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CORREÇÃO_DAS_QUESTÕES_8-15

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CORREÇÃO DAS QUESTÕES 
RC
SEMANAS 7 – 15
SEMANA 7:
Gabarito Embora seja objetiva a responsabilidade dos pais pelos filhos menores (C. Civil , art. 933), é preciso, todavia, para configurar essa responsabilidade que o filho tenha dado causa ao dano e numa situação que, caso fosse imputável, configuraria a sua culpa. No caso nem há que se falar em culpa do filho porque o evento decorreu de fato exclusivo da própria vítima (fato imprevisível) - que exclui o nexo causal. O fato de o filho ser menor de idade e estar dirigindo sem habilitação não foi causa determinante do evento, que teria ocorrido ainda que Antônio fosse maior e estivesse habilitado. Apenas configura uma ilicitude administrativa. 
Gabarito Letra c .Temos no caso responsabilidade por fato de outrem – do patrão ou empregador. Nos termos do artigo 932, III, do C.Civil, o empregador responde por seu empregado não apenas quando este pratica o ato ilícito no exercício do trabalho que lhe competir, mas também em razão dele. Esta expressão indica uma relação de causalidade entre o trabalho e o evento. Bastará que o trabalho tenha sido a ocasião ou oportunidade do evento. No caso, é indiscutível que o fato, embora não tenha ocorrido no exercício do trabalho, este foi a sua oportunidade ou ocasião, pois se o vigilante não tivesse levado para o botequim a arma utilizada no trabalho, o evento jamais teria ocorrido. Não basta, para afastar a responsabilidade do Banco, a mera ordem para que o seu empregado não levasse a arma. Era preciso impedir, controlar para que isso não ocorresse. Se o fato ocorreu em razão do trabalho, o Banco responde objetivamente (art. 933 do C.Civil) tenha culpa ou dolo.
SEMANA 8:
Gabarito Há na espécie típico caso de responsabilidade civil pelo fato de animal, pelo que aplicável o artigo 936 do Código Civil. A ação indenizatória da mulher de Antônio deve ser dirigida contra o dono ou detentor do animal, no caso Célio, dono do apiário. O dono do animal deve responder porque é o seu guardião, aquele que tem o poder de direção, de controle ou de uso do animal. Se perde esse controle, e o animal vem a causar dano a outrem, exsurge seu dever de indenizar. O art. 936 atribui também responsabilidade ao detentor do animal porque pode o dono ter transferido juridicamente a guarda do animal a outrem, como no caso de locação, comodato etc. Trata-se de responsabilidade objetiva que só pode ser excluída no caso de culpa exclusiva da vítima ou força maior. No caso, não pode Célio, dono do apiário, invocar a força maior para excluir a sua responsabilidade porque esta, como se sabe, caracteriza-se pela inevitabilidade, ainda que o fato seja previsível. Decorre de fatos da natureza que, embora previsíveis, não podem ser evitados. Ora, as abelhas era domesticadas e não silvestres, tanto assim que pertenciam ao apiário de Célio, por ele exploradas economicamente. Célio, portanto, tinha o poder de comando sobre elas. Ademais, Célio sabia que nesta época do ano as abelhas se tornam mais agressivas, pelo que poderia e deveria tomar providências (aviso etc.) para que terceiros não se aproximassem do apiário 
Enquanto estavam no cinema, o cachorro de Mário e Maria saiu pela porta do terraço, subiu no parapeito e caiu do 9º andar sobre Antônio que passava pela rua. Gravemente ferido, Antônio ficou internado um mês e sofreu redução permanente de sua capacidade laborativa de 30%. Antônio quer ser indenizado. No caso pode-se dizer: 
A) Antônio poderá pleitear indenização de Mário e Maria; 
B) A ação indenizatória terá por fundamento o art.936 do Código Civil; 
C) Antônio poderá pleitear indenização por danos materiais (dano emergente e lucro cessante) e danos morais; 
D) Trata-se de responsabilidade objetiva extracontratual; 
E) Antônio terá que provar a culpa de Mario e Maria por se tratar de responsabilidade subjetiva.
