidação das aprendizagens 
em relação aos números e operações. Não identifica os numerais e demonstra 
dificuldade na contagem termo a termo. Com materiais concretos, consegue contar os 
números até o 10. Lettícia ainda não domina as noções de posicionamento e 
comparações (antecessor/sucessor, maior/menor). Nas situações problemas, a 
estudante não consegue estruturar as informações a fim de resolvê-las. No 
reconhecimento de critérios de classificação demonstrou bastante dificuldade de 
entendimento. 
 
 33
As noções temporais ainda se encontram em momento de assimilação, pois ainda não 
consegue identificar os dias da semana, tampouco os meses, assim como entender as 
transformações do tempo cronológico em situações do cotidiano. 
 
 
ATENÇÃO E FUNÇÕES EXECUTIVAS 
Durante as atividades e testes Lettícia manteve atenção por curtos períodos de tempo, 
necessitando de intervenções e suportes externos para manter-se atenta. 
 
O resultado da estudante no Teste de Cancelamento (Seabra e Dias), que avalia 
atenção seletiva e seletiva com demanda de alternância mostra desempenho 
classificado na faixa baixa (pontuação padrão 80) 
 
Os resultados do teste Trilhas para pré - escolares que avalia flexibilidade cognitiva, 
percepção, atenção e rastreamento visual, velocidade e rastreamento visual, 
velocidade e rastreamento visuomotor, atenção sustentada e velocidade de 
processamento, mostram desempenho classificado como muito baixo na 1ª parte (1 
estímulo) com pontuação 66 e baixo na 2ª parte (2 estímulos) com pontuação padrão 
83 
 
MEMÓRIA 
Nas provas que recrutaram memória a estudante não se beneficiou das repetidas 
exposições dos estímulos verbais ou visuais, perdendo as informações após 
interferência do tempo. A memória episódica de evocação imediata, tardia e 
reconhecimento verbal e visual apresentam-se com prejuízos. 
 
 
OBSERVAÇÃO PSICOMOTORA 
Apresenta prejuízo na aprendizagem e execução de algumas habilidades motoras. Em 
relação à tonicidade e preensão manual, Lettícia apresenta certo grau de hipertonia 
(muita tensão da tonicidade muscular), revelada nadificuldade em escrever, inclusive 
no movimento de pinça, no manuseio da tesoura, no pintar dentro do limite, entre 
outras. Tratando-se da coordenação motora grossa, a estudante apresenta marcha 
equina, desequilíbrio em atividades estáticas e de movimentos. Necessitando 
 34
aperfeiçoar e refinar seus movimentos, adquirindo uma diferente coordenação dentro 
de um espaço e tempo determinado. 
Apresenta lateralidade dominante destra para mãos e pés. Mas a lateralidade ocular 
está cruzada (indefinida). 
 
PLANEJAMENTO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 
Nas provas que recrutaram planejamento e resolução de problemas, os resultados 
demonstram prejuízos nas capacidades de auto regulação controle inibitório. 
Dificuldades de modificar estratégias inadequadas, perseverando nos erros. 
 
VII – Conclusão 
 
Lettícia Leite, 07 anos e 11 meses, vem apresentando consideráveis níveis de 
dificuldades em relação ao comportamento esperado e aos rendimentos de 
aprendizagem. A estudante demonstra características de atrasos maturativos 
(linguagem, lateralidade, coordenação motora, percepção visual). 
 
Também foram observados indicadores de dispersão, inquietude; incômodo em 
receber ordens através dos comandos e pouco desejo diante do proposto, assim como 
prejuízo na aprendizagem e execução das habilidades motoras, revelado na hipertonia 
na escrita, desequilíbrio, também foram características observadas e que podem 
contribuir para a sua condição de estudante com dificuldades de aprendizagens. 
 
Finaliza-se ressaltando que as informações apresentadas neste relatório são resultado 
da análise obtida após investigação criteriosa, e os pareceres emitidos referem-se a 
este momento do desenvolvimento da estudante. 
 
VIII – Indicações de Tratamento 
 Ao neurologista para realização do exame neurológico evolutivo 
 Ao psicólogo para avaliação psicológica 
 Ao oftalmologista para exame de acuidade visual e movimento ocular 
 Ao profissional da área de psicomotricidade para aquisição, desenvolvimento e 
especialização das dispraxias. 
 
