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1º BIMESTRE - TRIBUTÁRIO II

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9
DIREITO TRIBUTÁRIO II
1º BIMESTRE
Professor (a): João Magnago
Aula: 23/02/15
DIREITO TRIBUTÁRIO II
EMENTA: 
· ESTUDO DOS IMPOSTOS DO SISTEMA TRIBUTÁRIO VIGENTE. 
· VISÃO DAS PRINCIPAIS TAXAS E CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS. 
· CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA E EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO.
BIBLIOGRAFIA: 
· CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO – PAULO DE BARROS CARVALHO – ED. SARAIVA
· CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO BRASILEIRO – SACHA CALMON NAVARRO COELHO – ED. FORENSE JURÍDICA
· CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO – RICARDO LOBO TORRES – ED. RENOVAR
· CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO – ROQUE ANTONIO CARRAZZA – RT. REVISTA DOS TRIBUNAIS
· CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO – HUGO DE BRITO MACHADO – ED. MALHEIROS
· DIREITO TRIBUTÁRIO BRASILEIRO – LUCIANO AMARO – ED. SARAIVA
· DIREITO TRIBUTÁRIO – VITÓRIO CASSONE – ED. ATLAS
· CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO – ZELMO DENARI – EDITORA ATLAS
Possíveis Datas das Provas:
· Parcial 1: 07 De Abril
· Oficial 1: 28 De Abril
· Parcial 2: 08 De Junho
· Oficial 2: 23 De Junho
IMPOSTOS
Imposto é um tributo NÃO VINCULADO, pois não está vinculado a uma contraprestação do Estado.
Na forma do art. 16 do CTN o imposto é um tributo cuja obrigação decorre de uma situação fática (fato gerador) independente de qualquer atividade estatal específica em relação ao contribuinte (a sua vida, a sua atividade ou seu patrimônio).
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Assim, para que surja a obrigação de recolher imposto basta a realização do fato gerador pelo contribuinte, que corresponde à capitação de riqueza para o tesouro público (= erário público).
O imposto é, ainda, um tributo unilateral, ou seja, o contribuinte age e ele próprio arca com o gravame.
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS
1ª. Fiscal ou Extrafiscais:
Os impostos podem ter CARÁTER FISCAL (se refere à arrecadação).
O caráter fiscal é característica inerente a todos os tributos e consiste no intuito meramente arrecadatório para prover o Estado de recursos.
Os impostos podem ter CARÁTER EXTRAFISCAL (regulatória).
A extrafiscalidade agrega ao tributo uma função regulatória da economia e o mercado.
2ª. Diretos e Indiretos:
Os impostos podem ter CARÁTER DIRETO.
São aqueles cuja carga econômica recai diretamente sobre a pessoa que praticou o fato gerador (IPTU, IR, IPVA, ITBI).
Os impostos podem ter CARÁTER INDIRETO.
São aqueles cuja carga econômica recai sobre terceira pessoa. Exemplo: ICMS, IPI.
3ª. Seletividade, Proporcionais e Progressiva:
Os impostos podem ter CARÁTER SELETIVO.
	A seletividade decorre do princípio da capacidade contributiva, fazendo com que certos bens de maior necessidade/utilidade (ex. medicamentos, alimentos) sejam tributados como uma alíquota menor do que a de outros bens considerados supérfluos, como bebidas, cigarro etc.
Os impostos podem ter CARÁTER PROPORCIONAL.
	A proporcionalidade consagra o princípio da capacidade contributiva, revestindo-se da neutralidade da rigidez de alíquotas, que serão aplicadas a bases de cálculos variáveis, tornando o tributo proporcional à riqueza do fato tributado.
Os impostos podem ter CARÁTER PROGRESSIVO (pode ser fiscal ou extrafiscal).
	A progressividade fiscal traduz a finalidade arrecadatória ligada ao quantum da riqueza demonstrada pelo contribuinte, isto é, quanto mais se ganha mais se paga.
A progressividade extrafiscal possui caráter regulatório sendo aplicável ao IPTU e ao ITR, consagrando fundamentos constitucionais, como, a função social da propriedade.
4ª. Pessoais e Reais:
Os impostos podem ter CARÁTER PESSOAL.
