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Impostos Municipais e Estaduais ► IMPOSTOS EM ESPÉCIE → Necessidade de Lei Complementar Federal para dispor acerca das normas gerais relativo à todos os impostos: CF - Art. 146. Cabe à lei complementar: (...) III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; ■ IMPOSTOS MUNICIPAIS (e DF) □ IPTU - Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - Finalidade precípua fiscal (exceção do disposto no art. 182, §4, I, CF com finalidade extrafiscal) → fato gerador (art. 32 CTN): a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel (por natureza ou por acessão física) - Imóvel localizado na zona urbana do Município O que seria Zona Urbana? Art. 32, §1, CTN: “Entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado”. → Contribuinte (opções ao município): Proprietário, titular do domínio útil ou possuidor (com animus domini - STJ). Sumula 399 STJ: “Cabe à Legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU” → A base do cálculo:é o valor venal do imóvel (CTN, art.34) OBS: A alteração de sua base de cálculo não está sujeita à noventena (art. 150, §1, CF) OBS: As alíquotas podem variar conforme o uso do imóvel, bem como podem variar em relação à localização dos imóveis. Sumula 397 STJ: A simples remessa do carnê para pagamento do IPTU ao endereço do contribuinte configura notificação de lançamento. □ ITBI (ou ITIV) Imposto sobre a transmissão inter vivos, de bens imóveis, ou de direitos reais sobre imóveis (Exceto os de garantia) por ato oneroso. → fato gerador: transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física; transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de direitos reais sobre imóveis (exceto os de garantia); A cessão de direitos relativos âs transmissões supra. → Contribuinte (a critério do município – fixado por Lei): Qualquer das partes envolvidas – geralmente o adquirente. → A base do cálculo: é o valor venal do imóvel → Compete ao Município da situação do bem OBS: Totalmente sujeito aos princípios da anterioridade e da noventena. CF: Art. 184, § 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. (regra imunizante) □ ISS - Imposto sobre serviços de qualquer natureza não incluídos na competência estadual do ICMS (serviços de comunicação e transporte interestadual e intermunicipal) CF, art. 146, §3: Cabe à Lei Complementar Federal, em matéria de ISS: a) Definir os serviços sujeitos à ISS; b) Fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; c) Excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior d) regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. → LC 116/2003 → Contribuinte : O prestador do serviço (ainda que o serviço não constitua a atividade preponderante) → Município responsável: do domicílio do prestador → A base do cálculo: O valor do Serviço → fato gerador: - Prestação de serviço elencado na lista anexa da LC 116 - Serviço proveniente do exterior - Serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente por autorizados, permissionários e concessionários, com pagamento de tarifa pelo usuário. → Alíquotas: Máxima: 5% (LC 116, art. 8,II) Mínima: 2% (art. 88, ADCT) – eventuais benefícios concedidos não podem ficar abaixo da alíquota mínima. ■ IMPOSTOS ESTADUAIS (e DF) OBS: Lista exaustiva □ IPVA Imposto sobre a propriedade de veículo automotor Criado na CF de 1967, não foi contemplado no CTN, de 1966, de modo que os Estados possuem a competência legislativa plena (STF). → Contribuinte : O proprietário do veículo → Estado responsável: onde ocorreu o licenciamento do veículo → A base do cálculo: O valor venal do veículo → fato gerador: Se encontrar na situação de proprietário na data definida em Lei como marco da ocorrência do fato gerador (geralmente 1 de janeiro de cada exercício) OBS: As alíquotas mínimas são fixadas pelo Senado Federal. Pode haver alíquotas diferenciada pelo tipo de utilização do veículo (passeio e utilitário, taxi, escolar); Não pode haver alíquotas diferenciadas entre veículos importados e o nacional OBS: Apenas abrange veículos terrestres (STF) - A alteração da base de cálculo não se sujeita ao princípio da noventena (CF: art. 150, §1). □ ITCMD Imposto sobre a transmissão