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PlanoDeAula_16

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Caso Concreto:
 
DUDONY - MP-PR denuncia empresário por crimes falimentares e formação de quadrilha
Dono de empresa do ramo de móveis e eletrodomésticos é acusado de enriquecer às custas de credores; rombo inicial é de R$ 308 milhões
 
O Ministério Público em Maringá apresentou denúncia criminal contra Antônio Donisete Busíquia, conhecido em todo país por ser proprietário da rede de móveis e eletrodomésticos Dudony. O MP-PR sustenta que o empresário gerencia um esquema criminoso que envolve a apropriação de lucros em detrimento do pagamento de credores, públicos e particulares. A dívida aproximada estaria em R$ 308.235.494,14, sem contar débitos eventualmente existentes perante a Receita Federal e Municipal. No final de 2008, Busíquia conseguiu na Justiça a recuperação judicial da Dudony, nome fantasia das empresas DISMAR - Distribuidora Maringá de Eletrodomésticos Ltda. e Markoeletro Comércio de Eletrodomésticos Ltda.
Além da ação penal, o Ministério Público ingressou com pedido de prisão preventiva do empresário e sequestro de bens ? o Juízo local não acatou a prisão, mas deferiu o segundo pedido. A Promotoria vai ingressar com recurso. O responsável pelo caso é o promotor de Justiça Maurício Kalache, que investiga o grupo Dudony desde o ano passado.
Na denúncia o Ministério Público descreve em detalhes o sistema que teria sido adotado por Busíquia e resultado no enriquecimento do empresário e de seus familiares, bem como relaciona os bens que teriam sido adquiridos com o esquema. Basicamente, ele deixava de pagar fornecedores, assumia empréstimos bancários que não honrava e gastava os lucros que tinha com a aquisição de dezenas de imóveis de alto padrão, veículos de luxo e outros bens. Além disso, criava outras empresas para desviar dinheiro e aparentar legalidade a suas ações ? a Promotoria descobriu pelo menos sete empresas ligadas diretamente a ele. ?É um exemplo nocivo de ascensão econômica garantida às custas dos credores e do patrimônio público?, diz o promotor Maurício Kalache. ?Se somarmos hoje todos os valores questionados em ações penais que tratam de crimes contra o patrimônio no Estado não chegaremos nem perto do rombo causado pelo responsável pelo grupo Dudony?, afirma.
Também são acusados por participação no esquema a mulher do empresário, Ana Márcia Messias Busíquia; seus filhos Leonardo Messias Busíquia e Fernando Messias Busíquia; seu irmão Paulo Sérgio Busíquia; Geraldo Luiz Gonçalves e José Ramil Poppi, que teriam sido usados como ?laranjas?; Júlio Gonçalves Neto, contador, e os funcionários da rede Mauro José de Farias e Eldo Moreno. O MP-PR acusa os denunciados de crime falimentar e formação de quadrilha. 
(disponível em http://www.mp.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=878, acesso em 20.06.2011)
Tendo por base a Lei 11.101/2005, elencar de acordo com os fatos narrados na reportagem os crimes praticados.
Resposta:
Fraude a Credores:
Contabilidade paralela;
Concursos de pessoas;
Desvio, ocultação ou apropriação de bens;
Questão Objetiva:
 
Considerando as normas vigentes de direito falimentar, analise dentre as questões abaixo a (s) que está (ão) em desacordo com aos efeitos da condenação por crime falimentar: 
I - a inabilitação para o exercício de atividade empresarial; (art. 181, I)
II ? o impedimento para o exercício de cargo ou função exclusivamente para o conselho de administração; (art. 181, II)
III ? existe a possibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio. (art. 181, III)
IV - Transitada em julgado a sentença penal condenatória, será notificado o Registro Público de Empresas para que tome as medidas necessárias para impedir novo registro em nome dos inabilitados. (art. 181, §2º)
A) as afirmativas I, II e III estão corretas;
B) as afirmativas II e III estão incorretas;
C) as afirmativas II e IV estão corretas;
D) todas as afirmativas estão corretas;
E) todas as afirmativas estão incorretas.

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