 
 35
IX – Orientação à Escola 
 Estimular as competências do estudante através de suas áreas de maior 
interesse. 
 Incentivar a autonomia e independência do estudante nas atividades diárias. 
 Estimular o desenvolvimento da linguagem oral através de poemas, trava-
língua, imitação de onomatopéias, momentos de cantar músicas preferidas. 
 Adaptar as atividades/avaliações de acordo com o nível de aprendizagem da 
estudante. 
 Procurar dividir as explicações em partes menores, colocando se possível uma 
ideia de cada vez. 
 Observar e respeitar o limite de tempo que a criança consegue manter foco. 
Para isso mantenha jogos, e objetos (brinquedos) que a estudante goste de 
manipular enquanto descansa das atividades sistemáticas. 
 Estabeleça regras e limites claros e objetivos, que sejam possíveis da criança 
cumprir. Ex: quantidades de saídas da sala, terminar a tarefa (adaptada) para 
depois brincar, hora de ouvir e de falar 
 Fazer uso de métodos visuais concretos para ensinar conceitos matemáticos 
(números, noções de lateralidade, posicionamento e comparações) 
 Revisar diariamente o que foi trabalhado no dia anterior, como forma de 
explorar a memória vinculada à aquisição das habilidades de leitura e escrita. 
 Para o desenvolvimento da psicomotricidade: massinha, alinhavos, manipulação 
de lego, brincadeiras com bolas de tamanhos e pesos diferenciados, circuitos 
psicomotores 
 Realizar atividades que estimulem o desenvolvimento das habilidades básicas 
como atenção, percepção, memória, raciocínio lógico, imaginação, criatividade, 
linguagem. 
 Fazer perguntas que promovam auto-observação. Ex: você sabe o que fez? 
Como você acha que eu estou me sentindo diante dessa atitude? 
 Solicitar o auxilio da estudante, dando lhe a oportunidade de que tenha certeza 
de ter entendido o que é esperado dele e ter sua autoestima reforçada. 
 
X – Orientação aos Pais 
 Apoiar e expressar expectativas positivas. 
 Permanecer em comunicação constante com a psicóloga, pedagoga e 
professora e cumprir com as orientações dadas por estas. 
 36
 Criar rotina de estudos a fim de auxiliar no processo de alfabetização (dever de 
casa e leitura avulsas) 
 Incentivar à prática de atividades físicas no intuito de desenvolver habilidades 
sociais e autonomia da criança. 
 
Brasília, 26 de Junho de 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.2 – Da Intervenção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38
Anexo VI – Formulário de Comprovação de Horas de Atendimento Clínico 
Supervisionado 
 
 
 
 
 39
Anexo VII - Controle de Atendimento 
 
 
 
 40
Anexo VIII – Notas de Sessão 
 
 
 
 
 
 41
 
 
 
 42
 
 
 
 43
 
 44
 
 
 
 
 45
 
 
 
 46
 
 
 
 47
 
 
 
 48
Nota de Sessão 
 
Paciente: Lettícia Leite 
Data: 04/07/16 
 
objetivos: trabalhar com as habilidades de atenção, percepção visual 
materiais: quebra cabeça, pega varetas, figura fundo 
 
 
Lettícia estava bastante participativa, Sua atenção estava focada. Embora tenha se 
concentrado ao pegar as varetas, sua coordenação motora não ajudou muito 
 
Seu desempenho no quebra cabeça, foi bem melhor... procurou outras alternativas, que 
não fosse o encaixe!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49
Nota de Sessão 
 
Paciente: Lettícia Leite 
Data: 06/07/16 
 
Objetivos: contagem e classificação 
materiais: coleções de objetos 
 
Lettícia ainda apresenta bastante dificuldades na contagem termo. Contou em sequência 
até o número 6 sozinha. Mas com auxilio conta até o 10. 
 
Classificou os objetos por 2 critério. Animais ou não e colorido ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 50
Anexo IX –Material utilizado para a avaliação e intervenção 
 
 
Materiais de Intervenção 
 
1. Quebra cabeças 12 e 24 peças 
2. Lâminas (fornecidas pela profª Rita Russo) 
3. Blocos lógicos 
4. Coleção de objetos 
5. Jogo Comprando Certo 
6 . Jogo Lig 4 
7. Palitinhos 
8. Jogo Resposta Mágica 
9. Calendário desmontável 
10. Tampinhas 
11.Jogo Tapa Certo 
12. Jogo da memória 
13. Dominó 
14. Pega Varetas 
 
 
 
 51
 
 
 
 
 
 
5.3 – Das atividades-treino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52
Anexo X - Atividades Treino 
 
 
 
 53
Anexo XI – Anamnese 
 
 
 54 
 55
 
 56
 
 57
 
 58
 
 59
 60
 
 61
 
 62
 
 63
 
 64
 
 
 
 
 65
 
 
 
 66
 
 67
 68
 
 69
 
 70
 
 71
Anexo XII - Levantamento do material a ser utilizado na Avaliação 
Neuropsicopedagógica. 
 
 
 72
 
 73
 
 74 
 75 
 76

Outros materiais