causa mortis e doações de qualquer bens ou direitos (Transmissão gratuita); → fato gerador: A transmissão, por causa mortis ou por doação, de qualquer bens ou direitos; Transmissão causa mortis: Abertura da sucessão (no momento da morte) Transmissão de imóveis: Registro Transmissão de móveis: Tradição → Contribuinte : Na transmissão causa mortis: Sucessores Na doação: qualquer das partes na operação (a critério do Estado) → A base do cálculo: O valor venal dos bens transferidos; → Estado responsável: - Bens imóveis – Estado da situação do bem - Bens móveis - Em caso de doação: o Estado domicílio do doador - Em sendo causa mortis: O Estado onde se processou o inventário OBS: Bens situados no exterior, doador domiciliado no exterior ou inventário processado no exterior: Lei complementar ainda não editada (Estados exercendo a competência legislativa plena). * Cabe ao Senado, através de Resolução, fixar as alíquotas máximas do ITCMD (CF: art. 155, §1, IV) Resolução 09/1992: 8% OBS: Em 2013 o STF aceitou a progressividade das alíquotas do ITCMD (imposto real) prevista na resolução do Senado. → O ITCMD será regido pela legislação vigente no momento da ocorrência do fato gerador: A morte. Súmula 112 STF: “O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão” □ ICMS Imposto sobre: circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de prestação onerosa de serviços de comunicações OBS: O fornecimento conjunto de mercadorias com serviços não incluídos na competência municipal (ISS) enseja a incidência do ICMS, bem como a importação de bens ou mercadorias (CF, art. 155, 2, IX, ‘a’ e ‘b’); → fato gerador → Natureza fiscal * Mercadoria: É o bem móvel, que está sujeito à mercancia posto que fora introduzido no processo de circulação econômica (no mercado). OBS: Bem móvel corpóreo ou incorpóreo (download – STF; energia elétrica – CF art. 155, §3) → Contribuinte : - Qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadorias ou prestação de serviço de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações sejam iniciadas no exterior. (art. 4 da LC 87/1996) - Pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, promover a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior, qualquer que seja a sua finalidade, ou seja destinatário de serviço prestado no nexterior. (CF. Art. 155, §2, IX, ‘a’) - Pessoa física ou jurídica que adquira, de outro Estado, petróleo e derivados e energia elétrica não destinados à comercialização ou industrialização. → A base do cálculo: O valor da operação de circulação de mercadoria, ou o preço do serviço. → Imunidade - Não incidirá ICMS (CF. art. 155,§2, X): sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior; nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica ; Sobre o ouro enquanto ativo financeiro Cumulação de impostos: O ICMS pode ser cobrado juntamente com o II, IPI e ISS (desde que haja ressalva na LC 116/2003) → Regra da não comulatividade (CF, art. 155, §2, I) O ICMS será não-cumulativo, compensando em cada operação o montante cobrado nas operações anteriores. EX: Empresas (contribuintes do imposto) A B C Valor da operação R$ 100 R$ 300 R$ 500 Imposto a pagar Alíquota ICMS de 10% R$ 10 R$ 20 (30-10 da operação anterior) R$ 20 (50-30 das operações anteriores) → Operações Interestaduais (CF, art. 155, §2, VII e VIII): Estado de origem Ex: São Paulo EX: Alíquota interestadual (fixada pelo Senado): 7% Alíquota interna de São Paulo: 18% Alíquota interna de Pernambuco: 17% Operação Alíquota de ICMS a ser cobrada Vende a destinatário final em outro Estado Ex: PE Alíquota interna do Estado de origem ( EX São Paulo: 18%) Vende à outro contribuinte (comerciante ) em outro Estado como consumidor final O Estado de origem , SP, recolherá a alíquota interestadual (7%); enquanto o Estado destinatário (PE) recolhe a diferença entre a interestadual e a sua alíquota interna (17%-7% = 10% ) Vende à outro contribuinte (comerciante ), em outro Estado (PE), para revenda O estado de origem (SP) recolhe a alíquota interestadual (7%); o estado destinatário da operação recolherá segundo a regra da não cumulatividade vista no slide anterior
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