Os impostos pessoais possuem caráter subjetivo considerando as condições pessoais de cada contribuinte. Exemplo: IR.
Os impostos podem ter CARÁTER REAL.
	Os impostos reais incidem por igual a qualquer pessoa, mas voltando-se ao seu patrimônio. Exemplo: IPTU, ITR, IPVA.
IMPOSTOS MUNICIPAIS
· IPTU
Nomem juris: imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.
Competência: previsto no art. 156, I da CF e art. 32 do CTN.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
 § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
 I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
 II - abastecimento de água;
 III - sistema de esgotos sanitários;
 IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
 V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
 § 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
Sujeito Ativo e Sujeito Passivo:
O IPTU tem em regra como SUJEITO ATIVO os Municípios e o DF. E excepcionalmente será da União na forma do art. 147/CF (competência cumulativa).
	Segundo o art. 32 do CTN o SUJEITO PASSIVO do IPTU é o proprietário (pleno e coproprietário) o titular do domínio útil (usufrutuário e enfiteuta) e o possuidor (ad usucapionem) .
Aula: 03/03/15
Fato Gerador do IPTU
O fato gerador do IPTU se dá com a propriedade, com a posse ou domínio útil de bem imóvel localizado na zona urbana do Município (§1º), no primeiro dia útil do ano civil (dia 1º de janeiro de cada ano, mediante ficção jurídica).
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
OBS: O conceito de zona urbana pode ser deduzido do que dispõe os §§ 1º e 2º do art. 32, desde que extraído de lei municipal e que contenha dois dos cinco melhoramentos previstos no referido artigo.
Base de Cálculo do IPTU
A base de cálculo do IPTU é valor venal do imóvel (deveria ser o valor de venda), ou seja, o valor de venda do imóvel no mercado, à vista, que o imóvel alcançaria se colocado à venda em condições normais.
Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.
 Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.
OBS: A doutrina ensina que se admite uma variação de até 20% do valor de mercado para o valor venal.
O Enunciado da Súmula n. 160 do STJ proíbe atualizar o IPTU por meio de decreto, salvo se for para correção monetária.
Súmula n. 160 do STJ:É defeso, ao Município*, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. *também é proibido para a União, Estado e DF.
Alíquotas
	A progressividade é o ponto principal a ser estudar ao tratar do tema alíquotas. A legítima progressividade do IPTU é aquela prevista no art. 156, § 1º combinado com o art. 182, § 4º da CF, com caráter extrafiscal, como forma de realização da função social da propriedade, conforme entende o STF.
	Contudo, existe a progressividade fiscal introduzida pela EC n. 29/2000 que prevê a progressividade em razão do valor do imóvel, o que é extremamente criticado pela doutrina por ser considerado uma inconstitucionalidade.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
· ISSQN
Nomem juris: imposto sobre serviço de qualquer natureza.
Competência: art. 156, III da CF e Lei Complementar n. 116/03, art. 5º.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) *e congêneres.
Sujeito Ativo e Sujeito Passivo:
O ISSQN tem em regra como SUJEITO ATIVO os Municípios e o DF. E excepcionalmente será da União na forma do art. 147/CF (competência cumulativa). 
	Na forma do art. 5º da Lei Complementar n. 116/03 o SUJEITO PASSIVO do ISSQN é o prestador de serviço, o empresário ou sociedade empresária (ex. Hotel) ou o profissional autônomo (ex. contador, dentista, médico), ou seja, todos aqueles que vendem bens imateriais. Com ou sem ponto empresarial fixo.
Fato Gerador do ISSQN
É a prestação efetiva de serviço constante na lista anexa a Lei Complementar n. 116/03 por empresário ou profissional autônomo. Art. 966, § único/CC
Base de Cálculo do ISSQN
A base de cálculo é o preço do serviço (valor bruto), não sendo admissível a cobrança do tributo por serviço gratuito. Art. 7º da Lei Complementar n. 116/03
Alíquotas do ISSQN
Os municípios possuem autonomia para fixar suas alíquotas, por meio de lei ordinária municipal, respeitados os limites máximos e mínimos, que atualmente são de 2%, conforme art. 88 do ADCT, e 5%, conforme art. 8º da Lei Complementar n. 116/03.