1. todas as afirmativas são corretas; 
2. todas as afirmativas são incorretas; 
3. apenas as afirmativas das letras b e e estão incorretas; 
4. apenas as afirmativas das letra a e d estão corretas. 
Gabarito – nº 3 - Trata-se de típico caso de responsabilidade indireta pelo fato da coisa. Inaplicável ao caso o art. 936 do C.Civil porque não houve ataque do animal. O cachorro caiu do 9º andar sobre a vítima. Cuida-se, portanto, de coisa caída de prédio, pela qual deve responder aquele que o habitar, consoante art. 938 do C.Civil.
SEMANA 9:
Gabarito: Responde o Estado objetivamente pelos danos causados por seus agentes que, nesta qualidade, causarem a terceiros. A expressão seus agentes não indica a necessária relação causal da ação ou omissão de algum agente do Estado e o dano. O Estado tem o dever de segurança e incolumidade em relação a terceiros mesmo quando está desempenhando atividade lícita mas perigosa. Tem a obrigação de desempenhar essa atividade com segurança. Nisso consiste a chamada teoria do risco administrativo. No caso, não há dúvida de que a bala que atingiu Antonio partiu da troca de tiros entre a polícia e traficantes. Logo, foi atividade administrativa que deu causa à morte de Antonio. Sendo assim, desinfluente que o disparo tenha partido de um dos policiais ou e um dos bandidos. Em qualquer caso, o Estado terá que indenizar. O Estado responderá mesmo que não seja possível apurar de que arma partiu o disparo final. Em caso de bala perdida o Estado só não responde quando não se sabe de onde veio o tiro. Vale dizer, bala perdida mesmo. 
Gabarito – A opção correta é a da letra c em face do disposto no art. 37, § 6º da Constituição Federal. Os prestadores de serviços públicos respondem objetivamente tal qual o Estado.
SEMANA 10
Gabarito No caso não se aplica o artigo 37, § 6º da C.Federal (responsabilidade objetiva do Estado) porque a pneumonia não foi causada pela atividade estatal (agentes do Estado). É caso de responsabilidade por omissão. O Estado só responderá se deixou de prestar ao prisioneiro os cuidados médicos devidos. Também não se pode falar em omissão específica porque não há prova de que o Estado teria criado, por sua omissão, situação propícia para a ocorrência da pneumonia, tal como ocorre no caso de morte de detento por ação de outro detento. No caso, o Estado só poderá ser responsabilizado por culpa (culpa anônima), se resultar provada a falta do serviço. Por exemplo, que tendo se manifestada a doença, o Estado se omitiu quanto ao atendimento médico necessário. 
Corregedor do STJ intercede para liberar caminhoneiro preso injustamente em SP (O GLOBO 24/12/2007). 
Em abril de 1999 o caminhoneiro Aparecido Batista perdeu os documentos em Uberlândia (MG). Registrou a ocorrência na Delegacia local e usou o boletim muitas vezes para provar que também era vítima, diante das cartas de cobrança que recebia de lojas do país inteiro. Em 2005, foi condenado como réu em dois processos criminais em Pernambuco, acusado de desvio de cargas. Preso há mais de 60 dias, a empresa em que Aparecido trabalha conseguiu um Hábeas corpus em seu favor, provando que, no dia do crime, Aparecido voltava de Brasília para São Paulo e que, portanto, não estava em Pernambuco, onde o crime ocorreu. Supondo que Aparecido pretenda ser indenizado por danos moral e material, assinale a opção correta: 
A) o Estado não responde por ato judicial; 
B) no caso, quem deve responder é o juiz que condenou Aparecido equivocadamente; 
C) o Estado responde com base no art. 37, § 6º da Constituição Federal por ser tratar, no caso, de atividade judiciária; 
D) por se tratar de ato judicial típico, o Estado responde com base no art. 5º, LXXV da Constituição; 
E) o Estado só responde no caso de erro, dolo ou má-fé do juiz. 
