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A Evasão Escolar e a Concepção de Adolescência ANA GABRIELLI LEMOS – RA: 640549 LICENCIATURA EM QUÍMICA Fluxo Escolar Novo indicador do Inep: Indicadores de fluxo escolar: avaliam a transição do aluno entre dois anos consecutivos considerando os seguintes cenários possíveis: promoção, repetência, migração para EJA e evasão de escola. Evasão Escolar • Dados relativamente novos. • Diferenciação de migração e evasão. • Evasão nos anos finais é maior que os demais. • Valores próximos aos de evasão. Fonte: Inep, 2017. Ensino para Jovens Adultos “Esta proposta surge dentro de um marco histórico em que se redefine o papel da educação de jovens e adultos na sociedade brasileira. Aquilo que anteriormente se denominava “supletivo”, indicando uma tentativa de compensar “o tempo perdido”, “complementar o inacabado” ou substituir de forma compensatória o ensino regular, hoje necessita ser revisto e concebido como educação de jovens e adultos, isto é, aprendizagem e qualificação permanente – não suplementar, mas fundamental. Oferecer ensino de qualidade em todas as instituições que trabalham com educação de jovens e adultos é uma necessidade urgente: merecem respeito as pessoas que buscam a escola para completar a trajetória escolar, muitas vezes motivadas pela demanda crescente de um nível de escolaridade cada vez maior, a fim de que tenham aumentadas as chances de inserção no mercado de trabalho, na cultura e na própria sociedade.” - Ministério da Educação Função do EJA “A EJA teria então que oferecer uma educação que atingisse as necessidades de formação do indivíduo, estimulando aos jovens e adultos a emergirem na sua condição social política participando dos seus direitos. Ela atende a um público a de Jovens e Adultos, que por motivos diversos, foi excluído da educação durante sua infância ou adolescência.” (COSTA, 2016). Motivos de Evasão Escolar Alguns motivos citados em pesquisas como justificativa para evasão escolar. • Gravidez precoce • Responsabilidade econômica com a família • Reprovações constantes • Cansaço Concepção de Adolescência “As características desta fase, tanto biológicas, quanto psicológicas são naturais. Rebeldia, desenvolvimento do corpo, instabilidade emocional, tendência à bagunça, hormônios, tendência à oposição, crescimento, desenvolvimento do raciocínio lógico, busca da identidade, busca da independência, enfim todas as características são equiparadas e tratadas da mesma forma, porque são da natureza humana.” (BOCK, 2002) Visão Psicanalítica Rebeldia → falta de disciplina para estudo da matéria passada em sala de aula Tendência à bagunça Busca da identidade → adolescente prefere ter sua imagem associada a uma postura negativa, do que não ter identidade alguma. Visão Sócio-Histórica Outra perspectiva: o homem é visto como um ser histórico, dotado de conhecimentos que foram construídos pelo seu movimento ao longo de tempos, assim como pelos seus relacionamentos internos e suas condições sociais e culturais De acordo com esta vertente sócio-histórica, a adolescência nem sempre existiu, pois ela varia conforme suas necessidades, relações sociais e as condições históricas da sua evolução, para com os indivíduos que convivem em um meio sociável. Visão Sócio-Histórica Situação temporal, social, econômica, cultural A obrigação de trabalhar para complementar ou manter a renda familiar → fase natural: adolescência? Pode-se considerar até que os motivos de migração de alunos do ensino fundamental para a Educação de Jovens e Adultos, não seja por falta de oportunidade, mas pelo EJA se adequar melhor à realidade desse aluno que durante o período, geralmente, diurno precisa desempenhar suas atividades profissionais. Considerações Finais o Oportunidade para mais pesquisas em relação ao novo parâmetro do Inep; o Perfil do aluno que migra para o EJA; o Perfil do aluno que interrompe os estudos, com os dados atuais; o As pesquisas que discorrem sobre os motivos de evasão escolar certamente possuem um posicionamento quanto à concepção de adolescência; o Estudos e ações voltadas para a garantia da permanência dos alunos em sala de aula; Referências BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Proposta Curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental: 5a a 8a série : introdução / Secretaria de Educação Fundamental, 2002. 148 p. BOCK, Ana Mercês Bahia. A perspectiva sócio-histórica de Leontiev e a crítica à naturalização da formação do ser humano: a adolescência em questão. Cad. CEDES, Campinas, v.24, n.62, p. 26-43, Abr. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622004000100003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20 de junho de 2018. ______. LIEBESNY, B.; Quem eu quero ser quando crescer: um estudo sobre projeto de jovens em São Paulo. In: OZELLA, Sérgio (org.). Adolescências construídas: a visão da psicologia sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2003, p. 203-222. COSTA, Matheus de Sales. Permanência, abandono e retorno: EJA, um caso de amor mal resolvido? 2016. 25 f. Dissertação (Licenciatura em Ciências Naturais) - Faculdade UnB Planaltina, Universidade de Brasília, Planaltina, 2016. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA – INEP. Indicadores de Fluxo Escolar da Educação Básica. 1. Ed. Brasília, 2017. 13 p. OZELLA, S.; AGUIAR, W.M.J. A adolescência e os psicólogos: a concepção e a prática dos profissionais. In: OZELLA, Sérgio (org.). Adolescências construídas: a visão da psicologia sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2003, p. 17-46.
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