· ITBI
Nomem juris: imposto sobre a transmissão de BENS IMÓVEIS por ato oneroso intervivos.
Competência: a competência do SUJEITO ATIVO se encontra no art. 156, II da CF e art. 35 do CTN. Já a competência do SUJEITO PASSIVO, conforme art. 42 do CTN, será QUALQUER DAS PARTES envolvidas na operação de transmissão do bem, na forma que a lei local dispuser. Contudo, na prática as leis municipais atribuem a sujeição passiva ou responsabilidade ao adquirente (comprador).
Art. 156/CF. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
Art. 35/CTN O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: *Por ser anterior a CF/88, o CTN fez menção somente aos Estados.
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia;
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.
Art. 42/CTN Contribuinte do imposto é QUALQUER DAS PARTES na operação tributada, como dispuser a lei.
Fato Gerador do ITBI:
A transmissão intervivos por ato oneroso de BENS IMÓVEIS e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia (ex. hipoteca, penhor).
A doutrina, didaticamente, separa o fato gerador do ITBI em dois elementos:
a. Elemento Espacial: é o território do Município da situação do bem (art. 156, II E § 2º, II/CF).
b. Elemento Temporal: é o momento da transmissão do bem imóvel (art. 156, II/CF).
A transmissão dá-se com o registro no Cartório de Registro de Imóveis (na prática paga-se ITBI primeiro e depois registra-se).
Base de Cálculo do ITBI:
É o valor de mercado, encontrado por avaliadores do Município, sendo irrelevante o valor de venda constante da escritura.
Alíquota do ITBI:
Trata-se de alíquota proporcional estabelecida em lei municipal incidente em porcentagem única sobre a base de cálculo.
Aula: 16/03/15
OBS: Chama-se “Anuência” a cobrança de novo ITBI, cumulativa com a incidência normal quando o transmitente não haja recolhido o tributo por não ter procedido o registro.
IMPOSTOS ESTADUAIS
· ICMS
Nomem juris: imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços.
Competência: art. 155, II da CF e Lei n. 87/96.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Sujeito Ativo e Sujeito Passivo: o sujeito ativo são os Estados e DF.
Na forma do art. 155, § 2º, XII da CF o sujeito passivo do ICMS será definido em Lei Complementar 87/96, em seu art. 4º, a saber:
a. Qualquer pessoa que pratique a operação de circulação de mercadoria;
b. Os importadores de bens de qualquer natureza;
c. Os prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal;
d. O prestador de serviço de comunicação (rádio, TV, internet, telefonia, etc).
Art. 155. § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
XII - cabe à lei complementar:
a) definir seus contribuintes;
b) dispor sobre substituição tributária;
c) disciplinar o regime de compensação do imposto;
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a"
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda Constitucionalnº 33, de 2001)   (Vide Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.
Fato Gerador do ICMS:
	O ponto central do fato gerador do ICMS é a circulação de mercadoria ou a prestação dos serviços de transporte interestadual ou intermunicipal ou de comunicação.
Circulação de mercadoria: 
	Conforme previsão constitucional o fato gerador do ICMS é aquele que indica quaisquer atos ou negócios que implicam na circulação de mercadorias, assim entendida como aquela capaz de realizar o trajeto da mercadoria da produção até o consumo.
	Circulação é a mudança de titularidade jurídica do bem, que não consiste em mera movimentação física. Exemplo: saída de bens para mostruário ou da matriz para filial etc, não incide ICMS. 
	Mercadoria: o que caracteriza mercadoria é a sua destinação, uma vez que se trata de coisa móvel com aptidão ao comércio (produto + intenção de mercancia).
	Em sentido lato mercadoria é a coisa objeto de uma venda.
	Contudo, em sentido estrito é a coisa com aptidão ao comércio.
OBS: Energia elétrica é mercadoria para efeitos de incidência de ICMS. 
	
Base de Cálculo do ICMS: 
	A base de cálculo do ICMS pode ser: 
a. O valor da operação, em se tratando de circulação de mercadoria;
b. O preço do serviço, em se tratando de transporte (interestadual e intermunicipal) e de comunicação;
c. O valor do produto/bem importado que conste do documento de importação convertido em moeda nacional.