Gabarito Letra d. Há no caso ato jurisdicional típico, e não atividade judiciária, pois Aparecido foi condenado e preso, o que só pode decorrer do efetivo exercício da jurisdição em sentença e decisão. Houve, inquestionavelmente, erro judicial, pois Aparecido, comprovadamente, não se encontrava no local do crime quando este ocorreu. O crime foi praticado poralguém que utilizou os documentos de Aparecido. A resposta correta, portanto, é da letra d. As demais estão erradas.
SEMANA 11
Gabarito Há no caso típico acidente de consumo pelo fato do produto e, como tal, enquadrável no artigo 12 do CDC. Se foram atendidas as regras técnicas para a instalação e não houve nenhuma causa externa então o vidro se estilhaçou por algum defeito de gerador fabricação, fato gerador do dever de indenizar. A ação indenizatória deverá ser proposta por João e sua esposa (que sofreu danos materiais e morais) em face da Indústria Y, fabricante do vidro. Pelo fato do produto o comerciante (vendedor) só responde subsidiariamente, nos termos do art. 13 do CDC. O prazo para o ajuizamento da ação é de 5 anos, conforme artigo 27 do CDC. Trata-se de prazo prescricional (fato do produto) e não decadencial. 
O estouro de um pneu provocou a capotagem de veículo de Marcos, que ficou totalmente destruído. Marcos também sofreu graves lesões. Tendo em vista que o veículo tinha apenas seis meses de uso, Marcos pretende ser indenizado. Assinale a opção correta: A) não há direito a qualquer indenização porque o estouro de um pneu caracteriza caso fortuito; B) Marcos só poderá pleitear indenização do fabricante do pneu; C) Marcos poderá pleitear indenização do fabricante do automóvel e do pneu; D) Marcos só poderá pleitear indenização da concessionária que lhe vendeu o veículo; E) Marcos poderá pleitear a indenização do fabricante do veículo e da concessionária porque há solidariedade entre eles. Gabarito Letra C. Há no caso relação de consumo porque Marcos é consumidor (destinatário final do automóvel) e o fabricante é fornecedor. Ocorreu um acidente de consumo (fato do produto) por defeito do produto (estouro do pneu) e, como tal enquadrável no art. 12 do CDC. O estouro do pneu é defeito e por ele responde o fabricante, ainda, que imprevisível (fortuito interno que não afasta o dever de indenizar). Responsável é o fabricante, à luz do art. 12 do CDC. Não há solidariedade do comerciante (concessionária) consoante art. 13 do CDC. Irrelevante saber quem é o fabricante do pneu; responde pelo defeito o fabricante do veículo (art. 25, § 2º do CDC).
SEMANA 12
Gabarito Ao caso se aplica o Código de Defesa do Consumidor porque estão presentes os elementos da relação de consumo. Áurea é consumidora nos termos do artigo 2º, caput, do Diploma invocado. Também estão incluídos na definição legal de fornecedor o fabricante, como produtor, e a Concessionária, como prestadora de serviço, uma vez que é credenciada, tudo de conformidade com o disposto no artigo 3º, § 2º da lei consumerista. Na espécie, inicialmente era caso de vício do produto enquadrável no art. 18 do CPC. Ocorre, todavia, que o caso evoluiu para o fato do produto, por ter a concessionária se recusado a fazer o conserto do veículo, fazendo incidir o artigo 12 do CDC – hipótese mais grave de responsabilidade, uma vez que o defeito do produto acaba dando causa ao um acidente de consumo. Inaplicável à espécie o artigo 26 do CDC, que trata da decadência no caso de vicio do produto. Não havia ocorrido a decadência quando Áurea procurou a Concessionária, quatro meses após a compra do veículo, porque se trata de vicio oculto. O prazo de decadência é 90 dias a contar da manifestação do vicio. Trata-se, portanto, de prescrição (fato do produto) cujo prazo é de 5 anos (art. 27 do CDC). Responsáveis são o fabricante e a concessionária, uma vez que esta, com sua recusa concorreu direta e efetivamente para o evento, o que afasta a incidência do artigo 13 do CDC. Deverão reparar os danos sofridos pelos veículos e por Áurea e Carlos, incluindo-se o dano moral, eis que tiveram como causa adequada o defeito no sistema de freios, o que afasta o § 3º do artigo 12 do CDC, pois o fato do terceiro, por si só, não causaria o dano. Com relação ao assaltante Berto, poderá ele pedir indenização pelo fato do produto, tendo em vista que no âmbito da responsabilidade civil objetiva basta que haja o dano em decorrência do defeito do produto, ou seja, nexo causal e dano provocado pelo defeito existente no produto. Destarte, o assaltante estaria na condição de consumidor por equiparação, nos termos do artigo 17 do Código de Defesa do Consumidor. Pelo assalto Berto responderá penalmente, mas o fato de estar ele na prática de um ilícito penal não lhe retira a proteção jurídica como consumidor por equiparação. Não fosse o defeito do produto ele não sofreria danos físicos, não obstante a prática do assalto. O fabricante não poderá invocar, para excluir o seu dever de indenizar, nenhuma das excludentes de ilicitude – legítima defesa, estado de necessidade, e nem exercício regular de direito. Há entendimento no sentido de excluir o assaltante da indenização, mas não se apresenta juridicamente sustentável. 