Alíquota do ICMS:	
Na forma do art. 155, § 2º, IV e V, a fixação das alíquotas máximas e mínimas se dará por resolução do Senado, atendidos os requisitos lá determinados. 
Alíquotas internas poderão ser livremente estipuladas pelos Estados (normalmente, 17 e 18%).
Alíquotas externas ou interestaduais serão fixadas por resolução do Senado Nacional, atualmente resolução n. 22/89.
Para as operações interestaduais que destinarem mercadorias (serviços, produtos...) ou serviços a contribuintes dos Estados da Região Norte, Nordeste, Centro Oeste e o Estado do Espírito Santo, atualmente em 7%.
Para operações que destinarem mercadorias (serviços, produtos...) ou serviços a contribuintes dos Estados das regiões Sul e Sudeste (exceto Espírito Santo), atualmente em 12%.
Para operações de importação 17 e 18%.
	OPERAÇÕES DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ENTRE CONTRIBUINTES DO ICMS – resolução n. 22/89
	Sudeste e Sul (menos ES) 
	7%
Para regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e o Estado do Espírito Santo.
	Para regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e o Estado do Espírito Santo 
	
	12%
Sudeste e Sul (menos ES)
· IPVA
Nomem juris: imposto sobre propriedade de veículos automotores.
Competência: art. 155, III da CF.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - propriedade de veículos automotores.
Sujeito Ativo e Sujeito Passivo: o sujeito ativo são os Estados e DF.
Sujeito passivo: proprietário do veículo automotor, pessoa física ou jurídica, presumindo-se como tal aquele me cujo nome o veículo esteja licenciado. 
Fator Gerador do IPVA:
É a propriedade e não o simples uso de veículo automotor (carro, moto, caminhão, ônibus).
OBS: O entendimento majoritário sobre a divergência quanto a incidência ou não do IPVA em EMBARCAÇÕES E AERONAVES é no sentido de que essas NÃO se enquadram no conceito de veículo automotor para fins de cobrança ou incidência de IPVA, uma vez que não circulam em rodovias, mas em aerovias e aquavias; aeronaves são licenciadas pela União, enquanto veículos o são pelo Municípios; sua propriedade é registrada pelo Registro Aeronáutico Brasileiro, das embarcações pelas Capitanias dos Portos e dos demais pelo DETRAN (RE 134.509 e RE 255.111-2).
IPVA: Incidência sobre Embarcações
Concluído o julgamento de recurso extraordinário em que se discutia a incidência do IPVA sobre a propriedade de embarcações (v. Informativos 22 e 103). O Tribunal, por maioria, manteve acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas que concedera mandado de segurança a fim de exonerar o impetrante do pagamento do IPVA sobre embarcações. Considerou-se que as embarcações a motor não estão compreendidas na competência dos Estados e do Distrito Federal para instituir impostos sobre a propriedade de veículos automotores, pois essa norma só autoriza a incidência do tributo sobre os veículos de circulação terrestre. Vencido o Min. Marco Aurélio, relator, que dava provimento ao recurso para cassar o acórdão recorrido ao fundamento de que a Constituição, ao prever o imposto sobre a propriedade de veículos automotores, não limita sua incidência aos veículos terrestres, abrangendo, inclusive, aqueles de natureza hídrica ou aérea.
RE 134.509-AM, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ acórdão Min. Sepúlveda Pertence, 29.05.2002.(RE-134509)
IPVA: Incidência sobre Aeronaves
Com o mesmo entendimento acima mencionado, o Tribunal, por maioria, vencido o Min. Marco Aurélio, declarou a inconstitucionalidade do inciso III do artigo 6º da Lei 6.606/89, do Estado de São Paulo, que previa a incidência do IPVA sobre aeronaves. 
RE 255.111-SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ acórdão Min. Sepúlveda Pertence, 29.05.2002. (RE-255111)
Base de Cálculo do IPVA:
É o valor venal do veículo ou o preço de tabela do mercado.
Alíquota do IPVA:
Deverá ser estabelecida em lei ordinária estadual sem limite máximo a ser fixado, mas com limite mínimo determinado pelo Senado. 
Para próxima aula (24/03): Fazer resumo sobre a divergência doutrinária e jurisprudencial acerca do conceito de aeronaves e embarcações como veículos automotores para fins de incidência do IPVA.
Aula: 24/03/15
Não fui à aula!!!
· ITCMD:
· Sujeito passivo: 
· O herdeiro ou o legatário (aquele que recebe herança por testamento) (transmissão causa mortis).
· Qualquer das partes adstritas à doação (doador e donatário), n forma da lei.
· Fato gerador: Constitui fato imponível do ITCMD:
· A transmissão da propriedade de quaisquer bens móveis (veículos, ouro, ações, títulos de crédito) ou imóveis, transmissão essa decorrente de falecimento do titular ou de cessão gratuita;
· Transmissão de direitos em decorrência do falecimento do titular ou cessão gratuita
· Base de cálculo: Na forma do art. 35 do CTN será o valor venal dos bens transmitidos ou doados, conforme avaliação a ser realizada.
· Alíquotas: As alíquotas do ITCMD serão fixadas livremente pelos estados, observando-se o máximo (8% do valor do imóvel) fixado pelo Senado (resolução 9/92 - art. 155, § 2º, inciso IV da CF).
· Obs.: O STF considera inconstitucional a prática abusiva de alguns estados de atrelarem genericamente as alíquotas do ITCMD a Resolução do Senado, por entenderem que essa prática viola os princípios da legalidade e da anterioridade tributária.
· Obs.: Segundo o entendimento do STF, conforme enunciado 112 de sua súmula, a alíquota aplicada quando do cálculo do ITCMD será aquela vigente ao tempo da abertura da sucessão (com a morte).
· Obs.: Conforme enunciado 113 da súmula do STF, a base de cálculo do ITCMD será a aferida na data da avaliação.
· Obs.: Segundo o enunciado 114 da súmula do STF o ITCMD somente poderá ser exigível após a homologação pela autoridade competente (em regra, a fazenda estadual).
· Obs.: Quando da morte do promitente-vendedor o ITCMD será calculado sobre o saldo credor na abertura da sucessão (súmula 590 do STF).
· Imposto Federal:
· ITR:
· Nomes Juris: Imposto sobre a propriedade territorial rural:
· Competência/Sujeito ativo: União (art. 153,VI da CF e art. 29 e SS da lei 9393/96 e decreto 4382/02). O ITR compete à União.
· Obs.: A CF destinou 50% da arrecadação do ITR para os municípios onde os respectivos imóveis estão situados (art. 158, II da CF) contudo, poderá ter a totalidade da arrecadação nas hipóteses em que, mediante lei, o município assumir as funções de fiscalizar, cobrar e arrecadar (opção – capacidade tributária ativa). Art. 153, § 4º, IIIda CF. 
· Obs.: Trata-se de imposto com caráter estritamente extrafiscal, utilizado como instrumento da política agrária no combate a latifúndios improdutivos. A lei 9393/96 estabelece alíquotas progressivas em razão da área e do grau de utilização da propriedade, para e alcançar aquele fim.
· Sujeito passivo: conforme art. 5º do decreto 4382/02 os sujeitos passivos do ITR serão:
· O proprietário pleno e o co-proprietário;
· O titular do domínio útil (usufrutuário);
· O possuidor na modalidade ad usucapionem.
O fim do Brasil (Empiricus)
· Fato gerador: Conforme art. 29 do CTN o fato gerador do ITR será a propriedade, o domínio útil ou a posse.
· Base de cálculo: É o valor fundiário do imóvel (art. 30 do CTN), isto é, o valor da terra nua – VTN (art. 32 do Decreto 4382/02), excluindo-se do total:
· Construções, instalações de benfeitorias, etc;
· Culturas permanentes e temporárias;
· Pastagens cultivadas e melhoradas;
· Florestas plantadas.
· Alíquotas: Serão proporcionais e progressivas, conforme o grau de utilização e a área do imóvel, de acordo com o art. 34 do decreto 4382/02, podendo ser de no mínimo 0,03% e no máximo 20%.
· Casos controvertidos:

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