Submetida a uma cirurgia estética no rosto, a aparência de Maria em lugar de melhorar ficou pior. Com relação à responsabilidade do Dr. Antonio, o médico que fez a cirurgia, é correto afirmar: A) é objetiva pelo fato do serviço; B) é subjetiva, com culpa provada, porque a obrigação do médico é sempre de meio; C) é objetiva porque a obrigação do médico é sempre de resultado; D) não há responsabilidade do Dr. Antonio porque o resultado na cirurgia estética é sempre imprevisível; E) é subjetiva com culpa presumida porque no caso a obrigação do médico é de resultado. 
Gabarito Letra E. Após certa indefinição da doutrina e da jurisprudência, o STJ firmou entendimento no sentido de que na cirurgia estética o médico assume obrigação de resultado, pelo que a sua responsabilidade é subjetiva, mas com culpa presumida.
SEMANA 13
A multa de R$ 1.000,00(mil reais) diários pelo atraso na entrega do quadro é cláusula penal moratória e pode ser cobrada consoante art. 411 do C.Civil, durante os dias de efetivo atraso. Como o autor comprou outro quadro três dias antes da exposição, aí cessou a mora do pintor (o quadro tornou-se inútil para o credor) e passou a haver inadimplemento. São, pois, devidos doze dias de multa, ou seja, R$ 12.000,00 (doze mil reais). A multa de R$ 30.000,00 pela não entrega do quadro é cláusula penal compensatória em razão do inadimplemento, consoante arts. 409 e 410 do C.Civil. Essa multa não pode ser exigida cumulativamente com as perdas e danos. 
A cláusula penal compensatória converte-se em alternativa a benefício de credor. Vale dizer, pode o credor optar pela cláusula penal compensatória (valor da multa, que funcionará como pré-liquidação do dano) ou pelas perdas e danos, o que lhe for mais favorável, devendo neste último caso, entretanto, provar a quantia do seu prejuízo. Se preferir a pena convencional, o credor não precisará provar o seu prejuízo, sequer alegá-lo, consoante art. 416. No caso, o melhor para o autor, dono da galeria, é optar pela multa compensatória, já que superior ao valor que está pleiteando a título de perdas e danos, e para recebê-la, não precisará provar o prejuízo. 
Com relação à mora é incorreto afirmar: 
A) é o retardamento no cumprimento de uma obrigação persistindo, todavia, a possibilidade de cumpri-la; 
B) a mora será sempre do devedor; 
C) a mora ex re ocorre quando a obrigação é positiva, líquida e tem termo certo para o cumprimento; 
D) na mora ex persona é indispensável a notificação do devedor; 
E) o devedor em mora responde pelo caso fortuito e a força maior se estes ocorrerem durante o atraso. 
Gabarito – Letra B – A mora pode ser do devedor ou do credor (art. 394 do C.Civ); letra A – conceito correto de mora; letra C – afirmativa correta (art . 397 do C.C.); letra D – afirmativa correta (art. 397, par.un. do C.C.); letra E – afirmativa correta (art. 399 do C.Civ).
SEMANA 14
DISCURSIVA: Ver ementa da Apelação Cível nº 19.235/2000, Relator Des. Sergio Cavalieri Filho, TJRJ. Não se aplica à espécie o art. 37, § 6º da Constituição Federal, que se refere à responsabilidade extracontratual. A expressão terceiros, que consta na referida disposição constitucional, indica alguémque não tenha relação jurídica preestabelecida com o Estado ou prestador de serviços públicos. No caso, a vítima era passageiro do ônibus, logo havia contrato de transporte entre ele e a ré. Aplica-se ao caso o art. 14 do CDC, responsabilidade pelo fato do serviço, uma vez que a ré é prestadora de serviço e o autor é consumidor. Pode-se aplicar também o art. 734 do Código Civil, cuja disciplina é a mesma do CDC. A transportadora tem responsabilidade objetiva, isto é, levar o passageiro são e salvo, incólume ao seu destino. O fato culposo terceiro – invasão da contra-mão de direção por um caminhão – não exclui o dever de indenizar da transportadora. É considerado fortuito interno que faz parte do risco do empreendimento. (art. 735 do C.Civ) 
Ônibus bate em prédio, explode e mata mãe e filha. Outras 14 pessoas ficaram feridas. Motorista passou mal (teve um desmaio) e perdeu o controle do veículo (Globo 09/01/09). No caso é correto afirmar que o mal súbito do motorista: 
A) não tem qualquer relevância causal; 
B) caracteriza fato exclusivo de terceiro (o motorista); 
C) caracteriza o fortuito interno; 
D) caracteriza a força maior; e) caracteriza o fato exclusivo da vítima (o motorista). 
Gabarito – A afirmativa correta é a da letra C. O mal súbito do motorista caracteriza o caso fortuito por se tratar de fato imprevisível e por isso inevitável. Trata-se do fortuito interno, que não exclui a responsabilidade, porque faz parte do risco do empreendimento, do negócio ou da atividade do transportador. A letra A está errada porque o mal súbito foi a causa determinante do acidente. As letras B e E estão erradas porque o motorista não é terceiro e nem vítima do acidente. A rigor foi quem o causou. A letra C está errada porque o que caracteriza a força maior é a inevitabilidade do fato, ainda que previsto ou previsível.
SEMANA 15
Trata-se de caso de fraude tarifária, que se configura quando o segurado omite informação relevante acerca das características do contrato (endereço, e etc...). Quando isso ocorrer, o próprio segurado viola o princípio da boa-fé. Desta maneira, o fornecedor pode se alforriar de responsabilidade ao argumento de inexistência do defeito na prestação do serviço, ou ainda, culpa exclusiva do consumidor. Ver Ap.Cíve 7.802/2001. SEGURO. Fraude tarifária. Violação do Principio da Boa-Fé. A fraude tarifária se configura quando o segurado, morando numa cidade onde o roubo e o furto de veículo atinge índice elevado como no Rio de Janeiro, para pagar prêmio menor afirma residir numa pacata cidadezinha do interior, na qual o risco objetivo do automóvel é muito menor e a tarifa também. Ainda que o segurado tenha um sítio ou casa de veraneio nessa pacata cidade, deve prevalecer para a validade do seguro a tarifa do local onde o veículo circula predominantemente. O segurado que presta declarações não condizentes com a verdade dos fatos, aumentando os riscos e influindo na aceitação da proposta, maltrata os art.1.443, 1.444 e 1.454 do Código Civil e sujeita-se à ineficácia do contrato com a conseqüente perda ao direito de indenização em razão do sinistro. Fornecer endereço próprio, sem contudo comprovar que nele reside, ou utilizar-se do veículo para fins diversos dos declarados na apólice, obtendo uma tarifação do prêmio mais favorável, revelam conduta eivada de má-fé. Desprovimento do recurso. 
Nos contratos de seguro pode haver o agravamento do risco: 
A) desde que, seja respeitada a vulnerabilidade do segurado. 
B) desde que, exista boa-fé e, o CC/02 permite em seu art.769. 
C) não há possibilidade de agravamento do risco em nosso ordenamento. 
D) o CDC não permite o agravamento do risco. 
Gabarito: Letra B

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